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sábado, setembro 30, 2023
Falhar
O jogo entre Vitória e Estoril é um confronto entre dois clubes que já mudaram de treinador e que por isso se encontram " proibidos" de falhar sob pena de adiarem a desejada recuperação de resultados.
O Vitória já mudou há mais tempo mas os resultados pioraram razão pela qual esta é uma oportunidade de um novo recomeço enquanto o Estoril acaba de o fazer pelo que vem a Guimarães sob o efeito da chicotada psicológica o que é mais uma razão para os anfitriões olharem a partida com redobrados cuidados porque é um filme já demasiado visto no nosso estádio.
A ver vamos sobre a forma como as duas equipas se vão apresentar e muito especialmente se Paulo Turra já se decidiu por manter o sistema táctico de Moreno ou optou por uma sistema diferente.
Certo é que qualquer resultado que não o triunfo turvará ainda mais as águas revoltas em que actualmente navegam equipa e clube.
Depois Falamos.
Nota: A demissão do Conselho Vitoriano é um assunto extremamente grave em termos de Vitória Sport Clube mas não tem qualquer relevância quanto ao desfecho do jogo de hoje pelo que não pode servir de argumento nem de desculpa para nada. O CV é um órgão do clube e o futebol está na SAD. De resto estou convicto que a esmagadora maioria do plantel não faz a mínima ideia do que é o Conselho Vitoriano.
Demissão
A única surpresa reside em ter sido apenas agora.
Porque de há muito que se afigurava inevitável conhecendo-se as pessoas que integravam o órgão. Posso não concordar com eles em algumas coisas mas sempre disse que são vitorianos sem "ses" ou "mas".
E não são "yes men" de ninguém.
Depois Falamos.
Porque de há muito que se afigurava inevitável conhecendo-se as pessoas que integravam o órgão. Posso não concordar com eles em algumas coisas mas sempre disse que são vitorianos sem "ses" ou "mas".
E não são "yes men" de ninguém.
Depois Falamos.
https://www.guimaraesdigital.pt/index.php/informacao/desporto/83216-conselho-vitoriano-apresentou-demissao-direcao-nao-conta-mais-com-a-colaboracao?fbclid=IwAR1rD8TTapOkxMqIV_cHmx0B6taILZ0HBniUAblla9JUMAoNqBKxSfmKLt4
sexta-feira, setembro 29, 2023
Feudalismo Vitoriano
O meu artigo desta semana no zerozero.pt
No século XIII a sociedade portuguesa estava claramente estratificada em três grupos sociais - Clero, Nobreza e Povo- acima das quais se encontrava a figura do Rei.
Eram os tempos do auge do feudalismo.
Que me suscita algumas comparações, dadas as analogias fáceis de fazer, com aquilo que tem sido a História do Vitória desde 1922 até aos dias de hoje.
Que por razões que adiante explicarei considero estar dividida em dois grande periodos com o primeiro a estender-se desde a fundação até 1974 e o segundo de 1974 até aos tempos presentes.
Entendendo-se desde já o Rei como D.Afonso Henriques, o Povo como os adeptos, a Nobreza como a classe social de onde saem os dirigentes e o Clero como os influenciadores que não dirigindo nem sendo eleitos tem um poder de influência significativo.
No primeiro desses períodos não se pode falar de um Clero influente mas apenas de dois grupos.
A nobreza constituida por élites vimaranenses ligadas à indústria e ao comércio que dirigiam o clube e se escolhiam entre eles para o dirigirem, sabendo que financeiramente isso lhes ia sair do bolso em boa parte, e o povo constiuido pelos adeptos que davam o corpo e o ser ao Vitória e que se tornaram desde muito cedo na sua maior mais valia.
O Rei esse estava lá e é desde sempre a única figura consensual do clube.
Com o 25 de Abril o panorama mudou nalguns aspectos.
A Nobreza foi paulatinamente perdendo poder, muito por força também da situação económica do país que atingiu severamente a indústria e o comércio, ao ponto de poucos anos depois da revolução ter perdido a soberania que detinha no clube num contexto de que adiante falarei.
O Povo, esse, lá continuou a como sempre dar o sustento ao clube.
Enchendo as bancadas, do Bem-Lhe-Vai ao D.Afonso Henriques passando pela Amorosa, seguindo as equipas pelo país fora, saindo à rua para manifestar a sua revolta com as injustiças que lhe eram feitas, dando continuos exemplos de dedicação e amor ao emblema.
E surgiu, aí sim, uma nova realidade.
O Clero.
Os tais que não sendo eleitos nem dirigindo possuiam e possuem um poder significativo como influenciadores de direcções e de adeptos nestes anos mais recentes.
Entenda-se como Clero a Câmara Municipal, a comunicação social e as redes sociais nas suas diversas formas de expressão que vão do escrito ao falado e ao transmitido em imagens e alguns personagens que se acham detentores de um elevado estatuto no seio do clube.
Sendo certo que esta realidade da influência clerical foi algo que se começou a esboçar logo após a revolução mas teve largos anos de pouco significado muito por força de um fenómeno surgido em 1979 e que se consubstanciou na eleição de António Pimenta Machado como presidente do Vitória.
Com a ironia de tendo vindo da Nobreza (é de uma das famílias ligadas ao comércio, à industria e também ao Vitória mais tradicionais de Guimarães) ter posto fim ao poder dessa mesma Nobreza conforme ele se expressara durante décadas.
E tornando-se no presidente mais amado pelo Povo, que se identificava com a sua forma de liderar, e mais odiado por parte significativa do Clero e de alguma da Nobreza porque não só não lhes tinha medo, como não se deixava comandar por eles e ainda prescindia do seu apoio fosse para o que fosse com um ou outro exagero à mistura.
