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segunda-feira, janeiro 31, 2022

Eleições

Portugal foi ontem a votos e os portugueses foram muito claros naquilo que desejam para os próximos quatro anos.
Querem um governo de maioria absoluta do PS, querem o PSD a liderar a oposição, querem dar uma oportunidade a novos partidos de direita de terem representação parlamentar significativa e não querem a extrema esquerda a ter qualquer influência na governação.
E mostraram também, por maioria absoluta, a mais gritante indiferença pela forma como foram governados nestes seis anos preferindo dar ouvidos aos "amanhãs que cantam" em que o PS sempre foi exímio.
Em termos partidários o resultado ´das eleições tem, do meu ponto de vista é claro, as seguintes leituras:
PS - É o claro vencedor conseguindo vencer em todos os círculos eleitorais do continente e nos Açores o que é um resultado verdadeiramente espectacular. Com maioria absoluta, um Presidente remetido à insignificância, o PRR europeu, a ausência de debates quinzenais e um PSD que vai passar muito tempo a arrumar a casa os socialistas tem um caminho atapetado de rosas. 
PSD- É o grande derrotado , em termos absolutos, destas eleições. Apenas venceu na Madeira, perdeu onde nunca tinha perdido (Viseu à cabeça), subiu nos votos mas diminuiu no número de deputados, pagou a ambiguidade de querer ser alternativa mas deixando pairar a intenção de apoiar um governo minoritário de António Costa. Pelo caminho tratou o Chega com sobranceria nem percebendo que não só estava a fazer o jogo da esquerda, e com a argumentação sectária típica da esquerda, como ainda a desiludir o eleitorado de direita quanto à hipótese de uma maioria dessa área. Terminou a trágica noite eleitoral com um discurso inenarrável de Rio a falar alemão, a pronunciar-se sobre as contas de campanha como se estivesse nalgumm congresso de contabilistas e a ser incapaz de dizer com clareza que se ia demitir. 
CHEGA: É o grande vencedor relativo destas eleições, Conseguiu ser o terceiro partido, tem mais do dobro dos deputados do BE, tem mais deputados que BE e PCP em conjunto, passou de um para doze deputados(eleitos por oito distritos) o que é um crescimento absolutamente brutal. Não atingiu os desejados 15% mas isso será o lado para que dorme melhor. É previsível que seja o grupo parlamentar que mais vai incomodar o governo.
IL: É o outro vencedor relativo da noite eleitoral. Passou de um para oito deputados (eleitos em Lisboa, Porto, Braga e Setúbal o que confirma ser um partido de zonas urbanas) , tornou-se a quarta força política, teve um crescimento de 65.000 votos para 268.000 e é previsível que com uma sólida representação parlamentar continue a crescer no país.
BE: É outro dos grandes derrotados destas eleições. Severamente castigado pelos eleitores, que lhe retiraram 14 dos 19 deputados, pagou o preço de ter chumbado o orçamento de estado e viu muito do seu eleitorado fugir para o PS. Esmagado pelo CHEGA no confronto particular entre ambos os partidos pelo terceiro lugar é surpreendente que nenhum jornalista pergunte à sua líder se se vai demitir como fizeram com Rio e Rodrigues dos Santos. Mas já se sabe que à esquerda a culpa morre sempre solteira. Com mais 3000 votos mas menos um deputado o BE caiu de terceiro para sexto partido e espera-se agora que a comunicação social o trate em função da sua dimensão.
Na azia da derrota a líder teve ainda tempo para fazer as habituais declarações canalhas sobre deputados eleitos que lhe deviam merecer um (ou doze) processos crime. Mas à esquerda tudo se perdoa. Ou não?
CDU: Uma derrota clamorosa. Perdeu quase 100.000 votos, perdeu seis deputados (dois do PEV), passou a ser a quinta força política em termos de deputados e vê um futuro cada vez mais complexo. Também pagou o chumbo do orçamento de estado e o não ter sabido renovar a liderança em tempo útil.
PAN: Passou de quatro para um único deputado, perdeu 80.000 votos e definitivamente passou de moda. Será irrelevante no quadro parlamentar.
LIVRE: Conseguiu a almejada eleição do líder , que sucede à Joacine de péssima memória, mas no quadro de maioria absoluta do PS discutirá com o PAN qual deles será mais irrelevante no Parlamento.
CDS: Um partido histórico que estava no Parlamento desde 1975 perde pela primeira vez representação parlamentar. Fruto das especificidades do nosso sistema eleitoral mesmo tendo mais 4300 votos que o PAN e mais 17600 que o LIVRE não conseguiu eleger nenhum deputado. Pagou por andar meses a fio em disputas internas que o fragilizaram muito e por Francisco Rodrigues dos Santos, que até fez uma boa campanha e bons debates, não se ter afirmado junto do eleitorado tradicional do partido. Presente nos governos regionais de Madeira e Açores e na governação de várias dezenas de autarquias é prematuro anunciar o seu fim. Mas a margem de erro na escolha de novo líder (tal como no PSD aliás) acabou. Um erro pode ser o último erro.
PEV: Estava no parlamento desde 1983 mas sempre sob a asa protectora do PCP, na coligação CDU, dado que nunca concorreu sozinho a qualquer tipo de eleição. O emagracimento eleitoral da CDU levou a que o PEV perdesse os seus dois habituais deputados. Previsivelmente continuará a viver , ainda que em vida artificial, sob a tal asa protectora. O problema é que o "cobertor" está cada vez mais curto.
E em termos gerais é esta a leitura que faço do resultado das eleições.
Portugal é hoje um mapa político cor de rosa.
E sem desejar que as coisas corram mal, porque nós cidadãos é que pagamos os erros da governação, não posso deixar de recordar que não só  Portugal tem péssimas recordações de outro mapa cor de rosa  como também sabemos como acabou a outra maioria absoluta do PS.
Não se lembram?
Primeiro com a troika e depois com o primeiro ministro dessa maioria na cadeia.
Há quem diga que a História tende a repetir-se.
Esperemos que não.
Depois Falamos.

