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quinta-feira, setembro 30, 2021

Pragmatismo

Carlos Moedas conseguiu o mais difícil, que foi ganhar contra tudo e contra todos, e é agora o novo presidente da câmara municipal de Lisboa.
Um município gigantesco, para a realidade de Portugal, com orçamentos superiores a alguns ministérios e um quadro de funcionários mais numeroso do que o de alguns concelhos em termos de habitantes.
Agora há que governar.
E aí põe-se, desde logo, um problema que pode ser bicudo e que consiste no facto de a coligação ter vencido sem maioria absoluta elegendo sete vereadores e vendo à sua frente uma maioria de esquerda com sete vereadores socialistas, dois comunistas e um bloquista.
Ou seja para governar há que negociar!
Põe-se a questão de saber com quem , PS ou CDU, sabendo-se que o Bloco já se pôs de fora mesmo sem Moedas ter manifestado o mínimo interesse na sua colaboração.
Parece-me claro que Carlos Moedas deve negociar com João Ferreira.
Por três razões de fundo:
A primeira é que o PCP em termos de Poder Local é extremamente pragmático e tem uma longa tradição de cumprir aquilo a que se compromete.
E a boa relação entre Carlos Moedas e João Ferreira, dos tempos comuns em Bruxelas, pode ajudar a isso.
O que significa que se coligação e CDU se entenderem esse entendimento tem todas as condições para durar o mandato ainda que nos últimos tempos do mesmo exista algum distanciamento...eleitoral.
A segunda razão é que o PS não é parceiro fiável para nada, como é bem sabido, pese embora alguma ingenuidade de dirigentes do PSD que tem vindo a público manifestarem a vontade de entendimentos entre PSD e PS.
A diferença é que se o entendimento for com a CDU durará, como atrás escrevi, o mandato enquanto se for com o PS começará a ser torpedeado pelos socialistas no próprio dia em que for assinado.
A terceira, que abordarei pela rama, tem a ver com a geografia política e autárquica saída do passado domingo com a CDU a perder Loures e a não reconquistar Almada ficando sem nenhuma grande câmara na Área Metropolitana de Lisboa.
E para bons entendedores meia palavra basta.
Depois Falamos.

Crime Perfeito

Era o crime perfeito.
O actual Chefe do Estado Maior da Armada tornara-se incómodo para o governo porque no âmbito das suas competências e correspondendo a opiniões que lhe foram pedidas criticara alguns aspectos da legislação do governo sobre as Forças Armadas.
E já se sabe da intolerância de António Costa perante quem não pensa como ele dando corpo ao célebre "quem se mete com o PS leva".
E por isso havia que substitui-lo até como aviso a outros chefes militares e ao substituto que viesse a ser nomeado.
Razão pela qual o ministro da defesa, João Cravinho, chamou inopinadamente o almirante Mendes Calado ao seu gabinete comunicando-lhe que o ia demitir!
E para o crime ser mesmo perfeito nada como nomear o vice almirante Henrique Gouveia e Melo, um homem  que se tornou extremamente popular em todo o país depois da forma como liderou com absoluto sucesso o processo de vacinação contra o covid-19 , para o seu lugar convictos de que a enorme popularidade do vice almirante tornaria a sua nomeação como algo de natural e relegaria todo o insólito da situação para um detalhe sem qualquer importância.
Com a vantagem adicional de "atrelar"  a enorme popularidade de Gouveia e Melo ao governo.
E com a habitual eficiência do "spin doctor" socialista puseram a notícia a correr como se de facto consumado se tratasse.
"Azar dos Távoras", Costa & Cravinho esqueceram-se, ou face ao histórico não deram importância, de que a última palavra em termos de nomeação de chefias militares pertence ao Presidente da República que não gostou nada da forma como as coisas se estavam a processar.
E que desta vez, contrariando o tal longo histórico de tolerância, colaboração, cumplicidade , fechar de olhos às  tropelias do governo, deu um murro na mesa e fez parar o processo de substituição (falta saber se Gouveia e Melo aceitaria ser nomeado em semelhantes circunstâncias...) remetendo-o par ao que considera ser o tempo certo.
Que na sua opinião, e muito bem, não é este!
Mais uma derrota para António Costa que desde domingo passado começa a ver a vida andar para trás.
Aleluia!
Depois Falamos.

