A pedido do Miguel Salazar publico este seu segundo depoimento sobre o sucedido na Assembleia Geral.
Creio ser de inegável interesse para todos os vitorianos!
Tentar compreender os motivos que poderão levar alguém a negar uma evidência, e a tentar dar maior credibilidade à sua posição através do recurso à ameaça de um processo judicial, constitui-se como um exercício extremamente difícil, mas também muito interessante.
Mais difícil se torna ainda, se esse exercício tiver de ser feito de modo a não dar azo à possibilidade de ameaça de instauração de um outro processo judicial.
Então, porque razão poderá alguém negar a evidência sobre um episódio realmente ocorrido?
Por ser atraiçoado pela sua própria memória?
Pode ser. Afinal, a idade não perdoa e nenhum de nós vai para novo.
Ou então, este tipo de episódios é tão frequente que simplesmente já não seja possível recordar um qualquer em particular.
Mas nisso, eu recuso-me a acreditar. Uma pessoa de bem jamais faria isso.
Mas também não é menos verdade que a ameaça de instauração de um processo judicial dá muito mais credibilidade do que uma simples indignação.
Há quem chame a isto "fuga para a frente".
Mas o que se pode ganhar com um processo judicial deste tipo?
Com a ameaça em si, ganha-se credibilidade.
Sustentada na própria indignação e alicerçada na dúvida que sempre persiste nos sempre crédulos assistentes, essa credibilidade nem chega a ser beliscada.
Com o terror da ameaça em si, desmobilizam-se as testemunhas mais susceptíveis, que presenciaram esse episódio, que asseguram a sua veracidade e que legitimam o seu relato.
E é realmente assim. Este tipo de ameaças tem mesmo este tipo de efeito.
Devastador, por vezes
A materialização da ameaça, é que já não traria qualquer proveito. Bem pelo contrário.
Primeiro, porque se corre o risco de ver exposta e reposta publicamente, a veracidade do episódio relatado, facto que, a verificar-se, tornaria insustentável a posição e as funções ocupadas por aquele que se arroga indignado. A dúvida favorece este tipo de gente, mas a prova feita em Tribunal, acabaria por ditar o seu fim.
Em segundo lugar, porque ainda vai existindo uma coisa a que se chama "verticalidade". E apesar de serem cada vez mais raras, ainda vão existindo pessoas com essa qualidade. Pessoas cujo carácter é suficientemente sólido para manterem publicamente as suas posições e as palavras que deram, nunca cedendo a qualquer tipo de coacções, sejam elas implícitas ou explícitas.
Eu compreendo que esta verticalidade, hoje em dia e para algumas pessoas, seja um conceito de muito difícil compreensão, mas a verdade é que ela felizmente continua a existir.
Mas até é bem provável que algumas testemunhas possam ceder a esse tipo de coacção implícita e encapotada, mas a verdade é que também não se pode descartar a hipótese de que os seus testemunhos possam ter sido dados por escrito, facto que permitiria a sua utilização por ordem do Tribunal, mesmo contra a vontade dos seus autores.
Depois, ainda há que considerar o risco de que o constituído réu se lembre de que uma acusação pública (via televisão) de mentira e difamação, é atentatória do seu bom nome, e que em virtude disso resolva, também ele próprio, recorrer à via judicial.
Nesta conjuntura, o bom-senso (por onde andarás tu?) aconselha a que se fique apenas pelas palavras e ameaças, limitando-se a esperar pelo efeito dissuasor do terror que para muitos é o Processo Judicial.
E finalmente, gostaria de vos falar de algo que não tem qualquer relação com esta minha dissertação, mas que vem a propósito da verticalidade das pessoas com carácter, e para quem só existe uma “palavra”, que se mantém independentemente das circunstâncias em que se encontrem.
Uma dessas pessoas é seguramente Paulo Araújo, Mestre de Artes Marciais e que, em Março de 2009, era Assessor Técnico do treinador de voleibol do Vitória – Prof Rogério de Paula –, e que curiosamente presenciou o episódio que relatei na última Assembleia Geral, do passado dia 8 de Julho.
