Ainda há meia dúzia de jornalistas nas televisões generalistas cujo trabalho aprecio sinceramente.
Mário Crespo,José Rodrigues dos Santos,Carlos Daniel, Clara de Sousa,José Alberto Carvalho e poucos mais.
Entre eles José Gomes Ferreira.
Cuja qualidade de comentários sobre economia, o rigor com que os faz, e a coragem e frontalidade que são a sua imagem de marca me levam muitas vezes a optar pelo telejornais da SIC.
Ainda hoje no "Jornal da Noite" apreciei a clareza com que defendeu que os responsáveis pelo estado do país, a exemplo do que vem acontecendo noutros países, deviam ser responsabilizados criminalmente pelos seus actos de má governação.
Citando inclusive alguns que agora deputados se entretém a "branquear" a sua acção passada.
Creio que neste panorama jornalistico tão propicio à cedência aos grandes interesses económico/políticos sabe bem confirmar que ainda há gente que põe os valores éticos e da verdade em primeiro lugar.
Como José Gomes Ferreira.
Depois Falamos
Sem dúvida que essa seria a solução para a maioria dos nossos problemas. Posição, aliás, defendida há vários anos pelo Professor Medina Carreira.
ResponderEliminarAinda hoje se cinheceu mais pormenorizadamente o negócio que envolveu o anterior Governo e o consórcio Mota-Engil/BES, em que as próprias leis foram alteradas para promover um "pequeno" desvio dos dinheiros públicos. Mas 600 Milhões de Euros de prejuízo para o Estado é um número que fica isento de responsabilidades devido à quantidade de zeros...
Talvez um dia, quando houver responsabilização penal para os políticos, as coisas mudem ligeiramente... Até lá, temos nós de suportar os custos inerentes às suas irresponsabilidades e interesses.
Tinha a mesma opinião acerca de José Gomes Ferreira, mas deixei de ter desde que entrevistou o Ministro das Finanças. Isto porque, se lembrou de apresentar um exemplo de uma família que apenas ganhava 3000,00 €, tinha dois filhos e que fazendo as contas de 500,00 € para o colégio de cada um, eram logo 1000,00 € ... mais umas despesas ... e que para essa família só sobraria 1000,00 € para a alimentação ...! Atendendo à miséria que se vive, foi um péssimo exemplo. Pela miséria em que vivem milhares de famílias com dois filhos e com apenas dois salários mínimos (quando muito) ...! E já agora, para que servem as escolas públicas? Afinal o mundo irreal não é apenas o dos políticos...!
ResponderEliminarEstá previsto.
ResponderEliminarOra vejamos:
Constituição da República Portuguesa
Artigo 117.º
Estatuto dos titulares de cargos políticos
1. Os titulares de cargos políticos respondem política, civil e criminalmente pelas acções e omissões que pratiquem no exercício das suas funções.
2. A lei dispõe sobre os deveres, responsabilidades e incompatibilidades dos titulares de cargos políticos, as consequências do respectivo incumprimento, bem como sobre os respectivos direitos, regalias e imunidades.
3. A lei determina os crimes de responsabilidade dos titulares de cargos políticos, bem como as sanções aplicáveis e os respectivos efeitos, que podem incluir a destituição do cargo ou a perda do mandato.
Pois bem.
Aplique-se!
Sr Luís Cirilo, mais uma vez o partido politico que prometeu não aumentar impostos volta a meter a mão no bolso dos portugueses.
ResponderEliminartenho duas visões sobre isto:
1º o governo PS deixou o país em pantanas e estes querem recuperar rapidamente para não perder o comboio europeu.
ou
2º as coisas nem estão assim tão más, mas este governo quer mostrar serviço e aproveitar a desculpa da troika para colocar os funcionários públicos na ordem.
Apoiado!
ResponderEliminarE «...deviam ser responsabilizados criminalmente pelos seus actos de má governação.». Não é má governação -erro humano- é esbulho dos bens públicos para mãos privadas -onde, por vezes,detém interesses. Se quisessem podiam anular os contratos e pô-los a ver o sol e a lua aos quadradinhos. O problema, em Portugal, é QUERER!
Caro Helder:
ResponderEliminarÉ dos tais casos em que a Justiça devia ser cega.
Responsabilizar os culpados pelo desvario fossem de que partido fossem e sejam quem forem.
Caro Alipio:
Foi um exemplo infeliz de um excelente jornalista e comentador. Todos temos momentos menos bons.
Caro Miguel:
Nem mais.
Se se cumprirem as leis que já existem resolve-se muita coisa.
Caro Ricardo:
Nenhum governo toma medidas destas por gosto ou deleite próprio.
É mesmo por necessidade.
Receio é que a cura possa matar o doente se não houver muito cuidado no que se está a fazer.
Cara il:
Exacamente.
Mas para isso tinha de se desmontar a famosa teia de interesses do "bloco central dos negócios".E duvido que consigam.
Caro mlfrp:
ResponderEliminarInfelizmente esse dia não está para breve.
Mas o caminho faz-se andando e pode ser que a pressão da opinião pública acabe por ter resultados