Num apontamento mais pessoal recordo-me de ele várias vezes em conversas me dizer que se estivesse à espera do comércio e da indústria de Guimarães para gerir financeiramente o Vitória o clube já teria fechado portas!
Com o fim do ciclo de Pimenta Machado, algo em que boa parte do Clero e da Nobreza se empenharam sem medirem as consequências, o feudalismo vitoriano voltou à sua estratificação clássica com a nuance de o poder do Clero se tornar cada vez mais forte, de a Nobreza ter dificuldade em reassumir o seu papel do antigamente por razões que se prendem com a força impositiva do Clero e com o Povo como sempre unido em torno das equipas mas cada vez mais desunido em termos de tudo o resto.
O que levou a uma elevada rotação de presidentes (cinco em dezoito anos) com direcções por norma frágeis e consequente pouca estabilidade directiva o que levou ao reforço do poder dos não eleitos que dadas as diversas formas de pressão e condicionamento ao seu alcance assumiram um cada vez maior protagonismo na vida do clube.
Sendo certo que este enfraquecimento da Nobreza também se manifestou através de um crescente desinteresse pela vida do clube expresso na forma como na constituição da SAD a indústria e o comércio vimaranense se alhearam da aquisição de acções o que levou a que o clube tivesse que se virar para outras soluções.
E chegamos aos dias de hoje.
Qual é o ponto da situação?
O Rei continua lá. Inatacável, indiscutível, consensual.
O Povo também não arreda pé. Sofre, festeja o pouco que há para festejar e ultrapassa de dentes cerrados as muitas desilusões e desgostos que fazem parte do ADN vitoriano dos ultimos largos anos. Sempre unido em torno do símbolo e das equipas mas cada vez mais dividido em tudo o resto. Mais conformado e menos exigente do que era seu apanágio.
O Clero está forte. No que faz, no que não faz, no que promete fazer e depois se esquece, nas cumplicidades e solidariedades com moedas de troca, nas campanhas pró e nos assanhamentos contra a troco de reconhecimentos generosos e de favores que não são de rejeitar.
A Nobreza hoje assume uma nova forma. Já não são os generosos industriais e comerciantes do passado, que mandavam mas pagavam do seu bolso para isso, que foram substituídos por umas élites (há quem os denomine dessa forma) que se tem a si próprias em elevado conceito, que se acham mais vitorianos que qualquer vitoriano, que creem pensar bem e falarem melhor e que olham o Povo com a sobranceria típica de quem se lhe acha superior.
É o actual estado da Nação vitoriana.
Um clube centenário, orgulhoso da sua História, detentor de uma massa adepta incomparável mas que está parado no tempo assistindo ao desenvolvimento e fortalecimento de outros emblemas vizinhos e com uma clara dificuldade em trilhar de forma consistente e estável o caminho do sucesso.
Uma coisa sei.
Ao contrário do feudalismo medieval em que o Povo apenas servia para trabalhar e pagar impostos no feudalismo vitoriano o Povo tem o poder supremo de também pagando poder decidir o futuro que quer para o seu clube.
E o que se deseja, porque essencial e inadiável, é que quando for chamado a faze-lo o faça muito bem.
Porque, infelizmente, nem sempre o tem feito.
Que me suscita algumas comparações, dadas as analogias fáceis de fazer, com aquilo que tem sido a História do Vitória desde 1922 até aos dias de hoje.
Que por razões que adiante explicarei considero estar dividida em dois grande periodos com o primeiro a estender-se desde a fundação até 1974 e o segundo de 1974 até aos tempos presentes.
Entendendo-se desde já o Rei como D.Afonso Henriques, o Povo como os adeptos, a Nobreza como a classe social de onde saem os dirigentes e o Clero como os influenciadores que não dirigindo nem sendo eleitos tem um poder de influência significativo.
No primeiro desses períodos não se pode falar de um Clero influente mas apenas de dois grupos.
A nobreza constituida por élites vimaranenses ligadas à indústria e ao comércio que dirigiam o clube e se escolhiam entre eles para o dirigirem, sabendo que financeiramente isso lhes ia sair do bolso em boa parte, e o povo constiuido pelos adeptos que davam o corpo e o ser ao Vitória e que se tornaram desde muito cedo na sua maior mais valia.
O Rei esse estava lá e é desde sempre a única figura consensual do clube.
Com o 25 de Abril o panorama mudou nalguns aspectos.
A Nobreza foi paulatinamente perdendo poder, muito por força também da situação económica do país que atingiu severamente a indústria e o comércio, ao ponto de poucos anos depois da revolução ter perdido a soberania que detinha no clube num contexto de que adiante falarei.
O Povo, esse, lá continuou a como sempre dar o sustento ao clube.
Enchendo as bancadas, do Bem-Lhe-Vai ao D.Afonso Henriques passando pela Amorosa, seguindo as equipas pelo país fora, saindo à rua para manifestar a sua revolta com as injustiças que lhe eram feitas, dando continuos exemplos de dedicação e amor ao emblema.
E surgiu, aí sim, uma nova realidade.
O Clero.
Os tais que não sendo eleitos nem dirigindo possuiam e possuem um poder significativo como influenciadores de direcções e de adeptos nestes anos mais recentes.
Entenda-se como Clero a Câmara Municipal, a comunicação social e as redes sociais nas suas diversas formas de expressão que vão do escrito ao falado e ao transmitido em imagens e alguns personagens que se acham detentores de um elevado estatuto no seio do clube.