Évora Laranja

Submerso pelo mediatismo de Lisboa, Porto, Coimbra, Figueira da Foz, Funchal, Portalegre e mais uma ou outra câmara onde a mudança de partido teve grande repercussão passou quase despercebido um dos maiores e mais espantosos feitos destas eleições autárquicas como o foi a conquista pelo PSD de quatro câmaras no distrito de Évora!
Dos três distritos alentejanos Évora tem sido ao longo do anos o mais difícil para o PSD, que lá não ganhava uma câmara há décadas, fruto da hegemonia do PCP e do PS nesse distrito ao longo dos anos mas com os primeiros a perderem terreno e os segundos a ganharam-no desde há algumas eleições para cá.
Ao contrário do Alto Alentejo em que no distrito de Portalegre o PSD sempre venceu câmaras (Fronteira, Portalegre, Marvão, Alter do Chão, Sousel, Castelo de Vide, Arronches, Elvas, são ou já foram governadas pelos social democratas ) e do Baixo Alentejo em que no distrito de Beja o PSD governou durante anos Ourique e depois Almodôvar no Alentejo Central (distrito de Évora) o panorama sempre foi bem diferente e para bem pior.
No domingo tudo mudou e o PSD venceu Mourão, Redondo, Reguengos de Monsaraz e Vila Viçosa      ( sozinho num caso, em coligação com o CDS noutros dois e com CDS/PPM/MPT noutro) tornando-se o segundo partido com mais presidências de câmara no distrito atrás do PS mas à frente do PCP que tem apenas três presidências!
E o PSD no distrito de Évora ter mais presidências que o PCP é um feito político extremamente importante, que mereceria da comunicação social e do próprio PSD um relevo e um destaque que não teve e que marca uma inversão enorme no que era tradicionalmente o voto naquele distrito.
E daí a mancha laranja que agora existe (conforme imagem) no distrito de Évora!
Já não era sem tempo...
Depois Falamos.

quarta-feira, setembro 29, 2021

Lapso ?

Este lapso da SIC em boa verdade é mais que um lapso.
É, isso sim, a fiel tradução do que foi a postura da SIC, do Expresso, do grupo Impresa face a estas eleições autárquicas em que nunca esconderam o quanto desejavam a vitória de Fernando Medina e do PS e o quanto fizeram por isso.
Das entrevistas aos comentadores, das peças sobre a campanha às peças de pré campanha , o constante protagonismo dado a Medina nos noticiários evidenciavam bem que a isenção era palavra vã neste grupo de comunicação social.
Que tem sido ao longo dos anos, há que dizê-lo sem tibiezas, de claro apoio ao PS e aos seus candidatos seja em autárquicas, europeias , legislativas ou até presidenciais em que os "pontas de lança" do grupo - SIC e Expresso- jogam claramente pelos socialistas.
E por isso tudo estava preparado para anunciar a vitória de Medina.
Sendo que a surpresa foi tão grande, a perplexidade tão evidente, o desgosto tão perceptível que nem sequer conseguiram mudar atempadamente as legendas como a imagem que encima este texto claramente evidencia.
Pode por isso dizer-se, sem receio de desmentido, que em Lisboa não perderam só Medina e o PS.
Perderam as sondagens com que durante meses se tentou manipular  a opinião pública e perdeu o grupo Impresa que tanto frete depois acabou por levar uma enorme bofetada de luva branca por parte dos eleitores lisboetas.
Em boa hora.
Depois Falamos.
 

