Por causa dela se fizeram guerras, se depuseram reis e imperadores,se travaram inúmeras batalhas.
Por ela se desenhou e redesenhou várias vezes o mapa da Europa.
Em nome dos seus valores se construiu um espaço europeu de nações independentes.
Falo da soberania no sentido mais lato do termo.
Mas os tempos evoluíram.
E a evolução politica levou a que a que as nações fossem abdicando de alguma soberania em troca do fortalecimento de relações comerciais,de circulação de pessoas e bens, de politicas comuns.
Houve , e há(embora menos do que anos atrás),quem quisesse levar essa cooperação até ao federalismo absoluto em que a UE se transformaria toda ela num país á imagem dos Estados Unidos da América.
A verdade é que a crise económica e as contingências a que ela obriga nos estão a empurrar a todos para um federalismo encapotado que está a impor pela via económica o que pela via politica não foi possível.
É assim que paralelamente ás imposições que os países do sul da Europa vem sofrendo das troikas que nos calharam em "sorte",assistimos ao preocupante fenómeno de em Itália e Grécia(para já) os governos derivados do voto popular serem substituídos por governos tecnocráticos impostos pelo eixo Berlim/Paris sob a capa de FMI/BCE.
Caso para dizer com muito exagero(para já...) que a senhora Merkel e o ajudante Sarkozy estão a conseguir pela via económica o que Hitler quase conseguiu pela via militar!
Dominar a Europa do Atlântico aos Urais.
Não sei as voltas que o mundo dará nas próximas décadas.
Mas admito que um dia se volte à Europa das pequenas nações , das soberanias exacerbadas, da afirmação da independência de cada Estado.
Como no mapa ,saudoso,que encabeça este post.
Depois Falamos
Excelente analise, Caro amigo
ResponderEliminarTudo se resume num corpete económico e social no qual estão a ser contidas as economias dos países europeus, o que transformará os belos discursos sobre a democracia completamente vãos ! E tudo isto pela obra e graça de Madame Merkel e Sarkozy,
Eles deram um nome bizarro à ideia de fundo , o” pacto de competitividade”, que consiste numa reforma do mercado do trabalho ( transferir os custos das cotizações sociais patronais para o IVA), na reforma da sustentabilidade dos sistemas de reformas ( baixa generalizada destas, alinhando a idade do direito à reforma pela esperança de vida), adopção dos mecanismos de freio à divida ( mas escolha do meio para os aplicar, ( austeridade acrescentada quando quiserem, desemprego acelerado, , etc.
O que se constata é a queda libre da democracia, quando se vê os organismos supranacionais decapitarem os chefes de governo eleitos pelo sufrágio universal, impondo no lugar deles os tais “técnicos”, que não tendo afiliação partidária serão obedientes à “troika”!
Trata-se portanto duma austeridade generalizada, à qual os povos vão ser submetidos, voltando as costas ao famoso parágrafo da Europa social, sob a capa duma política global económica e social.
O que é absolutamente absurdo, porque podemos pôr a questão seguinte : A quem os industriais alemães e franceses vão vender os automóveis, electrodomésticos e outras maquinas utensílios se todos os clientes europeus ficam com a língua de fora ?
A Europa à hora alemã não é, muito simplesmente viável para sair da crise. O Grande Reich Alemão sempre conseguiu instalar-se.
Quanto à legitimidade nem se fala. Para que servem os parlamentos nacionais e mesmo o parlamento europeu, se tudo se decide entre Frau Merkel e Monsieur Sarkozy ?
Freitas Pereira
Exactamente a minha opinião. Não nos podemos esquecer que o mapa Europeu tal e qual o conhecemos é muito recente. A história é muito mais antiga que qualquer crise ou política ditatorial.
ResponderEliminarTenho a convicção que já nesta década vamos entrar numa era chamada "Renascença das Regiões". Visto não existir nenhum sistema (económico, estado, etc) que possa existir indefinidamente, temos de estar preparados para a mudança.
Excitante viver nos tempos que correm!
Mas alguém tinha dúvidas que a UE era a construção do IV Reich? Vejam a similitude da construção europeia com a construção do II Reich.
ResponderEliminarAgora temos perante nós a mesma situação que um embaixador XI. Queriam obrigar as Hispânias a reconhecer o sacro imperador romano-germânico, como imperador do Ocidente. Recusa. Discussão. Combate judicial para resolver. O embaixador-cavaleiro derrota o campeão do império (e do Papa).
O campeão era da casa da Maia -nosso primo/antepassado portanto.
Devemos honrar os nossos antepassados -opinião minha.
E o mapa de Portugal está muito bem -o resto são conquistas aos mouros...
Caro Freitas Pereira:
ResponderEliminarCreio que a sua análise é perfeita.
E deixa interrogações prementes e preocupantes,que eu de alguma forma já tinha abordado no texto inicial,sobre a verdadeira utilidade dos parlamentos nacionais e sobre o respeito que o eixo franco-alemão tem pela soberania dos povos expressa através do voto.
A próprioa comissão europeia tem sido ignorada por essa dupla tenebrosa que alguns chamam adequadamente a "Merkozy".
Creio que a Europa vive as suas horas mais preocupantes desde a II guerra mundial. Porque as consequências desta crise (face ao eminente fim do euro e do estado social)são imprevisiveis.
Caro Luis:
Mais perigoso do que excitente diria. Porque a crise é de tal forma violenta que ninguém sabe como os povos vão reagir. E nem todos são tão pacificos como os portugueses.
Cara il:
Acredito que existe uma cada vez maior saudade da Europa com fronteiras e dos paises com moeda própria.
Porque acabado o dinheiro o projecto europeu tornou-se num completo pesadelo para os ...europeus.
Lembra um pouco o que se passa na têxtil da minha região: Onde segundo a tradição a primeira geração de industriais cria a sempresa, a segunda desenvolve-as e a terceira leva-as á falência.
A actual geração de lideres europeus é a terceira...
Copinhos de leite...
ResponderEliminarMas numa Europa de Nações a Espanha pulveriza-se e...e Portugal fica bem grande.
Continuo a pensar em termos de pás! «Se queres a paz, prepara a guerra» -se os castelhanos pensarem que estão aqui meia dúzia de 'padeiras' malucas, nem tentam passar a fronteira.
Foi assim que os mouros se aterrorizaram -eles nunca pensavam que tal teimosia fosse lógica, por isso diziam que éramos djins.
Cara il:
ResponderEliminarEsperemos que nunca seja necessário colocar as suas teorias em prática. Imagine que ganhavamos a guerra aos mouros e depois ainda tinhamos de lhes dar de comer