Não se entenda este post como uma descortesia ou uma falta de consideração pelo CDS.
Tão pouco como uma falta de reconhecimento pelo seu espaço próprio, pela sua autonomia de decisão, pelas diferenças ideológicas que tem em relação ao seu parceiro de coligação.
É apenas um retrato, figurado, do que tem sido a sua lógica de actuação, as suas fidelidades internas, a forma como se posicionam no especto político e nas coligações que tem feito com o PSD.
A verdade é que o CDS, tal como foi criado por Freitas do Amaral e Amaro da Costa, já não existe!
Depois dos anos tormentosos que se seguiram ao fim da AD, em que perdeu grande parte do seu eleitorado para o PSD (e praticamente desapareceu do mapa autárquico), o partido arrastou-se penosamente pelo cenário politico reduzido a ser o “partido do táxi” e sem nenhum espaço relevante de intervenção.
Líderes como Lucas Pires ou Adriano Moreira, pese embora a qualidade politica e intelectual de que davam mostras, foram incapazes de travarem essa queda do partido na irrelevância e acabaram por abandonar funções sem honra nem glória porventura convictos de que o problema não tinha solução.
Foi das sombras que então emergiu um pequeno e aguerrido grupos de jovens, unido por fortes (não tão fortes como alguns pensavam…) laços pessoais e políticos, decididos a conquistarem o poder interno e a devolverem ao partido o peso politico então perdido.
Com um líder (pelo menos ele achava que era…), Manuel Monteiro e um guru ideológico (Paulo Portas),assentes nas fidelidades de um pequeno grupo em seu redor imbuído de uma dedicação fanática aos seus comandantes o CDS reergueu-se da tal irrelevância e voltou a ganhar espaço.
Mudando de nome (passou de CDS a PP),defendendo com ardor três ou quatro causas mediáticas como a lavoura, tornando-se útil ao governo de Guterres (a famosa negociação em suite de hotel) o pequeno grupo foi ganhando espaço e protagonismo.
Pelo caminho, e como acontece muitas vezes nas seitas, o guru viu-se na necessidade de “matar” o líder e tomar o seu lugar em nome do fortalecimento do grupo, do cerrar fileiras nas causas e no garantir do seguidismo fanático.
Sem qualquer prurido ou hesitação voltaram ao nome original, retornaram à democracia cristã, deixaram algumas das tais causas mediáticas e voltaram, em 2002, a ser um partido de poder.
De lá para cá a história é mais fácil de relembrar.
Presença nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes,sem merecerem criticas especiais quanto á solidariedade de que deram provas (há quem fale em submarinos, sobreiros e uma certa careta numa certa tomada de posse mas passemos adiante…), e depois deste ultimo ter sido derrubado pela famosa cabala voltaram á oposição sem danos especiais na sua imagem.
Tal como acontece nas seitas em ocasiões especiais o guru/líder deu um passo atrás, deixando os seus fieis bem posicionados para na oportunidade certa derrubarem o “inocente útil” que se predispusera a acarretar o fardo do primeiros tempos de oposição, e as coisas correram conforme previsto.
A manobra táctica, brilhante diga-se de passagem, permitiu reforçar lealdades, reafirmar convicções, separar os fiéis dos que tinham dúvidas (coitado do Luis Nobre Guedes que só tarde percebeu…) e apurar as lógicas internas de funcionamento em “seita”.
Com os disparates do governo Sócrates a acentuarem-se e sendo previsível que este dificilmente chegaria ao fim o guru/líder tocou a reunir e mandou os fiéis dos fiéis para o combate necessário á retoma do total poder interno.
Derrubar José Ribeiro e Castro.
O que fizeram de uma penada.
Com o “querido líder” de regresso, com os seus fanáticos admiradores a controlarem todo o partido desde os órgãos nacionais aos distritais passando pelos parlamentos (nacional e europeu) o CDS estava pronto para regressar ao poder na primeira oportunidade.
O que aconteceu nas últimas legislativas.
Feito o acordo de coligação logo se percebeu que desta vez a lógica de “seita” seria claramente assumida em detrimento da prudência com que em 2002 o partido tinha integrado o governo de Durão Barroso.
