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quinta-feira, agosto 31, 2023

Acefalia

Aí está um pensamento absolutamente acertado.
Paul Valéry foi um filósofo francês que morreu em 1945 muito antes, portanto, destes tempos modernos das redes sociais e afins.
Porque se vivesse agora teria inúmeros exemplos práticos de como gente sem capacidade de argumentação e sem inteligência para fundamentar a contradição gasta o seu pobre tempo a atacar pessoalmente aqueles de quem discorda em vez de procurar o contraditório com base em argumentos  e na fundamentação inteligente deles.
Então no Facebook é uma fartura de gente dessa. Especialmente quando os temas são futebol e política.
No fundo, nos tempos de Paul Valéry  como nos de agora, mudam os veiculos de expressão mas permanecem as causas de as coisas serem assim.
A intolerância, a má educação, a incapacidade de aceitar democraticamente que haja quem tem opiniões diferentes.
Na verdade um acéfalo é sempre um acéfalo seja qual for o tempo em que existe.
Depois Falamos.

Sorteio

Realizado que está o sorteio da Liga dos Campeões vamos então às habituais previsões sobre quem se apura para a fase seguinte que lá para o final do ano se avaliará se próximas ou distantes da realidade.
Grupo A: Bayern e Manchester United.
Grupo B: Sevilha e Arsenal mas o PSV pode entrar na discussão.
Grupo C: Nápoles e Real Madrid. O Braga terá de disputar o terceiro lugar com o Union Berlim que é actualmente uma das melhores equipas alemãs.
Grupo D: Benfica e Inter mas atenção à Real Sociedad que pode baralhar as contas.
Grupo E: Atlético de Madrid e Lazio. Mas o Feyenoord e remotamente o Celtic podem intrometer-se.
Grupo F: De longe aquele em que a previsão é mais complicada porque qualquer um dos quatro se pode apurar. É o grupo mais equilibrado mas aposto, ligeiramente, em Milan e Newcastle.
Grupo G: Manchester City e depois uma disputa muito interessante entre Leipzig e Estrela Vermelha. Vou pelos alemães.
Grupo H: Barcelona e Porto.
São as previsões que faço para esta fase de grupos. 
Num sorteio em que os potes 1 e 2 eram de idêntico valor e depois no 3 e 4 apareciam equipas clássicas da prova como o "velho senhor" Milan , um dos clubes com mais Champions ganhas, e outros campeões europeus como PSV, Estrela Vermelha e Celtic.
Agora que a bola comece a rolar.
Depois Falamos.

Depois Falamos.

Vitória B

 
O início de campeonato na tal IV divisão, que alguns sempre alinhadinhos acham ser o escalão competitivo ideal para a equipa B, não podia ser pior.
Duas derrotas perante o S.João de Ver e o Rebordosa (confesso que com todo o respeito por esses clubes ainda me custa a crer que o Vitória B anda a jogar com eles) e um arranque em falso que não compromete nada mas tem de constituir um sério aviso para as dificuldades deste escalão. Tozé Mendes é um bom treinador, o plantel tem jovens de valor, o próximo jogo em casa será no estádio o que é também um passo positivo porque a B deve jogar lá sempre que isso não colida com a primeira equipa e por isso o imperativo da subida continua no horizonte exigível à equipa. Talvez fosse , isso sim, de a reforçar com dois ou três jogadores mais experiente em escalões inferiores porque este campeonato é duro e a série em que o Vitória está é bastante difícil.
Seja como for a subida é o objectivo.
Pensar de outra forma é pensar errado.
Depois Falamos.

quarta-feira, agosto 30, 2023

Apoiar

O David é atleta do Vitória!
Foi selecionado para representar Portugal no campeonato do mundo de Kickboxing na Alemanha em Outubro próximo.
A presença tem custos e por incrível que pareça a federação da modalidade não contribui com nada por ser a primeira convocatória do atleta embora ele vá representar Portugal e não o seu clube.
Pelos vistos o Vitória nem os equipamentos fornece aos seus atletas da modalidade pelo que o apoio à sua presença ,embora se trate de um atleta do clube a disputar um campeonato do mundo, dificilmente acontecerá.
No futuro valerá a pena discutir seriamente o conceito de ecletismo existente porque estas e outras situações não se podem repetir pelo quanto desprestigiam o clube e o seu emblema.
Mas agora o importante é apoiar a ida do David ao Mundial.
E se o Vitória não quiser reconsiderar a questão do apoio então que sejam os vitorianos e os vimaranenses a apoiarem.
Na esperança de que se o David estiver presente e até se ganhar alguma medalha isso possa contribuir para uma evolução de mentalidades quanto à importância do ecletismo como parte essencial do ADN do Vitória.
Porque com medalha a volta ao relvado e os abraços da praxe isso não faltará de certeza.
Depois Falamos.

