Um dos mais admirados presidentes da História dos Estados Unidos.
Curiosamente um dos que menos expectativas despertava,á data da sua eleição, por uma certa "inteligência" europeia que nunca compreendeu nem compreenderá a forma de ser americana.
Chamavam-lhe depreciativamente "o actor" ou o "cowboy" devido ao seu passado cinematográfico em Hollywood participando em filmes dos quais não ficou grande memória.
Mas esquecendo (a "inteligência" europeia é muito esquecida quando lhe convém) que já tinha governado, e com grande sucesso, ao longo de dois mandatos o estado da Califórnia.
Muito maior, mais rico e populoso que grande parte dos países europeus.
Penso que Reagan foi um dos mais importantes presidentes americanos do século 20.
Penso que Reagan foi um dos mais importantes presidentes americanos do século 20.
Porque sob a sua liderança os EUA patrocinaram importantes mudanças no cenário politico mundial e terão afastado definitivamente a sempre temida hipótese de uma III Guerra Mundial.
Foi por efeito da suas politicas,embora já sob a presidência do seu ex vice George Bush,que caiu o muro de Berlim e com isso centenas de milhões de europeus tiveram acesso a uma democracia que até então lhes estava negada.
A democratização de toda a Europa de Leste, a tal que até 1989 estava por detrás da cortina de ferro,deveu-se em grande parte á forma como os Estados Unidos de Reagan souberam lidar com a URSS de Gorbatchev e atrai-la para as reformas politicas (Perestroika) necessárias aos fim da guerra fria.
É certo que nos seus mandatos também existiram escândalos e histórias mal contadas.
Como o caso "Irão-Contras".
Mas isso não obsta a que o saldo das presidências de Ronald Reagan fosse muito positivo.
Ao ponto de ser considerado pela opinião pública americana,afinal a que mais interessa para esta avaliação,como um dos seus melhores presidentes.
Afinal o Presidente saiu bem melhor que o Actor.
Depois Falamos
Caro Amigo
ResponderEliminarPermita uma opinião completamente oposta à sua : Reagan está sem duvida na origem da crise actual, que assola os USA e o resto do mundo.
Senão vejamos:
A crise económica e financeira que rebentou em 2007, consequência da política de “desregulaçao”promovida por Reagan de 1981 a 1989, alastrou, por etapas, a todo o planeta.
A redução da parte dos salários na renda nacional, por um lado, e, por outro lado a diminuição dos impostos de 70% para 28% sobre as rendas dos ricos, deram como resultado que as famílias como o Estado entraram numa política de endividamento que fez passar a divida nacional entre 1981 e 1989 de 978 mil milhões a 2.170 biliões de $. Crescendo anualmente de 23,6% e tendo aumentado de 189% em relação a 1980, ultimo ano da presidência Carter.
O “crash” dos bancos de crédito e poupanças (Savings and Loans) de 1987 foi um momento significativo das tragédias criadas pela desregulaçao e o laxismo financeiro sob Reagan.
O Estado utilizava o dinheiro dos contribuintes para socorrer os barões da finança... para salvar os ricos!
Pensemos só nisto, Caro Amigo: A divida americana desde os anos Reagan é actualmente de
14.000 biliões de dollars, isto é, 90,5 do PIB ! Oficialmente!
Mas segundo os espertos Da Boston University é de um verdadeiro abismo que se trata, porque seriam antes 200.000 biliões de dollars, isto é, 840% do PIB ! Malabarice para esconder o verdadeiro défice publico!
Foi isto Reagan!Continuado pelo Bush !
As reduções de impostos combinadas com um forte aumento das despesas militares conduziram ao enorme défice orçamental e à divida publica, que aumentou de 200% entre o inicio do mandato Reagan e o sucessor Gerorge Bush.
Trabalhando assiduamente no nossa filial de Chicago nessa época, posso garantir que do fim do primeiro mandato e durante todo o segundo mandato, a queda do poder de compra dos Americanos foi efectiva de 1981 a 1989.
Reagan deixou os USA numa situação que se ela agradava aos ricos,que pagavam menos impostos que nunca, foi deprimente para os mais pobres. Se ainda hoje mais de 44 milhões de Americanos vivem abaixo do patamar de pobreza ( e mais 4 milhões em 2009), foram praticamente mais 6,3 milhões de novos pobres que vieram engrossar esta fatia social.E entre eles ,muitos da classe média !
