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sexta-feira, junho 24, 2011

24 de Junho

Portugal é um país curioso!
Em muita coisa.
Até na forma como trata a sua História.
É um país em que se comemora, com direito a feriado nacional, a reconquista da independência a 1 de Dezembro de 1640.
Mas que passa ao lado da conquista da independência, na batalha de S. Mamede,em 24 de Junho de 1128.
Sendo absolutamente certo que não existiria segunda comemoração sem o primeiro evento histórico.
Que é apenas comemorado em Guimarães, Terra onde se travou a batalha e onde nascera o primeiro Rei, sem que Portugal lhe dê o realce devido.
Uma verdadeira incongruência.
Entendo, de há muito, que Guimarães devia reinvindicar que fosse dado destaque nacional a esta data absolutamente fundamental na criação do país.
Aproveitando todas as possibilidades mediáticas que lhe são oferecidas para isso.
Fosse a elevação do centro histórico a Património Mundial seja a CEC 2012.
E o cortejo de figuras,figurinhas e figurões que por cá aparecem a reboque desses acontecimentos e de cá se dizem tão devotos.
A verdade é que os responsáveis autárquicos do concelho nada fizeram ,nem fazem, por isso.
Procedem ás comemorações, quase sempre de forma "envergonhada", e consideram o dever cumprido até ao ano seguinte com o franco desejo de que ninguém os aborreça com reivindicações nacionais para o dia.
Acredito que se as forças politicas, associativas e culturais do concelho se empenhassem a sério numa causa que é vimaranense e nacional,soubessem conquistar os apoios necessários, fizessem o "lobby" indispensável, tal seria possível num futuro não muito longínquo.
Eu sei que não é fácil.
Mas mais difícil foi,certamente,a D.Afonso Henriques e ás suas tropas vencerem a batalha de S.Mamede...
Depois Falamos

10 comentários:

  1. É verdade, LC.
    É de facto inadmissível que a Batalha de São Mamede seja votada a esta indiferença nacional.
    Mas a verdade é que deveríamos começar por ser nós a dar-lhe a ênfase necessária.
    E quando digo "nós", refiro-me obviamente a entidades com responsabilidade, a começar pelo Presidente da Câmara, mas a não acabar por aí...

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  2. tá bem, pá. pronto, tens as tuas razões e tal mas vê se consegues empurrar a data um diazito prá frente ou pra trás. dia 24 de junho é feriado em muitos concelhos, de norte a sul, a propósito do santo do alho porro e do martelinho. de maneiras que, mesmo com boa vontade em juntar o afonso à festa do manjerico, o assunto, na prática, é cagativo. e sabe-se como esse people do lobby se chateia a tratar de assuntos tão cagativos que nem dão prá foto da praxe.
    cumprimentos.

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  3. Caro Miguel:
    Como é evidente.
    Se quem tem legitimidade para reinvindicar não faz nada bem podemos esperar sentados que nos deêm alguma coisa.
    Caro Anónimo:
    Dado que a Festa do Rei Afonso é muito mais importante que a do santo do alho porro era esta que teria de se juntar.
    MAs é evidente que ninguém está para se chatear.

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  4. O P.N.R. também considera este, o Dia Um de Portugal, aliás quando cá estiveram, os mass media, deram grande destaque ao dia 24 de Junho em Guimarães, não pelo seu significado, mas por "uma dúzia" de devotos ultra nacionalistas, terem cá estado.

    Mesmo não comungando de algumas ideologias extremistas, deste Partido, fiquei agradado com esta homenagem ao Rei e ao dia da Independência.

    Que me recorde, foi a única representação Nacional de um partido, e, das suas altas cupulas, aqui no Burgo (neste dia).

    Nem menciono, as coroas de flores, que pontualmente, colocam aos pés da representação escultural D`El Rei, vazias em conteudo (e efeitos prácticos), mas óptimas oportunidades para "aparecer".

    Eu sei que vivemos, num país Republicano, mas não agouro grande futuro, a um povo que esquece ou neglegencia o seu passado.


    GATE 12

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  5. Dom Fuas Roupinho11:33 da manhã

    Exceptuando as esplanadas do Centro Histórico, completamente lotadas tarde e noite, o 24 foi mais comemorado na "corda" ViladoConde/Póvoa/Esposende, aí sim, a kryse foi enxutada pela ventania...

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  6. Dia 24 de Junho é o verdadeiro dia de Portugal! Mas os governantes deste país preferem comemorar a 10 de Junho, coisa que não faz tanto sentido.
    É incrível como não se dá importância ao dia de ontem. Foi a 24 de Junho de 1128 que Portugal começou. Por vezes parece que existem dois "Portugais" diferentes... um de interesseiros que é o que se vê, enquanto que o verdadeiro Portugal, lutador, orgulhoso e etc está esquecido...

    Guimarães e Portugal Sempre!

    Deixo aqui este vídeo que acabei ontem sobre a época 2010/11.
    http://www.youtube.com/watch?v=XvSOiTWvHH8&feature=player_embedded

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  7. Vocês nem imaginam, a qualidade dos revestimentos que foram utilizados, nos blocos da nossa urbanização da Conceição.
    Para além da imagem, o que diriam se fosse noutra cidade, a vivência das pessoas, subiu 500%...
    Este foi o meu 24 de Junho.
    Obrigado Magalhães.
    Muchas Gracias Agatha.

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  8. Caro Gate 12:
    Estou de acordo consigo.
    E esquecer o 24 de Junho de 1128 é esquecer uma parte fundamental do nosso passado.
    Mas Guimarães é Guimarães.
    PAra o bem e ás vezes para o mal.
    Caro D.Fuas Roupinho:
    Grande almirante dos tempos de d.Afonso Henriques por sinal.
    É verdade o que diz.
    Mas a verdade é que as comemorações tal como são não dizem nada a ninguém.
    Caro Ultra:
    É verdade. E por isso cabe a Guimarães lutar pelo reconhecimento deste dia. Há tantas formas de o fazer.
    Caro Jagunço:
    Ainda bem que das obras resultou melhoria da qualidade de vida das pessoas. E o mérito deve ser atribuido a quem o tem.

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  9. Pois é, o dia 24 de Junho é o dia 1 de Portugal, mas parece que alguns gostam de comemorar o solstício com rebuscadas cerimónias de avental (e fora da coziha!).

    Em Lisboa a tradicional festa de Stº antónio virou festa da sardinha. Os tipos não saõ só anti-cristãos saõ anti-religiosos, visto que o 'midsomer' é uma festa europeia -até chega á escandinávia.

    S. Mamede não foi apenas um grupo de 'tipos' a tomar o poder, foi também a continuação da luta por uma ideia de Cristandade, que se estava a diluir no romanismo dos navarros e no mourismo dos sulistas.

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  10. Cara Il:
    É como diz. Até nas festas populares e nos feriados se liga demais á "espuma" e de menos á substância.
    É o país que vamos tendo.

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