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sexta-feira, setembro 01, 2006

Credibilidade !

Não tencionava voltar ,pelo menos para já,a este assunto,mas comentário colocado no que anteriormente escrevi sobre a curiosa forma de admitir (?) militantes numa secção do sul do país obriga-me a um breve esclarecimento.
Sabe-se,pelo menos via JN,que o caso referido se passou em Algés com o filho da deputada Helena Lopes da Costa.
E o autor do comentário,Carlos Castro,pergunta sobre se o filho de uma deputada deve ter tratamento vip na admissão ao partido,para depois tecer algumas considerações sobre "elitismo" que não são para aqui chamadas.
A questão é exactamente ao contrário da forma como foi posta !
Em nenhuma secção do país,pelo menos que se saiba,os candidatos a militantes são sujeitos a interrogatório prévio antes de ser formalizada a sua admissão.
Aliás,o regulamento de admissão e transferência de militantes aprovado em Conselho Nacional (e pelos vistos desconhecido em Algés,que falta de ...Cultura) é claro nos trâmites de entrada no partido.
-Preenchimento de uma ficha de militante normalizada e respectiva entrega na secção ou envio ao secretário geral do partido
-O pedido de inscrição será obrigatoriamente acompanhado de fotocópia legivel de frente e verso do bilhete de identidade.
-No pedido de inscrição deve ser indicada a morada e a secção em que deseja inscrever-se.
Grosso modo são estes os requisitos de admissão.Que em 99,999999999% dos casos levam á admissão do militante sem mais formalismos os complicações.
Em lado nenhum está previsto chamar o candidato ,á sede da secção em que pretende inscrever-se ,para ser submetido a interrogatórios sobre assuntos variados.
O controleirismo era (será que ainda é ?) exclusivo dos partidos de esquerda marxista,nunca do PSD.
Dai que o absurdo neste caso do filho da deputada seja precisamente o filtro de entrada que lhe querem aplicar a ele, e a todos os que não leiam pela cartilha oficial, e não qualquer pretenso privilégio que pretendesse obter por via do cargo que a Mãe ocupa.
Mas a talhe de foice também não deixa de ser adequado tecer algumas considerações:


  1. Será que alguém,minimamente normal,acredita que uma Mãe utilize um filho para pretensas jogadas partidárias ?
  2. Será que um miudo de 18 anos,proposto para militante pela Mãe,precisa de provar que vive com os Pais ?
  3. Será que a palavra e a assinatura de uma deputada á Assembleia da República,acerca do próprio filho,não merece credibilidade da secção do partido onde ela própria é militante ?
  4. Para onde vai um partido em que deliberadamente se tenta descredibilizar, e colocar mal na opiniao pública,os seus próprios agentes politicos de topo como os deputados ?

Parece haver no PSD quem considere que os fins valem todos os meios.

Não seria pior que Marques Mendes, que tantas preocupações tem com a "CREDIBILIDADE" que até fez dela slogan de um congresso,começasse a olhar á volta,para os seus apoiantes,para ver para onde alguns deles estão a levar a credibilidade do partido.

Depois Falamos




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