domingo, janeiro 30, 2022

Serenamente

Depois de respirar bem fundo, após o término do jogo, deixo aqui meia dúzia de considerações sobre o mesmo. 
Muitas vezes, quando se perde, a primeira tentação é encontrar justificações, atenuantes, explicações para o insucesso e crer ( e querer) que ele tenha si uma excepção á regra. 
Hoje isso não é possível. 
Porque não há justificações que expliquem o que todos vimos nem o que todos vimos foi excepção á regra do que tem sido as exibições do Vitória esta época. 
Especialmente fora de casa. 
Já tinhamos visto "isto" em Barcelos, em Moreira de Cónegos, em Arouca, em Ponta Delgada, em Portimão a título de exemplos. 
Perdendo ou empatando viu-se uma equipa sem atitude, sem espírito de conquista, sem ambição, reagindo em vez de agir, cometendo erros inadmissíveis, com "onzes" iniciais difíceis de compreender e substituições igualmente misteriosas e regra geral tardias. 
Hoje foi a soma de tudo isso e o Vizela, sem precisar de fazer um grande jogo, limitou-se a aproveitar os erros primários da defesa vitoriana (Trmal à parte) para fazer três golos e mais não fez porque não calhou e Trmal não deixou. 
Acrescentando a isso a inexplicável insistência em jogadores que manifestamente não rendem e o deixar no banco alguns que rendem, como Edwards e André Almeida, para lá do "castigo" a Nélson da Luz que entrou bem em Barcelos e foi o melhor vitoriano em Portimão mas não jogou nem um minuto nos dois jogos seguintes (vá-se lá saber porquê) , compõe o retrato de um modelo que esgotou hoje. 
E a que não há bonitas palavras que possam valer. 
O quinto lugar continua a ser possível, obviamente, mas o que não é possível é termos de voltar a ver o que vimos durante noventa minutos desoladores em Vizela. 
Não dou, nem tenho que dar conselhos à SAD, mas é preciso uma reacção drástica sob pena de tudo ser deitado a perder se o "status quo" se mantiver. 
O jogo do próximo sábado com o Braga tem de marcar o início de um novo ciclo em termos de exibições e resultados. 
Custe o que custar!
Depois Falamos.

sábado, janeiro 29, 2022

Egos

O meu artigo desta semana no zerozero.pt

No início deste mês, e no âmbito do programa de comemoração do Centenário do Vitória Sport Clube, a comissão organizadora do mesmo levou a cabo a realização de uma tertúlia com jogadores do clube dos anos sessenta e princípio dos anos setenta do século passado.

