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quarta-feira, dezembro 19, 2012

Jornais de Guimarães

Guimarães foi sempre terra de jornais.
E muitas vezes de bom jornalismo.
Ao longo de mais de um século, desde os finais do século 19, foram muitos os títulos que conheceram a luz do dia e muitos também os que foram desaparecendo devido aos mais diversos factores e circunstâncias.
À excepção do "Comércio de Guimarães" centenário e de boa saúde essa regra aplicou-se a quase todos os outros.
Recentemente foi a comunidade desagradavelmente surpreendida com a suspensão(esperemos que temporária) de um dos seus títulos mais antigos e prestigiados: O "Noticias de Guimarães".
Fruto de uma paixão de vida inteira do seu fundador,Antonino Castro, o jornal poucos anos sobreviveu ao desaparecimento do seu fundador e quase eterno director deixando uma lacuna importante na comunicação social vimaranense.
Praticamente na mesma altura também suspendeu publicação o "Expresso do Ave" (nascido "Toural")  que pese embora muito mais jovem que os anteriormente referidos também já tinha um caminho feito e pergaminhos adquiridos.
Anos atrás, e ao fim de poucos anos de publicação também tinham fechado portas o "Semanário de Guimarães" e o "Voz de Guimarães" ligados respectivamente Rádio Fundação e ao jornalista e escritor João Barroso da Fonte.
Assim sendo restam no panorama jornalistico vimaranense o "Comércio de Guimarães" e o "Povo de Guimarães" como semanários de informação geral e o "Desportivo de Guimarães" como notável excepção a nível nacional (tanto quanto sei) de um semanário desportivo que se publica regularmente há muitos e muitos anos.
Aliás o único jornal desportivo em cuja informação normalmente acredito por inteiro!
A eles se juntam o "Reflexo" da vila das Taipas e "O Cónego" da vila de Moreira de Cónegos.
De tudo isto que concluir?
Pese embora a existência de vários títulos no "activo" vem-se acentuando uma tendência para o encerramento de jornais e consequente estreitar dos espaços de opinião e informação numa comunidades que a eles estava habituada o que não deixa de ser preocupante.
Dir-me-ão, e é verdade, que tal se deve á crise económica, à diminuição do mercado publicitário e ás dificuldades das empresas.
E assim é.
Mas não deixa de ser preocupante, a vários níveis, que depois de anos em que vimos livrarias a encerrarem assistirmos em pleno ano da CEC ao encerramento de mais dois jornais vimaranenses de larga tradição.
 A crise, a internet, os jornais on line podem explicar muita coisa mas não explicam tudo.
E o que falta explicarem é que é verdadeiramente preocupante.
Depois Falamos

10 comentários:

  1. E foram logo os que eu assinava.
    Se o expresso do Ave anunciou a suspensão já o N.G. não deu cavaco,nem aos assinantes, o que é de lamentar. Com muitos assinantes no estrangeiros a estes só resta agora escolher entre o Comércio ou o Povo.
    E já que falou em livrarias, a da Praça H.da Fundação, muito recente, está em liquidação. Fruto da época.

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  2. E foram logo os que eu assinava.
    Se o expresso do Ave anunciou a suspensão já o N.G. não deu cavaco,nem aos assinantes, o que é de lamentar. Com muitos assinantes no estrangeiros a estes só resta agora escolher entre o Comércio ou o Povo.
    E já que falou em livrarias, a da Praça H.da Fundação, muito recente, está em liquidação. Fruto da época.

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  3. Tanta coisa que falta explicar Luís Cirilo !!
    A sua saída da direcção do Vitória de Guimarães por exemplo !!

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  4. Como sempre, o meu Amigo toca mais uma vez num tema que considero essencial para a formação do cidadão: a leitura e a informação.

    Também lamento o vazio criado pelo desaparecimento de jornais da nossa Terra. Com o "Noticias de Guimarães", do nosso Amigo e meu antigo colega Antonino, foi mais um bocadinho de democracia que partiu. Fazia parte do nosso património cultural e mediático. Sou pela diversidade da imprensa escrita. Pela versão papel, de medo que as palavras voem, numa sociedade marcada pelo consumeirismo e uma sociedade que se dilui. Devemos ser orgulhosos dos nossos mosqueteiros da informação, porque a informação é capital nos tempos atormentados e globalizados que são os nossos.

