Ás vezes conversando com pessoas amigas lembramo-nos de coisas giras,momentos marcantes,histórias gratas de recordar.
Conversando hoje ao telefone com uma "velha" amiga,a Eduarda,companheira de muitas lutas dentro do PSD fomos parar a um momento que teve um particular significado no tempo em que ocorreu.
1998,um PSD saido do congresso de Tavira( poucos meses antes) deprimido e confuso perante uma liderança de Marcelo Rebelo de Sousa que não gerava especial empatia dentro e ,essencialmente,fora do partido.
Em Tavira o congresso tinha sido desagradável,nas votações estrearam uma maquineta rápidamente baptizada de "marcelómetro" que deu o resultado pretendido pelo lider mas deixou muitos narizes torcidos,enfim viviam-se tempos de algum desânimo e indefinição.
Em Guimaraes,na secção do PSD,existiam já divergências (que rápidamente se agravariam de forma insanável) entre os que defendiam Marcelo e os que pretendiam outras vias para o partido desde o famoso congresso de 1995.
Foi então que num saudável movimento de expansão do partido foi criado o núcleo de Caldas das Taipas,a principal vila do concelho,e pôs-se a questão da inauguração da respectiva sede.
Importa salientar que junto dos primeiros dirigentes desse nucleo Marcelo não era especialmente popular por varias razões que não importam para aqui.
Foi então que decidiram convidar,com o apoio da comissao politica distrital,um militante do PSD no qual reconheciam particular capacidade e futuro.
Com o apoio da então CPS da JSD que para o mesmo dia organizara um jantar contra a regionalização (estavamos em plena campanha do referendo) lá se fez o convite,que devidamente recomendado,mereceu rápida anuência.
No dia marcado fez-se a inauguração,num espaço ainda sem luz eléctrica de um centro comercial da vila,com um discurso bem humorado do convidado perante duas dúzias de militantes.
A então concelhia do PSD,que já bebia das águas que viriam a alimentar sucessivas concelhias incluindo a actual,não se fez representar alegando que o referido convidado era um "militante de base" que não representava ninguém e que não merecia uma deslocação de ninguém da CPS porque não "ia a lado nenhum" !
Não fizeram falta nenhuma,a inauguração fez-se na mesma,o momento ficou marcado para a posteridade por uma placa ainda hoje religiosamente guardada.
O militante de base ,que não ia a lado nenhum, menos de um ano depois era lider do PSD,passados três anos liderava o partido na maior vitória autárquica de sempre,passados quatro anos era primeiro ministro de Portugal e é hoje presidente da comissão europeia !
Chama-se,como é bom de ver,José Manuel Durão Barroso.
É por isso que nunca deixo de sorrir quando ouço alguns "oráculos",ás vezes os mesmos do passado,dizerem que este ou aquele não "vai a lado nenhum" !
É por isso que nunca deixo de sorrir quando ouço alguns "oráculos",ás vezes os mesmos do passado,dizerem que este ou aquele não "vai a lado nenhum" !
Ás vezes repete-se a História,repetem-se os velhos do Restelo,repetem-se as opções tomadas a tempo e olhando para o futuro.
Depois Falamos
O Santana também não ia a lado nenhum, mas já foi Secretário de Estado da Cultura, presidente de 2 câmaras municipais (fez um fabuloso trabalho na Figueira e liderou a Câmara de Lisboa!!!), chegou a lider do Partido e a Primeiro Ministro...
ResponderEliminarE pelos vistos parece que já há gente a dizer que já tem saudades do Santana Lopes como Primeiro Ministro...
Afinal, parece que quem não está cá é que faz falta!!!...
hum, cá para mim, isto vem com água, água do rio..., mas do outro lado da margem.
ResponderEliminarEu tenho imensaaas saudades do Pedro Santana Lopes. Por todas as razões.
ResponderEliminarLuís Cirilo:
ResponderEliminarSó tem meia razão. Sabe porquê? Porque um dos oráculos que dizia que o Durão Baroso não ia a lado nenhum é o Luís Menezes. E, a esse, você poupa-o, sempre.
Cirilo também me lembro dos Barrosistas, eram poucos e agora aparecem muitos... eu que o diga.
ResponderEliminarFui, sou e serei, sempre Barrosista, mas não compare o Barroso a ninguém, a história neste caso não se repetirá.
Pois apesar de na altura ser uma personalidade pouco conhecida nos meandros dos "continentais" eu sei quem foram os que deram a vitória ao Nogueira.
Hoje, Barroso e nós, ri-mo-nos disto tudo.
Cirilo também me lembro dos Barrosistas, eram poucos e agora aparecem muitos... eu que o diga.
ResponderEliminarFui, sou e serei, sempre Barrosista, mas não compare o Barroso a ninguém, a história neste caso não se repetirá.
Pois apesar de na altura ser uma personalidade pouco conhecida nos meandros dos "continentais" eu sei quem foram os que deram a vitória ao Nogueira.
Hoje, Barroso e nós, ri-mo-nos disto tudo.