Vi com muito interesse a entrevista, aliás excelente, que o Presidente da Republica deu ontem ao programa "Prós e Contras" da RTP 1.
Neste espaço, com a mais absoluta liberdade intelectual, tenho criticado Cavaco Silva (em quem votei nas três vezes que se candidatou a PR) quando o entendo merecedor de critica e tenho-o elogiado quando as suas atitudes e decisões são disso merecedoras.
É assim com ele e com todos porque se há coisa que não uso, apesar de orgulhosamente militante do PSD, são "palas" politicas na análise das questões.
Creio que ontem o PR esteve muito bem.
Especialmente quando clarificou de uma vez por todas que com ele não há uso de "bombas atómicas" (poder presidencial de dissolver o Parlamento) por ter uma visão das suas funções e uma leitura da Constituição que não aponta nesse sentido.
E muito bem.
Porque este país já pagou bem caro a "Sampaíce" do seu antecessor.
E portanto sendo claro que não haverá dissolução do parlamento resta aos actores do nosso palco politico racionalizarem os seus comportamentos e pensarem seriamente em fazerem politica com outra autenticidade e sentido de responsabilidade.
O governo tem de governar melhor. Bem melhor.
Percebendo que esta austeridade desenfreada está a dar cabo das pessoas, das famílias, das empresas e por consequência do próprio país.
E a grande remodelação, aquela que não foi feita atempadamente, tem agora a segunda e ultima oportunidade de inverter o rumos das coisas desde que Passos Coelho se convença de uma vez por todas, ultrapassando uma teimosia inaceitável, que há governantes que não servem para governar.
A oposição, especialmente a mais radical, que com a ajuda inestimável da CGTP andou a semear pelo país contestações e insultos em todo o lugar onde aparecesse um governante ( e até o PR...)tem de se convencer que essa agressividade não a leva a lado nenhum nem terá qualquer efeito.
Porque, ao contrário do seu antecessor, o Presidente da República sabe ler a Constituição!
E cumpre-a.
Finalmente o PS.
Que tem pesadas responsabilidades no estado do país, que por vezes parece o "tolo" no meio da ponte sem saber se há-de caminhar para o lado da oposição radical ou optar por uma oposição construtiva, mas que é essencial para a formulação de consensos em áreas fundamentais para a recuperação de que todos precisamos.
Ontem Cavaco Silva fez a clarificação final.
Agora cada um que assuma as suas responsabilidades.
Depois Falamos.
P.S. A iniciativa de António José Seguro de falar com todos os partidos (penso que Passos Coelho não esteve bem nessa matéria ao contrário de todos os outros líderes partidários)é um passo interessante que se espera tenha continuidade.
Esteve particularmente bem quando considerou que não existe desestruturação social. Efectivamente, por aqui se vê como as realidades vividas e sentidas entre quem vive confortavelmente no palácio de Belém com uma reforma de cerca de 10.000 e os... outros. Entre quem vive o seu dia a dia com, no meio e atento aos problemas dos trabalhadores e do povo e os... outros.
ResponderEliminarMas se o que está a acontecer não é precisamente uma desestruturação social, então que raio é isso?
Fiz uma comparação em: http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/ que me parece bastante ilucidativa.
Cumprimentos
Enquanto primeiro ministro o bacalhau seco destruiu a agricultura e pescas em Portugal, Cargas sobre o povo da Marinha grande, cargas policiais sobre estudantes, sobre utentes da ponte 25 de abril, Policias contra policias, conivente com os crimes de Dias Loureiro, Duarte Lima, BPN, negou pensao a salgueiro maia, deu pensão vitalicia a 2 ex-inpectores da PIDE, e finalmente dá cobertura a um Governo que farta-se de gozar com a constituiçao....
ResponderEliminarO grande responsavel pela situação do País ainda anda por aí...
MORRE BACALHAU SECO
Ass: Anonimo do avental
Caro Rogério:
ResponderEliminarDe facto é fácil criticar os politicos pela via da demagogia. O presidente da república ocupa(não vive lá) o palácio de Belém por vontade do povo e tem as reformas devidas pelos anos em que descontou como professor universitário e director do banco de Portugal.
Caro Anónimo do avental:
Compreenderá que nem sequer comente o que escreveu.
Compreendo muito bem o seu silencio
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarNão sei a que silêncio se refere.
Tomava-o como mais inteligente....
ResponderEliminarDisse: "Compreenderá que nem sequer comente o que escreveu"
Eu simplesmente disse que compreendo muito bem o seu silencio...
Onde está a dúvida?
Caro Anónimo:
ResponderEliminarJá que quer falar de inteligência sugiro que releia os comentários deste post.
E perceberá,infelizmente não á primeira mas acontece, que esse comentário que refere nada tem a ver com o seu comentário
Respondendo a Cirilo...
ResponderEliminar"Não sei a que comentario se refere"
Caro Luis Cirilo,
ResponderEliminarEm parte alguma eu coloquei em causa a legitimidade da "miserável" pensão de reforma (a julgar pelas declarações do mesmo) de Cavaco ou a sua legitimidade como ocupante passageiro do Palácio de Belém. Embora, diga-se em abono da verdade, é uma vergonha ter um Presidente da República envolvido sentimentalmente, e não só, com tanta figura relacionada com vigarice, corrupção e afins.
É verdade, diga-se em abono da verdade, que é uma vergonha ter um Presidente da República que abdica da remuneração de presidente em favor da pensão de reforma para poder beneficiar de um maior rendimento. Por uma questão ética e de eemplo nacional, ou assumia o cargo e a sua remuneração ou mantinha-se aposentado. Mas nós percebemos... Não fosse a lei e ele estaria sim disponivel para "mamar" os dois. Crise? qual crise? isso é problema da "raia miúda".
É verdade, diga-se em abono da verdade, que é uma vergonha ter um Presidente da República de um país onde existem pensionistas a receberem 300 euros de reforma, a lamentar-se que os cerca de 10.000 euros que recebe podem não chegar para viver dignamemte, mas isso são outras questões.
Aquilo que eu trago à coação, é a sua análise sobre a desestruturação social e o seu distanciamento da realidade nacional tal como os diferentes pontos de vista: "do cavalo e do cavaleiro"
Com todo o respeito, parece-me que a haver alguma demagogia, ela pode ser encontrada no seu comentário ao meu comentário.
Como tal, endereço-lhe a dica dizendo: é facil defender demagogicamente o que não tem defesa. Basta contornar a essência e utilizar acessóriamente um assunto ligado.
Cumprimentos,
Rogério
Caro Rogério:
ResponderEliminarHá aspectos da actuação do PR que também critico. Como agente politico que é não está isento de erros nem imune á critica.
Quanto ao resto temos ponto de vista algo divergentes mas que não são contraditórios. A realidade nacional é cada vez mais assustadora e por este andar o futuro será muito complexo.