Por um lado fê-lo como uma forma de realçar a importância que essas décadas, e esses jogadores, tiveram na História do clube mas também pelo que de curioso encerra ouvir falar do que era o futebol cinquenta anos atrás.
Foram convidados dessa tertúlia António Peres (para muitos, nos quais me incluo, o mais carismático “capitão” de equipa da História do Vitória) , Tito (ainda hoje o jogador que mais golos marcou com a camisola vitoriana), Manuel Pinto (internacional A ao serviço do Vitória nos anos 60) e Rodrigues (um dos melhores guarda redes vitorianos de sempre) e ouvi-los falar durante quase três horas foi uma verdadeira lição de vitorianismo mas também do que era o futebol no tempo deles.
Os salários que recebiam, a famigerada “lei da opção” que tantas carreiras prejudicou, as longuíssimas viagens para disputarem jogos do campeonato num tempo em que não havia auto estradas, as arbitragens , os balneários com parcas condições, os equipamentos que nada tinham a ver com os de hoje, as botas com travessas cujos pregos por vezes feriam os pés, a medicina desportiva rudimentar, o peso das bolas, os pelados onde as quedas significavam esfoladelas de diferentes graus de gravidade, o ostracismo a que a imprensa votava os clubes de fora de Lisboa, a raridade de à selecção ir alguém que não fosse do Benfica, do Sportng e mais remotamente de Porto  e Belenenses.
E depois a memória dos grandes jogos, da intensa rivalidade com alguns clubes, da forma como o Vitória perdeu finais de taça (Peres e Pinto jogaram a de 1963  enquanto Rodrigues e Tito participaram na de 1976 furtada ao Vitória por Garrido com o produto do furto a ser entregue ao Boavista) e do confronto com os grandes jogadores da altura como Eusébio, Torres, Matateu, Coluna e vários outros que jogavam nos clubes tradicionalmente campeões nacionais.
Da conversa, e das muitas perguntas feitas pelo público, resultaram inevitáveis comparações com os tempos actuais em muitos dos aspectos que envolvem o futebol tendo sido uma opinião largamente abrangente que os futebolistas desse tempo, muito por força também das mentalidades, obrigações e falta de condições então existentes tinham uma entrega, uma generosidade e uma capacidade de sacrifício que são impensáveis nos tempos de hoje em que o profissionalismo traz imperativos que eram há cinquenta ou sessenta anos completamente inimagináveis.
E uma das razões para isso era o respeito que os jogadores tinham pelos seus clubes, mesmo quando estes os tratavam de forma injusta e imerecida (nomeadamente não os deixando sair para ganharam mais precisamente com base na tal lei da opção) , e pelos adeptos que sem alguns “preciosismos” dos tempos actuais eram infatigáveis no apoio às equipas e aos jogadores a quem reconheciam o tal brio insuperável.
Para lá do facto de no Vitória e em Guimarães haver uma capacidade muito especial para receber os que vinham de fora e fazerem-nos rapidamente sentirem-se em casa como se fossem naturais da Terra e nunca dela tivessem saído.
E todos os quatro são excelentes exemplos disso.
António Peres é natural de Gaia mas veio do Benfica para o Vitória; Manuel Pinto é natural do Montijo e veio igualmente do Benfica; Tito é natural de Lisboa e veio do União de Tomar e Rodrigues é natural de Évora e veio do Lusitano daquela cidade, tendo todos eles ficado a residir em Guimarães depois de terem terminados as respectivas carreiras.
E ao ouvir estas quatro lendas vitorianas, quatro homens que deram tudo na defesa da camisola vitoriana, quatro profissionais que puseram sempre o interesse do clube à frente dos seus interesses pessoais tornou-se inevitável uma reflexão , em abstracto bem entendido, sobre algumas componentes do que é o profissionalismo de alguns jogadores (não todos) nos tempos que correm em clubes do primeiro plano do futebol português , europeu e mundial.
Bem pagos, com excelentes condições de treino, com todas as comodidades e luxos que o dinheiro proporciona, idolatrados a um nível incomparável face à realidade comunicacional dos tempos correntes, nada lhes faltando nos clubes, jogando em estádios com relvados magnifícos e balneários que são autênticos hóteis de 5 estrelas, autênticas “pop stars” , qual é o “troco” que dão aos seus clubes e aos seus adeptos?
Uma preocupação exacerbada com as suas imagens, os seus penteados, as tatuagens, os piercings, as jóias e relógios, os carros de luxo, em suma uma concentração tal na imagem, fruto de egos exacerbados pela vaidade e pelo consumismo, que admira como ainda conseguem ter tempo para jogarem futebol e capacidade de se concentrarem no que é realmente importante nas suas profissões.
Poderá haver aqui algum exagero (há de certeza) porque muitos desses jogadores obcecados pela sua imagem também jogam, e muito bem nalguns casos, mas não posso deixar de dizer que todos eles teriam muito a aprender com homens como António Peres, Manuel Pinto, Tito e Rodrigues.
Esses jogaram a alto nível , com um profissionalismo e uma dedicação ao clube exemplares, num tempo em que o futebol tinha bem mais razões para se sentir orgulhoso de si próprio do que aquelas que tem hoje.
Porque com os seus defeitos,alguns já atrás apontados, era mais puro na sua essência e o centro de tudo estava dentro dos relvados e pelados onde se jogava e não naquilo que hoje o cerca e quase asfixia.
Outros tempos e outro futebol de que não é possível disfarçar a saudade.