Sendo certo que esta realidade da influência clerical foi algo que se começou a esboçar logo após a revolução mas teve largos anos de pouco significado muito por força de um fenómeno surgido em 1979 e que se consubstanciou na eleição de António Pimenta Machado como presidente do Vitória.
Com a ironia de tendo vindo da Nobreza (é de uma das famílias ligadas ao comércio, à industria e também ao Vitória mais tradicionais de Guimarães) ter posto fim ao poder dessa mesma Nobreza conforme ele se expressara durante décadas.
E tornando-se no presidente mais amado pelo Povo, que se identificava com a sua forma de liderar, e mais odiado por parte significativa do Clero e de alguma da Nobreza porque não só não lhes tinha medo, como não se deixava comandar por eles e ainda prescindia do seu apoio fosse para o que fosse com um ou outro exagero à mistura.
Num apontamento mais pessoal recordo-me de ele várias vezes em conversas me dizer que se estivesse à espera do comércio e da indústria de Guimarães para gerir financeiramente o Vitória o clube já teria fechado portas!
Com o fim do ciclo de Pimenta Machado, algo em que boa parte do Clero e da Nobreza se empenharam sem medirem as consequências, o feudalismo vitoriano voltou à sua estratificação clássica com a nuance de o poder do Clero se tornar cada vez mais forte, de a Nobreza ter dificuldade em reassumir o seu papel do antigamente por razões que se prendem com a força impositiva do Clero e com o Povo como sempre unido em torno das equipas mas cada vez mais desunido em termos de tudo o resto.
O que levou a uma elevada rotação de presidentes (cinco em dezoito anos) com direcções por norma frágeis e consequente pouca estabilidade directiva o que levou ao reforço do poder dos não eleitos que dadas as diversas formas de pressão e condicionamento ao seu alcance assumiram um cada vez maior protagonismo na vida do clube.
Sendo certo que este enfraquecimento da Nobreza também se manifestou através de um crescente desinteresse pela vida do clube expresso na forma como na constituição da SAD a indústria e o comércio vimaranense se alhearam da aquisição de acções o que levou a que o clube tivesse que se virar para outras soluções.
E chegamos aos dias de hoje.
Qual é o ponto da situação?
O Rei continua lá. Inatacável, indiscutível, consensual.
O Povo também não arreda pé. Sofre, festeja o pouco que há para festejar e ultrapassa de dentes cerrados as muitas desilusões e desgostos que fazem parte do ADN vitoriano dos ultimos largos anos. Sempre unido em torno do símbolo e das equipas mas cada vez mais dividido em tudo o resto. Mais conformado e menos exigente do que era seu apanágio.
O Clero está forte. No que faz, no que não faz, no que promete fazer e depois se esquece, nas cumplicidades e solidariedades com moedas de troca, nas campanhas pró e nos assanhamentos contra a troco de reconhecimentos generosos e de favores que não são de rejeitar.
A Nobreza hoje assume uma nova forma. Já não são os generosos industriais e comerciantes do passado, que mandavam mas pagavam do seu bolso para isso, que foram substituídos por umas élites (há quem os denomine dessa forma) que se tem a si próprias em elevado conceito, que se acham mais vitorianos que qualquer vitoriano, que creem pensar bem e falarem melhor e que olham o Povo com a sobranceria típica de quem se lhe acha superior.
É o actual estado da Nação vitoriana.
Um clube centenário, orgulhoso da sua História, detentor de uma massa adepta incomparável mas que está parado no tempo assistindo ao desenvolvimento e fortalecimento de outros emblemas vizinhos e com uma clara dificuldade em trilhar de forma consistente e estável o caminho do sucesso.
Uma coisa sei.
Ao contrário do feudalismo medieval em que o Povo apenas servia para trabalhar e pagar impostos no feudalismo vitoriano o Povo tem o poder supremo de também pagando poder decidir o futuro que quer para o seu clube.
E o que se deseja, porque essencial e inadiável, é que quando for chamado a faze-lo o faça muito bem.
Porque, infelizmente, nem sempre o tem feito.
quinta-feira, setembro 28, 2023
Ditaduras
As ditaduras, pouco importa a matriz ideológica, caracterizam-se por um enorme ódio a quem se lhes opõe, a quem pensa diferente, a quem lhes aponta os erros e sobretudo a quem pensam que quer acabar com elas.
Nisso as ditaduras são todas iguais.
Nisso e no extermínio dos opositores seja matando-os, seja prendendo-os, seja exilando-os nos casos mais benévolos.
Mas algumas, muito em especial a ditadura estalinista, não se contentava no extermínio físico dos opositores (e exterminou muitos milhões) como ainda fazia questão de os fazer desaparecer da História oficial levando o requinte ao ponto de os apagar das fotografias.
É o caso destas imagens que ilustram o texto em que na primeira desaparece Nikolai Yeshov um dirigente do PCUS mandado fuzilar por Estaline e apagado das fotografias ao lado do ditador e na segunda em que Estaline mandou apagar Trotsky de uma fotografia em que aparece próximo de Lenine nas escadas que dão acesso ao púlpito.
Isto pouco depois de por ordem de Estaline o mesmo Trotsky ter sido "apagado" do número dos vivos.
Claro que pensar-se que por mandar apagar pessoas ou acontecimentos das fotografias ou filmes oficiais isso faz com que essas pessoas ou esses acontecimentos deixem automaticamente de terem existido é revelador de um inteligência pobre, de uma grande miséria moral e de um totalitarismo sem limites.
Mas em bom rigor também não se pode esperar que ditadores professem valores e princípios próprios de pessoas bem formadas.
