Há um movimento internacional ,oriundo dos cidadãos de diversos países, conhecido pelos "Indignados" que tem vindo a manifestar-se um pouco por todo o lado.De Madrid a Nova Iorque passando por Lisboa.
Nuns lados com maior expressão numérica noutros com menos adesão mas sempre traduzindo uma indignação legitima e justificada face ao estado a que chegaram as economias dos países europeus e dos próprios Estados Unidos.
Creio que os governos devem olhar com muita atenção para esses movimentos.
Porque me parecem resultar de legítimos estados de alma das pessoas.
Pessoalmente não faço parte desse movimento.
Mas integro um outro, ainda pequenino e provavelmente pouco significativo, a que chamarei os "Perplexos".
Perplexos com as declarações do Presidente da Republica quanto ao Orçamento de Estado.
Que me parecem graves,despropositada pouco solidárias e até inconvenientes face à cimeira europeia de amanha.
A ultima coisa que o Primeiro Ministro necessitava era de chegar a essa cimeira com a sua estratégia orçamental e de combate á crise posta em causa por um PR da sua área politica e cujo partido(de ambos) foi decisivo na eleição e reeleição do chefe de estado.
Até porque o PR teve certamente oportunidade de lhe manifestar essas discordâncias em privado (o PM falou com o PR todos os dias na semana que antecedeu a entrega do O.E.)e não consta que o tenha feito!
É pena.
É pena que um PR que durante quase cinco anos aguentou em silêncio, ou pronunciando-se com frases ambíguas e de duplo sentido,os disparates visíveis da governação Sócrates/Teixeira dos Santos não tenha aguardado nem cinco meses para se demarcar deste governo e dar "calor" aqueles que se lhe opõe no parlamento e na rua.
Cavaco Silva é um politico com enormes qualidade como é sabido.
Mas tem também alguns defeitos graves.
De que o egoísmo não é um dos menores.
Estou perplexo com o PR.
Mas não ao ponto de ficar de boca aberta...
Depois Falamos
· Claro que quando o barco começa a balouçar é preciso começar a preparar a bóia de salvamento...
ResponderEliminar· Sem duvida que é preciso salvar o barco mas se isso se apresenta doloroso para todos os passageiros existe uma só solução : saltar pela borda fora.
· O que ma preocupa, Caro Cirilo, é que ainda hajam responsáveis políticos que crêem que Portugal poderá pagar! Como será possível resolver o problema da divida somente a partir das garantias concedidas pelos Tesouros Públicos europeus, sem exigir um esforço particular aos investidores privados e sobretudo aos bancos?
· Em vez de sangrar a fundo os povos, retirando-lhes toda e qualquer possibilidade de participar à recuperação da economia pelo consumo, o que permitiria de reduzir o desemprego relançando a produção ?
· O que seria necessário é de restaurar de urgência o Euro directamente pelo Banco Central. De facto , é preciso criar a moeda de macaco para reembolsar estas dividas de macaco. Impossível ser ortodoxo quando os outros não o são! Não ?
· Os USA que fazem senão criar moeda de macaco todos os dias ? O dólar o que é ?
Freitas Pereira
«Em vez de sangrar a fundo os povos»
ResponderEliminarVi um video no youtube: "O Homem que disse a verdade nos Estados Unidos"
Vale a pena ver.
Deixo mais outro do youtube.
ResponderEliminar"Lets make money" - Ex-assassino económico,Jonh Perkins.
Macabro...
O dr. Cavaco reagiu apenas aos cortes que tanto ele como a sua mulher vão sofrer nos seus abastados rendimentos. Foi pena que tivesse ficado calado quando o Sócrates lhe deu a primeira facada nos proventos, obrigando-o a optar pelas reformas ou pelo ordenado de PR. Só que, como diz o povo "quem tem tutu tem medo"...
ResponderEliminarA.C. : Obrigado pelos « links ». O primeiro já conhecia. O facto é que em todas as sociedades organizadas e em todas as épocas, houve sempre o domínio das minorias.
ResponderEliminarÉ fora de dúvida que os cidadãos, mesmo numa democracia altamente desenvolvida, não poderiam governar directamente. A posição das pessoas politizadas, com o exercício de todos os direitos políticos, com referência ao governo, assemelha-se aos accionistas de uma sociedade anónima, proprietários da empresa, mas incapazes de a gerir por si mesmos. E digo politizadas, educadas. Imagine quando o não são!
A minoria dirigente - a elite - nunca é verdadeiramente fiel à maioria que ela representa e que a elegeu. O seu pape, em principio, é de exprimir e representar as forças que actuam na sociedade, racionalizando-as e assinalando-lhes a direcção, definindo-lhes os fins. Mas as forças económicas , cedo se apropriam a sua autoridade e os fins serão aqueles que estas forças vão impor. No caso das empresas, aumentar a rentabilidade dos capitais, custe que custe, tal é a divisa! Todos os meios são bons. No caso dum Império, a guerra pode ser um dos meios.
O escol dirigente duma nação é uma camada móvel, que se renova a cada mudança de maioria política. Em regime social democrata as diferenças são mínimas entre ...sociais democratas.
Come ele possui estrutura própria , parecendo à primeira vista condicionada pelas forças sociais e económicas, ele eleva-se acima da nação, a qual, pobre de recursos, não consegue dominá-lo . Só o ciclo democrático da alternância permite varrê-lo. Mas sabemos bem que num mundo onde a economia domina a política, a lei do capital, que destruiu uns, vai destruir os sucessores, quaisquer que eles sejam.
O tempo aproxima-se onde dominar as forças económicas será a única solução para endireitar a sociedade. E o recurso à violência pode muito bem vir a ser inevitável.
Freitas Pereira.
Caro Freitas Pereira:
ResponderEliminarAcho que a sua visão do assunto,como sempre, é muitosensata e ajustada á realidade.
Creio que os paises europeus estão a enveredar por uma via suicidária que em muito se deve á falta de verdadeiros líderes e estadistas com o gabarito dos de outrora.
E a solução que defende para a recuperação do euro, até face ao exemplo do dólar,parece-me aquela a que acabaremos por chegar. Infelizmente tarde e a más horas.!
Caro A.C.
Vale a pena sim senhor.
Caro Anónimo:
São as chamadas lógicas eleitorais...
Caro Freitas Pereira:
ResponderEliminarMais uma vez de acordo!
Até na questão da violência que está cada vez mais próxima de ser uma infeliz realidade
Este senhor só pensa mesmo nele e nos seus interesses. COm o Sócrates foi compreensão em banda larga. Com Passos Coelho é tolerânciua zero.
ResponderEliminarQue mau exemplo dá aos portugueses
Cara Gabriela:
ResponderEliminarEstou de acordo.