Jogos

Como é mais ou menos sabido porque quem tem a paciência de me ler gosto bastante de política mas admito que já seja menos sabido que também gosto muito de jogos de tabuleiro pelo que um que é sobre política naturalmente merece todo o meu interesse.
Velho jogador de "Monopólio" e de outros jogos desde miúdo, posteriomente tornei-me num aficionado militante do "Trivial Pursuit" (ainda hoje o meu preferido) pelo que quando apareceu um jogo de tabuleiro sobre política naturalmente que o comprei.
Mas confesso que fiquei desiludido.
Desde logo porque o achei bastante básico a nível de perguntas e respostas mas também porque não gosto de comprar gato por lebre e foi isso que senti quando tomei integral conhecimento dele.
E porquê?
Não vou estar a explicar detalhadamente o jogo mas direi que pode ter até sete jogadores representando PS, PSD, Chega, IL, BE, PCP e CDS e cujo peão atirando um dado tem de percorrer 71 casas até chegarem a S. Bento e o vencedor se tornar primeiro ministro.
Até aí normal.
Acontece que tem 16 estações temáticas  intermédias( associação de estudantes, missa, líder partidário, distrital/concelhia, etc)  onde caindo-se lá tem de se  tirar uma de duas cartas sendo que uma permite avançar duas casas e a outra obriga a recuar as mesmas duas casas.
É uma questão de alguma sorte e algum conhecimento na resposta que se dá perante as duas hióteses.
Mas a regra não é igual para todos e isso, do meu ponto de vista, é enganar quem está de boa fé.
Porque quem jogar com o  peão do Chega constata que todas as cartas sem excepção o obrigam sempre a recuar duas casas enquanto para os peões dos outros partidos todos há sempre uma carta para avançar e outra para recuar consoante a resposta  que se dá seja certa ou errada.
O que faz considerar que tudo que são respostas do Chega são opções erradas!
E eu quando compro um jogo é para me divertir e não para fazer política e muito menos para alinhar em politiquices alheias.
Dir-me-ao que é apenas um jogo. E por isso uma questão menor. Pois é.
Mas o manual de filosofia do décimo ano que citava André Ventura como autor de uma suposta falácia também era apenas um manual escolar. E aí já não era uma questão tão menor assim.
E as decisões do Tribunal Constitucional de permanente reprovação ao Chega e continua tolerância com partidos totalitários e defensores de ditaduras não são questão menor mas sim uma questão maior do sistema democrático.
A verdade é que tudo serve para implicar com o Chega. 
Que até prova em contrário é um partido democrático, embora radical, e defensor da presença de Portugal na União Europeia e na NATO ao contrário de outros que no passado sobre roupagens que ainda mantém num caso  e outras que o tempo desvaneceu sendo trocadas por novas farpelas noutros casos  só não implantaram uma ditadura neste país porque acontrceu o 25 de Novembro.
E eu que não sou eleitor desse partido porque a minha área política é diversa não posso enquanto cidadão deixar de me insurgir contra este tipo de discriminações, de um vulgar jogo de tabuleiro ao TC, porque é assim, passo a passo, que se enfraquece a democracia e se abre caminho aos extremismos.
E escusam de me vir com a ironia da situação porque eu conheço-a.
Depois Falamos.

Critérios

Vejo Nuno Santos ser bem expulso por uma entrada à margem das leis sobre Kiko Bondoso.
Vejo Bustamante levar um amarelo quando devia ter visto vermelho depois da agressão a Tiago Silva.
E depois vejo isto que as imagens documentam.
Uma entrada bem mais perigosa que a de Nuno Santos esta de Eustáquio sobre Boateng.
Só que neste caso não houve actuação do árbitro nem do VAR embora tenham visto a agressão porque é disso que se trata. É um escândalo.
E o dr Proença da LPFP/Continente bem faria em se preocupar com esta disparidade de critérios conforme as camisolas que se vestem porque além de falsear a verdade desportiva torna o nosso futebo tóxico em termos internacionais.
É que por este caminho qualquer dia nem com o Continente a oferecer bilhetes as pessoas vão aos estádios.
Excepto, é claro, os adeptos dos eternamente favorecidos por esta pouca vergonha.
Depois Falamos.

Nota: E lembro-me , é claro, que na época passada Tomás Handel foi expulso no ""Dragão" aos dois minutos de jogo por uma entrada idêntica a esta.

segunda-feira, agosto 28, 2023

VAR

No estádio nem percebi bem a gravidade da falta.
Mas as imagens televisivas são claras.
É agressão e agressão pune-se com cartão vermelho.
E se o árbitro e os fiscais de linha não viram o VAR tinha de ver.
Afinal esforçou-se tanto na segunda parte para encontrar um penalti contra o Vitória na sequência de um pontapé de canto em que não aconteceu nada de nada que num lance claro como este tinha de ver.
Mas fez de conta que não viu.
Afinal é o mesmo sujeito- Luís Ferreira- que na época passada não viu aquele penalti escandaloso sobre André André no jogo com o Benfica.
E ou é cego de nascença e então não pode ser VAR ou é tendencioso contra o Vitória e também não pode ser VAR.
Mas é.
E é assim que se faz a mentira que é o futebol em Portugal.
Depois Falamos.
https://twitter.com/i/status/1695875513221271627