Felizmente em democracia nem se eliminam opositores nem se apagam fotografias.
O máximo que se vai fazendo, e em Portugal depois de 1974 fez-se muito, é mudar o nome a ruas, praças, pontes, e tirar de edifícios públicos as placas identificativas de quem os inaugurou.
E se no primeiro caso ainda se pode perceber já no segundo é uma perfeita idiotice porque não é por se tirar a placa que o edifício deixa de ter sido inaugurado por quem foi.
Seja como for acho que qualquer tentativa de reescrever a História ao sabor de quem exerce a cada momento o poder, apagando ou não fotografias e fazendo ou não desaparecer (ainda que em sentido figurado) quem não se identifica com os detentores desse poder é absolutamente condenável e contrária aos sinais e à evolução dos tempos.
Mas há pulsões totalitárias ocultas que são mais fortes que a fina camada de verniz democrático de alguns e que de vez em quando dão sinais de vida.
Depois Falamos.
Protocolo
Já em publicação de há anos atrás me referi a este "O Livro do Protocolo" , da autoria do Embaixador José Bouza Serrano (que foi chefe do protocolo de Estado), e que tão útil me foi em diversas circunstâncias da minha vida profissional.
Publicado em 2011 e com algumas reedições é um guia precioso para quem tiver de organizar os mais diversos tipos de cerimónias e eventos.
Explica (e ensina) como se organiza uma cerimónia, como e a quem se fazem os convites, com que antecedência devem ser enviados, qual a precedência na ocupação dos lugares, o que vestir consoante o tipo de evento, quem fala e quem fica calado, o tipo de discurso consoante a cerimónia, o tratamento a dispensar à comunicação social, as honrarias a conceder, os cumprimentos de mão, com beijos ou apenas um aceno de cabeça e muito mais.
Para lá das normas que regem o Protocolo de Estado em todas as suas vertentes do protocolo diplomático ao religioso passando pelo autárquico, pela presidência da república e muitos mais.
Em suma um livro de extrema utilidade para quem quiser organizar eventos sem cometer erros, cair na parolice e desconsiderar os convidados para os actos.
E nesta sociedade facilitadora e que cai no facilitismo com extrema frequência fazer as coisas bem feitas é uma marca distintiva de quem sabe o papel que lhe cabe desempenhar e vela por prestigiar as instituições que serve seja em que cargo ou posição for.
Depois Falamos.
Joaquim Jorge
Tenho sempre alguma aversão a declarar peremptoriamente que este ou aquele foram os melhores de sempre nesta ou naquela posição.
Porque os critérios de avaliação são tantos e tão variáveis que é difícil dizer em termos definitovs quem foi o melhor.
Mas tendo visto regularmente o Vitória ao longo de mais de cinquenta anos não tenho nenhuma dificuldade em afirmar que Joaquim Jorge foi um dos melhores centrais que alguma vez vestiu a nossa camisola.
Um jogador de enorme categoria e um excelente ser humano que tive o prazer de conhecer e com quem conversei algumas vezes.
Eleito em 1968/1969, aquele ano fantástico em que o Vitória esteve mais perto que nunca de ser campeão, como o melhor jogador do campeonato foi também internacional A ao serviço do Vitória o que naqueles tempos era uma proeza extraordinária.
Proeza a dobrar se nos lembrarmos que o seu colega no centro da defesa do Vitória-Manuel Pinto-também fez dupla com ele na selecção.
Joaquim Jorge forma com Manuel Pinto, Rui Rodrigues e Geromel o quarteto de melhores centrais que vi jogar pelo Vitória.
E é daqueles na nossa História que bem merece uma homenagem do clube.
Que infelizmente terá de ser póstuma.
Depois Falamos.
Porque os critérios de avaliação são tantos e tão variáveis que é difícil dizer em termos definitovs quem foi o melhor.
Mas tendo visto regularmente o Vitória ao longo de mais de cinquenta anos não tenho nenhuma dificuldade em afirmar que Joaquim Jorge foi um dos melhores centrais que alguma vez vestiu a nossa camisola.
Um jogador de enorme categoria e um excelente ser humano que tive o prazer de conhecer e com quem conversei algumas vezes.
Eleito em 1968/1969, aquele ano fantástico em que o Vitória esteve mais perto que nunca de ser campeão, como o melhor jogador do campeonato foi também internacional A ao serviço do Vitória o que naqueles tempos era uma proeza extraordinária.
Proeza a dobrar se nos lembrarmos que o seu colega no centro da defesa do Vitória-Manuel Pinto-também fez dupla com ele na selecção.
Joaquim Jorge forma com Manuel Pinto, Rui Rodrigues e Geromel o quarteto de melhores centrais que vi jogar pelo Vitória.
E é daqueles na nossa História que bem merece uma homenagem do clube.
Que infelizmente terá de ser póstuma.
Depois Falamos.
quarta-feira, setembro 27, 2023
Pedro Mendes
Aí está um ponta de lança cuja carreira tenho seguido e que bem gostava de ver jogar no Vitória.
Aos 24 anos e já com uma muito razoável experiência no futebol português e italiano, com uma passagem por Espanha, podia trazer o acréscimo de classe e de capacidade goleadora que está a fazer falta.
Ainda por cima fez uma parte da sua formação no Vitória e é um vimaranense perfeitamente identificado com o clube e com o meio.
Depois Falamos.
Nota: E com a curiosidade, que é apenas isso, de ter um nome igual a um dos maiores talentos formados no Vitória em toda a nossa História.
https://www.zerozero.pt/noticias/em-italia-pedro-mendes-bisa-na-vitoria-do-ascoli/525014
Aos 24 anos e já com uma muito razoável experiência no futebol português e italiano, com uma passagem por Espanha, podia trazer o acréscimo de classe e de capacidade goleadora que está a fazer falta.
