Um destes dias, ao fazer um zapping televisivo, fui dar com a enésima repetição de “Parque Jurássico” o filme com que Steven Spielberg revolucionou a forma como eram vistos os dinossauros e que os colocou na moda.
Vá-se lá saber porquê lembrei-me dos presidentes de câmara que por força da lei de limitação de mandatos se aprestam para deixarem os lugares onde alguns passaram uma vida e da forma como encararão esse inevitável (pelo menos para a esmagadora maioria) fim de ciclo.
Porque se é verdade qua lei impede a recandidatura de todos aqueles que completam o terceiro mandato consecutivo á frente do respectivo município não é menos verdade que existem muitos que estão há quatro, cinco, seis mandatos em funções.
Há até casos como o de Braga ou de Vila Nova de Poiares em que os presidentes estão no décimo (!!!) mandato consecutivo.
Ou seja passaram grande parte da sua vida a fazer a mesma coisa.
Como encararão eles este ano derradeiro?
Alguns, porventura os mais avisados, já deixaram as autarquias aos potenciais sucessores e evitaram um último ano “penoso” em que todos os dias falta menos um dia.
Com o que isso significa de perda de poder efectivo, do assistir ao realinhar de fidelidades, do aperceberem-se que em bom rigor já não contam para nada.
O que origina, é da natureza humana, que sejam confrontados com insatisfações, recalcamentos e ingratidões de gente que consideravam próxima e até amiga e que vendo-os sem poderem recandidatar-se aproveita para “ajustar” contas.
Outros, por nostalgia, apego ao poder (por menor que vá sendo…), vontade de afirmarem que “depois de mim o caos…”ou simplesmente por não saberem ou terem mais que fazer vão ficar até ao último dia dificultando a vida ao candidato do seu partido e atirando com o fel da impotência política para cima de quem os incomode.
Outros, ainda, mas penso que muito poucos vão optar por uma saída em beleza procurando consensos e colocando-se numa posição senatorial no futuro do seu município.
Ao fim e ao cabo cada cabeça cada…opção.
Mas acredito que muitos se vão interrogar até ao fim dos seus dias (e se calhar depois, como a imagem que encima este post) porque raio se foram lembrar de fazer a malfadada lei.
Depois Falamos
Car Cirilo, só falta mesmo referir aqueles que pretendendo fazer uma leitura muito pessoal da lei, abandonam uma Câmara para se candidatarem a outra.
ResponderEliminarAbraço,
Pedro
Sr. Luis Cirilo, estava á espera de um comentário seu sobre a vitória do GRANDE BRAGA, e nada...
ResponderEliminarCaro Pedro:
ResponderEliminarEssa é uma situação que não devia acontecer. Porque a lei deve aplicar-se ao eleito e não ao cargo.
Caro Anónimo:
Se espera comentários meus aquilo que identifica como "grande Braga" vai ficar como o da imagem à espera...