Começou pelo lugar exigido por Portas.
Os Negócios Estrangeiros.
Onde se paira acima dos problemas comezinhos de governar um país em crise e se tem um palco privilegiado para assistir ao desgaste dos outros!
Depois os outros lugares.
Onde outrora indicara nomes com peso politico para os “seus” lugares de ministros (Bagão Félix, Celeste Cardona, Luis Nobre Guedes e Telmo Correia) agora a aposta foi à descarada nos seguidores fiéis e mais fanáticos do guru/ líder.
Mota Soares (que pese embora o apelido foi de lambreta para a tomada de posse e logo aí deixou um sinal que só não percebeu quem não quis…) e Assunção Cristas.
E ao aceitar esses nomes cometeu o PSD o primeiro (a própria orgânica do governo foi um erro tremendo) de vários erros mas não é esse o tema deste post.
A que se somaram alguns secretários de estado moldados no mesmo tubo de ensaio.
Dedicação fanática ao “querido líder”, absoluta disponibilidade para “matarem” e “morrerem” por ele, absoluta ausência de pruridos na execução das suas dogmáticas directivas.
Percebeu-se isso, na última semana para citar apenas factos recentíssimos, através das críticas a Vítor Gaspar protagonizadas por João Almeida no Parlamento ou das intervenções de Nuno Melo no debate na RTP.
Dois fidelíssimos de Portas como não podia deixar de ser!
A que a conferência de imprensa de ontem do guru/líder apenas veio juntar a evidência do que os seus pupilos já tinham demonstrado.
O CDS (ainda) está no governo mas absolutamente ansioso por deixar de estar.
E penso, mas isto é apenas um reflexão pessoal, que ainda está apenas e só porque ainda não conseguiu (pese embora o brilhantismo táctico do “querido líder”) engendrar a melhor forma de se pirar da governação fazendo o ónus do fracasso recair inteirinho sobre o PSD.
Mas não subestimemos o “querido líder”, o pequeno grupo de fanáticos que o segue para todo o lado, nem as lógicas de “seita” pelas quais o partido se orienta.
Eles não vão desistir!
Depois Falamos
P.S. No fundo o que me aborrece, enquanto cidadão contribuinte, é que a história recente de PSD e PS não é assim tão diferente da do CDS como pode parecer
Na mouche, meu caro Luís! Certeiro e assentar que nem uma luva! Abraço, ZP
ResponderEliminarCuidado com essa do "querido líder"... Pode haver quem não goste!
ResponderEliminarMas eu gostei, ai se gostei... E não é que se virmos bem, eles ainda têm qualquer coisa de "olhos em bico"? Os três que falavas. O "Guru", a "Cristas" e o "Lambreta"! Coitados... Parvo é o Coelho que não viu nas que se estava a meter... Deu ao "Guru" os três, ups... que eles tanto queriam. MNE, Lavoura e Segurança Social. Apetece-me dizer uma coisa feia... "Betinhos". Prontos já está. E sempre com a mesma lenga, lenga, "Nos superiores interesses do País", blá, blá, blá... O tanas! Pensa que vai chegar a Primeiro Ministro.
Que saudades que eu tenho da política a sério. Sá Carneiro, Freitas do Amaral, antes da diarreia cerebral que teve há 5 anos atrás, Amaro da Costa, AD, P'rá Frente Portugal, que saudades e que tristeza me deu! Isso eram políticos. Isso eram coligações. Agora? Pois, outros valores se "alevantam". Já estou a ver o Paulinho das feiras, ou da Agricultura, ou do Estrangeiro, a dizer quando se conseguir baixar a TSU em 1%. "Estão a ver? Se não fosse eu continuava tudo na mesma". Culpa tem o Coelho, que por força de ser o que é, dá no que dá. É tipíco dos transmontanos. São muito boas pessoas, mas quando são atraiçoados disparam para qualquer lado. Como é evidente, com todo o respeito para com os transmontanos, gente que aprecio e que tenho vários amigos. Mas têm este defeito, como nós minhotos temos outros, talvez piores. O melhor que o Coelho tinha a fazer, "nos superiores interesses da nação" era jogar há batalha naval com o Paulinho e afundar-lhe os subsmarinos.