Ainda por cima fez uma parte da sua formação no Vitória e é um vimaranense perfeitamente identificado com o clube e com o meio.
Depois Falamos.
Nota: E com a curiosidade, que é apenas isso, de ter um nome igual a um dos maiores talentos formados no Vitória em toda a nossa História.
https://www.zerozero.pt/noticias/em-italia-pedro-mendes-bisa-na-vitoria-do-ascoli/525014
terça-feira, setembro 26, 2023
Modas
Já se sabe que isto são "modas" importadas de outros países que por cá, como por lá, redundam em acções levadas a cabo por gente que se acha no direito de fazer o que quer e lhe apetece na mais absoluta das impunidades.
Que muitos Estados, pela natural cobardia dos seus governantes perante estes movimentos de pseudo defensores de Causas, não punem com a severidade adequada.
Entre os quais receio bem que esteja o Estado português cujo governo , como se sabe, não é propriamente reconhecido pela autoridade nem pela coragem.
Estes jovens marginais não são, ao contrário do que pensam e apregoam, activistas de causa nenhuma mas apenas uns delinquentes que ao atacarem o titular de um orgão de soberania devem ser punidos com o máximo rigor que a lei permita.
Sob pena de a bandalheira se generalizar e amanhã as formas de luta destes delinquentes armados em activistas atingirem uma expressão que todos, menos eles, viremos a lamentar.
Depois Falamos.
https://ionline.sapo.pt/artigo/806905/duarte-cordeiro-atacado-em-palco-de-cimeira-com-tinta-verde?seccao=Portugal_i&fbclid=IwAR0bscywnIQfqBKlSx-HEhUONsSI986QhFfV3rcZ9sXGj81E-PIwjiuYEXI
Iguais
Em Espanha, como em Portugal, Partido Socialista é sinónimo de ausência de vergonha, falta de sentido de Estado e ocupação do poder a qualquer preço!
O António Costa de lá, que em castelhano se escreve Pedro Sanchez, quer fazer um governo que tenha como base de apoio um partido regional que quer separar a Catalunha de Espanha e que é dirigido por criminosos que exigem a amnistia aos seus crimes como contrapartida do seu apoio e os votos de um partido basco sucessor da ETA e dirigido por gente que nunca se demarcou dos seus actos de terrorismo. De facto para os socialistas vale tudo desde que seja para terem poder.
Aí está algo que em Portugal não se pode esquecer.
Pelo menos na área política do centro direita que é a única alternativa a este desgraçado estado a que o PS levou o país mais uma vez.
Depois Falamos.
https://visao.pt/atualidade/mundo/2023-09-24-espanha-governo-sanchez-garante-que-havera-novo-executivo-de-esquerda/
Volante
Desde o início do Mundial de Fórmula 1 em 1950 tudo evoluiu extraordinariamente nos monolugares que o disputam.
Motores, suspensões, travões, aerodinâmica, pneus, sistemas de refrigeração, segurança e tantas outras coisas que depois até vieram, muitas delas, a terem repercussão nos automóveis comuns.
E um dos aspectos mais visíveis dessa evolução está nos volantes.
Estão aqui quatro exemplos.
Do Mercedes de Juan Manuel Fangio, do Tyrrel de Jackie Stewart, do McLaren de Ayrton Senna e do Ferrari de Charles Leclerc.
Este último controla mais de 1000 funções e combinações dando ao piloto uma manamcial de informação absolutamente impressionante.
Ou de como os volantes passaram de apenas servirem para virarem as rodas até serem verdadeiros computadores que auxiliam de sobremaneira o piloto.
Depois Falamos.
segunda-feira, setembro 25, 2023
Equipamentos
De há muitos anos a esta parte que defendo um política de equipamentos (em termos de cores não de marcas) para o Vitória muito clara.
Primeiro equipamento camisola branca e calção preto. Que pode ser branco em função do equipamento do adversário.
Segundo equipamento camisola em preto , cinza, ou ambas as cores misturadas e calção a condizer.
Terceiro equipamento o mais diferente possível de todos os outros.
Amarelo, laranja, roxo, castanho, lilás, rosa, cores misturadas, etc, desde que não seja em vermelho, verde ou azul está bom de ver.
Depois a exigência que devia existir, mas não existe, de em jogos com Sporting, Benfica, Porto, Braga e Boavista se jogar sempre, mas sempre mesmo, com a camisola branca.
Este ano o terceiro equipamento é cor de laranja.
Pessoalmente gosto.
O desenho é simples, sem nada de especial (mas quanto à Macron também não vale a pena dizer mais nada) , mas a cor é bonita, vistosa e claramente distintiva em relação aos equipamentos usados por outros clubes.
Por isso acho que o Vitória fez bem em jogar com este equipamento face a um Casa Pia que joga todo de preto.
É verdade que se tivesse jogado todo de branco, afinal o seu equipamento mais normal nos últimos anos, também se distinguiria bem do adversário e satisfaria aqueles que com toda a legitimidade tem uma visão mais conservadora desta questão dos equipamentos.
Certo é que o terceiro equipamento existe para ser usado e não apenas para vender nas lojas e por isso acho que jogar com ele nesta oportunidade foi uma boa decisão e não foi seguramente por ele que tivemos uma resultado decepcionante.
Depois Falamos.
domingo, setembro 24, 2023
Péssimo
Rui Costa foi um péssimo árbitro e é um péssimo VAR.
