Não há nenhum primeiro-ministro que goste de fazer remodelações no seu governo.
Desde logo porque isso implica admitir, ainda que implicitamente e por vezes com muito boas justificações, que as escolhas iniciais foram mal feitas ou não conseguiram cumprir os objectivos que lhe foram propostos.
Depois porque isso implica prescindir de pessoas com quem existem hábitos de trabalho, relacionamento pessoal, e por muito boas que sejam as razões para a remodelação implica passar-lhes um atestado de “incompetência” que em muitos casos é injusto.
Porque às vezes as dinâmicas políticas e as pressões mediáticas significam prescindir de excelentes ministros cuja continuidade no governo seria amplamente desejável não fora os tais “senãos” que levam á remodelação.
Miguel Cadilhe ficará para a história como o mais flagrante desses casos.
A verdade é que com maior ou menor gosto todos os primeiros-ministros se veem obrigados a remodelar os seus governos.
Normalmente quando atingida a metade do mandato embora não existam regras fixas, nem prazos marcados, quanto mais alturas propicias.
Tem muito a ver com a prestação dos ministros, a evolução política da governação, a situação do país.
Pedro Passos Coelho não fugirá à regra.
E mais ou menos contrariado, governando numa altura de excepcional dificuldade, sabe que o desgaste do governo é muitíssimo mais acentuado do que quando a governação se processa em tempo de “vacas gordas” em que a pressão é bem menor.
Por isso é expectável uma remodelação após o verão ou, no limite, logo no início de 2013.
Porque o governo precisa de um novo elan, porque há ministros e secretários de estado que estão a “pedir” substituição, porque as datas do ciclo político obrigam a que o governo (e o PSD…) reaja a este desgaste acentuado de que é alvo.
Não vou dar palpites sobre quem deve ser substituído.
Não estou na política activa e não tenho toda a informação necessária a poder opinar nessa matéria tão delicada.
Espero, apenas, que nos próximos governantes haja mais PSD e menos independentes, mais solidariedade politica e menos escolhas oriundas de outras “solidariedades”, mais gente com a coragem e a independência de desmantelarem de uma vez por todas os vestígios de “socratismo” ainda hoje amplamente representados aos mais diversos níveis da administração pública (alguns até reconduzidos por este governo em nome das tais “solidariedades” que não se encontram em supermercados por serem produtos de “Loja”), mais competência e menos conivência no exercício dos cargos.
É isso que tem de ser feito pelo primeiro-ministro.
Porque,como dizia o cartaz, "O futuro é agora".
Sob pena de um destes dias António José Seguro passar a engrossar o lote daqueles a quem saiu a taluda de Natal!
Deste ano ou do próximo…
Depois Falamos
Pena é nós PORTUGUESES, nao podermos substituir este PM.....(este ano)
ResponderEliminarTaluda de Natal como saiu ao P. Coelho!? É que o homem não anda muito longe de ser o pior primeiro ministro de sempre militante do PSD (titulo atribuído a Santana Lopes). Isto para não o estar a equiparar com antecedência a esse senhor. E já que falo no Sócrates, o homem tinha muitos defeitos, mas nem se pode comparar a categoria de um e outro. Nem em debates, discurso, comunicação, inteligência, conhecimentos... Essa é a realidade. É triste que o PSD não consiga (porque não quer) encontrar alguém à altura do desafio...
ResponderEliminarTomáramos nós o Sócrates.
ResponderEliminarTanto que você ainda anda cheio de medo do socratismo quando devia denunciar o relvismo.
Não estivesse Passos Coelho na mão desse politiqueiro de 3a categoria e seria ele o primeiro a ir de vela... mas como quem manda é ele...
Caro Anonimo: nao partilho da sua opiniao. Embora entenda que PPC tem de melhorar.
ResponderEliminarCaro Anonimo:
PPC e melhor que Socrates em quase tudo. Excepto na "lata",na falta de vergonha, na capacidade de mentir, na incompetencia. Quanto a Santana Lopes estou em desacordo com a sua opiniao. Foi um PM bem melhor do que se diz por ai. Mas quem defende Socrates e natural que tambem ache bem a facada que jorge sampaio lhe deu nas costas
Caro Anónimo:
ResponderEliminarIsso faz-se em eleições. Se houver motivo.
Caro Anónimo:
De facto defender Sócrates é um verdadeiro exercicio de masoquismo.
Porque estamos assim por culpa dele.
Mas pelos vistos há quem goste.
Caro Anónimo:
Acho que você merece bem o Sócrates. Ou até pior. Os portugueses é que não.
Estamos assim por culpa dele???
ResponderEliminarXiça...pode ter a sua quota parte....mas quem começou esse buraco foi o seu amigo "bacalhau seco" Cavaco Silva
O Cavaco Silva ? Aquele que desbaratou em Ferrari's e quintas privadas dos seus amigos os dinheiros vindos da então CEE para modernizar a economia ? Não, o Sócrates foi uma vergonha, mas o Cavaco foi um espectáculo. Vá-se lá entender...
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarse calhar foi o Marquês de Pombal.
Caro Anónimo:
Comparar Cavaco com Sócrates é como comparar um Mercedes com um Lada