Jogadores

 Olhando mais a frio a exibição de ontem do Vitória há algumas notas a deixar.
1) Espero que Paulo Turra mude rapidamente o sistema táctico porque aquele 5-3-2 não é o adequado a este plantel nem sequer à forma de ser deste clube.
2) A primeira parte foi muito discreta , no segundo tempo a equipa melhorou mas continua a sobrar gente atrás e a faltar à frente para deleite dos adversários.
3) Voltei a gostar bastante da exibição de Manu Silva. Bem a defender, a dobrar os colegas, a fazer aberturas de longa distância. O passe para Bruno Gaspar no primeiro lance do jogo é genial. Falta saber como reagirá face a adversários de outro gabarito e a jogar numa defesa de 4 em vez de 5. Mas para já muito bem.
4) Bruno Gaspar fez uma bela primeira parte e dá uma profundidade total ao flanco direito. Infelizmente voltou a lesionar-se. Esperemos que nada de grave.
5) João Mendes depois de uma primeira parte à imagem da equipa brilhou no segundo período e foi decisivo (como André Silva) no resultado. Uma exibição animadora.
6) André Silva fez um golo e uma assistência e trabalhou imenso. É uma "vítima" do sistema táctico. Com Jota Silva e Nélson da Luz nos flancos faria certamente mais golos como ponta de lança.
7) É deprimente ver o talento de Nélson da Luz confinado a um lugar que não é o dele e no qual não se sente à vontade. Ontem cumpriu a defender mas a atacar mal se viu. Porque muito marcado, é verdade, mas também porque se desgasta a correr atrás dos extremos adversários em vez de gastar energia nas explosões ofensivas que o fazem único no plantel.
8 ) Jorge Fernandes, para alguns o "patinho" feio deste plantel, fez mais uma bela exibição. Muito bem a defender, oportuno a subir nas manobras ofensivas, transmite segurança e a dose de agressividade que é necessária num sector defensivo. Parece ser claramente o caso de estar a aproveitar uma segunda vida.
9) Confesso que a entrada de André André me transmitiu uma enorme tranquilidade. A mim, à equipa e aos adeptos que o ovacionaram entusiasticamente. Porque AA tem classe, tem experiência, não sabe jogar mal. É um jogador muito importante neste plantel. Como em todos de que fez parte no clube.
10) Nuno Santos teve a pior estreia possível. Entrou e passados cinco minutos viu vermelho directo. Há dias assim.
Faltam três dias para o fechar do mercado e há duas certezas que estes cinco jogos oficiais já transmitem. O plantel não pode perder mais ninguém e continuam a ser precisos reforços. Para a defesa e para o ataque. Veremos o que vai acontecer até ao dia 31.
Depois Falamos.

domingo, agosto 27, 2023

Porque é que o campeonato não acaba já?
Depois Falamos.

Costume

Jogamos como de costume, sofremos como de costume, ganhamos como de costume. 
O primeiro costume tem bastante a melhorar, o segundo há que o diminuir e o terceiro manter por muito tempo. 
Três jogos , três triunfos, a confirmação da capacidade de superação da equipa e continuamos na liderança partilhada da Liga.
Venha o próximo.
Depois Falamos.

Pudor

Penso que Moreno Teixeira depois de ter deixado o comando técnico do Vitória precisa que lhe deêm paz e sossego para retemperar forças, prosseguir a sua formação como treinador e reflectir calmamente sobre o que foi esta sua primeira passagem pela primeira equipa do seu clube como seu máximo responsável.
Mas não posso deixar de dizer duas ou três coisas face ao que tenho lido por aí nos ultimos dias.
Enquanto Moreno foi treinador do Vitória elogiei-o quando entendi merecer e critiquei-o quando entendi ter estado mal fazendo-o sem qualquer tipo de dogmatismo mas apenas expressando a minha opinião.
Certo ou errado era a minha opinião e quando ela era crítica nunca  põs em causa as capacidades do treinador mas apenas algumas decisões por ele tomadas no decorrer de alguns jogos.
Afinal em cada adepto há um treinador!
Elogiei várias vezes a forma como preparava tacticamente os jogos (o de Guimarães com o Benfica e os três com o Braga foram os maiores exemplos de como conseguiu surpreender os adversários) e quanto a críticas terei sido mais caustico no jogo com o Braga para a Taça no qual entendi que geriu mal o jogo e as substituições e aquela crítica dos "meninos mimados" que entendi que nunca devia ter sido feita em público.
Admito que ele não tenha gostado mas sinceramente quando escrevo nunca o faço a pensar sobre quem vai gostar ou desgostar mas apenas exprimo a minha opinião procurando ser justo no que afirmo mas sabendo que aqui ou ali posso não ser.
É o risco , que corro gostosamente, de ter opiniões e as exprimir de forma livre.
Depois de Moreno sair pelo seu pé e com a dignidade e o vitorianismo que reconheci não pensava voltar a escrever sobre ele nos tempos mais próximos.
Mas confesso que o que tenho lido desde a eliminação frente ao Celje me causou alguma revolta.
Porque gente que nunca criticava Moreno, que o colocava permanentemente nos píncaros (só faltou, acho, compara-lo a Guardiola, Klopp, Mourinho ou Ancelotti), que fazia das suas decisões e opções um dogma absoluto passou a critica-lo, a responsabiliza-lo pela eliminação,  a enunciar erros e deficiências, a descobrir lacunas nas tácticas e forma de jogar, a torna-lo bode expiatório de tudo que não corria bem neste curto periodo de tempo.
Nalguns poucos casos logo após a eliminação com os eslovenos, provavelmente por possuirem uma capacidade adivinhatória acima da média, e na sua maioria depois de ele anunciar a saída na semana seguinte.
E isso é obsceno.
É uma completa falta de pudor, de vergonha, de ética, de responsabilidade e também de respeito por quem lê e tem memória.
Percebo que há uma nova cartilha em vigor e que tal obriga a que se elogie freneticamente Paulo Turra e que se promovam os seus méritos e talentos (felizes dos aque acreditam sem verem porque é deles o reino dos céus) ainda que para isso seja preciso sacrificar Moreno Teixeira.
São os custos da cartilhice para quem a pratica.
Mas como noutros contextos sinto-me obrigado a dizer que não pode valer tudo sob pena de a irracionalidade se tornar dominante num universo que se quer apaixonado mas sensato e respeitador daqueles que deram e dão o seu melhor em prol de uma instituição que é de todos e não apenas desses pseudo donos daquilo que consideram ser a verdade a cada momento.
Depois Falamos.