João Pinheiro pode não ter visto a grande penalidade contra o Casa Pia mas o VAR viu e fez de conta que não viu porque ao longo de toda a sua carreira teve sempre uma inexplicável má vontade contra o Vitória.
Basta lembrar, como exemplo, a sua arbitragem no Vitória - Benfica da época passada.
Mas se a grande penalidade tivesse sido assinalada e transformada pelo jogador vitoriano encarregado da tarefa isso podia ter resolvido o problema deste jogo mas não resolvia um problema maior.
Uma equipa que joga muito pouco, uma ideia de jogo do treinador que não se percebe qual é, substituições sem qualquer sentido e carentes de ambição.
E se ganhar ao Casa Pia teria sido cumprir uma obrigação resolver estes problemas rapidamente é uma exigência absoluta.
Que por muito justa que seja não é a indignação por esta arbitragem que disfarça os problemas e muito menos os resolve.
Depois Falamos.
João Pinheiro pode não ter visto a grande penalidade contra o Casa Pia mas o VAR viu e fez de conta que não viu porque ao longo de toda a sua carreira teve sempre uma inexplicável má vontade contra o Vitória.
Basta lembrar, como exemplo, a sua arbitragem no Vitória - Benfica da época passada.
Mas se a grande penalidade tivesse sido assinalada e transformada pelo jogador vitoriano encarregado da tarefa isso podia ter resolvido o problema deste jogo mas não resolvia um problema maior.
Uma equipa que joga muito pouco, uma ideia de jogo do treinador que não se percebe qual é, substituições sem qualquer sentido e carentes de ambição.
E se ganhar ao Casa Pia teria sido cumprir uma obrigação resolver estes problemas rapidamente é uma exigência absoluta.
Que por muito justa que seja não é a indignação por esta arbitragem que disfarça os problemas e muito menos os resolve.
Depois Falamos.
sábado, setembro 23, 2023
Pobre
Mais uma pobre exibição, mais um conjunto de disparates nas substituições, mais dois pontos perdidos. Quando se joga com mentalidade de equipa pequena, com atitude receosa, com o pontinho como objectivo dá nisto.
Só que isto não é o Vitória!
E não é nenhuma critica ao Paulo Turra.
Não se é treinador de um clube por concurso público, por sorteio , por a cegonha o trazer de Paris ou por vir no trenó do Pai Natal.
Boa noite e bom fim de semana.
Depois Falamos.
Só que isto não é o Vitória!
E não é nenhuma critica ao Paulo Turra.
Não se é treinador de um clube por concurso público, por sorteio , por a cegonha o trazer de Paris ou por vir no trenó do Pai Natal.
Boa noite e bom fim de semana.
Depois Falamos.
Cautelas
Não há grande tradição nos jogos com o Casa Pia porque os "gansos" estiveram muitas décadas longe da primeira liga/divisão e só regressaram no início da época passada.
Ainda assim há a memória recente de na temporada passada o Casa Pia ter vencido em Guimarães e na segunda volta se ter registado um empate a zero pelo que o saldo neste regressos dos casapianos ao escalão maior nos é desfavorável.
Vale o que vale mas não deixa de ser um alerta.
Esta época enquanto o Vitória começou bem com três triunfos consecutivos a que se seguiram uma derrota "normal" na Luz e uma derrota anormal em casa com o Portimonense o Casa Pia entrou bem no campeonato vencendo em Faro por 3-0, depois perdeu em Rio Maior (outra anormalidade do nosso futebol esta de clubes sem estádio poderem disputar o campeonato maior) com o Sporting, foi empatar ao Boavista, empatou em casa com o Rio Ave e na última jornada foi vencer em Arouca o que lhe permite estar apenas a um ponto do Vitória.
O que é outro alerta.
Em suma um jogo em que o Vitória não só tem de ser favorito como tem de justificar esse favoritismo em campo sendo superior ao adversário e conquistando os três pontos que lhe permitirão continuar em lugar europeu.
Qualquer outro resultado apenas servirá para aumentar a intranquilidade oriunda das derrotas com Celje, Tondela e Portimonense e das exibições que tem vindo a fazer na maioria dos jogos e que são aquém do valor real do seu plantel.
Mas acreditemos que em semana de festejar o seu centésimo primeiro aniversário o Vitória saberá cumprir a sua obrigação.
Depois Falamos.
sexta-feira, setembro 22, 2023
Herr Schmidt
Não há da minha parte nenhuma embirração com Roger Schnidt embora também não haja, como é evidente, nenhuma admiração cartilheira como se vê em tantos jornalistas da nossa praça que já não sabem que mais inventar para exercerem a sua ridicula actividade de "louva a deus" profissional.
Limito-me a constatar factos.
E fugindo da piada fácil sobre esta desgraçada frase de Herr Schmidt, que podia ir da saudade que sente dos árbitros portugueses nos jogos europeus à estranheza de ver serem marcados penaltis contra o Benfica e ainda por cima na Luz, direi apenas o seguinte.
Por um lado constata-se que Herr Schmidt está habituado a ter os árbitros do seu lado. E quando não acontece fica admirado. É o que se depreende das suas palavras.
Por outro que Herr Schmidt é um especialista em encontrar culpados, quando as coisas correm mal, fugindo às suas próprias responsabilidade.
No Bessa culpou Vlachodimos pela derrota.
Agora face ao Salzburgo foi a equipa de arbitragem.
Que ele não acusa de não serem isentos mas de , pior ainda, não estarem do lado do Benfica facto que ele muito estranhou.
Numa só frase, honra lhe seja feita, Herr Schmidt limitou-se a confirmar aquilo que todos sabemos de há muitos anos a esta parte.
