Portugal, na pior fase da sua história recente, encontra-se mergulhado numa crise politica inconveniente, indesejável, irresponsável e de solução imprevisivel.
A demissão de Paulo Portas, que dificilmente deixará de empurrar o país para eleições legislativas antecipadas, é apenas o corolário de sucessivos incidentes e desencontros entre os dois lideres da coligação e que vinham deixando transparecer para a opinião pública uma indisfarçável situação de mal estar.
Creio que pese embora a forma digna e corajosa como procurou estancar a crise Pedro Passos Coelho não terá grandes hipóteses de manter o governo.
Perdeu Miguel Relvas que era o seu braço direito e homem de absoluta confiança politica e pessoal.
Em dois dias seguidos assistiu á demissão dos dois ministros de estado que eram "apenas" os números dois e três do governo e detinham pastas com a importância das Finanças e dos Negócios Estrangeiros.
Entre uma e outra ainda conseguiu tempo para uma inacreditável nomeação da substituta de Vítor Gaspar que independentemente dos seus méritos pessoais e profissionais já nem no governo devia estar, pelas razões que se conhecem ,quanto mais ser promovida a ministra das finanças.
Dificilmente esta crise deixará de ser o fim de linha do líder do PSD.
Paulo Portas, que terá dado á coligação o empurrão para o abismo que lhe faltava, acabou por fazer aquilo que sempre se esperou dele desde o primeiro momento deste governo.
Foi previsível.
Dando de barato que PCP e BE não são alternativa para nada resta o PS.
Ou seja António José Seguro e a sua corte de "Galambas".
É um cenário desolador.
Porque se este governo cometeu os erros que se sabem dos lados do largo do Rato não vem a menor esperança, o mínimo sinal de que sejam capazes de fazerem melhor e tirar Portugal da crise.
Substituir Passos por Seguro é saltar da frigideira para o fogo.
Pobre país.
Com uma crise gravíssima (e o que poderá vir agora...) e uma classe politica sem soluções visivelmente credíveis.
Acredito que o Presidente da República vai ter noites de insónia pela frente.
Depois Falamos.
P.S. Os programas de comentário sobre a crise nos canais informativos da noite de hoje apenas confirmam a probreza da nossa classe politica com raras excepções.
Já para não falar dos profissionais do comentário que nunca resolveram um problema ao país mas parecem ter solução para tudo.
Eu não disse que ainda iam chorar pelo Sócrates ?
ResponderEliminarPP
ResponderEliminarPobre País
PP
Paulo P...
PP
P..t.. k o P...riu
Dum anonimo de "Duas Coisas ou três":
ResponderEliminarFelizmente, o país está bem entregue. Lá fora, ao FMI que já reconheceu que errou, à Comissão Europeia de que não vale a pena falar e ao BCE, cujo número dois foi durante muitos anos cúmplice do descalabro a que chegaram as finanças portuguesas. Cá dentro, o PR vive da pensão do Banco de Portugal e acessóriamente ocupa Belém, sem se dar ao trabalho de usar uma pequena parte dos poderes que a Constituição colocou á sua disposição para resolver os problemas do País. Pelo seu lado, a Presidente da AR vive em grande parte de uma reforma por problemas psíquicos aos 45 anos. Quanto ao PM, vê empresas de que foi administrador investigadas pela UE e nomeia para as Finanças alguém que está ligada ao escândalo swapesco, que terá que gerir se o Governo continuar. Por muito menos, regimes foram derrubados e responsáveis severamente punidos. Foi para isto que se fez Abril e que entrámos na Europa dita civilizada e que permite estas coisas além de nos sufocar com medidas totalmente inadaptadas? Temo populismo e ditadura. Nunca vi tanta incompetência e tanto desperdício. Toquem-se as marchas fúnebres, não apenas a do Siegfried, mas também a de Beethoven e a de Chopin. Juntas não serão demais para a miséria política, financeira, económica, ética, moral, social e cultural em que vivemos.
O cenário PS é arrepiante, mas este cenários PSD + CDS é trágico-cómico-incompetente.
ResponderEliminarEm resumo estamos entregues à bicharada.
Com tanta gente capaz neste país como é possível que na política só apareçam inúteis e irresponsáveis?!!!
Chorar pelo filósofo?!? Como se fizesse sentido, num funeral, chorar pelo coveiro. Contenha-se, caro anónimo.
ResponderEliminarParece que o irrevogável já o não é -últimas fofocas nas news.
ResponderEliminarVou contar uma história para ilustrar o título do seu post:
Na confusão da 1ª república houve «o governo dos 5m». Na minha família era assim a anedota: o 'primo' Chico foi feito presidente ao jantar (mouro: almoço) e foi corrido à merenda (mouro: lanche). Realmente o governo constituído por moderados foi alvo de uma tentativa de linchamento de populacho, acicatado pelos radicais, que invadiu S. Bento -e nem tomou posse.
6 anos depois foram buscar o 'primo' António a Coimbra e esse durou até 1968...
Caro Anónimo:
ResponderEliminarSó se fosse de alegria por nos termos visto livres dele.
Caro Anónimo:
Nem tanto.
Caro Freitas Pereira:
Ainda que assim seja não nos podemos conformar. É preciso a Europa sair desta vil e apagada tristeza.
Caro Marco Ribeiro:
Há que repensar muita coisa e ter a coragem de fazer as reformas politicas necessárias a dar mais qualidade á democracia.
Caro JRV:
É como diz.
Cara il:
Em Portugal e na Europa situações destas podem fazer aparecer outros "Antónios" de outras "Santa Comba"