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segunda-feira, maio 01, 2006

Cruyff e Beckenbauer


Johan Cruyff e Franz Beckenbauer,o holandês voador e o "kaiser" alemão,foram os dois melhores futebolistas das décadas de sessenta/setenta e seguramente estão no lote dos melhores de sempre.
Tantos foram os titulos ganhos,por um e outro,que seria fastidioso estar aqui a enumerá-los,dando-se a não pequena curiosidade de tendo sido enormes como jogadores o foram também como treinadores.
Sempre achei que nos palmarés de ambos,riquissimos,existia um titulo que pertencia a um e devia ter pertencido ao outro.
De facto,em 1974,o Mundial da Alemanha foi ganho pela equipa da casa,capitaneada por Beckenbauer,numa final inesquecivel perante a holandesa "Laranja Mecânica" capitaneada por Cruyff !
Ainda hoje acho esse resultado injusto.
A Holanda foi melhor,na prova e na final,e merecia o titulo.
Cruyff e Beckenbauer eram jogadores de uma enormissima classe mas muito diferentes na forma de jogar e na própria postura em campo.
Cruyff era avançado,verdadeiro maestro das equipas em que jogou,jogador rápido,desconcertante,uma enorme imaginação ao serviço do jogo,temivel rematador.
Temperamental,capaz do melhor e do pior,de jogadas fantásticas e de ausências do jogo,vê-lo jogar era a certeza de ter a fantasia defronte dos olhos.
Beckenbauer era defesa,libero,jogava com enorme classe,eficiência e frieza quanto baste,constituindo-se num autêntico seguros de vida para as equipas em que actuou.
Mantinha no terreno de jogo,e fora dele,uma postura aristocrática,de distanciamento e até alguma frieza em relação ao próprio jogo e aos seus intervenientes.
Mas também era capaz de rasgos geniais,assistências de 40 metros que tornavam jogadas aparentemente inofensivas em situações de golo.
Manifestava paixão de outra forma,mas sempre com enorme classe.
Digamos que comparativamente,cada um no seu estilo,eram água e fogo.
Sendo certo que por trás dos estilos tinham ambos uma enorme paixão pelo que lhes era essencial na vida,neste caso o futebol.
Nunca,a não ser em partidas de beneficiência,jogaram na mesma equipa.
Foi pena,porque na sua diversidade completavam-se magnificamente , e o talento,a paixão pelo jogo,a classe,o virtuosismo postos ao serviço da mesma causa torná-la- iam ,certamente ,irresistivel.
Depois Falamos

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