sexta-feira, janeiro 28, 2022

Sem História

Os jogos entre Vitória e Vizela não tem grande história mas tem algumas curiosidades em seu torno.
Os dois clubes encontraram-se oito vezes em competições oficiais tendo o Vitória vencido sete desses encontros e o Vizela um pelo que nem se pode sequer falar em equilibrio ou algum tipiode rivalidade entre clubes de concelhos vizinhos.
E essa é uma das curiosidades.
Porque das quatro primeiras vezes que se defrontaram ainda pertenciam ao mesmo concelho!
Em 1969 regista a História que foi o seu primeiro encontro oficial,para a Taça de Portugal, que o Vitória venceu tranquilamente por 5-1 num jogo disputado no antigo estádio do Vizela.
Depois em 1984/1985 o primeiro duplo confronto na divisão maior com ambos os jogos a serem disputados no Municipal de Guimarães, outra curiosidade, porque o estádio de Vizela não tinha as condições exigíveis para jogos da primeira divisão e como ambos os clubes pertenciam ao concelho de Guimarães e o estádio era municipal foi entendido que fazia sentido o Vizela disputar lá os seus jogos caseiros.
E assim foi. 
Mas com grossa polémica à mistura e tempestuosas assembleias gerais do Vitória com os seus associados a manifestarem-se completamente contrário à hipótese de partilharem o estádio com outro clube. 
Sequelas do facto de Vizela estar então a lutar pela separação de Guimarães, criando o seu concelho, com episódios como o de corte, três anos antes, da linha férrea durante largos meses que tantos transtornos causou a cidadãos e empresas de Guimarães.
Dois jogos dois triunfos do Vitória.
No Vizela vs Vitória por 2-1 com golos de Gregório Freixo e Laureta para os vitorianos e de Fernando Jorge para os vizelenses.
Com a curiosidade, mais uma, de o Vitória ser treinado por um dos mais categorizados treinadores que pelo seu banco passaram o belga Raymond Goethals.
No jogo da segunda volta o Vitória venceu facilmente por 3-0 com golos de Roldão, César e Tincho e a curiosidade de a baliza vitoriana ter sido defendida por um jovem guarda redes chamado...Neno.
Só em 1992, e para a Taça de Portugal, os dois clubes voltariam a encontrar-se com o anfitrião Vitória a vencer por 2-1 com golos de Artur Jorge e Dane mas tendo que dar a volta ao resultado porque o Vizela adiantara-se com um golo de Mário.
Passariam catorze anos antes de os dois clubes voltarem a defrontar-se oficialmente e isso aconteceria (quem diria ?) na segunda liga com o Vitória a vencer em Guimarães por 2-0 com golos de Ghilas e Brasília e depois a perder em Vizela por igual marca naquela que é a única vitória vizelense.
Nove anos depois novo reencontro, desta feita para a Taça da Liga, com triunfo vitoriano fora de portas por 2-1 com golos de Hernâni e Hurtado e a equipa do Vitória a alinhar com alguns jogadores que de alguma forma tem marcado por razões várias as últimas épocas vitorianas.
Miguel Silva, Bruno Gaspar, Josué, Pedro Henrique, Konan, João Aurélio, Bernard Mensah, Mbemba, Marega, Soares e Hernâni. Jogariam ainda Hurtado, Zungu e David Texeira.
Uma equipa cheia de curiosidades mesmo.
Finalmente o encontro da primeira volta do presente campeonato que o Vitória venceu por 4-0 com menos facilidade do que o resultado permite supor como o atesta a curiosidade( mais uma...) de os quatro golos terem sido marcado nos últimos vinte minutos por André André, Estupiñan, Edwards e Sacko naquele que foi o seu primeiro golo oficial pelo Vitória naquilo que não pode deixar de se considerar como mais uma...curiosidade.
Mas tudo isto é História e Estatística.
Domingo é outro jogo no qual o Vitória, com todo o respeito pelo seu adversário e pelo bom campeonato que está a fazer, está completamente proíbido de perder um ponto que seja porque a luta por um lugar europeu assim o exige.
É certo que a equipa continua a ter muitas ausências, por razões que vão do covid à CAN passando por lesões, mas isso não pode servir de desculpa dado que os disponíveis tem valor mais que suficiente para vencerem o Vizela mesmo fora de portas.
Acredito que assim será.
Depois Falamos.

Task Force


E hoje é o último dia em que a "Task Force" da Impresa vai tentar salvar o PS da derrota anunciada. Uma sondagem risível no navio almirante "Expresso", mais umas reportagens manhosas sobre a campanha ao longo do dia no couraçado "SIC" e o derradeiro tempo de antena de António Costa logo à noite no submarino do ex humorista será o último esforço da armada que o Dr. Balsemão pôs , uma vez mais, ao serviço dos seus amigos do PS. 
Domingo os portugueses dirão de sua justiça.
Depois Falamos.

quinta-feira, janeiro 27, 2022

Neno

Completam-se hoje sessenta anos sobre a data de nascimento de Neno.
Não quis o destino, esse ingrato, que ele pudesse completar esse aniversário rodeado pela família e pelos amigos já que em Junho do ano passado o levou do convívio de todos nós de forma tão prematura e tão difícil de perceber.
Não está em pessoa mas está, e estará sempre, na memória daqueles a quem deu o privilégio de serem seus amigos e que puderam contar com a sua amizade, o seu gosto pela vida, a alegria que sabia transmitir a todos, a solidariedade a que nunca se negou.
Se havia palavra que Neno tinha muita dificuldade em dizer essa palavra era não!
E hoje , dia do seu sexagésimo aniversário, é um bom dia para o recordar, para recordar o seu percurso, para valorizar o legado que deixou em todos os lados por onde passou.
Não há nenhum jogador, nenhum treinador, nenhum presidente, nenhum dirigente, nenhum adepto ou associado que seja maior que o seu clube.
Mas há pessoas, muito excepcionais, que ajudam os seus clubes a serem maiores!
Maiores, melhores, mais conhecidos, mais respeitados, mais populares.
Neno era uma delas.
E por isso hoje, enquanto vitoriano e enquanto seu amigo que tive a honra de ser, só lhe digo duas palavras.
Obrigado Neno.