Em boa verdade, foi mesmo Paulo Araújo quem me deu conta desse triste e lamentável episódio.
Convidado, por mim, a fazer um comentário sobre a veracidade do relato que fiz aos sócios na AG, a sua resposta teve tanto de lacónica como de elucidativa:
“o único (ndr: comentário a fazer) é que não se passou no balneário, mas sim na sala onde se visualizavam os vídeos, na sede do VSC”
Em abono da verdade, devo dizer que aquilo que referi na AG foi que o episódio se tinha passado numa sala do pavilhão, mas Paulo Araújo foi traído pelas declarações de EMS (no vídeo da VitóriaTV), em que este afirma que eu tinha referido o balneário como sendo o palco de todas as ocorrências.
De facto, nunca eu afirmei tal, mas como essa parte foi suprimida do vídeo…
De qualquer modo, o local não é com toda a certeza o aspecto mais relevante da questão.
Importante mesmo, é a declaração de Paulo Araújo, que confirma tudo aquilo que relatei na AG.
Isso é que é realmente importante !...
Miguel Salazar
acho que emilio macedo pode ir arrumando o gabinete.
ResponderEliminarporque a partir do momento em que miguel salazar apresente testemunhas da famigerada reunião fica provado que emilio macedo mentiu na assembleia geral.
porque o que está em causa não é se a reunião foi no balneário,numa sala de video, num restaurante ou num dos muitos apartamentos que ele vende.
o que importa é o conteudo das suas afirmações incentivando os nossos jogadores a irem para o benfica!
e isso,somado ao mentir na assembleia geral,é o suficiente para nunca mais poder ser presidente do Vitória.
ou se demite ou é demitido.
A primeira vez que emilio macedo usou esta tatica, a mesma resultou em pleno... Recordam-se do jogador que falou das comissões e foi ameaçado com um processo judicial?
ResponderEliminarParabéns ao Sr. Miguel Salazar por entender perfeitamente as limitações desse senhor que faz de presidente do VSC. Embora desconheça se o episódio relatado é verídico, como associado do VSC, teria todo o gosto em ver esta situação esclarecida.
Da mesma forma que, em caso do processo judicial avançar, ver como se comporta o departamento jurídico do VSC. Uma vez que os factos relatados, a serem verídicos, são passiveis de causar prejuízos ao VSC quer a nível desportivo quer a nível financeiro.
Infelizmente há pessoas em Portugal, que por terem dinheiro, usam a justiça como forma dissuasora de se descobrir a verdade...
Cara Rita:
ResponderEliminarApenas para dizer que estou inteiramente de acordo com o seu comentário.
Acho que Emilio Macedo encontrou o seu "Watergate".
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarCreio que ninguém entenderá se o processo judicial não avançar.
E estou certo que o próprio Miguel Salazar,também ele ofendido pelo teor das declarações de EMS,ponderará seriamente a hipotese de processar o presidente do clube.
Uma coisa é certa: depois disto nada ficará como dantes.
Não leio, porque é muito longo este "pastelão", e de pastelões estou farto !
ResponderEliminarNão leio, porque é muito longo este "pastelão", e de pastelões estou farto !
ResponderEliminarnuninho estou a ver que trabalho não lhe tem faltado nos últimos dias...
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarSe calhar o problema não é ser "pastelão" porque obviamente não é.
O problema é não gostar do conteúdo.
Caro Anónimo:
Não sei quem é o Nuninho
Estou espectante com o desenrolar desta historia. Na minha opiniao mais do que suficiente para de uma vez por todas arrumar com estes sr.s do nosso clube. Só espero que o Sr. Miguel Salazar nao deixe esta historia morrer como muitas outras nos ultimos anos.
ResponderEliminarO VSC precisa de gente Vitoriano exclusivamente, nem que sejamos novamente os 12.000 de sempre.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarSe bem conheço o Miguel Salazar ( e conheço-o á mais de 30 anos seguramente)este assunto não vai cair em saco roto.
Creio que dele sairá um Vitória renovado...