A minha posição sobre as próximas presidenciais é muito clara.
Votarei Cavaco Silva mas mais nada.
Ou seja não me envolverei minimamente na campanha eleitoral.
Nem de forma passiva nem de forma activa.
A razão é muito simples.
Como português estou-lhe grato por ter sido um excelente primeiro ministro durante dez anos.
Especialmente nos sete primeiros anos.
Como militante do PSD não lhe estou nada grato pelo estado em que deixou o partido depois de dez anos de absoluta submissão aos interesses do governo.
Pelo menos do governo diria...
E que ainda hoje se reflectem em muitos aspectos da vida partidária.
Considero que foi um razoável Presidente da República neste seu primeiro mandato.
Acautelando muito bem (como sempre fez) as suas expectativas e prioridades e procurando não desagradar demasiadamente a nenhum sector do eleitorado.
Especialmente aos que são vitais para a sua reeleição.
Afinal algo que já tinham feito Mário Soares e Jorge Sampaio.
Mas então onde está o motivo para o desencanto?
É que houve um Cavaco entre o primeiro ministro e o Presidente da República.
Um Cavaco que apenas olhou pelos seus interesses e nada quis saber dos interesses de um partido que lhe permitiu ser tudo que foi e ainda é.
Um Cavaco que não foi solidário com um partido que sempre foi solidário com ele.
Um Cavaco que ajudou activamente (artigo da boa e da má moeda) a derrubar um governo de maioria liderado pelo PSD para o substituir por este "maravilhoso" governo liderado pelo senhor Sócrates.
E a esse Cavaco não perdoo essas atitudes.
Votarei nele:
Porque é um homem de estado,que exerceu o cargo com rigor, e fará certamente um bom segundo mandato.
Votarei nele:
Porque é a uma distância tremenda o mais bem preparado de todos os candidatos presidenciais.
Votarei nele:
Porque seria uma tragédia para Portugal ter Manuel Alegre como PR.
Votarei nele:
Para que seja eleito á primeira volta.
Porque é o que o país precisa e porque não me apetece nada ter que votar segunda vez.
E mais nada!
Depois Falamos
Pelos seus 10 anos como Primeiro Ministro e pelos 5 como fantasma de Presidente da República ninguém deveria votar Cavaco. Dos líderes da democracia "estável" este está no top dos piores a competir com o senhor da ONU.
ResponderEliminarCaro Paulo:
ResponderEliminarTens uma visão demasiado "rosa" da História. Cavaco foi um excelente primeiro ministro.
De longe o melhor da democracia.
Então comparando com Sócrates ou Guterres...
Como PR fez,no primeiro mandato,o que tinham feito Soares e Sampaio;gerir expectativas.
Eu não gosto é dos comportamentos que teve entre esses dois periodos.
Sobre este assunto provavelmente irei escrever algo. Não agora. Agora apenas dizer que não votei Cavaco Silva em 2006 (também não votei em Soares ou Alegre... safa!). Porque razões não votei nele em 2006? Algumas delas o Luís Cirilo abordou neste post...
ResponderEliminarCaro Luis:
ResponderEliminarAlgumas abordei. Outras sei mas não abordo. E algumas são as mesmas do meu Amigo.
Deparei-me com este blog por acaso. Razões para não votar Cavaco. Um País corrupto é um País atrasado. Nos governos de Cavaco generalizou-se a corrupção neste País. Como Presidente nomeou para Conselheiro de Estado um gatuno que ao roubar um Banco obriga-nos agora a pagar a factura, sendo que algum do dinheiro foi parar aos bolsos do cavaco e familiares. Estes homens num País civilizado estavam presos.
ResponderEliminarMuito provavelmente, caro Luís... muito provavelmente serão.
ResponderEliminarSobre Cavaco reconheço que foi, incomparavelmente, o melhor Primeiro Ministro de Portugal após o 25 de Abril - Sá Carneiro não teve tempo para deixar obra -, mas, para isso, beneficiou da adesão de Portugal á CEE e consequente do afluxo de dinheiro vindo da Europa, e da existência do PRD na altura, que serviu para dividir o PS e indirectamente ajudar o PSD. Quando Cavaco chegou a líder do Partido na Figueira, o PSD ainda se encontrava orfão de Sá Carneiro, e Pinto de Balsemão nunca teve carisma para líder.
ResponderEliminarEnquanto Presidente da República, Cavaco foi banal e politicamente insignificante, mas manteve uma independência face aos partidos. Mas, como o Dr. Cirilo disse, o pior foi após 1995 e até 2006, Cavaco teve sempre a tentação de meter "o bedelho" (pela negativa) na vida do Partido, e aquela "rasteira" a Santana Lopes foi maldosa.