Concordo com tudo o que disseste neste post, mesmo com as entrelinhas, só não posso concordar com a imagem. "Illuminati". Só se for aprendiz... E andamos nós ao jogo do gato e o rato, quando o País precisa que ponhamos acima de qualquer interesse pessoal os interesses da nação. Mas não da boca para fora.
Francisco Guise
Prezado Luís Cirilo,
ResponderEliminarEstamos perante um problema de legitimidade política muito grave que se instala cada vez mais à medida que cresce a convulsão social. Nem PSD, nem CDS/PP e muito menos PS, como partidos maioritários, têm condições mínimas para governar Portugal. E caso se avance para novas eleições, como a oposição tanto anseia, receia-se que se instale novo caos social e político com a reintrodução de novas medidas de austeridade, numa espécie de vira o disco e toca o mesmo, e a provável emersão da ala comunista.
Mesmo que se avance com uma reestruturação da dívida, como alternativa às medidas acordadas com TROIKA, estaremos a recuar para cair no abismo terceiro-mundista, capaz de nos atirar borda fora da União Europeia e aí só nos restaria a opção de sermos "comprados", por questões estratégicas, ou pela China ou pelos Estados Unidos. Confesso que senti alguma esperança pela anunciada criação da Federação dos Estados Unidos da Europa, o que levaria à perda do Estado-Nação, tal como o conhecemos. Perderíamos a nacionalidade, o hino, a independência, o governo e passaríamos a ter um senador eleito de entre dois ou três partidos. E as manifestações passariam a ser feitas em Bruxelas.
A mim parece-se que qualquer seja o próximo passo, após tempos de prosperidade impulsionados pela Democracia, pela União Europeia, pela República ou pela paz pós-25 de Abril, haverá um preço muito alto a pagar. E pior mesmo é que o calvário ainda só agora está a começar... tempos semelhantes a este, na nossa história, que me lembro ter estudado, só os 80 anos de domínio filipino (1580-1640), só que desta vez, se não formos capazes de agarrar a TROIKA pelos cornos e z dizer-lhes quem manda, preparamo-nos para o adeus definitivo a tudo o que é português.
A Grécia, a Irlanda e Portugal foram os três primeiros países da zona euro a passar sob a tutela directa dos seus credores concluindo planos de "ajuda" com a troika.
ResponderEliminarMas estes acordos, que geram novas dividas e que impõem aos povos medidas de austeridade sem precedente, podem ser contestados na base do direito internacional. Porque estes acordos são "odiosos", portanto ilícitos,
Que espera o governo português?
Ou não conhecem a doutrina da "divida odiosa"? As dividas são contraídas e os fundos que originam devem ser utilizados para as necessidades e os interesses do Estado. Foram eles realmente?
Ora, os empréstimos da Troika são condicionados a medidas de austeridade que violam o direito internacional e que não permitirão a estes Estados de sair da crise.
Segundo a Convenção de Viena de 1983, e os princípios do direito internacional da Carta das Nações Unidas, pode entender-se por odiosa" toda e qualquer divida contraída para objectivos não conformes ao direito internacional", ou," todo empréstimo concedido em contrapartida da aplicação de politicas violando os direitos humanos".
As condições impostas pela Troika (despedimentos maciços na função publica, desmantelamento da protecção social e dos serviços públicos, diminuição dos orçamentos sociais, aumento dos impostos indirectos como o IVA, baixa do salário mínimo, etc.) violam de maneira clara a Carta das Nações Unidas (art.55 e 56).
A ingerência da Troika é inadmissível. Recordo o diktat dos ministros das finanças da zona euro e da UE aquando da reunião de Budapeste: " O plano de austeridade para Portugal deve começar imediatamente desde a formação do novo governo após as eleições de 2011"., avisando desde já que "qualquer que seja o resultado das eleições, este programa será aplicado"! Sem possibilidade de retrocesso. E ninguém protestou ! Porquê ?