terça-feira, setembro 28, 2021

Remédio

Tens muito bom remédio.
Volta para São João da Madeira, arranja trabalho e deixa de viver à custa do Estado.
Desse mesmo Estado em nome do qual compras comboios a cairem de podres e metes milhares de milhões num TAP que não tem solução!
E embora seja delicioso ver a azia dos socialistas, e muito em especial deste bloquista com vergonha de o ser , é triste que seja ministro de um país pretensamente civilizado um sujeito que nem sabe ter postura de Estado, nem entender a autonomia do Poder Local e muito mais não saiba respeitar a vontade do povo livremente expressa.
Com um primeiro ministro digno desse nome nunca este sujeito seria ministro.
Com um primeiro ministro que ao menos tivesse um minímo de dignidade levava guia de marcha hoje mesmo.
Com António Costa será apenas o primeiro episódio impune dos ataques do governo a um presidente de câmara que ainda nem posse tomou.
Portugal é cada vez menos um país e cada vez mais um lugar mal frequentado.
Muito por força de "artistas" como este.
Depois Falamos.

Brutal Derrota

Neste passar de olhos pelas autárquicas não posso deixar de referir, e com imenso prazer, a brutal derrota do Bloco de Esquerda em todo o país.
Relativizada por outras notícias referentes a triunfos assinaláveis, de Carlos Moedas em Lisboa a Pedro Santana Lopes na Figueira da Foz passando pelas quatro câmaras ganhas pelo PSD no distrito de Évora, mas também por uma cortina de silêncio imposta nas redações de televisões, rádios e jornais pelos muito militantes e simpatizante do BE que lá trabalham a verdade é que estas autárquicas demonstram bem que nesse plano o Bloco é de uma irrelevância quase total.
Fundado em 1999 o BE nunca teve qualquer significado em termos de autarquias e a única câmara que alguma vez teve, Salvaterra de Magos, foi fruto de uma dissidência do PCP e não de uma conquista por absoluto mérito próprio. Teve mas rapídamente perdeu convém que se diga.
E a comparação dos números de 2021 com os de 2017 confirma plenamente que os portugueses querem o BE longe, muito longe das suas autarquias.
Em 2017 o BE tinha em todo o país 12 vereadores (uma enormidade) mas em 2021 ficou reduzido a 4!
Tinha 125 deputados municipais e tem agora 94.
Tinha 213 eleitos em freguesias e tem agora 164.
Por comparação, que irrita o BE mas diverte , bastará constatar que o Chega concorrendo em 2021 às suas primeiras autárquicas elegeu 19 vereadores, 173 deputados municipais e 205 membros de assembleias de freguesia ultrpassando claramente o "velho" Bloco em termos de resultados e sem poder contar com a "boa" imprensa de que os bloquistas e a sua irritante líder diariamente dispõe de forma que raia o escandaloso.
As eleições autárquicas são eleições de proximidade.
E está visto que os portugueses nessa matéria de proximidade não querem o Bloco de Esquerda por perto.
Abençoados sejam.
Depois Falamos

Gratos

Missão cumprida com sucesso, eficiência rara e humildade que se regista naquilo que foi um relevante serviço público.
Portugal e os portugueses têm muitas e boas razões para estarem gratos ao Vice Almirante Gouveia e Melo.
Depois Falamos.

Barcelos

Um dos resultados destas autárquicas que mais me agradou, por razões que adiante explicarei, foi a eleição do Mário Constantino para presidente da câmara municipal de Barcelos e com maioria absoluta de mandatos.
Desde logo por ser amigo dele há muitos anos, por no PSD termos travado batalhas comuns e por nele reconhecer um político sério, experiente, bem preparado e perfeitamente à altura de devolver Barcelos ao bom caminho interrompido em 2009.
Também por isso.
Porque em 2009 a derrota do PSD, e do presidente Fernando Reis, foi uma enorme injustiça de que Barcelos nada beneficiou e que ainda hoje acredito não ter correspondido ao real desejo da maioria do eleitorado mas apenas a uma manifestação de descontentamento com algumas situações que foi longe demais.
Foi, pois , uma enorme vitória.
Que devolve Barcelos ao PSD, de que foi durante muitos anos a mais emblemática das suas câmaras por força da enorme ligação de Francisco Sá Carneiro ao concelho, e põe fim a um desgraçado ciclo de governação socialista que apenas serviu para atrasar o desenvolvimento e envolver o seu nome, Barcelos, em questões sem as quais passava muito bem.
Mas a vitória do PSD em Barcelos tem ainda o mérito de acentuar a enorme derrota do PS no distrito de Braga onde pese embora o algo inesperado triunfo na Póvoa de Lanhoso viu a distância para o PSD manter-se em número de presidências e aumentar em número de votos.
Das quatro grandes câmaras do distrito resta ao PS a de Guimarães ( até um dia...) com Barcelos a juntar-se a Braga e Famalicão no lote daquelas que são governadas pelo PSD ( em todas elas coligado com outros partidos ) acentuando a preponderância do centro direita no distrito.
Mário Constantino tem agora pela frente enormes desafios.
Vencido o confronto interno, mostrando que a razão estava do lado dos que defendiam a sua candidatura, e sabendo que a coesão da sua equipa obedece a alguns equilíbrios ( e a alguma autoridade pessoal também) está no recuperar  do tempo perdido e no acelerar o progresso do concelho o seu maior desafio.
Que seguramente saberá vencer.
Capacidade e experiência não lhe faltam.
Depois Falamos