E que se um Americano em cada sete é um pobre, uma proporção ainda maior , um em cada seis, não dispõe de segurança social isto é protecção contra a doença.(45 milhões de Americanos não tem seguro contra a doença !)
Obama bem procura mudar a situação, mas o partido de Reagan, os Republicanos conservadores, opõe-se , como sabe, a esta reforma tão esperada pelos Americanos.
As primeiras vitimas do desastre « subprimes » são aqueles que sofrem mais, hoje, porque foram as primeiras vitimas das expropriações, e que ficando sem casa e tendo perdido o emprego não têm os meios para se tratar porque não têm sistema de previdência.
A “desregulaçao” da economia abriu as portas à globalização, com todo o cortejo de miséria que ela engendrou. Da mesma maneira, a aluna de Reagan no Reino Unido, Margareth Thatcher, deixou a economia britânica num estado lastimável, onde sectores inteiros da industria desapareceram (indústria automóvel, entre outras), porque o esforço principal de Madame Thatcher foi a criação da potência financeira da City! O resulato está à vista.
Quanto à política estrangeira de Reagan , Veja o discurso do grande Presidente:
ResponderEliminar“ Ver os corajosos combatentes da liberdade afegaos enfrentar um arsenal moderno com simples armas ligeiras é uma fonte de inspiração para todos aqueles que amam a liberdade!
A coragem deles ensina-nos uma grande lição – existem causas que merecem ser defendidas. Digo, em nome de todos os Americanos, que admiramos a vossa bravura, a vossa dedicação à liberdade, e a vossa luta incessante contra os vossos opressores”
Estes “defensores da liberdade , Amigo Cirilo, eram os ... TALIBAOS ! Integristas islâmicos anti-americanos formados e armados pelos USA e prontos a exercer o terror não importa onde !
O Afeganistão ? : 1 milhão de mortos, 5 milhões de refugiados (metade da população!)
A queda da URSS ? Estava podre e economicamente destruída .As reformas de Gorbatchev acabaram com ela. A “Guerra das Estrelas” de Reagan, foi talvez uma boa astúcia para lançar os Soviéticos numa corrida aos armamentos com os USA, que lhes custou a falência do Estado!
O Irao-Gate ou negocio com os Contras da Nicarágua, EL SALVADOR , guerra civil,GUATEMALA , guerra civil, e a invasão da minúscula ilha de Granada, para aí pôr um governo mais compatível com os interesses americanos ! Quando penso no “alibi” para a invadir : estudantes americanos em medicina, em situação de perigo !!!
Veremos como Obama vai “negociar” a partida do seu amigo Mubarake!
Freitas Pereira
Caro Freitas Pereira:
ResponderEliminarA avaliação da História,quando feita a uma distância curta,permite sempre estas divergências de posição. O meu Amigo com o conhecimento próximo derivado do facto de conhecer muito bem os Estados Unidos e eu baseado no que li ao longo dos anos sobre a presidência Reagan.
Muitas das situações que refere,da quebra do poder de compra á falta de assistência social, sendo verdade não são apenas atribuiveis aos anos de Reagan como presidente.
Algumas já vinham de muito atrás e só agora,com Obama,parecem ter sido resolvidas.
Em termos de politica externa á luz do que sabemos hoje é evidente que esse discurso que cita parece completamente disparatado.
Só que ele foi feito num tempo em que não sabiamos o que sabemos hoje e os combatentes afegãos contra os invasores soviéticos gozavam de apoio e simpatia em muitas partes do mundo e não apenas nos Estados Unidos.
Depois deu no que deu,é verdade,mas sinceramente não sei se era assim tão fácil de prever.
Quanto ´"guerra das estrelas" foram uma estratégia mais económica ,do que politica ou militar,que teve papel fundamental no desmoronar da URSS.
Escusavam era de ter desmoronado tanto...
Quanto a Obama e Mubarak creio que os EUA já dificilmente sairão airosamente da situação.
Como frequentemente lhes acontece os americanos demoraram a perceber a amplitude do que se está a passar.
Não duvido é que no Egipto se joga, paradoxalmente,o futuro de algumas civilizações.
Em boa verdade já não é a primeira vez.