terça-feira, janeiro 25, 2022

Óscar Estupiñan

Todos quantos gostam de futebol, e por consequência tem um bocadinho de treinador de bancada, tem as suas preferências por este ou aquele jogador por razões muito próprias e que se prendem com a forma como se vê o jogo e como se gosta de ver jogar.
No Vitória , clube que teve ao longos dos anos muito e bons jogadores em todas as posições, houve sempre uma especial atenção aos pontas de lança não só porque decidem jogos mas também porque o clube tem uma larga tradição de excelentes executantes nessa posição tão especifica.
Bastará relembrar Alexandre Rodrigues, Edmur, Ernesto Paraíso, António Mendes, Tito, Jeremias, Paulinho Cascavel, Gilmar, Ziad, Saganowski, Soudani para se confirmar isso.
E por isso cada vez que chega um novo ponta de lança a curiosidade em seu torno é sempre muito grande porque existe a esperança de que venha dar sequência aos grandes goleadores do passado e marcar os muitos golos que podem significar muitos objectivos cumpridos.
Quando em 2017 o Vitória contratou um jovem colombiano chamado Óscar Estupiñan confesso que depois da natural curiosidade em o ver jogar veio uma particular sensação de que podia ser um excelente ponta de lança na linha dos anteriormente citados.
Vi vários jogos dele na equipa B e gostei, desde logo, das suas movimentações na área, da forma como tinha o instinto de baliza, do seu jogo aéreo , da garra que punha na sua forma de jogar.
E os números dessa primeira época confirmaram que havia razão para boas expectativas a seu respeito.
Participou em 19 jogos da equipa B (na II Liga é bom recordar) , marcou dez golos e fez cinco assistências.
Pela equipa A, sempre como suplente utilizado e por períodos de tempo normalmente curtos, foi utilizado 14 vezes e marcou um golo.
Para primeira época foram muito bons números.
E portanto a expectativa era que na época seguinte, 2018/2019, a sua evolução o levasse da equipa B para cada vez mais oportunidades na primeira equipa onde acabasse por se fixar uma vez completamente entrosado no nosso clube e no nosso futebol.
E o início de época até parecia apontar para isso, com a sua chamada à primeira equipa em oito ocasiões que se saldaram pela obtenção de dois golos, mas nada de mais enganador porque acabaria por emprestado ao Barcelona do Equador onde faria 11 jogos e cinco golos.
E manifestei a minha estranheza com este texto.
Isto enquanto no Vitória os pontas de lança Whelton, Tallo, Rincón e Guedes tinham o rendimento de que todos nos lembramos.
Pensava-se que no ínicio da época seguinte, 2019/202, seria o regresso ao Vitória mas uma vez mais não foi assim.
Emprestado ao Denislizpor da primeira divisão turca faz 12 golos em 32 jogos e confirma as suas qualidades de homem golo num campeonato que não sendo da primeira linha europeia é ainda assim bastante competitivo e marcado por ambientes efervescentes na maioria dos jogos.
Isto enquanto no Vitória os pontas de lança Bruno Duarte (10 golos), Bonatini (6) André Pereira (3), João Pedro(3) e Alexandre Guedes (2) deixavam claro que cabia mais alguém no lote de jogadores para essa posição.
Sem esquecer que Davidson (10 golos), João Carlos Teixeira (10), Edwards (9) e Tapsoba (8) ajudaram a disfarçar essa falta de golos dos pontas de lança.
Pelo que o regresso de Estupiñan para a época 2020/2021, findado o seu empréstimo ao clube turco, parecia óbvio.
E ele de facto regressou.
Para , apesar dos número atrás evidenciados, ser posto a treinar à parte com outros excedentários sem que o treinador Tiago Mendes alguma vez lhe tivesse dado uma oportunidade que fosse de mostrar o seu valor.
Há razões que a razão desconhece. Ou talvez não...
E por isso em Outubro desse ano escrevi este texto manifestando a estranheza pelo ostracismo a que estava votado enquanto os "potros",que alguém trouxe, Holm e Foster não marcavam um golo que fosse e Bruno Duarte estava longe de mostrar uma boa relação com as balizas.
Felizmente Tiago Mendes durou pouco no comando técnico da equipa e o seu sucessor, João Henriques, poucas semanas demorou até ter a curiosidade de ver esse ponta de lança que treinava à parte enquanto os pontos de lança da equipa se mantinham à parte das balizas!
Claro que depois de o ver nalguns treinos integrou-o de imediato no plantel ciente de que tinha ali uma solução para a falta de golos.
E logo no primeiro jogo Estupiñan confirmou isso marcando na Luz ao Benfica e dando início a uma sequência goleadora, aqui referida, que me levou a escrever esta reflexão em Fevereiro de 2021 responsabilizando o ex treinador e o ex director desportivo por uma decisão lesiva dos interesses do clube ao marginalizarem o jogador no início de temporada.
A história de lá para cá é mais conhecida.
24 jogos, nove golos e duas assistências na época passada (só começou a jogar em Dezembro) e na primeira parte da presente época já leva 9 golos e uma assistência em vinte jogos o que significa que em condições normais atingirá números bem mais significativos no todo da época.
Ou seja está realmente encontrado o ponta de lança que pode integrar-se naquela galeria que tanto nos honra e tantas saudades nos traz dos grandes homens golo da História centenária do Vitória.
Aos 25 anos de idade e em clara trajectória ascencional em termos de maturaridade futebolística e capacidade goleadora pode bem dizer-se que para Óscar Estupiñan o melhor ainda está para vir e o futuro apresenta-se-lhe bem risonho.
Se vai ser no Vitória, e por quanto tempo, isso já são outros contos...
Depois Falamos.

