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segunda-feira, julho 16, 2012

Entretenimentos...

O “Tiro ao Relvas” tornou-se a principal distracção do país nestes dias de verão que vão correndo.
Com a crise económica e consequente falta de liquidez as pessoas, quantas delas sem possibilidades de fazerem férias, vão-se entretendo com essa nova modalidade de tiro (ausente vá-se lá saber porquê dos Jogos Olímpicos de Londres) que substitui outras formas de passar o tempo seguramente mais aprazíveis.
Mas Portugal é assim.
Basta alguém poderoso ver-se em dificuldades para que de imediato exista um enorme ajuntamento em volta dele para tentar “exterminá-lo” o mais rapidamente possível e sem dó nem piedade.
Ele são os jornais cada qual apostado em descobrir mais um escandalozinho associado ao ministro.
Ele são os comentadores políticos que se esmeram em desfazer ministro, primeiro-ministro e governo à boleia da conhecida história do curso de Miguel Relvas como se todas as realidades envoltas fossem minimamente comparáveis.
Ele são os verdadeiros “ratos de biblioteca” que mergulham afanosamente em arquivos e afins em busca de notícias do passado que confirmem o presente e ajudem a um futuro conforme os seus desejos.
Ele são a verdadeira inundação de anedotas e brincadeiras na net, com que nos vão enchendo os nossos endereços de mail (algumas, é justo dizê-lo, até com muita piada)e que constituem uma cadeia em permanente expansão de efeito destrutivo que não pode nem deve ser subestimado por ninguém.
Ele são até o supremo ridículo de convocarem manifestações a exigir a demissão do ministro como se o país não tivesse mais com que se ocupar do que com esse “folclore” dos “indignados” à portuguesa.
Creio que o ministro Miguel Relvas dificilmente passará esta tormenta mediática em seu redor e acabará por sair, a seu pedido, consciente de que é a melhor solução para preservar o governo de um desgaste que não para de aumentar.
Mas daí a transformar este assunto num caso de regime vai a distância normal num país que adora viver entre o 8 e o 80!
Depois Falamos

5 comentários:

  1. Bom, confesso que sou daqueles que defende a demissão do Relvas, assim como defendi a demissão do Socrates no caso freeport e no caso da Universidade Independente. Também me da um certo gozo todo o folclore que se montou em torno deste caso porque como o sr mesmo disse, dele ainda saem piadas engraçadas que me fazem rir para desanuviar da crise e do torbilhao de noticias dramaticas que a comunicação social tanto noticia.

    Como se nao bastasse o caso Relvas ja me dar vontade de rir,la vem o presidente regional da Madeira fazer a sua graça em relaçao ao caso. E ate teve a sua piada, mas faltou lhe mais um curso para completar as equivalencias,para ele poder explicar o buraco nas contas da Madeira, nem sei bem qual lhe servia melhor.

    Primeiro foi o Europeu, agora o caso Relvas, mal posso esperar pelo inicio do campeonato de futebol. Pelo menos as coisas voltam ao normal....

    Abraço

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  2. Em parte concordo com o você diz, mas esquece-se de um pormenor muito importante. O PSD é Miguel Relvas. Foi Miguel Relvas que levou Passos Coelho à vitória dentro do próprio partido. A maioria do governo é formado por pessoas convidadas por Miguel Relvas. Miguel Relvas não simplesmente um ministro, até há umas semanas atás era o primeiro-ministro na sombra.

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  3. Caro Miguel:
    Realmente o futebol já está a fazer falta.
    Caro Anónimo:
    Miguel Relvas tem (tinha?) um peso importante no governo é verdade. Mas o lider sempre foi PPC

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  4. Nunca gostei de MR, e em particular não gostei da arrogância com que geriu a reforma das autarquias.
    Andou a colecionar ódios, que agora se viram contra ele.

    Mas é óbvio que todo este caso da sua licenciatura e o ruído que se faz em torno das circunstâncias em que a obteve, apenas demonstram a pequenez intelectual de muita gente no nosso país.
    Não haverá assuntos mais interessantes para discutir?

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  5. Caro cm:
    Excelente sintese do assunto.

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