Ganhar e Perder

 António Costa e Rui Rio representam, neste primeiro dia depois das autárquicas, o perfeito exemplo de alguém que ganhou perdendo e de outrém que perdeu ganhando!
É evidente que em termos numéricos o PS, e portanto António Costa, ganharam as eleições porque venceram o maior número de câmaras e assim continuarão a liderar a Associação Nacional de Municípios.
Mas a política não se faz só de números.
E a leitura política destas eleições é que o PS mesmo ganhando as perdeu porque não só não conquistou nenhuma capital de distrito ao PSD com ainda perdeu para este câmaras com o enorme significado de Lisboa, Coimbra e Funchal.
E por muito que Costa se refugie nos números a perda de Lisboa é um tiro no porta aviões de consequências ainda impossíveis de avaliar mas que seguramente terão abalado o PS de cima a baixo porque não é coisa menor perder a capital, maior municipio e principal centro urbano do país para o maior adversário.
Com a agravante, para Costa, de ver um dos seus dilectos delfins sair de cena pela esquerda baixa deixando a questão da sucessão cada vez mais pendente para o lado de Pedro Nuno Santos o que manifestamente é uma contrariedade para o líder socialista!
Rui Rio é precisamente o oposto.
É verdade que venceu menos câmaras, é verdade que a área metropolitana do Porto lhe correu muito mal especialmente no Porto e em Gaia (uma derrota humilhante) , é verdade que com maior capacidade de agregar poderia estar agora a "cantar" vitória em Oeiras e Figueira da Foz, é verdade que perdeu a Guarda para um dissidente do partido que concorreu como independente.
Mas o resultado do PSD é francamente bom há que dizê-lo.
Venceu Lisboa, a mais apetecida de todas as câmaras, venceu Coimbra, venceu Funchal, recuperou Portalegre.
Ou seja a capital do país e do distrito de Lisboa, a capital da região autónoma da Madeira e duass capitais distritais com o peso emblemático de Coimbra e a pronúncia alentejana de Portalegre.
A que se juntam quatro vitórias no distrito de Évora (Reguengos, Redondo, Mourão e Vila Viçosa) naquele que é o melhor resultado de sempre do PSD naquele distrito alentejano, a recuperação da emblemática Barcelos durante muitos anos a mais carismática das câmaras "laranja" por força da ligação de Francisco Sá Carneiro ao concelho, a manutenção tranquila de Braga, Famalicão, Aveiro, Cascais, entre outros resultados que deram ao partido uma excelente noite eleitoral.
Liderando agora nove capitais de distrito mais Funchal e Ponta Delgada, contra apenas cinco lideradas pelo PS ( e todas elas de média ou pequena dimensão eleitoral), duas pela CDU e outras duas por independentes o PSD reforçou significativamente a sua penetração no eleitorado mais urbano e coloca-se em posição de ser verdadeira alternativa em 2023.
Com a curiosidade adicional de vaticinando-se um pós eleições "quente" no PSD (se os resultados fossem fracos como erradamente se previa) se estar agora a assistir à transferência desse "calor" para o PS onde a liderança de Costa é segura mas deixou de ser indiscutível.
Para quem gostar de política vem aí tempos muito interessantes.
Depois Falamos.

