Entre 2004 e 2010 fui um seguidor convicto da selecção nacional de futebol.
Entre jogos oficiais e particulares devo ter visto, ao vivo, praticamente todos que se disputaram em território nacional com excepção de um ou outro jogado no estádio do Algarve.
De resto não falhei.
Guimarães, Porto (Dragão e Bessa), Aveiro,Coimbra, Leiria, Lisboa(Alvalade e Luz) e Braga fui a todos com o natural encanto de quem gostava de ver jogar uma grande equipa onde brilhavam Figo, Ronaldo, Ricardo Carvalho, Pauleta, Maniche, etc.
Nos dois ultimos anos com o interesse acrescido de por lá andar o "nosso" Pedro Mendes.
A partir de 2010 deixei de seguir a selecção.
Vi um jogo no estádio e apenas porque esse jogo foi no estádio D.Afonson Henriques.
Nunca tendo sido um adepto incondicional de Luis Filipe Scolari reconhecia-lhe, entre outros, o enorme mérito de ter blindado a selecção a outros interesses que não fossem os competitivos da mesma.
Com a sua saída recomeçaram a s trapalhadas, as jogadas de bastidores, as convocatórias incompreensiveis a sensação clara de que nos bastidores da selecção existiam "jogadas" pouco claras.
Foi assim que Carlos Queirós saiu, com aquela vergonhosa polémica de todos conhecida e com um (mau) cheiro a cabala, e entrou Paulo Bento.
Cujo curriculo como treinador se resumia aos juniores do Sporting e à equipa principal do mesmo clube sem qualquer resultado assinalável.
Não estando em causa as capacidades do técnico a verdade é que não só o CV era insuficiente como se temeu o pior.
Não que a equipa não se apurasse para o euro 2012 (também com aqueles jogadores era o que mais faltava...) mas que a blindagem de Scolari, ou o pouco que dela restava, se estilhaçasse de vez.
Meu dito meu feito.
Por razões diferentes as convocatória em tempos diversos de Eduardo, Rolando, Eder, Pizzi, Neto, etc entraram directas para o anedotário que sempre envolve opções pessimamente fundamentadas.
Mas o pior estava para vir.
O jogo de quarta feira com o Gabão é uma anedota total.
Uma equipa sem qualquer cotação, perdida no meio de Àfrica, a seis horas de voo de Lisboa é um atentado aos jogadores e aos interesses dos clubes que os cedem gratuitamente á selecção para a FPF auferir gordos cachets.
Num tempo em que os clubes disputam simultâneamente o campeonato, a taça (alguns as provas europeias) é uma sobrecarga desnecessária, disparatada e que merecia que os responsáveis fossem chmados "à pedra" de forma severa.
Mas tudo que é mau pode piorar:
De forma casual(devido á agressão de que Ronaldo foi vitima e o impossibilita de estar presente)soube-se que no contrato entre as duas federações estava previsto que o capitão da selecção jogasse!
Ou seja:
Há um grupo de jogadores que é convocado por Paulo Bento e um jogador que é convocado pela direcção federativa.
É claro que em condições normais Ronaldo é titular desta selecção (ou de qualquer outra selecção mundial se noutras pudesse jogar) porque a sua valia é mais que suficiente para isso. Mas em termos de grupo é um jogador como os outros e o seleccionador deve ser soberano na sua convocatória.
Sob pena de a coesão interna se estilhaçar.
Neste "circo" em que se está a transformar a "equipa de todos...eles" as semelhanças com os verdadeiros circos são cada vez maiores: a principal atracção , o "leão", tem de actuar sempre para chamar espectadores e dar brilho ao espectáculo.
Depois os equilibristas, os palhaços, os trapezistas, ilusionistas, etc são personagens secundários cuja unica função parece ser acolitar o "leão" na sua exibição.
Não sei, sinceramente, como Paulo Bento aceita isto.
"The Show must go on" ?
Sim, sim.
Mas comigo nas bancadas é que nunca mais enquanto este "status quo" se mantiver
Depois Falamos
como lhe dou razão caro Luis.
ResponderEliminarQue palhaçada de jogo
Caro Anónimo:
ResponderEliminarE , a avaliar pela imprensa, parece que o "circo" continua