Ganhar

Tal como escrevi na passada semanas acerca do jogo com o Gil Vicente também o desta semana com o Vizela não pode ser considerado um derbi.
Não há derbis entre um clube que tem 79 participações na primeira divisão e outro que tem 4!
É, isso sim, um jogo entre dois clubes do Minho pertencentes à associação distrital que tem mais equipas na divisão maior e com a curiosidade de durante muitos anos terem pertencido ao mesmo concelho.
Na curta história dos confrontos entre ambos neste escalão constata-se que no D.Afonso Henriques venceu sempre o Vitória o que não passando de estatística é ainda assim um bom princípio para manter no jogo de hoje.
Em que se encontram um Vitória que ganhou os dois primeiros jogos e um Vizela que perdeu um e empatou outro.
Mas hoje é outro jogo.
Em que o Vitória neste seu complexo início de época, a que felizmente os resultado tem ficado imunes, viu o seu treinador sair após a primeira jornada e o adjunto que funcionava formalmente como treinador principal (dado ter o IV nivel que Moreno não possuia)  após a segunda e vai portanto estrear novo treinador.
Que pelo menos neste jogo não estará no banco como treinador principal (eventualmente poderá estar como adjunto ou noutra fingida função qualquer) dadas as dúvidas existentes sobre se as suas habilitações lhe permitem ser treinador principal em Portugal face aos regulamentos em vigor.
Situação que por agora me abstenho de comentar.
Quanto ao jogo e dado que o plantel do Vitória é superior ao do Vizela é de esperar que a equipa conquiste os três pontos e mantenha este excelente início de campeonato totalmente vitorioso o que a acontecer lhe permitirá entrar na Luz na próxima jornada como líder do campeonato ( sozinho ou acompanhado dependendo dos resultados de Boavista, Porto e Sporting) o que não significando nada à quarta jornada não deixará ainda assim de ser uma curiosidade.
Mas para que isso aconteça  é preciso ganhar hoje ao Vizela convém não esquecer.
Depois Falamos.

sábado, agosto 26, 2023

Únicos

No Vitória costumamos dizer que somos únicos e dizemo-lo com imenso orgulho porque temos realmente características que nos distinguem de qualquer outros clube.
Desde a paixão com que apoiamos o Vitória até ao orgulho de Guimarães ser tão vitoriana que alguns que reinam noutras cidades aqui serem insignificantes.
Mas somos únicos noutras coisas.
Na forma discriminatória como os órgãos jurisdicionais nos tratam, na perseguição que alguns árbitros nos fazem, no tratamento que a comunicação social nacional nos dá em algumas circunstâncias específicas em que usa dois pesos e duas medidas consoante somos nós ou outros a estarem em causa. Fomos únicos quando em tempos tivemos o melhor complexo desportivo do país, quando nos roubaram uma taça de Portugal de forma maquiavélica, quando soubemos escolher o Rei para símbolo do clube e para denominação do estádio.
Somos de facto únicos em muita coisa.
Às vezes até em não sabermos interpretar da melhor forma o que são os reais interesses do clube. Recentemente, por estes dias, fomos únicos em mais duas coisas para acrescentar a um vasto e significativo rol.
Fomos únicos quando a nossa SAD, e muito bem, recusou aderir à campanha dos bilhetes Continente e quando ela contratou Paulo Turra.
Porquê?
Porque convidado pelo Filipe Oliveira para estar no seu programa na Rádio Fundação analisando a actualidade do Vitória tive a curiosidade de previamente fazer uma pesquisa sobre treinadores brasileiros a trabalharem na Europa.
E constatei que nas 55 federações inscritas na UEFA ( 54 europeias mais Israel que por questões políticas compete na Europa) em termos de clubes de primeira divisão de todos esses países apenas em Portugal e no Vitória há um treinador brasileiro!
Ou seja em mais nenhum país da UEFA há um treinador brasileiro a trabalhar num clube de primeira divisão.
É apenas uma curiosidade mas que reforça essa característica de sermos realmente únicos.
Depois Falamos.

Hat Trick

Aí está o que se chama começar bem o campeonato.
Um triunfo robusto do Al Nassr e mais um dia no escritório de Cristiano Ronaldo.
É bom vê-lo em grande forma porque vem aí uma jornada dupla da selecção no apuramento para o Europeu de 2024.
E com ele assim tudo se torma mais fácil.
Depois Falamos

https://www.zerozero.pt/news.php?id=509541&fbclid=IwAR3ym4Xs2AuwNd6mzsYIdP1C4u64vw3XG1V1YxUltOCJ1_kLyiRZZ5Ve6Ik

sexta-feira, agosto 25, 2023

Arder

Se mais provas necessárias fossem de que o "Dragão" é uma casa a arder, na qual ninguém parece mandar excepto o treinador que tem o clube na mão, esta rábula em torno de João Moutinho é a confirmação final. 
Um jogador carismático no clube, admirado pelos adeptos e desejado pela SAD, anda de maço para cabaço depois de ter tudo acertado e com exames médicos feitos e fotografias oficiais já tiradas como se se tratasse de um qualquer candidato a jogar na equipa B. 
Um jogador que inclusive combinou tudo num almoço com o presidente Pinto da Costa. 
E alguém acredita que meia dúzia de anos atrás um jogador que acertasse tudo com Pinto da Costa não seria imediatamente apresentado como jogador do clube?
 Claro que seria e a ninguém passaria pela cabeça contrariar a vontade do presidente. 
Mas os tempos mudaram. 
E Pinto da Costa que teve várias oportunidades de sair em grande acabou por se ir mantendo, dando cobertura aos que na sombra se aproveitam do seu prestigio junto dos adeptos para desenvolverem as negociatas que levam aos números assustadores das contas portistas e ficando refém de situações que já não consegue controlar como está rábula em torno de João Moutinho. 
Avizinham-se tempos difíceis para os lados do "Dragão".
Depois Falamos.