    Como o meu Amigo, só tenho estas palavras que deponho à vontade do vento. Que podemos fazer doutro?

    O problema das livrarias é idêntico. Porque as livrarias são cada vez mais raras, substituídas pelos bancos, boutiques de moda ou fast-foods! Porque os leitores nem sempre encontram
    ai aquilo que procuram e que são impacientes, muitos fazem hoje apelo aos monstros on line, como Amazon.

    Podemos medir os perigos desta escolha. Tanto mais que as livrarias nas quais se pode entrar, tocar nos verdadeiros livros, respirar o papel, ser aconselhado, existem ainda e oferecem os mesmo serviços que a livraria do Uncle Sam on line !
    Eu vejo dum mau olho, este site que propõe tudo, além dos livros, vassouras para os greens, GPS ou pinças e onde em imensos salas os robots preparam as encomendas em detrimento dos empregos para os homens!

    A livraria independente é um comércio humano que tem necessidade de clientes cidadãos!

    Quando penso nas livrarias independentes, vem-me à memoria a historia duma livraria fundada ilegalmente em Toulouse durante a guerra. Os nazis queimavam os livros? Um grupo de patriotas, escritores, intelectuais e professores que queriam repor em circulação os livros que os ocupantes tinham proibido ou queimado, criaram uma tipografia clandestina. Assim, enquanto que as tropas alemãs ocupavam uma parte do pais, a ambição era de fazer renascer o património literário e cultural da França e do mundo.

    Os livros permitem a abertura a todas as culturas, a todos os povos, imaginar um outro mundo de solidariedade, de liberdade, de cooperação, onde cada um poderá escrever, , publicar, pensar ou sonhar livremente.

    Pelo Natal, todos os meus presentes aos meus familiares e amigos, são livros!

    Bom Natal para o "Depois Falamos"
    !
    Freitas Pereira

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  5. Sinceramente, e sendo leitor regular e assinante de um dos jornais "suspensos" (apenas por amizade ao proprietário) tenho apenas a dizer que não se perdeu muito. Lamento dizê-lo, mas a falta de qualidade dos jornais de Guimarães é gritante (quer a nível gráfico quer a nível da construção de textos) e mais valia ter um ou no máximo dois jornais de qualidade do que quatro com qualidade fraca. Repito, lamento dizê-lo, mas é a verdade dos factos.

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  6. Sinceramente, e sendo leitor regular e assinante de um dos jornais "suspensos" (apenas por amizade ao proprietário) tenho apenas a dizer que não se perdeu muito. Lamento dizê-lo, mas a falta de qualidade dos jornais de Guimarães é gritante (quer a nível gráfico quer a nível da construção de textos) e mais valia ter um ou no máximo dois jornais de qualidade do que quatro com qualidade fraca. Repito, lamento dizê-lo, mas é a verdade dos factos.

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  8. Caro Anónimo:
    O que significa que na cidade,com excepção das do shopping,ficamos com a Ideal e a Luis Pinto Santos.
    Caro Anónimo:
    O post é sobre os jornais de Guimarães.
    Caro Freitas Pereira:
    Como normalmente estou de acordo consigo. Até no ogsto em oferecer livros no Natal. Há muito que o faço e continuarei a fazer. Obrigado pelos votos de Feliz Natal que retribuo com um abraço amigo.
    Caro iur.vsc:
    Essa é outra questão. Mas ainda assim prefiro maus jornais (o que nem é o caso) do que jornais nenhuns.

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  9. Essa de dizer que o Desportivo de Guimarães é o único jornal desportivo em que confia e o único que não se engana é de bradar aos céus. SINCERAMENTE. O post é sobre os jornais de Guimarães, e sendo o senhor de Guimarães, não quer isso dizer que seja tudo bom. Seria ótimo não ter miopia.

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  10. Caro Anónimo:
    Também não seria mau perceber as ironias

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