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quinta-feira, setembro 06, 2012

Convicções...ou Falta Delas

Sou dos que pensa que é preferível uma convicção errada do que a total falta dela!
E isso aplicado á governação de um país tem uma força tremenda porque perante o juízo da opinião pública, especialmente num cenário de permanente (?) crise económica, o pior que pode acontecer a um governo é passar uma imagem de desorientação, de dúvidas quanto ao caminho a seguir, de fragilidade perante os grupos de opinião.
Os estadistas que fazem a diferença são aqueles que conseguem transmitir aos seus povos a força das suas convicções, a certeza nos caminhos escolhidos, a firmeza com que defendem as suas opções.
E isso aplica-se aos governos globalmente, aos ministérios e secretarias de estado, às direcções gerais, às administrações regionais, às autarquias.
Prefiro sempre dar o meu voto a quem me indica um caminho, ainda que no final não se revele tão perfeito quanto suposto, do que apostar em quem faz do ziguezague a forma de se mover sempre sensível às criticas da oposição, da imprensa ou dos sindicatos e permanentemente predisposto não só a mudar de rumo como a aceitar por em causa as suas próprias opções.
É o pior sinal de fragilidade que se pode dar na vida politica.
Permitir que á boleia das críticas dos outros duvidemos de nós próprios!
Não exemplificarei com nenhum dos vários casos concretos que conheço porque este princípio da convicção é geral e não particularizável.
Mas choca-me que este governo em que votei, e um seu ministério em especial, se venham revelando tão permeáveis às criticas de um determinado lobby ao ponto de se entreterem a dar permanentes tiros nos pés fragilizando as suas próprias escolhas e demonstrando uma tibieza de princípios verdadeiramente confrangedora.
Para além, embora menos importante, de uma política de comunicação desoladoramente amadora!
Quando se tem convicções, quando se escolhe um caminho e os companheiros de percurso, há que fazer esse caminho com determinação, coragem e intensa solidariedade.
Só assim se atinge o sucesso.
Infelizmente no caso deste ministério as convicções são desconhecidas, a coerência politica nada diz a quem tem da politica uma visão instrumental e de glorificação pessoal, resta apenas gente fraca e timorata sempre disposta a agachar-se a qualquer poder.
Especialmente o oriundo dos lobbys e da comunicação social.
Tenho pena.
Mas não é deles.
É de com o meu voto os ter ajudado a irem para lá!
Depois Falamos

7 comentários:

  1. Excelente artigo. Nao sei a que ministerio se refere mas parece-me uma boa radiografia de varios membros deste governo.

    Lucas Ribeiro

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  2. Eu tb tenho pena....mas é de nao haver eleiçoes ja.....o que vale ainda sao as manifestaçoes que vao havendo, pelos vistos a unica forma de manifestar a nossa indignação e revolta por toda esta situação...até ao dia que isto tome outro tipo de proporçoes, de forma a termos um rumo

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  3. Não há nada no mundo dos homens, que o homem não possa realizar... Se os objectivos que procura atingir só interessa o próprio, eles não o levarão mais longe que ele mesmo. Mas os objectivos que se visam para o bem comum levam muito para lá e mesmo até à eternidade.

    Infelizmente, a maioria dos homens políticos só têm objectivos pessoais para realizar.

    Se tivesse votado por outro partido que o seu, Caro Amigo, o resultado seria o mesmo.

    O problema é que são os homens que fazem e desfazem os partidos.

    A social-democracia digna deste nome tem princípios, um ideal, um eixo director. Estes princípios podem ser contestados, mas eles existem. Eles caracterizam-se numa vontade real de redistribuição da riqueza produzida, numa acção sincera dos poderes públicos em favor dos mais desfavorecidos, num outro olhar sobre a importância e o valor do trabalho.

    Este é o mínimo necessário para conseguir uma mudança real da sociedade individualista actual, numa onde a solidariedade seria o objectivo.

    A prioridade da pesquisa perpétua do bem comum contra as pretensões exorbitantes das oligarquias industriais, comerciais e financeiras.

    Este deveria ser o objectivo dos políticos, se fossem capazes de ver mais longe que o interesse próprio.

    Freitas Pereira


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  4. Caro Anónimo:
    As eleições serão em 2015. E os mandatos são para cumprir.
    Caro Freitas Pereira:
    Nãop posso estar mais de acordo.

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  5. Sempre tão perspicaz :) Beijinho

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  6. Cara Laura:
    Obrigado.
    Vou tentando mas nem sempre é fácil.
    Beijinhos

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