7745

Já sabemos que o covid anda por aí em força. 
Já sabemos que há muita gente confinada em casa. 
Já sabemos que fazer o teste e ir levantar a pulseira é um acréscimo de trabalho para quem quer ir ao futebol. 
Sabemos isso tudo.
Mas também sabemos que ontem era domingo, o jogo foi às 15.30 h, estava um excelente tempo, não faltavam postos de testagem em volta do estádio. 
Sabemos ainda que para quem já tomou a dose de reforço nem teste era necessário fazer bem como para quem tivesse um certificado de recuperação. 
Estavam 7745 pessoas a ver o jogo. 
Bem sei que noutros clubes, nomeadamente dos arredores de Guimarães, esse número seria motivo de profunda satisfação. 
Para nós não é. 
É de tristeza, reflexão, de interrogação sobre a forma como cada um de nós exprime o seu vitorianismo e apoia o nosso Vitória. 
E não me venham com exibições, classificações, eleições e outras questões. 
Tudo isso terá o seu tempo próprio como é bem sabido. 
Agora é o tempo de cada vitoriano cumprir o seu dever que é apoiar o Vitória Sport Clube.
 E estamos, colectivamente, a falhar. 
Parabéns aos 7745 que lá estiveram ontem. 
Esses não falharam! 
Em bom rigor não falham nunca.
Depois Falamos.

P.S. Quando cerca das 11.30 h fui levantar as minhas pulseiras e não estava ninguém a não ser os jovens do atendimento percebi que íamos ter mais uma assistência bem abaixo do que deve ser a nossa realidade. Infelizmente não me enganei.

domingo, janeiro 23, 2022

Sol e Sombra

Foi um Vitória entre o 8 e o 80, entre o sol e a sombra, que se apresentou hoje face ao Estoril. 
Uma equipa que alternou períodos de domínio, de bom futebol e de excelentes golos com "outra" equipa que acusou alguma tremideira, deu espaço ao adversário, evidenciou falhas defensivas que nem por serem habituais deixaram de ser preocupantes. 
Uma equipa com vários ausentes por responsabilidade do covid e das lesões (e Sacko que continua na CAN) , uma equipa que deixou no banco durante 45 m Rochinha e o tempo todo Nélson da Luz (estranha forma de retribuir o ter sido o melhor em Portimão e ter feito dois golos em dois jogos) mas que melhorou com a entrada do primeiro e de André Almeida que deram intensidade e rapidez ao jogo da equipa. 
Em suma uma vitória que pareceu tranquila sem o ter sido e que compensa aquela que foi de facto, e de longe, a melhor equipa em campo. 
Uma equipa, há que dizê-lo, que também não tem sorte nenhuma como os remates à barra e ao poste de Alfa Semedo e Ruben Lameiras bem atestam. 
Uma equipa, finalmente, que embora tenha tido bons períodos de jogo colectivo acaba por vencer graças ao talento de Estupinan, Edwards e Rochinha que foram as gazuas que abriram o ferrolho estorilista.
Nota final, merecida, para a bela exibição de Alfa Semedo. 
Como trinco e como central fez a sua melhor exibição com a nossa camisola. 
O árbitro Soares Dias fez um trabalho sem margem para reparos. 
Os jogadores não complicaram e ele também não. Fosse sempre assim.
Depois Falamos.

Opiniões

Pode parecer que é chover no molhado mas não é. 
Tenho defendido em várias ocasiões que Bruno Varela está a fazer uma excelente época e tem evitado ao Vitória dissabores maiores em várias ocasiões. 
Mas esta reflexão prende-se com dois lances idênticos mas que mereceram opinião diferente de comentadores televisivos e não só. 
No Gil Vicente vs Vitória o primeiro golo dos gilistas nasce de um remate muito bem colocado de Navarro ao ângulo superior da baliza com o guarda redes vitoriano a agachar-se apostando em tapar os ângulos de remate mais prováveis. 
Para alguns comentadores Varela é mal batido pela forma como abordou o lance. 
Hoje no Arouca vs Benfica num lance em tudo idêntico o benfiquista Vlachodimos tem exactamente o mesmo gesto técnico perante o remate de Antony e consegue sacudir a bola para canto dado o avançado ter rematado para o ângulo inferior. 
Aí os comentários já foram no sentido de elogiar a defesa e a percepção do lance por parte do guarda redes. 
Ou seja perante dois lances idênticos ambos os guarda redes tiveram exactamente a mesma atitude defensiva mas mereceram apreciação bem diferente por parte dos comentadores. 
Quando a diferença entre um golo e um pontapé de canto foi essencialmente o mérito de quem rematou. Mas vivemos num tempo tão estranho que parece que toda a gente percebe de tudo.
Depois Falamos.