Qual foi o interesse de Portugal de concluir tais acordos? Além dum pouco de oxigénio financeiro.. que devia servir para reembolsar os credores ?
No médio e longo prazo, estes planos de rigor vão mesmo fazer piorar a situação, porque a carga dos juros sobre estas novas dividas aumenta, ao mesmo tempo que as medidas da Troika têm por efeito de reduzir a actividade económica , reduzindo o poder de compra e afectando as condições de vida da população.
As medidas ditadas pela Troika têm também como consequência de encerrar o pais na lógica infernal do endividamento pois que ele vai dever continuar a pedir mais empréstimos para poder reembolsar. Vai ser uma historia prolongada por mais dez anos...
Perante esta situação, o governo , se quiser respeitar o interesse da população, deve romper o acordo com a Troika e suspender imediatamente o reembolso da divida nas condições impostas actualmente.
Se não o fizer com coragem hoje, deverá fazê-lo amanha ... na urgência da falência.
Freitas Pereira
Caro Dr. Cirilo,
ResponderEliminarsó faltou dizer que esta criado o caldo para o "Sr.Silva" fazer o que tanto quer há muito tempo... a D.Manuela (no comente) já fez a sua parte, as reuniões já começaram...aguardemos. Espero que não, e seria uma enorme desilusão pessoal mas...eles andam por ai.
IL
Respeitar o interesse da população e rasgar o acordo com a TROIKA, é não sermos capazes de caminhar pelo nosso próprio pé. Haverá coragem para fazê-lo neste Governo? Creio que não. Porém, se uma ou duas manifestações gerais, como a de sábado passado, se realizarem durante a semana, em horário laboral, tenho a certeza que o Governo cairá. Triste é a figura de Cavaco Silva que já deveria de ter feito uma comunicação ao País, o que demonstra que o Presidente da República não respeita os descontentes que afinal são milhões de portugueses. Até agora têm sido pacíficos, mas quando não se tem nada a perder, fica-se disposto a tudo.
ResponderEliminarSem querer entrar em debate, mas respondendo ao "FreitasPereira", para lhe dizer que do ponto de vista jurídico-económico, até concordo com a teoria. E sim poderíamos considerar a nossa divida "odiosa" bem como odiosos são todos os que a contraíram de uma forma leviana, no mínimo.
ResponderEliminarAgora há o reverso da medalha. O Equador foi o último a recorrer a este estratagema, salvo o erro. E como vive?
Apesar de tudo, nós precisaremos sempre quem nos empreste dinheiro e se recorrermos ao perdão da dívida seja de que forma for, deixamos de ter quem confie para por o seu dinheirinho na nossa mão.
Francisco Guise
Caro Zé Paulo:
ResponderEliminarÈ dos tais casos em que preferia não ter razão.
Caro Francisco:
Eu também tenho saudades desses tempois gloriosos em que se fazia politica de outra forma.
Mas agora é o que temos.
Caro Capitão Leonel Vieira:
Eleições nada resolverima neste quadro. A alternativa nem alternativa é tais as semelhanças.
Caro Freitas Pereira:
Como sabe, e temos trocado comentários sobre isso, nada será feito. E daí que olhe para o futuro deste país com um pessimismo e crescendo. Mas espero estar enganado.
Caro IL:
Assunto a seguir com atenção.
Caro Luis Pimenta:
A legitimidade para governar vem do voto não das manifestações.
E no dia em que a rua derrubar governos estaremos com um problema maior do que aquele que temos hoje.
