Depois da célebre obra "Mistério da estrada de Sintra" da autoria conjunta de dois dos maiores nomes da nossa literatura (Eça de Queirós e Ramalho Ortigão) parece existir um novo mistério para as bandas daquele que é o segundo município do país em termos de eleitores atrás de Lisboa e á frente de Gaia e do Porto.
A história parece simples.
Depois de Fernando Seara, em 2001, ter conquistado ao PS a presidência da câmara e governado o município durante doze anos com agrado da população (senão não teria sido reeleito por duas vezes)vê-se agora obrigado por força da lei de limitação de mandatos a deixar a presidência.
Seara teve ,ao longo de todo este tempo ,como seu vice presidente Marco Almeida um quadro politico bem preparado, com habilitações, extremamente trabalhador e estruturalmente sério.
Muito sério.
Dada a vontade deste em ser candidato tudo apontaria para que o PSD acolhesse de braços abertos a disponibilidade do autarca e se unisse em seu torno para manter a presidência do município.
Mas aqui é que as coisas se complicam e nasce o mistério da escolha de Sintra.
Alguém, ou "alguéns", resolveram ligar o "complicómetro" e por razões obscuras, não explicadas e destituídas de qualquer lógica politica levam a distrital (e ao que diz o Expresso também a direcção nacional!!!) a não apoiar Marco Almeida e a arranjarem uma alternativa na pessoa do vice presidente do partido Pedro Pinto!
Que nada tem a ver com Sintra tanto quanto sei!
Perante este cenário, que carece de uma tão convincente (quanto obviamente impossível por inexistente) explicação ao mais alto nível, Marco Almeida avançou sozinho.
Sozinho em termos de partido bem entendido.
Porque na cerimónia da sua apresentação, ao que me dizem, esteve uma representação esmagadora dos movimentos cívicos, associativos, desportivos do município que nele reconhecem um valioso trabalho de proximidade nos doze anos que exerceu a vice presidência da câmara.
E isso, eleitoralmente, tem um significado nada depreciável.
Conclusão?
Numas autárquicas que por razões óbvias vão ser dificílimas para o PSD em todo o lado o partido dá-se ao triste luxo de no segundo município do país, devido a manobras obscuras de bastidores(repito), se preparar para ter duas listas (a do Marco Almeida e a do Pedro Pinto)e oferecer a câmara ao PS.
Alguém tem de ser responsabilizado por isto.
Porque é demasiado grave para passar impune.
E aqueles que estão a conduzir o PSD para um buraco maior do que o das célebres escadas do palácio da Regaleira (na foto que encima este post)tem de ser politicamente responsabilizados e impedidos de continuarem a fazer disparates atrás de disparates que comprometem seriamente o futuro do partido.
Neste caso especifico do "mistério da escolha de Sintra" palpita-me que as afinidades entre esta desgraçada opção (e seus autores é óbvio)e o significado que se atribui á Regaleira não ficam só pelas escadas e pelo fosso que se vê na fotografia.
Palpites...
Depois Falamos
P.S: Declaração de interesses: Sou amigo do Marco Almeida e do Pedro Pinto.
Ao Marco desejo o maior sucesso na sua candidatura,
Ao Pedro desejo que saia,enquanto é tempo, desta trapalhada em que o querem envolver.
O Cirilo mostra o poço das iniciações da Maçonaria -só conheço este e um privado em Côja-Coimbra. Parece-me que o problema está aí -muitas lutas pessoais e políticas, são lutas de lojas e de obediências. Como eu não uso avental mais não sei, mas que me cheira a compasso e esquadro cheira.
ResponderEliminarHá em Lisboa quem aposte em que percamos CM e Juntas para desse modo ser o único a ter 'tachos'. Mas muitos já pensam se a cabecinha pensadora (?) ganhará no seu quintal!
A razão do desrespeito pelos orgãos locais começou há muito -agora todos usam essa ferramenta para afastar pessoas que pessoalmente não interessam a A, ou B.
Quanto ao caso -sei que o MA tem muitos apoiantes em Lisboa, mas também tem muitos inimigos (de questiúnculas internas). Houve ódios criados estupidamente que nunca sararão -isto é apenas um caso.
Cara il:
ResponderEliminarTenho a certeza que nessa matéria sabe mais do que eu. Mas eu sei o suficiente para poder afirmar que o facto de não existir o apoio devido ao Marco Almeida nada tem de politico nem de lógico.
Tem a ver com questiunculas internas, com divergências das lutas pelas lideranças e pelo facto de a seriedade do MA não lhe permitir prestar-se a determinados "negócios".