https://www.zerozero.pt/news.php?id=509414&fbclid=IwAR3JIzg-G93LMs24-cJMEFaTgvkrBkO3KacpyIHZL6801WiZWnURUbyzsM4

quinta-feira, agosto 24, 2023

Corja

Todos sabemos das vantagens e inconvenientes do uso das redes sociais.
No primeiro casos os bons textos que se leêm, os amigos que se fazem , que se reencontram e os bons debates de  ideias que por vezes se proporcionam.
Entre outros bons motivos para as frequentar.
Depois há os inconvenientes.
Essencialmente constituidos por uma corja de autênticos marginais a quem sobra em má educação, cretinice, estupidez e má fé o que infelizmente lhes falta em inteligência, educação, sensatez e capacidade para discutirem ideias por mais simples que seja fazê-lo.
E esses marginais, alguns dos quais não escrevem uma linha nos seus murais e a quem não se conhece nenhuma ideia própria sobre nada, vagueiam pelo Facebook (essencialmente pelo Facebook mas também pelo Twitter) com o único intuito de insultarem, caluniarem, denegrirem aqueles que escrevem coisas que não são do agrado desses acéfalos.
E quando se trata de política ou futebol então as coisas ainda se extremam.
Porque essa corja de marginais se recusa pura e simplesmente a aceitar que há quem tenha ideias diferentes das deles (o que não é difícil porque ter ideias não é o seu forte) e dada a incapacidade de discutirem civilizadamente seja o que for optam por insultar os autores das referidas ideias.
Não passam de uns pobres diabos mas que poluem redes sociais onde nem sequer deviam estar por manifesta falta de QI mínimo para o efeito.
Devo dizer que no meu mural de Facebook e página de Twitter resolvo o assunto com muita facilidade e sem outro incómodo do que me dar ao trabalho de usar a função "Bloquear"  para me ver livre desses espécimes.
E depois de ao longo dos últimos anos ter bloqueado umas boas dezenas deles é agora muito raro aparecerem por lá. E aparecendo já sabem o destino.
Vem tudo isto a propósito de um artigo que um destes dias escrevi para o ZeroZero em que exprimia a minha opinião sobre o actual momento do Vitória expondo factos e não insultando nem vilpendiando ninguém.
Apenas a minha opinião, as minhas ideias, a minha visão do que é o actual momento do clube.
Admito que envolto em alguma polémica mas para escrever banalidades e/ou louvaminhices mais vale estar quieto. Até porque não falta quem o faça.
E que o site como é normal partilhou na sua página de Facebook.
Como era de esperar a corja apareceu.
Em número reduzido, constituído ora por perfis falsos ora por gente que não conheço de lado nenhum, e que lá bolsaram os insultos, as calúnias e as mentiras que fazem parte de uma cartilha já muito conhecida de há uns poucos anos a esta parte e profusamente utilizada na última campanha eleitoral no clube.
A um ou outro ainda respondi, por respeito a quem foi lá comentar com educação concordando e discordando e que estando menos informada certamente se surpreenderia com o que lia , embora certo de que responder a essa corja é atirar pérolas a porcos.
Mas no âmbito dessas respostas que entendi dar constatei que um dos comentários caluniadores, que misturava as calúnias com algumas frases muito bonitas oriundas de um oportuno "copy paste" e daquelas que todos os vitoranos gostam de ler mas que não passavam da rematada manhosice de fazer delas o invólucro para as calúnias, tinha um razoável número de "Gosto" o que me despertou a curiosidade de ver quem eram os compinchas do autor.
E aí sim tive uma surpresa.
Porque umas três dezenas deles eram meus "amigos" no Facebook, alguns pessoas que conheço apenas do Facebook e com quem até mantinha alguma troca de opiniões na rede com a mais absoluta urbanidade, e dois ou três pessoas que conheço pessoalmente (ou seja fora da rede) e com quem mantinha uma relação cordial.
Nalguns casos até pessoas que em troca de mensagens privadas no Messenger formulavam ao longo dos tempo visões muito mais críticas sobre a situação do Vitória do que aquelas que exprimi no referido artigo!
E fiquei sinceramente preocupado com elas.
Pelo conflito interior que deve representar serem "amigos" de alguém e simultaneamente andarem a colocar "Gosto" num comentário que calunia esse alguém!
Deve ser preciso ter um jogo de cintura que nenhum ginasta olimpico desdenharia ter.
Acontece que não os colocando, apesar de tudo, no lote dessa corja de marginais que poluem as redes sociais como autênticos porcos que são ainda assim creio que há que separar as águas porque sou daqueles que acha que o "vale tudo" não pode ter lugar nunca em lado nenhum.
E portanto ajudei-os a terminarem esse potencial conflito interior dispensado-os de serem meus "amigos" no Facebook, ou seja onde for, e "libertando-os" para continuarem a colocar os seus "Gosto" em todo o lado onde a corja ataque sem que ainda que remotamente possam ficar com algum peso na consciência.
Sendo certo que continuando por essa via, gostando de  comentários caluniosos e não se dissociando dos porcos que os produzem correm o risco (ainda assim espero que não na maioria dos casos) de algum dia verem ser-lhes aplicado o velho ditado de " diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és". 
Quem os avisa seu amigo...foi!
Depois Falamos.

Nota: Como a corja sabe ler e escrever (ainda que nalguns casos a fazer corar de vergonha os seus professores primários), o que denota actividade cerebral ainda que mínima, se algum dia lerem este texto e conseguirem perceber dele alguma coisa poderão ficar certos que as suas porcarias não me condicionam, não me intimidam, não me afastam um milimetro daquilo que entendo dever escrever.

