Há uma crispação cada vez mais perigosa na sociedade portuguesa e cujo fim é imprevisivel quer no tempo quer na forma.
São os grupos organizados que se "entretém" a seguir o primeiro ministro para o insultar e vaiar em qualquer ponto a que ele se desloque.
É o estilo e forma de intervencões parlamentares de deputados do PCP(então aquele com ar de coreano chamado Jorge Machado é insuportável) e do BE com uma agressividade que nenhuma tradição parlamentar justifica.
Alías bem acompanhados por alguns socialistas com o crónico complexo de esquerda!
É a substituição de Carvalho da Silva por Arménio Carlos na liderança da CGTP que visou a radicalização do movimento sindical e o aumento da intensidade da contestação como se tem visto por esse país fora em deslocações de membros do governo.
É a forma gratuita como o governo tem sido denegrido e caluniado, á boleia do chamado "caso Relvas", por comentadores ,analistas e outros espécimes com acesso aos grande meios de comunicação de que o programa da SIC "eixo do mal" é apenas um exemplo.
É esse bispo sem tento na lingua que faz as mais inacreditáveis afirmações, que vindas de alguém com o estatuto e responsabilidade que detém são completamente inaceitáveis, perante o gaudio imbecil de muitos que noutras circunstâncias se indignam com as intervenções politicas da Igreja.
Há, face a estes exemplos e a outros possiveis, uma clara estratégia de crispar a sociedade portuguesa.
Não ponho, nunca o farei, em causa o direito à critica e à contestação a que qualquer cidadão tem direito perante politicas que lhe desagradam.
Esse é o cerne da democracia.
Mas tudo que é demais...é erro!
E há "caixas de Pandora" que depois de abertas já não são possiveis de fechar.
Espero estar a ser pessimista.
Depois Falamos
Pela sua amplidão, a crise impregna os nossos corpos e os nossos espíritos, todos os instantes e os aspectos das nossas vidas. Nem estritamente económica e financeira , mais sistémica que conjuntural, ela é na realidade um processo de profunda perturbação do mundo.
ResponderEliminarO imenso caos de um mundo que se fractura e se desloca na dor. As boas maneiras políticas e a honestidade há muito que desertaram a elite da sociedade. Como esperar que os outros, fora da elite, se comportem melhor ?
Ninguém sairá indemne desta situação desesperada. Poderá ser mesmo que na tormenta ela contribua a esboçar novas perspectivas ao invés da derrocada actual dos valores, do aumento indecente das desigualdades, e do impulso vertiginoso das tensões sociais.
No decurso dos últimos anos , a explosão das desigualdades, dos privilégios, da corrupção e o aumento das discriminações puseram num estado lastimoso os valores fundamentais da sociedade.
O desequilíbrio entre os ricos e os pobres cresceu ao ponto de formar no pais dois mundos estrangeiros e cada vez mais afastados um do outro. Não é de admirar que eles se afrontem hoje.
Esta fractura afecta tudo e todos. Assim , só posso estar de acordo com as suas palavras, Caro Amigo, quando numa forma sibilina receia que o fim venha a ser trágico.
Freitas Pereira
Sabe Dr.Cirilo, eu tambem estou "zangado e revoltado" e ainda não fui para a estrada dizer mal deste desgoverno,mas um destes dias vou! Sabe, fiz 48 meses de tropa entregando nas mãos da "Pátria" a minha vida,descontei para a segurança social durante 48 anos(!),sem ser funcionário público e não é que estes senhores resolveram "roubar-me" o 13º e 14º para os quais eu descontei?!... Agora reformado preciso mais de cardiologistas, dentistas e outos... E estes ditos "politicos" atacam-me porque agora não tenho defesas!Sabe, não quero razão, quero viver dignamente.
ResponderEliminaracho piada que no tempo do Socrates isto era democracia!!! agora sao insultos
ResponderEliminarCaro Freitas Pereira:
ResponderEliminarSó posso estar de acordo.
E é precisamente por essa fragilidade dos valores fundamentais de uma sociedade civilizada que receio que todas estas contestações venham a a cabar muito mal.
Os portugueses sempre gostaram de importar "modas" estrangeiras.
E embora normalmente elas cheguem atrasadas acabam por chegar.
E o que se vê hoje nas ruas de Atenas ou nalguns suburbios de Paris,para só citar dois exemplos,não pressagia nada de bom.
Caro Silva:
Concordo inteiramente consigo. E percebo a revolta de muita gente que estás nas suas circunstâncias.
Mas eventuais erros de uns não justificam erros de outros. Eo que se está a passar é grave.
E não resolve nada!
Caro Anónimo:
Nunca foi democracia.
Os Portugueses são dotados duma paciência sem limite, aparentemente. Mas por vezes pergunto a mim mesmo se é paciência ou outra coisa. E penso inevitavelmente nas palavras do Mahatma Gandhi : « Creio que onde existe a possibilidade de escolher entre a cobardia e a violência, aconselho a violência”.
ResponderEliminarO mundo chegou a um ponto onde a violência de uns, justifica a violência dos outros.
A miséria crescente de uns contrasta com a abastança insultuosa dos outros.
Uma minoria sem preconceitos de alguma espécie, insulta uma maioria que vive com dificuldade e mesmo na miséria.
Quem pode crer que os políticos serão capazes e desejam realmente, suster a agressão “violenta”dos povos , da parte do poder do dinheiro , que influencia e corrompe as classes dirigentes?
Basta acompanhar os média, hoje mesmo, para descobrir que bancos que ontem foram salvos da falência pelo dinheiro gratuito dos contribuintes britânicos – Barclays, Royal Bank of Scotland, entre outros, “manipularam” durante anos o PIBOR, que serve para definir a taxa de juro dos créditos aos particulares e às empresas, metendo no bolso dezenas de milhares de milhões de dollars! Que distribuíram entre si !
Não é com a lei democrática que estes criminosos podem ser eliminados. E mesmo se o presidente e o vice-presidente se demitiram, o mal está feito.
São os malandrins que beneficiam da democracia. Os outros só apanham as migalhas que estes querem bem deixar cair da mesa.
Freitas Pereira
Caro Freitas Pereira:
ResponderEliminarCompreendo o seu ponto de vista.
E aceito, como é evidente,a revolta do povo contra a injustiça e o saque de que tem sido vitimas não pelos governos mas pelo poder real do dinheiro.
De que muitas vezes, é bom referi-lo,os governos não passam de meros "fantoches".
Apenas entendo que essa revolta deve ser bem dirigida,contra os principais responsáveis, e não deixar-ase intrumentalizar por gente ao serviço d epensamentos ideológicos que nunca provaram ser melhores quando levado à prática.