Caro Francisco:
Em sua...estamos tramados
são todos uma cambada de ***...! a situação politica ou social pouco interessa... os Bancos, FDP!, deveriam ser todos nacionalizados porque já não emprestam dinheiro porque não querem correr riscos!!? PQP!? Afinal para que c***... servem os bancos? Pra levar lá dinheiro? Pra vender seguros? Isto só começou depois da introdução das medidas de austeriadade na política, fechando a possibilidade do povo singrar
ResponderEliminarveja, dantes comprava-se casa, carro, viagens, negócios próprios e o povo governava-se como podia porque dinheiro faz dinheiro... agora estamos atados de pés e mãos porque vem um FDP estrangeiro mandar no nosso País e dizer que temos de cortar os subsídios, as reformas, aumentar impostos, fechar escolas e centros de saúde, despedir professores, acabar com obras públicas... é para isto que votei estes anos todos? pra falir e morrer com um tiro na cabeça? anda um gajo aqui a pagar a casa a vida inteira 200.000 e hoje valer menos de 70.000? pra mim acabou, até posso emigrar sisto ficar pior, nunca mais na PDV voto seja em quem for porque Portugal, pra mim, acabou, c***! façam lá o que quiser, quando digo acabou é porque acabou mesmo, c***
Desculpe Francisco Guise de voltar ao assunto:
ResponderEliminarFalemos do Equador. Depois da decisão histórica de suspender o pagamento da divida, e após meses de trabalho intenso para auditar a divida, o Comité Internacional produziu os primeiros resultados, declarando uma grande parte da divida ilegítima.
Sobre esta base, o governo suspendeu o pagamento dos títulos da divida chegando a maturidade em 2012 e 2030. Isto levou os credores a revender rapidamente estes títulos a 35% do valor de origem. Claro que Washington teve um ataque...
Hoje, o Equador é o pais da América Latina onde existem mais vantagens sociais, os pobres recebem subsídios e as despesas de saúde são inteiramente gratuitas. As despesas publicas também aumentaram. A percentagem de pessoas vivendo abaixo do patamar de pobreza passou de 37,6% em 2006 a 28,6% em 2011.
Poderíamos também falar do caso da Argentina, que suspendeu o pagamento da dívida e hoje vive normalmente.
Mas é bem possível que os partidos ditos de governo em Portugal, não estejam muito de acordo para fazer auditar a divida portuguesa, porque viriam à luz do dia responsabilidades enormes na gestão do pais.
Porque se sabe que uma divida ilegítima ou odiosa se caracteriza por: a) foi aceite sem o consentimento do povo, b) para a qual o dinheiro utilizado foi contrario aos interesses da nação e c) que o credor estava ao corrente dos factos enunciados precedentemente. Há historias de submarinos e estádios de futebol e TGV's , entre outros, que sairiam a lume.
Uma grande parte do dinheiro era proveniente de bancos franceses, alemães e outros bancos privados dos principais países da UE. Claro que muito dinheiro entrou em Portugal sob forma privada e /ou publica.
Estes bancos privados concederam os empréstimos, porque estes lhes eram proveitosos! E para mais, eles sabiam que se um problema se apresentasse, o Banco Central Europeu "tapava os buracos"! Creio que se pode discutir e interrogar sobre a legitimidade deste tipo de empréstimo.
Claro que a Troika utiliza a dívida portuguesa, colmo ela utiliza a divida grega, como um instrumento , como um meio para impor uma politica que viola os direitos elementares dos povos. A Grécia foi o laboratório. A terapia de choque levou à nomeação dum homem da Sachs para primeiro ministro , que nenhum grego elegeu.
A verdadeira motivação do FMI e dos outros elementos da Troika, a BCE e a Comissão de Bruxelas, é de não fornecer crescimento! Eles sabem perfeitamente que com esta politica Portugal não pode recuperar no plano económico. Eles sabem-no muito bem. Eles não são estúpidos. Eles são inteligentes. Eles servem-se da crise de maneira estratégica para reduzir os salários e o nível de vida da população, porque QUEREM UM PAIS E UM MUNDO QUE AUMENTE OS BENEFICIOS DAS GRANDES EMPREZAS. Eles querem ajudar e reforçar as grandes sociedades financeiras como Goldman Sachs, Deutsch Bank, JP Morgan e todos os bancos privados da Europa e dos USA. Alias esta politica é perfeitamente coerente e inteligente.
Freitas Pereira
Desculpa Luís Cirilo, desculpe-me Freitas Pereira e desculpem-me todos os que aqui vêm comentar os artigos do blog.