Verdade

Já tinha escrito que é lamentável a Liga não falar verdade nesta matéria.
Porque o argumento de que foram as maiores assistências desde que há registos é simplesmente risível. Que se saiba o campeonato da II divisão de 2006/2007 foi organizado pela LPFP pelo que seguramente há registo de assistências.
Mas percebe-se o intuito.
Que é o de mostrar o "sucesso" dos bilhetes Continente que a prazo tanto dano causarão aos clubes aderentes.
Felizmente a sad do Vitória teve o bom senso de manter o clube fora disso.
É o único mas há matérias em que estar só não é problema nenhum.
E fico sempre satisfeito, seja o texto meu ou não,quando imprensa nacional reproduz opiniões de adeptos do Vitória defendendo o clube.
É uma forma de contrabalançar ,embora de pequeno efeito, a esmagadora enxurrada de notícias, artigos e comentários em prol dos três clubes que sabemos.
Depois Falamos.

https://www.noticiasaominuto.com/desporto/2385950/ex-vice-do-vitoria-arrasa-proenca-sobre-assistencias-pedro-pinoquio?utm_medium=social&utm_source=api.whatsapp.com&utm_campaign=mobile&utm_content=desporto&fbclid=IwAR32QUeJMY3i1vh0QsYQHyAZ7oPwZuUfBuzuKufqST1wljIqPvw-FJPUkPE

Apoio

Este recorte de jornal, de 2018, que um amigo me enviou recorda bem qual é o real apoio que o Vitória recebe da Câmara Municipal.
A nova academia era para avançar por fases a partir de 2019 e estar pronta em 2022 segundo promessa do presidente do município.
Estamos em 2023.
E as obras nem sequer começaram passados cinco anos da promessa!!!
São factos.
Que falam por si.
Depois Falamos.

quarta-feira, agosto 23, 2023

Patifes


E assim o maior dos patifes se livrou de um patife de média dimensão.
Dantes caiam das janelas.
Agora caem nos aviões.
Putin como Estaline não olha a meios para se livrar de quem o incomoda.
Um dia será a sua vez.
Depois Falamos.

https://www.jn.pt/5717264633/lider-do-grupo-wagner-tera-morrido-em-queda-de-aviao-na-russia/

Mentira

Já outras pessoas o referiram mas nunca é demais denunciar as falsidades e as mentiras.
E esta nota colocada no site da Liga dá corpo a uma mentira.
No ano em que esteve na II Liga, 2006/2007, o Vitória teve pelo menos quatro jogos no estádio D. Afonso Henriques em que cada um deles teve uma assistência superior a 26.000 espectadores.
Que se saiba nesse tempo já havia Liga e já havia registos.
E convém referir que essas assistências não foram conseguidas com recurso a bilhetes do Continente. Por este caminho, há muito trilhado, cada vez mais o presidente da Liga corre o risco de deixar de ser conhecido como Pedro Proença e assumir um Pedro Pinóquio que lhe fica a matar.
Depois Falamos.

https://www.ligaportugal.pt/pt/epocas/20232024/noticias/geral/noticias/novo-recorde-de-espectadores-numa-jornada/?fbclid=IwAR0HSb3Rw9nr95YmDk9_cISKKvxhMk0PDxVLmH81hZ8fz_IlIKPpVk2oMMk

terça-feira, agosto 22, 2023

Tempo

Paulo Turra é o novo treinador do Vitória.
A montante da sua contratação foram referidos os inconvenientes, os riscos, a incompreensão das razões pelas quais foi contratado.
Mas o tempo disso passou.
A jusante da sua contratação Paulo Turra é o treinador do Vitória e como tal é um dos nossos que deve ser apoiado no seu trabalho na esperança de que tenha sucesso.
Porque o suesso dele é o sucesso do Vitória.
Agora precisa de tempo.
Porque uma coisa para um novo treinador, ainda por cima estrangeiro, é chegar na pré temporada e ter tempo de conhecer bem o plantel, implementar o sistema de jogo que entenda como mais adequado, estudar os adversários, informar-se detalhadamente sobre tudo que envolve o futebol profissional num país em que nunca trabalhou como treinador e do qual saiu há 18 anos como jogador e outra chegar com as competições já em curso e a ter que fazer tudo isso num curto espaço temporal.
Por isso há que lhe dar tempo e não cair no erro de análises precipitadas ao fim de três ou quatro jogos se as coisas não correrem bem logo de início.
Paulo Turra não tem culpa que as coisas tenham corrido mal com Moreno nem pediu para ser contratado.
Foi o Vitória que foi ao Brasil desafia-lo a assumir esta responsabilidade que ele aceitou na convicção de que pode fazer um bom trabalho num clube onde já tinha estado durante uma época enquanto jogador.
Oxalá consiga.
Porque, repito, o sucesso dele é o sucesso do Vitória.
Depois Falamos.