Que em Portugal o normal é os árbitros estarem ao lado do Benfica.
Obrigado Herr Schmidt pela sua sinceridade.
Depois Falamos.
quinta-feira, setembro 21, 2023
Complexo
Sinceramente gostava de acreditar que o novo complexo desportivo do Vitória pode arrancar até Março de 2025.
Mas atendendo ao que tem sido o comportamento da Câmara Municipal nesta matéria tenho imensas dúvidas que isso seja possível porque até ao momento para lá das declarações de intenção nada mais há a registar.
Recordo que em 2018 numa reunião com os orgãos sociais do Vitoria foi dito pelo presidente de câmara que a obra arrancaria nesse ano, que seria feita por fases e estaria concuida em 2022!
Passados 5 anos nem o terreno está escolhido quanto mais a obra feita!
E por isso só me parece possível que a expectativa do presidente do clube/SAD seja cumprida se for o Vitória a arcar sozinho com a responsabilidade de avançar com o novo complexo desportivo.
Mas também aí tenho as maiores dúvidas.
Pois se o Vitória nem consegue acabar as obras do mini estádio, matéria em que não depende de ninguém e que tão urgente é, como acreditar que se possa meter num empreendimento de muito maior dimensão?
E por isso acho que vamos continuar a marcar passo enquanto do outro lado da Morreira as obras se fazem e o crescimento é continuo.
As coisas são o que são!
Depois Falamos.
Pagar
Roger Schmidt, segundo os jornalistas atentos,veneradores e obrigados é um gentleman, um modelo de desportivismo, um paradigma do fair play.
E de facto é.
Quando ganha.
Porque quando perde percebe-se que há ali muito mau perder, mau feitio e até recusa em assumir responsabilidades.
O Benfica ontem começou a pagar tudo isso.
Porque depois da derrota no Bessa na primeira jornada, algo que Herr Schmidt nunca julgara possível, o treinador alemão em vez de assumir que quando ganham ganham todos e quando perdem perdem todos resolveu arranjar um bode expiatório para a derrota individualizando a culpa no guarda redes Odisseas Vlachodimos.
O que foi, além do mais , uma grande injustiça porque nem Vlachodimos esteve tão mal assim nem o fugitivo à responsabilidade se lembrou que foi muito devido à grande época do guarda redes que o Benfica ganhou o campeonato e chegou aos quartos de final da Liga dos Campeões.
Sabe-se como a coisa acabou.
Vlachodimos foi afastado da equipa e foi-lhe mostrada a porta de saída do estádio da Luz rumo ao Nottingham Forest.
Ficando o Benfica no seu quadro de guarda redes com quatro jovens.
Anatoliy Trubin com 22 anos acabados de fazer, Samuel Soares de 21, Leo Kokubo de 22 e André Gomes de 18!
Todos eles sem qualquer experiência da Liga portuguesa e com apenas Trubin a ter alguma experiência de Liga dos Campeões ao serviço do Shakhtar Donetsk.
O que é manifestamente curto para um clube que entra em todas as competições nacionais com o objectivo de as ganhar e que tem também a natural pretensão de na Liga dos Campeões chegar o mais longe possível pelo prestigio e pelo dinheiro.
Pelo que não se compreende a ligeireza com que o clube e o treinador encararam a questão da baliza e da saída do seu indiscutível titular.
Já se sabe que especialmente na Champions a falta de experiência paga-se muito caro.
E então tratando-se da baliza onde o seu ocupante é o último a errar porque depois dele é o golo.
Ontem Trubin, de quem apenas discuto a falta de experiência mas não a qualidade porque essa ainda não deu para avaliar, teve enormes responsabilidades na derrota do seu clube ao fazer uma grande penalidade ingénua e desnecessária e ao sair mal no lance que viria dar a segunda grande penalidade obrigando António Silva aquele corte com a mão que lhe valeu vermelho directo.
Uma derrota que pode complicar o apuramento e uma derrota que impede o clube de facturar os quase 3 milhões de euros que rende cada triunfo na fase de grupos.
As embirações de Herr Schmidt começaram ontem a pagar o seu preço.
E sabendo-se que até ao mercado de Janeiro nada há a fazer resta ao Benfica esperar que ontem tenha sido apenas uma noite má, e que após ela Trubin consgiga confirmar as razões da contratação, porque caso contrário o prejuízo desportivo e essenciamente financeiro pode ser bem maior.
Depois Falamos.
Balanço
Disputada a primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões que balanço se pode fazer em relação á equipas portuguesas? Desde logo que se verificaram dois resultados esperados e um inesperado.
Os esperados foram os de Porto e Braga.
O Porto vencendo o Shaktar Donetsk fora de portas ( no caso ambos jogaram fora porque o jogo foi em Hamburgo devido à guerra na Ucrânia) com uma exibição de bom nível e tirando partido, como era expectável, dos muitos condicionalismos que o adversário atravessa desde um campeonato muito sui generis até à debandada dos seus melhores jogadores.
A verdade é que isso não é problema do Porto que cumpriu a sua obrigação.
A seguir vem o Barcelona num jogo que põe frente a frente os favoritos do grupo.
O Braga mesmo jogando em casa sabia-se que tinha uma tarefa muito complicada face ao campeão italiano.
O que se confirmou pelo resultado mas nem tanto pelo jogo jogado porque o Braga bateu-se muito bem, equilibrou o jogo e deu a clara sensação de que até podia ter obtido um ponto.
É verdade que o Nápoles desperdiçou várias oportunidades (Osimeh teve uma noite para esquecer) mas o Braga também teve algumas e não fora o auto golo nos minutos finais e bem podia ter começado a Champions com outro resultado.
