Publiquei este artigo no blogue " O LAdo do Futebol que Nunca Viram"
As instituições, sejam de que âmbito forem, não são boas nem más.
São aquilo que as pessoas que ocupam os cargos dirigentes lhes transmitem e daí que uma mesma instituição possa ter períodos completamente diferentes ao longo do seu historial em termos de imagem e actividade.
Acontece com os clubes, com os partidos políticos, com os sindicatos e com muitas outras organizações profissionais, desportivas e por aí fora.
Até com as próprias empresas.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) não foge a essa regra.
Criada anos atrás, e depois de algumas tentativas falhadas, para ser a entidade representativa dos clubes e organizadora dos campeonatos profissionais (o que já teve para além disso foi…demais) tem sido bastante marcada pela personalidade de quem a dirige em cada momento.
Durante a maior parte da sua existência foi presidida por um personagem controverso e truculento, Valentim Loureiro, que teve o mérito indiscutível de lhe dar “peso” e estatuto mas que também ficou ligado a algumas das maiores polémicas que atravessou ao longo da sua história.
A seguir veio Herminio Loureiro, um homem de consensos, mas que não resistiu às guerras de bastidores e às decisões polémicas tomadas nos seus órgãos disciplinares que acarretaram a sua demissão.
Seguiu-se Fernando Gomes.
Perfil de gestor, alheio a polémicas, bem aceite pela generalidade dos clubes pensou-se que poderia dar á LPFP o profissionalismo e a isenção que anteriormente lhe vinham faltando em várias áreas da sua actuação.
Sem prejuízo de considerar que noutras vinha sendo feito um trabalho exemplar.
Como, por exemplo, no patrocínio das provas.
Por razões que o próprio saberá, e nem vale a pena entrar em suposições, decidiu ao fim de poucos meses embarcar no “canto de sereia” da FPF e foi tratar da sua vida.
E chegou Mário Figueiredo.
Vencedor imprevisto das eleições, com base em promessas de difícil cumprimento, augura à LPFP tempos conturbados e um mandato que dificilmente chegará ao fim tal a insatisfação que já vem gerando em muitos clubes.
Especialmente os cinco maiores (Vitória, Benfica, Porto, Sporting e Braga) que já puseram de lado o projeto de equipas B por não acreditarem no seu sucesso numa Liga mergulhada em profunda instabilidade e em que existe uma tentativa de chantagem organizada por parte dos clubes da II Liga e alguns da I em torno das receitas televisivas.
Aliás a demissão hoje conhecida do secretário-geral, Tiago Craveiro, pessoa de reconhecida competência apenas confirma o cenário de crise.
Creio que a LPFP precisa de ser repensada.
E dirigida por pessoas que façam uma gestão rigorosa, competente, isenta e eficiente.
Nomeadamente em áreas tão importantes como as seguintes:
Organização dos campeonatos, nomeadamente da Liga Sagres, tem de obedecer a regras de absoluta isenção porque deveres e direitos dos clubes tem de ser iguais para todos.
Equivale isto a dizer que é inaceitável a continuação dos sorteios condicionados em que três clubes (nem vale a pena dizer quais) têm privilégios absolutamente inaceitáveis perante o silêncio cúmplice de todos os outros.
Que, pelo menos no caso do Vitória, se transformará em muito “ruido” a partir de 31 de Março se for essa a vontade dos associados.
A segunda questão tem a ver com os direitos televisivos.
Que devem ser negociados globalmente, respeitando naturalmente a dimensão de cada clube e o número de telespectadores que garante, e não individualmente como até aqui.
Claro que o trio é contra a negociação em pacote.
Mas é bom que o trio perceba que não joga sozinho.
Em Espanha, a bem ou a mal, Barcelona e Real Madrid já perceberam isso!
A terceira questão tem a ver com ética.
A ética que não devia permitir que o operador de televisão a quem está concessionado a grande maioria dos jogos do campeonato (Sporttv) pertença a uma empresa (Olivedesportos) que é acionista das SAD´s de alguns clubes.
Incluindo, claro está, o trio.