segunda-feira, agosto 21, 2023

Vitorianos

O meu artigo desta semana no zerozero.pt

O início de uma nova época desportiva significa sempre para os adeptos e simpatizantes dos clubes um tempo de esperança, do renovar de expectativas, do sonhar que a época iniciada vai ser melhor que a época terminada porque há sempre mais conquistas para fazer, mais titulos e troféus para alcançar, melhores classificações para obter.
E isso é transversal a todos os clubes independentemente do escalão em que se encontram e das competições que disputam.
Afinal a magia do futebol está muito na capacidade de sonhar dos adeptos!
No Vitória não é diferente e, bem pelo contrário, sucessivos anos de desilusões temperados por um ou outro que corre melhor apenas contribuiram para reforçar a capacidade de sonhar dos adeptos como lenitivo para consecutivos fracassos desportivos e não só.
A que acresce o facto de tendo uma massa associativa fervorosa e fiel esta se encontrar geralmente unida em torno das equipas do clube mas de forma igualmente geral desunida perante quem gere a cada momento a instituição.
É assim desde 2004 no corolário do processo que levou á saída de António Pimenta Machado, que foi o melhor e o mais carismático dos presidentes em cem anos de História, deixando feridas profundas no seio na massa associativa que infelizmente não só nunca sararam como periodicamente se agravam com alguma intensidade.
Em março de 2022 o Vitória teve eleições que como é tradicional no clube foram disputadas e a elas concorreram três listas e três projectos naturalmente diferentes.
O então presidente Miguel Pinto Lisboa , depois de um mandato muito complicado essencialmente por causa da pandemia, recandidatava-se com um projecto sólido, bem estruturado e recolhendo a experiência dos erros e acertos do mandato concluido.
O antigo jogador e “capitão” de equipa do Vitória, Alex Costa, apresentava também ele uma lista com ideias interessantes, um discurso coerente e bem construido e aproveitando uma certa moda de antigos jogadores casismáticos assumirem a presidência dos seus clubes de que Rui Costa no Benfica é o exemplo mais evidente no futebol português.
E António Miguel Cardoso, candidato derrotado po Pinto Lisboa em 2019, apresentava nova candidatura sustentada por um conjunto de ideias e projectos muito interessantes, com uma lista de candidatos atractiva e beneficiando de desde a derrota de 2019 ter estado em permanente campanha eleitoral através de figuras proeminentes da sua lista e de alguns apoiantes especialmente reconhecidos na família vitoriana.
E com a preciosa ajuda de alguns que deviam a si próprios a isenção mas foram agentes activos na promoção de António Miguel Cardoso e no desgaste permanente de Miguel Pinto Lisboa.
Foi pois sem grande surpresa que António Miguel Cardoso venceu.
E ao vencer, como qualquer dos seus antecessores, tornou-se presidente de todo o Vitória ou seja dos que nele votaram e dos que votaram nos outros dois candidatos como é normal acontecer.
Como também é normal que não pudesse esperar o mesmo apoio inicial de todos porque ser líder não é apenas vencer eleições mas saber na sequência delas unir o clube e pelo exemplo e pela acção tornar-se uma referência para os adeptos.
E a liderança é indissociável de êxitos desportivos por um lado mas também do cumprimento de promessas eleitorais por outro correspondendo assim ás expectativas de quem nele votou e convencendo os que votaram noutras candidaturas.
Não admira , portanto, que enquanto os seus apoiantes subscreviam todas as suas decisões ( e muitos mas já bem longe de serem todos continuam a subscrever) já os apoiantes de Pinto Lisboa e Alex Costa olhavam para a gestão de António Cardoso com o natural cepticismo de quem não acreditando nas promessas eleitorais não via também razões plausiveis para mudar de opinião face à gestão praticada.
As coisas são o que são.
E hoje quando se olha a realidade do Vitória ao longo do que tem sido este mandato que vai praticamente a meio só mesmo aqueles cuja Fé é tão inabalável quanto dogmática podem mostrar-se satisfeitos com o que se vê, e com o que se prevê, porque todos os outros tem sobejas razões para se sentirem, no mínimo, desconfortáveis com o panorama.
Alguns exemplos.
A primeira equipa conseguiu o mínimo dos mínimos ficando em sexto lugar atrás do Arouca, a quem financiamos a época comprando-lhe André Silva, depois de perder o quinto lugar por exclusiva responsabilidade própria.
A equipa B desceu à IV divisão onde jamais uma equipa do Vitória tinha competido depois de uma época cheia de erros que foram da escolha dos vários treinadores à constituição do plantel.
A competitividade dos escalões de formação caiu brutalmente com as equipas a deixarem de disputar titulos para algumas delas se reduzirem à luta pela não descida.
A parceria com a Vsports, herdada da gestão de Miguel Pinto Lisboa à falta de qualquer outra solução financeira, tornou-se num flop desconhecendo-se qual é o actual estado da mesma e quais as responsabilidades do Vitória perante a empresa mas sabendo-se que não cumpriu nenhum dos pressupostos que levaram à sua efectivação depois de um processo que não deixou boas recordações face ao que foi dito, desdito e não dito.
A área financeira registou até ao momento a saida de vários responsáveis desde o vice presidente até ao director financeiro o que naturalmente preocupa face ao desconhecimento das razões para tantas demissões e ainda por cima em sector tão sensível.
O lugar na direcção da Liga, obtido na gestão anterior, foi agora perdido sem se conhecerem explicações para o facto.
A gestão financeira tem vivido exclusivamente da venda de jogadores herdados das gestões de Miguel Pinto Lisboa e Júlio Mendes dado não se vislumbrar qualquer outra solução e registando-se o facto de a actual SAD ainda não ter conseguido vender qualquer jogador por ela contratado.
A obra do mini estádio, essencial para as equipas de formação e particularmente para a equipa B, continua parada desconhecendo-se prazo para a conclusão.
A informação sobre a gestão do clube, que as promessas eleitorais garantiam como permanente e exaustiva, tem sido o contrário com imensa falta de informação e um constante diferimento da mesma para datas posteriores.
A revisão estatutária, convictamente prometida em campanha eleitoral e que eu próprio no último ano já ouvi a vários responsáveis estar prestes a avançar, continua parada.
Num dos poucos sucessos da época (a par da subida de divisão do andebol), a conquista do tetra campeonato em pólo aquático a direcção perdeu uma boa oportunidade de dar o exemplo de interesse e apoio às modalidades não estando presente ao menos no dia da conquista do titulo.
Num clube em que o discurso oficial, vá-se lá saber o porquê (mas já lá vamos), é o das dificuldades financeiras e do não haver dinheiro para nada é difícil perceber que o estágio de pré temporada tenha sido, sem qualquer necessidade, numa das estâncias turísticas mais caras do Algarve.
E a concluir estes exemplos vamos então dar aquele que neste momento está mais na ordem do dia.
Sabe-se que o Vitória, como todos os clubes, atravessou problemas devido á pandemia e a outras causas já muito debatidas e escalpelizadas nas redes sociais vitorianas e não só.
Mas é cada vez mais difícil perceber esse discurso, e as suas consequência práticas consubstanciadas na venda de jogadores abaixo do seu valor (algo que na campanha eleitoral tanto se criticava à direcção em funções e se prometia jamais voltar a acontecer até porque haveria uma almofada financeira que o evitaria...) , quando se sabe que em pouco mais de um ano a actual SAD na venda dos tais jogadores herdados das gestões de Miguel Pinto Lisboa e Júlio Mendes já encaixou mais de 50 milhões de euros (ainda agora mais 600.000 da venda de Otávio) o que mesmo descontando as generosas comissões a multiplos empresários e outras despesas dá certamente um total liquido acima de 40 milhões de euros o que é completamente incompatível com o discurso da pobreza.
E é por tudo isto, e outras coisas mais que seria fastidioso referir nesta oportunidade, que se pode considerar que ano e meio após ganhar as eleições o presidente António Miguel Cardoso está muito longe de conseguir unir a massa associativa vitoriana e mais longe ainda de ser o líder de que o Vitória tanto precisa.
Como atrás foi dito as coisas são o que são.
E aqueles vitorianos que legitimanente apoiaram a lista vencedora tem a responsabilidade primeira de exigirem que esta rectifique o percurso, mude de postura e cumpra as promessas eleitorais ao invés de alguns andarem mais preocupados em contestarem os que discordam deste estado de coisas do qual não tem a mínima responsabilidade porque não foram eleitores da actual direcção ao contrário deles.
E não duvido que a responsabilidade, em vários âmbitos, vai ser uma questão central dos próximos meses e anos do Vitória.

