Que não tem nada a ver com o presente como é óbvio.
António de Oliveira Salazar tinha caído da cadeira e ficara incapacitado para se manter como presidente do conselho pelo que dentro do partido(único) União Nacional foi necessário escolher o seu sucessor.
Puseram-se várias hipóteses , nomeadamente de fieis incondicionais de Salazar, mas os dirigentes do partido entenderam por bem irem buscar alguém mais afastado, até com uma certa fama de critico do regime, para darem um certo ar de mudança e assim cativarem sectores mais descontentes da sociedade.
Caiu a escolha em Marcelo Caetano.
Homem inteligente com bom discurso e cheio de boas intenções que desde a sua escolha procurou trilhar um caminho diferente do antecessor, perante a indignação dos ultras do regime, que achavam que ele não defendia de forma suficiente o valioso legado do seu (deles) líder Salazar.
Marcelo, pese embora cada vez mais condicionado pelos fieis de Salazar e portanto obrigado a radicalizar posições ao invés da tal abertura prometida, lá ia desempenhando o seu cargo o melhor que podia e sabia.
Dando entrevistas, viajando pelo país, tentando afirmar a soberania de Portugal perante um mundo exterior que cada vez nos tinha menos respeito.
É a partir daqui que entra a anedota.
Talvez em virtude das preces dos fanáticos do Salazarismo (ismos começado por esse dão sempre mau resultado...) António de Oliveira Salazar recuperou miraculosamente e regressou ao activo quando já ninguém o esperava. Muito menos o sucessor.
É assim que num belo dia ao entrar no "seu" gabinete Salazar encontra Marcelo Caetano sentado á sua secretária.
Fortemente indignado, e perante a aflição do outro que já não sabia onde se meter, Salazar questionou-o.
"- O que está você a fazer aí sentado no meu lugar ?"
Ao que Marcelo Caetano levantando-se apressadamente retorquiu:
"- nada, nada senhor presidente. Pode sentar-se no seu lugar que eu só estava a limpar o pó!"
Esta anedota tem mais de 40 anos e nada tem a ver com actualidade.
Nada?
Seguro que não.
Depois Falamos
excelente. fartei-me de rir e a analogia com o seguro é fantástica
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarFaz-se o que se pode
belo texto e tremenda ironia para o antónio josé seguro
ResponderEliminarCara Vanda:
ResponderEliminarmerecida...merecida!