ResponderEliminarCaro Freitas Pereira, tem razão em tudo o que disse. Como é bom ainda haver Portugueses que pensam... O seu post é excelente, de verdade. A crescento ainda o caso da Islândia, que de falida há coisa de dois anos atrás, depois de julgar e prender os seus responsáveis, agora cresce, segundo mas previsões, três vezes acima da média europeia!!! Como é possível? Será que trabalham mais que nós? Não, concerteza.
O segredo está em agir, sem medo de descobrir o que já todos sabem. Vejam o Cravinho hole na Comissão Parlamentar acerca das PPP, no caso o comboio na ponte 25 de abril. "Foi mum erro descomunal". Porra, 45M a mais, que ainda não percebi se serão por ano até ás calendas Gregas. Foi um erro de cálculo? E quem paga? Nós? E quem beneficia? Continua a receber?
Veja o António Barreto. "Sei que existem contratos secretos". Ácerca das PPP. E ninguêm investiga? É razão mais do que suficiente para impugnar todos os contratos existentes, se se provar a existência dos ditos.
Portanto, e para terminar, porque estamos em sintonia. Não é preciso recorrer à dívida odiosa para resolver os nossos problemas. Somente necessitamos que os nossos tribunais, a PGR, o nosso Governo e o nosso PR, funcionem e os tenham no sítio, que as transferências dos off-shores começam a pingar deste lado. Ou então temos que construir mais casas de reclusão.
Um abraço e3 não desista.
Francisco Guise
Para tudo há uma solução. Vi que conseguiu inteligentemente fundamentar que a TROIKA está a destruir o nosso País. Todavia, não apontou um caminho claro e bem definido para uma saída airosa deste lamaçal. Quanto a mim, a solução de fundo para a resolução do problema é tão simples quanto complexa e não se resume ao que se passou na Lehman Brothers, pois grande parte dos países europeus não está em crise. Por enquanto. Não basta fazer manguito à TROIKA ou à União Europeia e ficarmos sós, sem rei nem roque, no nosso canto europeu com a palhinha no canto da boca tipo Lucky Luke. Estaremos à espera que os Canadianos da Pequilla Minerals venham explorar recursos inesgotáveis de ouro nas nossas reservas e com isso resolver o problema da falta de dinheiro? Nunca na vida. Dos privados, e ainda para mais estrangeiros, nunca se pode esperar nada de bom e garantido. O problema resolve-se com um abanão na economia, a nível interno, promovendo a agricultura intensiva e diversificada de qualidade, tal como as pescas, como as duas únicas e mais fiáveis escapatórias para fortalecer a nossa economia, tornando-nos primeiro sustentáveis e depois com capacidade de competir nos mercados internacionais.
ResponderEliminarUm povo que perde a capacidade de produzir para comer e vender excedentes, acaba por se afundar ao confiar numa indústria há muito absorvida pelos asiáticos.
Por outro lado, não é na Jerónimo Martins, no Modelo e Continente ou no Rock In Rio que se vê Portugal crescer. Aliás, a única coisa que cresce em Portugal todos os dias e sem pagar imposto são as ervas daninhas. Vê-se Portugal a afundar por cada barco ou camião TIR que entra no nosso País; por cada loja chinesa que abre em cada esquina; por cada funcionário público que é despedido e engrossa a fila na segurança social; por cada português que resolve os seus problemas com a emigração; enfim, se quiser, nos aumentos contantes da gasolina e do gasóleo. Portugal está em crise e por um fio porque colocou-se a jeito sempre que teve Governo! Por ter enveredado por políticas económicas despesistas que destruiram o nosso maior património: agricultura e as pescas.
Grandes males, grandes remédios. Solução de futuro: conseguirmos o perdão da dívida, tal com recurso aos tribunais internacionais, como sugere; mas se voltarmos a fechar as nossas fronteiras; se nacionalizarmos todas as empresas com capitais privados e estrangeiros; apostando em politicas baseadas no desenvolvimento agrícola, pescas, tecnologia, inovação de veículos ecológicos, gestão de empresas, medicina, investigação, cultura, lazer, turismo, enfim, tudo que um povo precisa sem estar a depender dos outros. Sem esquecer o Vaticano a prescindir das receitas provenientes das paróquias portuguesas e serem convertidas em ajudas materiais nos programas estatais. Se formos capazes disto tudo, de certeza que temos futuro. Caso contrário, o rico fica mais rico, o pobre mais pobre, o louco mais louco, o que pensa em matar-se, já era.
