Há coisas que me parecem perfeitamente óbvias.
Uma é que é o povo quem decide actos eleitorais.
Outra é que as pessoas, por mais distantes da politica que pareçam estar, não são parvas e sabem muito bem o que querem para o seu país e para o seu município.
Assim tem sido ao longo dos anos.
Não vou aqui repetir, até porque cada vez é menos preocupação minha, as reservas que tenho alinhavado sobre a forma como o meu partido está a preparar as próximas autárquicas e o desfecho que temo elas venham a ter.
Sou do PSD,como é sabido, e naturalmente que desejo a vitória do meu partido nas eleições de 2013.
Mais numas autarquias do que noutras, para ser sincero, mas em todas quanto a isso não restem duvidas.
E por isso me parece necessário que o partido tenha a lucidez (e a coragem) de impor alguns princípios.
Deixarei aqui três.
Em primeiro lugar impedir que membros do governo o abandonem para se candidatarem a câmaras municipais.
Dificilmente o povo deixaria de entender isso como por os interesses do partido à frente dos interesses do Estado.
Veja-se o caso de Fernando Gomes no Porto.
Em segundo lugar proibir que presidentes de câmara que completem três mandatos se candidatem a outros municípios.
Presidente de câmara é serviço público não profissão.
Em terceiro lugar a direcção do partido deve chamar a ela as escolhas de candidatos em municípios em que seja claro que há estratégias pessoais a sobreporem-se ao interesse colectivo.
Pode não resolver os problemas todos é verdade.
Mas contribuirá para que na noite das eleições o PSD não sinta que o "Zé Povinho" lhe fez o gesto que o celebriza...
Depois Falamos
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