E isso permite levantar muitas interrogações sobre calendarização de jogos e horários de transmissão.
Muitas mesmo.
Uma quarta e por hoje última nota tem a ver com a arbitragem.
Competições profissionais credíveis não podem ter no seu quadro de árbitros personagens como Bruno Paixão.
Há outros fracos.
Mas este é demais.
Não há um único jogo em que não faça arbitragem polémica e recheada de erros.
E isso “mata” a credibilidade da competição.
P.S. Com a aproximação da data das eleições no Vitória assistimos a convergências e apoios que dão vontade de …sorrir!
Nuns casos serão razões profissionais a comandarem.
Noutros a oposição à SAD parece ser argumento e justificação para tudo.
Mesmo que o tudo fosse (não será, assim esperamos, por vontade dos sócios) o poderem reivindicar, em nome de um vitorianismo que lhes enche a boca mas não tem tido resultados práticos em termos de solução para os problemas, terem impedido a SAD mesmo que isso tivesse implicado o fim do clube!
E alguns deles sabem bem que é exactamente isso que está em causa.
Faço-lhes essa justiça…
LUIS CIRILO depois de ouvir a sua entrevista queria lhe dar os parabens! Finalmente o nosso clube vai ter alguem com uma noçao do que deve ser uma estrutura desportiva de um clube profissional( falta saber, claro, quem sao as pessoas que vao ocupar os cargos nessa mesma estrutura), contudo é de enaltecer que apareça alguem com uma ideia correcta de organizaçao do nosso VITORIA. LUIS CIRILO, o que voce pensa, eu tambem penso e defendo há muito tempo, infelizmente nunca ninguem teve essa capacidade de implementar no clube. O sucesso de um clube depende de muita gente, necessita de uma boa ligaçao de muitos departamentos, e acima de tudo de uma clara DEFINIÇAO e DEFESA de toda estrutura de um modelo de jogo e de jogador, trabalhando com base nesses modelos. So espero que as pessoas que vao liderar a nível tecnico ( director desportivo/coordenador formaçao ) sejam competentes para as coisas resultarem para termos um VITORIA claramente formador e consequentemente ganhador. Nao so como vitoriano mas tambem por defender um projecto desportivo assim há muito tempo que espero que a LISTA A ganhe e que tenha muito sucesso na liderança no clube. Sinceramente nao tenho duvidas se as pessoas forem competentes do nascer de um grande VITORIA!
ResponderEliminarEu sei do que falo, joguei futebol muitos anos e respirei futebol a minha vida toda( tive a felicidade de nascer e crescer numa familia de futebol), defendo isto ha muito tempo e espero que seja desta que o nosso VITORIA tenha uma estrutura fortissíma.
Porque sem isso nada feito.....!
VITORIA SEMPRE
PEDRO
Caro Pedro:
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras.
Tudo aquilo que tenho referido acerca do nosso projecto desportivo será para cumprir.
E embora exista sempre margem de erro vamos procurar escolher as pessoas mais adequada para ocuparem os diversos lugares existentes no nosso organograma.
dia 31 vamos todos VOTAR lista A
ResponderEliminarpara um VITORIA maior!!
ja discurdei muito de serta opinioes de vc!sr LUIS CIRILO,mas esta de je juntar concordei a 100% so assim todos unidos o VITORIA pode vencer.
um aparte,obrigado GIL!!
Como já tinha dito anteriormente, lá estarei para votar no senhor e espero que mude o rumo do vitória.
ResponderEliminarBoa sorte.
João Teixeira
claro que vamos todos votar na Lista A.
ResponderEliminarA Lista B enveregonha o Vitória pela calunia constante, pela maldicência e pela cobardia de fugirem aos debates.
Se eles ganhassem(cruzes canhoto) o Vitória não durava tres meses
Caro Vitoriano de Fafe:
ResponderEliminarDepois das eleições temos de nos juntar todos porque só há um Vitória.
Caro Joao Teixeira:
Obrigado pelo apoio.
Estou certo que não o desiludiremos.
Cara Rita:
OS vitorianos saberão escolher.