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quinta-feira, dezembro 28, 2006

Bond...James Bond


"Habemus Bond " !
Tal como um cardeal anuncia á Praça de S.Pedro,e ao mundo,cada vez que é eleito um novo Papa,também os fans de James Bond podem suspirar de alivio e acreditar que o novo 007 (Daniel Craig) está á altura dos seus antecessores.
É que a questão da transição de actor ,na história com mais de 40 anos dos filmes do 007, não é nada pacifica.
A saga começou com Sean Connery(7 filmes incluindo o não oficial "Nunca mais digas nunca"),para muitos o melhor Bond de todos,mas logo a seguir George Lazenby foi um enorme fracasso ,razaõ pela qual interpretou a personagem apenas num flme.
Chamava-se "Ao Serviço de Sua Majestade",tinha curiosamente um dos melhores argumentos de toda a série,mas Lazenby,de facto,tinha pouco de Bond.
Mais adiante falarei de uma curiosa semelhança entre este filme e o ultimo,até á data,já interpretado por Daniel Craig.
Sucedeu-se Roger Moore,popularizado pela série televisiva "O Santo" e que interpretou o agente secreto em 7 filmes,compondo um James Bond mais descontraido,menos dramático e com um humor muito britânico.
A seguir outro semi fracasso,Timothy Dalton,interprete em dois filmes que se ...viam ,mas não mais do que isso.
Dalton,excelente actor de outros palcos nunca foi um "verdadeiro" James Bond.
Aparece então em cena aquele que ,para mim,compôs o mais equilibrado de todos os Bond:Pierce Brosnan.
Com o carisma de Connery e o humor de Moore,interpretou James Bond em quatro memoráveis filmes,numa fase de transiçao do personagem para o pós "Guerra Fria".
Iniciado em 1962,com 007-Agente Secreto interpretado por Sean Connery,o ultimo Bond,pré queda do Muro de Berlim,tinha sido 007-Licença para Matar com Timothy Dalton..
Com a queda do Muro,cairam também os tradicionais inimigos e os argumentistas tiveram de se virar para outros alvos.
Traficantes de armas em "GoldenEye" ou magnatas da imprensa em "O Amanhã Nunca Morre",o quadro de perigos a combater era já bem diverso.
Talvez demasiado cedo,e por razões nunca esclarecidas,Brosnan afasta-se do personagem e o novo 007 é Daniel Craig,um actor relativamente desconhecido,loiro e de olhos azuis (bem ao contrario dos anteriores ) que desde a escolha suscitou duvidas,interrogações e até protestos.
Pois visto o filme,penso que Craig responde por cima,bem por cima aliás,e compõe um magnifico Bond,susceptivel de a ter continuidade o transformar no melhor de sempre.
Num filme de espionagem puro e duro,violento quanto baste,sem devaneios ou "Bond girls" em excesso assiste-se a uma história muito bem contada,com ritmo,emoção e suspense até ao fim.
Curiosamente,Craig que compõe um Bond duro,na melhor tradição de Connery,apaixona-se (o que apenas tinha acontecido ao inditoso Lazemby no filme atras citado) pela mulher errada (acontece aos melhores) vive um curto idilio,equaciona abandonar a carreira para ficar com ela,é abandonado e num final dramático assiste á morte da amada que afinal não era a má da fita como chegara a parecer.
Um James Bond no seu melhor.
Venha o próximo.
Depois Falamos

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