Agora, também votarei Cavaco, porque colocar Alegre a Presidente é uma loucura.
Carissimo,
ResponderEliminarCavaco compete com Guterres para o top de pior primeiro-ministro da democracia, na minha opinião. E por isso a minha visão sobre a história tem distância mas não cor. Os dois deram cabo da oportunidade de Portugal se regenerar e projectar. Esbanjaram fundos comunitários em tempos de vacas gordas.
Cavaco tem ainda outras agravantes que acabaram com o país todo na rua. (Estudantes em greve, pontes paradas, polícias a agredirem-se em manifestações, etc.) E quando se está nesse ponto é preocupante! E não faltavam motivos para isso...
Caro Anónimo das 5:47, o Sr. afirmou "Nos governos de Cavaco generalizou-se a corrupção neste País. Como Presidente nomeou para Conselheiro de Estado um gatuno..." Esta sua argumentação é falsa e hipócrita, a corrupção (maior ou menor) sempre existiu em Portugal, já vinha do Estado Novo, e NÃO se generalizou com o cavaquismo mas sim com o governo do actual Primeiro Ministro, José Sócrates. Sobre o "gatuno" de que o Sr. fala, referindo-se ao Dr. Dias Loureiro é MENTIRA que ele tenha roubado algo do BPN, simplesmente foi desleixado e incompetente num assunto, assim como o foi o Dr. Vitor Constâncio e não vejo muita gente a atacar o Dr. Constâncio, talvez porque este é um "boy" do PS. E, depois, o dinheiro desviado do BPN NÃO foi parar ao bolso do Prof. Cavaco, como o Sr. Anónimo alega, é uma pura mentira, mas o Sr. anónimo sabe disto, mesmo assim veio para aqui atirar "areia", ou seja, difamações e mentira.
ResponderEliminarA única coisa aqui provada é que o Sr. Anónimo será, provavelmente, algum lacaio do PCP ou da extrema esquerda que vem para a praça pública ou nos blogs efectuar difamações sem consistência e mentiras.
Sr.Paulo Lopes Silva afirma:"Os dois deram cabo da oportunidade de Portugal se regenerar e projectar. Esbanjaram fundos comunitários em tempos de vacas gordas." Esta ideia talvez se possa aplicar a Guterres mas não a Cavaco, durante o cavaquismo fizeram-se obras que modernizaram Portugal, com Guterres o afluxo de dinheiro europeu começou a baixar, e os critérios do Governo Guterrista para atribuição de verbas era um desleixo, ou seja, atribuia-se dinheiro a quem talvez não precisasse dele. Relativamente ao seu argumento do " país todo na rua", devemos ter em consideração que, nessas ocasiões, o Governo de Cavaco tinha razão, e as medidas que procurava aplicar em Portugal eram justas e de acordo com o processo de modernização do País decorrente da adesão à União Europeia, e foram alguns elementos "reacionários" (estudantes ou polícias, etc.) que viam alguns dos seus privilégios postos em causa. Não é pela multidão na rua que se mede a justiça de um Governo, se as medidas que este aplicar forem as mais correctas para o País, então é a multidão na rua que pode estar errada.
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarNão partilho minimamente das suas opiniões.
Critico Cavaco noutras coisas.
Mas a sua seriedade pessoal é inatacável.
Caro Miguel:
Estamos de acordo.
A nódoa está mesmo no periodo 1995-2005.
Caro Paulo:
A idade não te permite comparações presenciais. Eu conheci o Portugal de antes de Cavaco e o Portugal após dez anos de Cavaco.
E o primeiro ministro Cavaco Silva deixou um pais muitissimo melhor do que aquele que tinha encontrado.
Creio não ser possivel qualquer comparação com Guterres.
Que considero ter sido um PM com qualidades,com inegáveis preocupações sociais,uma seriedade pessoal idêntica á de Cavaco,mas uma falta de jeito para liderar e dar uns murros na mesa que levaram á sua queda.
Quanto ao país na rua...brincadeiras em comparação com os tempos presentes.
Caro Miguel:
É evidente que CS nada tem a ver com o caso BPN.
E mesmo Dias Loureiro creio que foi mais negligente do que outra coisa qualquer.
Agora isso á beira dos "Freeport", dos "Faces Ocultas", dos negócios de Macau e de tantas outras coisas imputáveis a personalidades que não são do PSD é insignificante.
Quanto ás manifestações de estudantes,policias e afins (em 1994)partilho da sua opinião.