Treta

A estratégia é conhecida (já foi usada tantas vezes...) mas nem por isso deixa de ser empregue a ver se pega. 
Num primeiro tempo um clube dos chamados "grandes" passa a um dos jornais desportivos que lhe são afectos o interesse num jogador de um clube não "grande". 
O jornal dá um enorme destaque ao assunto como se para o não "grande" fosse uma honra ter um jogador cobiçado por um chamado "grande". 
Nesta fase inicial o clube detentor do passe do jogador nem contactado foi. 
Na segunda fase o jornal começa a falar das contrapartidas e , desde logo, faz de uma oferta de uns poucos milhões algo de fabuloso como se se estivesse a bater um recorde de transferências a nível mundial.
Gabando, até, a condescendência do "grande" que numa transferência interna oferece "tanto" dinheiro. Nesta altura já o outro clube foi alvo de uma abordagem por valores irrisórios ,tipo atirar o barro à parede, que obviamente recusou.
Passa-se então á terceira fase com notícias diárias sobre valores, cedências e empréstimos querendo transmitir a noção de que o negócio está a evoluir quando em boa verdade é bem provável que nem do sítio tenha saído ou esteja numa fase muito embrionária da negociação.
Mas o massacre mediático continua como forma de pressionar o clube pretensamente vendedor e o próprio jogador. 
E se o clube não "grande" se mantiver firme e fizer frente à pressão então passa-se à quarta fase que é a de veicular o desejo do jogador em sair de imediato do clube em que está rumo ao "paraíso" representado pelo chamado "grande".
Veicula-se esse pretenso desejo quantas vezes sem se ouvir ao jogador uma palavra sobre o assunto o que em termos de deontologia é uma vergonha. 
Mas o objectivo é obviamente (vergonha ainda maior) criar um mal estar entre jogador e adeptos, que se forem nas cantigas dos jornais poderão passar a olhar com desconfiança as prestações do jogador enquanto o romance se desenrola, tendo como fim último obrigar o clube a vender pelo preço que o "grande" quer para evitar problemas. 
É o crime perfeito quando tem sucesso. 
E já teve muitas vezes. 
Dito isto espero que a SAD do Vitória se mantenha firme nas negociações, o Edwards continue a jogar de cabeça limpa e os adeptos do Vitória não se deixem intoxicar pelas cornetas ao serviço do Sporting.
E, já agora, o Edwards a sair que vá Inglaterra.
Depois Falamos.

Multas

 Processo disciplinar resulta em 6.650 euros em multas ao Vitória
Há que acabar com isto! 
É verdade que os regulamentos disciplinares, aprovados pelos clubes convém não esquecer, preveêm multas por tudo e por por nada num rigor que ameaça querer trasnformar o futebol num concurso de danças de salão cheio de regras e etiquetas mas sem a emoção que lhe é própria. 
Mas são os regulamentos que existem e é sobejamente conhecido o que se pode e não pode fazer num estádio de futebol.
E por isso apoiar o Vitória, gostar do Vitória, amar o Vitória não pode redundar em constantes penalizações para o... Vitória por comportamentos indevidos de alguns adeptos. 
O clube paga por anos muitas dezenas de milhares de euros de multas que bem melhor seriam aplicados no pagamento do salário de mais um bom jogador para reforço da equipa. 
E por isso é tempo de aqueles que semanalmente penalizam o clube com atitudes indevidas meterem a mão na consciência e reformularem comportamentos cumprindo as regras estabelecidas.
Eles não perdem nada e o Vitória ganha.
Depois Falamos.

Sugestão de Leitura

 António Lobo Antunes considera a crónica como um estilo menor de literatura que não merece comparação com outro tipos de escritos.
Não estou muito de acordo com ele.
E muito em especial relativamente às suas crónicas na leitura das quais tenho encontrado verdadeiros momentos de prazer.
Aliás durante anos fui assinante da "Visão" muito por força das crónicas semanais que António Lobo Antunes lá publicava.
E por isso este mais recente livro, onde são reunidas largas dezenas de crónicas escritas ao longo dos anos, é de leitura obrigatória pelo menos para quem apreciar o género e o autor.
Eu li e recomendo.
Depois Falamos.

quarta-feira, janeiro 19, 2022

Limpeza

De vez em quando por força de alturas em que o confronto de ideias e opiniões se torna mais vivo, ao sabor de opções que há para fazer, exacerba-se o que o Facebook tem de pior. 
Os mentirosos, os malcriados , os intolerantes, os arrogantes, os donos da verdade, os caluniadores, os imbecis, os que não suportam que deles se discorde, os que não sabendo discutir ideias querem discutir pessoas, os que se acham no direito de dizerem o que querem e lhes apetece nos seus murais e nos murais alheios, os perfil falsos que proliferam nestas épocas tão especificas.
Nada de novo em gente que não tendo opinião própria sobre nada ou quase nada tem vasta opinião sobre opiniões alheias.
E por isso estas alturas são também alturas de fazer uma limpeza nos falsos "amigos" cuja "amizade" se aceitou vá-se lá saber porquê. 
Porque apesar do que alguns rapazinhos e algumas rapariguinhas ( das mais variadas idades) pensam ainda não estamos no tempo do "vale tudo" para se atingirem os fins que se desejam.
Aqui, como sempre, a opinião, o comentário, o contraditório , a divergência de pensamento são bem vindos.
O resto a função "Bloquear" trata com enorme eficiência.
Depois Falamos.

