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domingo, dezembro 22, 2013

Coligação?

Em recente entrevista à TVI, Pedro Passos Coelho (primeiro ministro e líder do PSD) defendeu que os dois partidos coligados no governo devem apresentar-se em coligação nas eleições legislativas a realizar em 2015.
Na moção de estratégia que vai levar ao congresso do CDS, Paulo Portas(líder do partido e vice primeiro ministro) defende que o natural é os partidos apresentarem-se de forma autónoma ao eleitorado.
Uma "sintonia" que de tanto brilho quase fere a vista...
Percebo,contudo, as motivações de ambos.
Passos Coelho, ciente do desgaste do governo face ás politicas praticadas, quer aproveitar até ao tutano todos os benefícios que o método de Hondt dá às coligações para tentar uma nova vitória eleitoral.
Do meu ponto de vista, e sem qualquer motivação partidária, creio que tem razão.
Paulo Portas tem uma perspectiva diferente.
No mínimo quer subir o preço da coligação na tentativa de arrecadar para o seu partido maiores proveitos na distribuição de lugares nas listas de deputados e não só.
Penso que escolhe muito má altura para estes "jogos florais" perante um país saturado dos partidos (não só dos do poder diga-se de passagem) e farto destas jogadas de "mercearia" entre parceiros de coligação.
Se for isso, apesar de má estratégia, ainda vá que vá.
Mas acho que a jogada do líder do CDS se tem como mínimo o atrás exposto visa mais longe.
Visa o máximo.
Que é ficar em situação de no pós eleições estar em condições de se aliar com quem ganhe.
Seja o PSD seja o PS.
Na verdade uma estratégia de manter o poder independentemente do parceiro.
E, a continuarem por este caminho divergente quanto à estratégia eleitoral, isso não augura nada de bom ao ano e meio que resta de coligação quer no seio do governo quer na forma como normalmente os militantes do PSD (que tem um congresso em Fevereiro...) reagem a um líder do CDS que toleram mas de que nunca gostaram.
Talvez entenderem-se de uma vez por todas não fosse má opção...
Depois Falamos

3 comentários:

  1. Os homens não poderiam viver longamente em sociedade se não fossem os intrujões uns dos outros. E creio que em política, como nos negócios, a confiança e a desconfiança, são, os dois, a ruína dos homens. Conheço muitos exemplos, Caro Amigo. E quando vejo os políticos tecer grandes elogios uns aos outros, digo sempre cá comigo, que é uma questão de protocolo! De tolos !

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  2. Caro Sr. Luís Cirilo

    P.P. não é um político de "mão cheia" e, por tal motivo, sendo um "carreirista" como toda a gente sabe que é, não causa qualquer espanto a sua mais que previsível desafinação, quanto ao seu parceiro de coligação.
    Aliás, se Passos Coelho ainda acredita nele, é mais anjinho do que eu penso.
    P.P. pensa apenas nele próprio e na sua figura, é hábil nas manobras não se importando com as consequências nefastas que causa ao País com as suas jogadas habilidosas.
    A maioria dos portugueses já o conhece de outros "carnavais".

    Cps
    S. Guimarães

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  3. Caro Freitas Pereira:
    Tempos dificeis estes.
    Estes...e os próximos.
    Caro S. Guimarães:
    PP é um politico hábil, que defende bem os interesses do seu partido, mas já causou alguns amargos de boca ao PSD e ao governo. Creio que PPC deve exigir definições atempadamente para depois não ser surpreendido com questões de ultima hora

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