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sexta-feira, janeiro 11, 2013

Policiamento

É uma questão sensível.
Por lei deixou de ser obrigatória a presença de agentes de segurança, PSP e GNR, no policiamento de jogos de futebol.
O Vitória nessa matéria tomou uma atitude pioneira e foi o primeiro clube a deixar de requisitar a presença dos agentes policiais na maioria dos seus jogos (excepto naqueles quatro considerados de alto risco) deixando a questão da segurança a cargo de empresas privadas através dos chamados "stewards".
A razão essencial para este decisão, já seguida por vários outros clubes, tem a ver com os elevadíssimos custos acarretados pelo pagamento á PSP pelo serviço prestado nos dias de jogos.
Ainda por cima com a criação da equipa B passaram a haver mais 21 jogos disputados em casa.
A verdade é que além do custo agente/hora verificava-se ainda que o número de policias afectos á segurança de cada partida era claramente acima do necessário o que acarretava o consequente aumento de custos para o clube.
E, em boa verdade, os clubes já estão sobrecarregados de custos.
Aos inerentes ás equipas acrescem os da segurança e os da pesadissima máquina que a LPFP criou em volta dos seus campeonatos (e que são os clubes a pagarem) entre outros.
Naturalmente que esta ausência de policiamento também tem os seus críticos.
Nomeadamente os árbitros que sentem, e com razão, que a sua segurança está diminuída sem a PSP ou a GNR a responsabilizarem-se por ela.
Creio que clubes (via Liga preferencialmente)e PSP/GNR tem de se entender.
E criarem condições para que em todos os jogos, independentemente do nível de risco, exista um policiamento mínimo a cargo das autoridades competentes para o efeito.
Porque o problema não está nas bancadas, que aí os stewards chegam e  sobram, nem no exterior dos estádios onde as forças policiais terão sempre de estarem presentes dado tratar-se de via pública.
O grande problema de segurança,para árbitros e equipas visitantes em muitos estádios, está naquela zona sensível entre relvado e balneários (vulgo túnel)onde é mais fácil existirem desacatos, agressões e outros atropelos.
E nessa zona, sinceramente, creio que as forças policiais são indispensáveis.
Porque deixar a segurança a cargo de empresas privadas que são pagas pelo "dono da casa" é perigoso.
E no futebol português já se brinca demasiado com o fogo...
Depois Falamos

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