Que por força da alteração da lei, e da introdução do principio da limitação de mandatos, se viram impossibilitados de se recandidatarem aos municípios a que presidiam há pelo menos três mandatos embora alguns há bastante mais.
E não deixa de ser curioso, tomando como exemplo o distrito de Braga mas não só, comparar as atitudes tão diversas que foram tomadas por um conjunto relativamente vasto de autarcas nessas condições.
Uns, provavelmente os mais felizes na opção, deram por finda a sua carreira autárquica e regressaram ás suas empresas ou ás suas profissões conseguindo assim o respeito de todos.
Outros houve que por razões politicas ou até motivação pessoal se "refugiaram" na presidências das assembleias municipais dos municípios a que tinham presidido, recusando-se a abandonar definitivamente a autarquia, e optando por uma "morte lenta" ao invés de um corte definitivo.
No fundo são um pouco como os carros de Fórmula 1 que ao abandonarem a pista tem de passar pela zona de desaceleração antes de encostarem á box.
É uma opção que humanamente se percebe mas que para os próprios, especialmente aqueles que insistem em marcar presença diária no município até gerando incómodo nos sucessores, acabará por se tornar dolorosa.
Porque vivem numa ficção que não tem correspondência com a realidade.
Outros há que incapazes de abandonarem o poder foram tentar a sua manutenção noutro município (no distrito de Braga não há nenhum caso destes) vizinho candidatando-se e...perdendo.
Foi a opção mais triste.
Ou porque perderam e renunciaram aos mandatos, saindo por uma porta baixinha, ou se mantém como vereadores(até com pelouros nalguns casos) assistindo ao exercício da liderança por adversários que não foram capazes de derrotar.
É uma opção triste mas foram eles que a escolheram!
E há um quarto caso.
O daqueles que saíram, não se candidataram a mais nenhum município, mas acalentam o desejo de em 2017 voltarem à presidência de um município que consideram como "seu" e trabalham activamente para isso pese embora as autárquicas terem sido apenas mês e meio atrás.
E , por "sui generis" que pareça, esses casos tanto existem para municípios que foram ganhos por outra força politica como para municípios ganhos pelo mesmo partido e que tem na presidência aqueles que teoricamente deveriam ser os seus sucessores e por eles apoiados!
São aqueles que de facto parecem nada ,mais saberem fazer na vida.
No fundo como ontem me dizia um amigo meu, socialista e com larga experiência da vida e das autarquias, é uma graça de Deus saber sair a tempo e pelo próprio pé.
Depois Falamos
P.S: Há um quinto caso mas que não se insere neste contexto. O daqueles que saíram, por força da lei, e indo candidatar-se a municípios vizinhos ganharam as eleições.
São, digamos assim, os percursores da institucionalização das presidências de câmara como profissão!
Caro Sr. Luís Cirilo
ResponderEliminarNa "mouche".
Não falou no exemplo vimaranense, mas está implícito no seu raciocínio.
É óbvio que para muitos autarcas, habituados a passear a sua vaidade,o seu ego, e também a sua auto idolatria, é muito difícil descerem à terra, e por isso é-lhes bastante penoso passarem a cidadãos vulgares.
Todos os exemplos que aflorou, são em síntese, a fotografia real dos "nossos" autarcas e não só, havendo nos actuais e nos antigos governantes de topo, casos que também são uma autêntica lástima do pós-governação.
A figura ridícula que fazem, quando abrem a boca ou opinam do alto da sua cátedra, fazem com que a classe política se torne um verdadeiro martírio para quem os tenha de aturar.
É um autêntico filme de terror!!!
Cps
S. Guimarães
Excelente apreciação, é lamentável que estes autarcas não queiram reconhecer que o seu "time" terminou e deixem o lugar aos novos protagonistas, principalmente naquelas situações que descreve, em que os autarcas tendo sido substituídos pelos seus "vices", de imediato iniciaram uma campanha com vista à sua eleição em 2017, é como diz, só demonstram que nada mais sabem fazer. Pobreza de espírito!
ResponderEliminarCaro S.Guimarães:
ResponderEliminarOs exemplos que dei são essencialmente do distrito de Braga e transversais ao PSD e ao PS. Mas existem também noutros pontos do país. De facto saber ser já custa. Mas saber deixar de ser é o desafio mais dificil.
Cara CMM:
São casos que ,estou convencido, o povo não premiará com o voto.
Mas nessa matéria nada como aguardar os próximos capitulos...
E há os que perdendo estrondosamente a eleição vão de assessores...Na Mouraria é um «vê se te avias».E metade do meu salário é 'penhorado' para estes...que nada sabem fazer -nem sequer gerir a junta!
ResponderEliminarcara il:
ResponderEliminarNão é só na Mouraria que há fenómenos desses.
Por outros lados,mais a norte,isso também acontece