Pena

Foi pena. 
O Vitória teve o pássaro na mão mas deixou-o voar face a um Portimonense animoso mas pouco mais do que isso.
Numa primeira parte pouco interessante o Vitória chegou ao golo e podia ter feito mais um ou outro em remates de Lameiras e Handel. 
Na segunda parte, talvez por estar em Portimão, a equipa resolveu fazer render o peixe e os locais acabaram por empatar como se temia face a uma postura demasiado defensiva da equipa vitoriana. Depois em dez minutos finais intensos ( porque razão não jogamos mais tempo assim ?) o Vitória podia ter ganho em remates de Nélson da Luz e Janvier mas a sorte não quis nada connosco. 
Como já não tinha querido com as impossibilidades de última hora e as lesões durante o jogo de Borevkovic e Tiago Silva.
Numa equipa que chegou a ter quatro jovens da formação em campo simultaneamente ( André Amaro, Hélder Sá , Handel e Gui) merece justo destaque a grande exibição de Nélson da Luz. 
Um golo, um remate á barra e quilómetros percorridos acima e abaixo. 
Talvez se tivesse jogado mais adiantado em vez de como segundo lateral esquerdo a nossa sorte tivesse sido outra. 
Dois pontos que ficaram em Portimão e que bem podiam ter vindo para Guimarães é o saldo deste jogo.
Depois Falamos.

Inquieta

O nome é, desde logo, prometedor. 
Porque o que se pede a uma rádio, entre outras coisas, é que seja inquieta e inquiete quanto possa. 
E a Rádio Inquieta, a nova rádio digital de Guimarães, tem todas as condições para o ser. 
Porque é feita por gente que sabe da poda, que preza os valores do jornalismo, que sabe ser isenta sem perder os valores da comunidade em que se insere. 
Ao Filipe Félix, ao Adriano Lemos, à Raquel Veiga e à Vera Ferreira desejo o maior sucesso. 
Vão fazer rádio numa Terra que tem antigas e boas tradições na matéria.
Saberão ser dignos delas não duvido. 
Serei um ouvinte atento.
Depois Falamos.

Azar

Num jogo com esta importância não poder contar com Edwards, André Almeida, Quaresma e André André para lá dos ausentes Sacko, Mumin e Alfa Semedo é de um azar enorme.
Mas são os tempos que vivemos. 
E quem sabe se a impossibilidade de uns não é a grande oportunidade de outros.
A ver vamos.
Depois Falamos

Campeão

Nelson Brízida um campeão vitoriano que fez questão de estar presente na lançamento na FNAC do livro " O Clube do Rei 100 anos, 100 cartoons".
Depois Falamos.

segunda-feira, janeiro 17, 2022

Leis

 Deportação cumprida. Djokovic já saiu da Austrália.
Deportado e muito bem.
Não cumpriu as leis de um país onde entrou para trabalhar, prestou falsas declarações e desrespeitou directivas de isolamento.
Não percebo o ruído em volta deste assunto.
O ser o número um do tenis mundial não o desobriga de cumprir leis nem lhe dá um estatuto de impunidade.
Depois Falamos.

Edwards

Não faço a mínima ideia se Marcus Edwards vai ficar no Vitória ou vai ser transferido neste mercado de janeiro.
Futebolisticamente claro que desejo que fique, e como eu creio que todos os vitorianos, mas financeiramente pode ter que sair porque o clube precisa de realizar receitas. 
Mais uns dias e saberemos. 
Mas não deixo de reparar na imaginação da comunicação social que todos os dias apresenta novas versões de possíveis negócios, quer em valores quer em possíveis contrapartidas na cedência de jogadores, naquilo que não passa de um pueril exercício de atirar barro á parece a ver se pega.
Do que tenho visto direi que ainda não vi um número consentâneo com o real valor do jogador nem uma possível cedência que tenha o mínimo interesse para o Vitória.
Bruno Gaspar interessaria, sim, se não tivessemos quatro laterais direitos no plantel. 
Claro que se Sacko também sair ou João Ferreira regressar ao Benfica o caso muda de figura. 
Mas é o único. 
Porque outros nomes que se tem visto não me parecem ter interesse algum. 
Aguardemos tranquilamente. 
E, se possível, sem alimentarmos boatos e especulações com produção própria como alguns tanto gostam de fazer.
Depois Falamos.

P.S. A sair que seja para um clube estrangeiro.Porque os clubes portugueses, em Portugal, querem bom e barato. E tratando-se dos "viscondes" querem bom, barato e a pagarem quando lhes apetecer. Relembremos Raphinha...

FNAC

Apresentação do livro "O Clube do Rei 100 Anos, 100 Cartoons" na FNAC do Guimarães Shopping.
E a oportunidade de uma agradável conversa com os vitorianos presentes.
Sobre o livro, sobre o Centenário e sobre o Vitória.
Depois Falamos.

quinta-feira, janeiro 13, 2022

Triunfo

Rui Rio venceu o debate. 
Foi mais assertivo, não mentiu e mostrou uma sinceridade que não está ao alcance de Costa. 
No assunto TAP arrasou o adversário e foi pena faltar-lhe algum "killer instinct" para nalguns assuntos, como a carga fiscal, vencer por KO. Mas venceu claramente aos pontos.
Depois Falamos.

P:S Sara Pinto foi a melhor moderadora enquanto a Clarinha e o Adelininho foram os "freteiros" pró PS habituais. E mais uma vez Costa teve um minuto e tal a mais em termos de tempos.