Curto...

Uma desilusão "anunciada" como resultado do Vitória-Belenenses de hoje.
A equipa vitoriana vinda de um belo triunfo no Estoril, assente no rigor defensivo e na eficácia concretizadora mais que em qualquer outro pressuposto, sabia de antemão que o Belenenses fora de casa tem realizado boas exibições e causado transtorno a equipas mais fortes.
Assim foi uma vez mais.
Ao ponto de durante a primeira parte os visitantes terem sido claramente melhor equipa, controlado o jogo, e superiorizando-se em número de ataques.
A isso o Vitória, estranhamente amorfo, apenas conseguiu reagir através de Tomané que por duas vezes e em resultado de jogadas individuais levou perigo junto da baliza belenense.
Na segunda parte o Vitória melhorou alguma coisa e conseguiu apossar-se do domínio do jogo mas revelando-se sempre muito curto para as necessidades e incapaz de chegar com perigo junto a um tranquilo Matt Jones que teve muito menos trabalho do que aquele que certamente esperaria.
As entradas de Crivellaro e Russi (especialmente o primeiro) deram algumas opções diferentes á movimentação da equipa (ao contrário de Malonga que não acrescentou nada) mas não foi o suficiente para chegar ao golo que,vá lá, seria merecido.
O empate acaba por se aceitar face ao equilíbrio entre as duas equipas (posse de bola/cantos/faltas/número de ataques) pese embora o Vitória ter rematado muito mais mas sempre bastante mal.
Do meu ponto de vista, adepto de bancada, o principal problema está no meio campo(ainda por cima hoje sem André André) que não controla o jogo , não assegura o domínio desse sector nevrálgico e serve deficientemente os avançados que muitas das vezes parecem entregues á sua sorte correndo desalmadamente de um lado para outro em busca de bolas jogáveis.
Penso que é aí, na intermediaria, que é preciso fazer algo em primeiro lugar.
E Crivellaro já merece, em minha opinião é claro, uma oportunidade a tempo inteiro.
Porque alia como mais ninguém a qualidade técnica à "fantasia" que faz a diferença.
Hoje ,para além de Tomané, é justo destacar o acerto do sector defensivo (Douglas e seus pares fizeram terceiro jogo consecutivo sem sofrer golos o que merece aplauso face até à juventude do quarteto de defesas) que não teve nenhuma responsabilidade neste empate frustrante.
Duas notas finais:
Uma para o péssimo estado do relvado que dificultou a actuação das duas equipas de forma visível.
A outra para a afluência de público uma vez mais abaixo do que seria expectável para um sábado ao fim da tarde.
Depois Falamos