Debate

Achei curiosa esta iniciativa da Ordem dos Solicitadores ao promover um debate sobre o "Novo Regime Juridico das Sociedades Desportivas".
Não que a temática não caiba no âmbito das competências e atribuições dos solicitadores mas porque não sendo hoje as SAD nada daquilo para que foram criadas, com a realidade a desmentir por completo as inegáveis boas intenções dos legisladores nomeadamente quanto à sustentabilidade financeira das mesmas, é curioso que seja esta Ordem profissional a mostrar interesse em discutir um assunto que outras organizações viradas para o futebol profissional deviam há muito ter tido a preocupação de discutir mas não tiveram.
Mas o debate em si encerra outras curiosidades.
Será moderado por uma jornalista e contará na sessão de encerramento com intervenções do Bastonário da Ordem e do secretário de estado da juventude e do desporto o que confere uma ainda maior dignidade institucional ao evento.
Quanto aos participantes do debate assistimos ao velho pecado de se considerar que para lá dos três clubes convidados o resto é paisagem quando faria mais sentido, do meu ponto de vista, que no debate participassem representantes de clubes ( e respectivas SAD) de diferente dimensão porque traduzem diferentes realidades organizacionais e competitivas mas também percebo que convidar apenas um dos três traria logo polémicas de que a boa iniciativa que o debate é não carece de todo.
As coisas são o que são.
Mas por vezes Deus escreve direito por linhas tortas e é com gosto que se constata que para lá do deputado do PS Francisco Dinis e dos representantes dos três clubes a outra participante no debate é a solicitadora Catarina Pereira.
Que é actualmente quadro de uma das maiores sociedades jurídicas dos país, a PLMJ, mas é também vitoriana e até membro da Comissão do Centenário do Vitória.
E que seguramente levará ao debate a sua perspectiva do que tem sido a SAD vitoriana desde 2013 até à actualidade permitindo diversificaro tema com uma visão sobre uma SAD de dimensão diferente das representadas pelos outros três oradores.
Ou seja haverá também uma voz vitoriana num debate com a importância deste.
E isso apraz registar. 
Depois Falamos.

Otávio

Otávio é "apenas" mais um excelente futebolista que deixa um campeonato europeu e ruma a um país árabe, no caso a Arábia Saudita e para o clube de Ronaldo, atraido por remunerações que não poderia nunca receber na Europa e no clube onde estava muito particularmente.
Jogador nuclear do F.C.Porto nos últimos anos, com importância decisiva na conquista de titulos e troféus, eleito melhor jogador do campeonato na última época e internacional português Otávio vai para o Al Nassr ganhar qualquer coisa como treze milhões de euros por época ao longo de um contrato de três anos quando em Portugal nem metade disso ganhava.
O dinheiro aparentemente sem limite que rola na Arábia Saudita, no Catar, no Dubai e sabe-se lá onde mais na zona do Golfo Pérsico ameaça fazer uma razia cada vez maior nos clubes europeus sem argumentos financeiros para poderem fazer frente ao poderio árabe e dando assim sequência a uma caixa de Pandora aberta com a contratação de Ronaldo pelo Al Nassr.
No que toca a Otávio recordo apenas que em Portugal também passou uma época no Vitória, emprestado pelo Porto, onde mostrou bem os atributos que viriam a consagrá-lo como o grande jogador que é e cuja partida deixa o campeonato português mais pobre em termos de grandes talentos.
Com a agradável curiosidade adicional de essa passagem por Guimarães ainda ir render ao Vitória mais de meio milhão de euros a titulo de direitos de formação.
Uma verba inesperada mas seguramente bem recebida.
Depois Falamos.