Aviso: qualquer as mudança que se faça, será sempre para pior... por uns tempos! Ou permanentemente!
Capitão Leonel Vieira
Entre outras coisas que ressaltam desta crise política em cima da crise política em cima da crise económico-financeira, é que o Pedro é um menino de coro à beira do Paulo e ficou entalado. Cheque ao Coelho!
ResponderEliminarCaro Capitão.
ResponderEliminarDe momento, fez-me sonhar. Regressei aos anos sessenta em que amigos mais velhos, bastante iluminados, me falaram do Paraíso Comunista a implementar aqui; quando o sistema implodiu na própria União Soviética compreendi que a Rússia, quanto a Portugal, em 25 de Novembro de 1975, afinal, não nos auxiliou, não por causa de ter de apostar num cavalo manco; sim, por causa da falência das teses marxistas aplicadas ao comum dos homens: que é egoísta, solidário, às vezes, e nunca desprendido dos bens materiais em seu próprio nome (o mais humilde cidadão, logo que a fortuna o favoreça apressa-se a adquirir o seu próprio quintal e a rodeá-lo de altos muros).
Claro que a sua exposição nada tem a ver com marxismos, apenas fiquei momentâneamente ofuscado com o futuro que promete; senti alguma felicidade nisso tudo. Infelizmente, o sonho do meu Capitão requer um "Condutor" que custa muito a aparecer, pois, como povo, e pelo povo, não vejo povo nenhum capaz de fazer demolir os nossos quintais. Será tudo possível através da Educação, o que levará gerações e gerações a adquirir.
Obrigado.
É como diz, Caro José Freitas, a mudança de mentalidades precisa de tempo. Os jovens já sabem ler e escrever, mas isso só não chega porque falta-lhes afirmação e responsabilidade coartadas pela falta de oportunidades ou objectivos a médio prazo. Precisa-se de um patamar superior de inteligência e de evolução de mais uns 100 ou 200 anos. Mas fique ciente que eu não quero o fascismo, muito menos o comunismo, embora algum destes ideais sejam mais amigos do povo do que os actuais, mais precupados em operações de cosmética social ou de imagem. Precisamos é de uma só voz reunida numa estrutura de estado (não um Governo às cores!) desprovida de bata e compasso político, capaz de ser tão cega quanto a justiça, tão humana quanto a filosofia do Dalai Lama, tão rigorosa quanto a matemática, tão fiel ao povo como a fome e a sede de todos os dias.
ResponderEliminarÉ urgente uma viragem. Todos temos consciência disso. Não à esquerda ou à direita, mas rumo ao futuro em que todos, sem excepção, se sintam cidadãos em igualdade de oportunidades. Talvez uma máquina governe melhor que as pessoas. Talvez o povo não queira ser "governado" por interesses, arrufos ou tricas partidárias que desviam as atenções do essencial. Infelizmente, vivemos num tempo em que a ilsuão comanda os nossos destinos e nos vão falhando permamentemente os planos B, C e D. Uns rezam para que os nossos vindouros não herdem um legado de dívidas, outros razam para estar bem longe quandos esses tempos chagarem. Ninguém reza por aquilo o nosso País precisa: comida, saúde, trabalho, esforço, vontade, dinamismo, lazer e inovação. Quais mais precisamos para não andarmos tristes? Do Ronaldo, do Mourinho? Só se for para alimentar o ego. Se cada um faz a cama onde se deita e se no seguinte ratio só três em cada 10 milhões de portugueses (contando o Durão Barroso!) são bem sucedidos internacionalmente, isto dá pela regra dos três simples uma necessidade de gerar 100 triliões de portugueses para gerar 10 milhões de cidadãos ilustres e sem problemas de qualquer espécie. Mais depressa se esgotam os recursos naturais do planeta do que tamanha ambição...
Vamos falando!