Sendo certo que muitos dos protagonistas da nossa vida politica, à direita e à esquerda, começam a dar alguns sinais de interesse pela corrida presidencial ainda que manifestando-o de uma forma radicalmente diferente.
Enquanto uns admitem "ir" outros dizem-se absolutamente desinteressados!
Faz parte do jogo.
Creio que à esquerda o candidato mais forte de todos será, se o quiser ser, António Guterres.
Faz o pleno do PS sem qualquer dificuldade e tem um perfil que lhe permite ganhar votos à esquerda e à direita do seu partido.
Especialmente à direita se o PSD tiver um candidato fraco.
Em 2016, ano das presidenciais, completar-se-ão 15 anos desde que Guterres se demitiu do governo assumindo como suas as responsabilidades de uma derrota autárquica e é um período de tempo mais que suficiente para fazer uma travessia do deserto.
Acontece que Guterres até fez muitas, reais e em circunstâncias difíceis,enquanto alto comissário da ONU para os refugiados.
Á sua beira António Costa e José Sócrates são candidatos fracos(o segundo então é fraquissimo),desde logo porque nenhum faz o pleno do PS entre outras razões, e apenas o serão se Guterres não quiser.
Á direita onde também não faltam potenciais bons candidatos (curioso país onde não faltam bons candidatos a PR mas já quanto a candidatos a PM...adiante) o nome mais forte,neste momento,parece ser o de Marcelo Rebelo de Sousa.
Uma vida na politica e no jornalismo, uma notoriedade imbatível face a anos e anos de presença televisiva, uma sólida carreira profissional e um distanciamento do actual governo que dá muito jeito a quem quiser ser PR com o apoio de PSD e CDS.
Depois há outros nomes.
Desde logo Durão Barroso.
Mas os treze anos que se terão passado desde que deixou a liderança de governo a caminho de Bruxelas podem não constituir a travessia de deserto suficiente para quem ainda é visto por muitos como tendo abandonado um mandato para privilegiar uma carreira politica nos grandes salões da democracia europeias.
E isso seria fatal face a Guterres que saiu por perder eleições e passou anos e anos a percorrer campos de refugiados em missões humanitárias.
Há também Pedro Santana Lopes.
Provavelmente aquele, entres estes todos, que há mais tempo pensa em Belém.
Nestes últimos anos tem feito,em termos de opinião pública, as coisas como deve ser.
Desapareceu das revistas sociais, deu poucas entrevistas,tem um espaço de comentário em que se tem afirmado pela sensatez e correcção das opiniões e como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem feito um trabalho visível(e louvável) de apoio a instituições e aos mais desfavorecidos.
Falta saber se fez(ou quer fazer) o trabalho de casa necessário a ser um candidato ganhador.
São estes, do meu ponto de vista, os mais fortes candidatos a candidatos.
Se o quiserem ser é claro.
Porque tudo o que passa destes seis nomes, de Assunção Esteves a Ferro Rodrigues passando por aquelas miticas figuras da chamada sociedade civil, dificilmente deixará de ser folclore pré eleitoral.
A ver vamos.
Depois Falamos
PS. Sendo certo que um confronto Marcelo vs Guterres teria certamente um nível politico, cultural e de inteligência pura absolutamente excepcional.
Um dos que indicou como presidenciáveis, se houvesse justiça nesta Europa decadente, devia mas era responder, juntamente com Blair, Aznar e outros, perante o TPI pela tragédia do Iraque.
ResponderEliminarA direita até treme só de pensar que pode ser o Sócrates
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarNão sei porquê. Que me conste Portugal não entrou na guerra.
Caro Anónimo:
Eu até tremo é de alegria se for ele. É tão mau candidato que até o rato Mickey lhe ganhava as eleições
Parece que, ou se candidata o Pato Donald, ou eu não voto.
ResponderEliminarCom estas figurinhas deprimentes, fico em casa -coisa que nunca fiz.
"Não sei porquê. Que me conste Portugal não entrou na guerra."
ResponderEliminarTem aqui parte da resposta:
"http://www.publico.pt/mundo/noticia/inicio-da-guerra-no-iraque-foi-ditado-ha-cinco-anos-na-cimeira-das-lajes-"
e para saber o restante é só navegar.
Cara il:
ResponderEliminarA seu tempo se verá quem aparece para a disputa eleitoral.
Caro Anónimo:
O facto de a ciomeira ser nas Lages não significa que entrasse na guerra. De resto Saddam era um criminoso sanguinário que não fez falta nenhuma ao mundo. Só me faltava ter pena dele
Eu tenho pena mas é das centenas de milhares de mortes causadas por essa guerra sem justificação que destruiu não um regime mas uma nação onde diariamente há destruição e morte, mas o que interessa é que o petróleo jorre sem parar e com os dólares a ir para o bolso dos exploradores sem alma.
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarTodas as guerras são lamentáveis.
E a do Iraque, independentemente das óbvias motivações económicas,teve pelo menos a vantagem de derrubar uma tirania cruel e sanguinolenta