Continuo a achar que a equipa bracarense tem excelentes meio campo e ataque mas a defesa deixa um bocado a desejar.
Na próxima jornada uma deslocaçã a Berlim para defrontar o Union que é o seu directo adversário na luta pelo terceiro lugar do grupo.
O resultado inesperado foi o do Benfica.
Que jogava na Luz frente ao Salzburgo e era favorito.
Mas esse favoritismo foi atraiçoado por ele próprio com um início de jogo deplorável em que cometeu duas grandes penalidades e viu um jogador expulso por vermelho directo.
Duas grande penalidades bem marcadas e expulsão justa diga-se de passagem embora alguns tenham digerido mal a coragem de um árbitro nos primeiros 15 minutos marcar duas grandes penalidades contra o Benfica e expulsar um seu jogador.
No nosso campeonato isso seria impensável.
A verdade é que mesmo em inferioridade numérica , e face a um adversário com a média de idades mais baixa de sempre num jogo da Liga dos Campeões, o Benfica fez o suficiente para sair da Luz com outro resultado mas a grande exibição do guarda redes do Salzburgo e a falta de eficácia dos jogadores benfiquistas impediram o golo que acabaria por acontecer na sua baliza sentenciando o desfecho.
Que não põe nada em causa mas é um percalço de que o Benfica não estaria à espera.
E uma grande lição para Roger Schmidt cuja irresponsabilidade esteve, também , na génese desta derrota.
Porque correr com Vlachodimos do clube sem ter uma alternativa à altura não tem outro nome que não seja irresponsabilidade.
Na próxima jornada o Benfica vai a Milão defrontar um velho conhecido chamado Inter.
Conhecido de muitas décadas (até de uma final da Taça dos Campeões Europeus em 1963) e conhecido da época passada.
Empatar e especialmente ganhar abrem melhores horizontes enquanto perder começará a gerar preocupação.
Depois Falamos.
Galeno
Para lá da grande exibição e dos golos o gesto de fair play de Galeno merece todos os elogios porque ter-lhe- ia sido mais fácil seguir com a jogada e marcar ou dar a marcar do que atirar a bola para fora para o adversario ser assistido.
Um grande momento de futebol e de desportivismo.
Depois Falamos.
Um grande momento de futebol e de desportivismo.
Depois Falamos.
https://www.abola.pt/futebol/noticias/fc-porto-elogios-para-gesto-de-fair-play-de-galeno-no-jogo-com-shakhtar-donetsk-2023092010524337014?fbclid=iwar2beat3bggdqv_kcgudqqqpwpzhepwaask8jgqfkqky5ti2cuzpr50iza0
quarta-feira, setembro 20, 2023
Debate
É amanhã este debate promovido pela Ordem dos Solicitadores sobre um tema extremamente actual e que contará com a presença da vitoriana Catarina Pereira no painel de oradores.
Pode ser visto na Bola TV, na página de Facebook da Ordem dos Solicitadores e depois em reportagem na Sport tv.
Depois Falamos.
Pode ser visto na Bola TV, na página de Facebook da Ordem dos Solicitadores e depois em reportagem na Sport tv.
Depois Falamos.
Censura
Ontem foi discutida, votada e reprovada uma moção de censura ao governo.
O que em teoria dá razão aqueles que defendem que apresentar moções de censura a um governo com apoio maioritário no parlamento não serve para nada que não seja reforçar esse governo através da vitória na votação da mesma.
E não faltaram comentadores a dizer isso nos dias anteriores à apresentação da moção realçando ainda que ela apenas serviria para mostrar uma oposição, especialmente no centro direita, dividida na hora da votação.
Não tenho a certeza que as coisas sejam bem assim.
Desde logo porque a oposição já está por natureza dividida e toda a gente que ande com um mínimo de atenção percebe isso.
A de centro e de direita quer substituir o PS no governo e a de extrema esquerda anseia por uma nova geringonça que é a única forma que tem de se aproximarem do poder e o influenciarem de alguma forma.
Claro que no centro direita os caminhos para a substituição deste governo tem merecido farta discussão, nomeadamente quanto à política de coligações, mas não é desse tema que trato aqui.
É mesmo da eficácia de uma moção de censura a um governo com apoio maioritário.
Já vimos que formalmente não serve para nada.
Mas a politica faz-se só de actos formais?
Ou há lugar a actos simbólicos, ao passar de imagens, à separação das águas de forma clara e insofismável?
Que não tendo eficácia formal tem a importância de passarem sinais claros aos eleitores.
Poder-se-à levar a sério uma forma de fazer oposição que passe por discursos no parlamento e fora dele de critica diária, contundente e assertiva aos inumeros erros e falhanços deste governo e depois quando há a oportunidade do tal separar de águas, do formalizar a oposição, de mostrar uma imagem de verdadeira alternativa se fica pela abstenção ( e nem vou aqui referir o que dizia Francisco Sá Carneiro sobre a abstenção...) ou até pelo voto contra que mais não são do que um apoio, ou no mínimo uma tolerância imerecida, ao governo ?
Não sei.
Mas sei que cá fora, longe do micro universo da política e dos políticos, quem está farto das malfeitorias deste governo mais depressa valoriza uma oposição que se assume até ás últimas consequências do que uma oposição "light" que parece ter sempre receio de dar o último passo e romper com o PS de forma clara e definitiva.
A Iniciativa Liberal parece já ter compreendido isso (tal como o Chega já o compreendeu há muito tempo) mas o PSD parece que ainda não.
É a minha opinião.
Vale o que vale.
Depois Falamos.