P. S. Rui Rio teve outra grande vitória na noite eleitoral mas não se tratou de nenhuma câmara.
Derrotou, por esmagamento, as sondagens confirmando tudo que delas vinha dizendo nos últimos dias de campanha.

Redes

É cada vez mais a regra que alguns adoptam nas redes sociais.
Discordam das ideias, não as sabem debater, partem para as ofensas aos autores.
Substituem a inexistente cultura pela reiterada má educação, exibem a persistente estupidez ao invés de praticarem uma ignorada tolerância, fazem da arrogância um cartão de visita que nem sequer consegue disfarçar a brutal ausência de neurónios que faz deles uns ignorantes até em matéria de correcto relacionamento com os outros.
São uns tristes.
Mas andam por aí!
Depois Falamos.

Lógica

Devo dizer que olhava este Vitória-Benfica com alguma apreensão.
Desde logo porque já são muitos anos a ver factores estranhos ao jogo a terem influência nos resultados dos nossos encontros com o clube de Lisboa mas essencialmente porque olhando para as duas equipas e respectivos planteis era evidente a superioridade benfiquista em termos individuais e colectivos.
O que não significava necessariamente que isso por si só fosse suficiente porque o Vitória em dia de acerto pode ganhar a qualquer clube do nosso campeonato.
Infelizmente ontem não era um desses dias.
E isso foi patente desde o início, pese embora o primeiro lance de relativo perigo tenha resultado de um remate de Estupinan a cruzamento de Quaresma, porque a estratégia de Jorge Jesus de apostar numa pressão alta criou enormes problemas às saídas do Vitória para o ataque porque muitas vezes essa pressão fazia-se logo à saida da grande área vitoriana com algumas atrapalhações dos nossos centrais à mistura (de uma delas resultou o segundo golo) e quando essa primeira barreira era ultrapassada o meio campo vitoriano nunca conseguiu acelerar o jogo para tentar aproveitar esses adiantamento do adversário.
Exceptuavam-se as arrancadas de Edwards mas a equipa raramente lhe deu o apoio necessário para que elas resultassem em algo mais.
E por isso o Benfica apoderou-se do controle do jogo, foi ameaçando o golo, e ninguém terá ficado verdadeiramente surpreso quando  fez o primeiro á passagem da meia hora e mais um já passava dos 40 minutos e em ambos os casos com responsabilidades dos centrais e trinco do Vitória.
Era evidente que ao intervalo qualquer coisa tinha de ser mudada até porque havia jogadores em rendimento muito discreto.
Mas nada foi alterado e o Vitória regressou para o segundo tempo com o mesmo onze e por isso o jogo manteve-se na mesma toada da primeira parte sempre com os forasteiros mais perto do terceiro golo que o Vitória do primeiro.
Pepa demorou longos vinte e cinco minutos, a perder por dois golos de diferença, a decidir-se por mexer na equipa mas quando o fez há que reconhecer que tomou boas decisões porque Rochinha e André Almeida trouxeram de imediato outro dinamismo e outra velocidade à equipa e o Vitória cresceu exivbicionalmente só que aí a sorte do jogo foi-lhe madrasta porque num contra ataque rápido o Benfica fez com alguma felicidade o terceiro golo e sentenciou o desfecho.
Depois entraram Rúben Lameiras e Bruno Duarte com o primeiro a integrar-se bem no espírito introduzido por Rochinha e André Almeida criando bons lances pelo flanco direito enquanto o segundo não teve oportunidades de visar a baliza mas marcou a grande penalidade de forma tão eficaz quanto...deliciosa.
Entraria ainda Janvier que também ele, de quem se esperaria que tivesse mais minutos depois da exibição na Covilhã, ajudou ao domínio final do Vitória mas já era tarde para sequer discutir o resultado ficando a clara sensação que se as substituições tem ocorrido mais cedo a história podia ter sido bem diferente.
Em suma uma derrota sem factores externos a influenciarem-na ( a primeira em vários anos com este adversário) e uma equipa vitoriana que vale mais do que aquilo que demonstrou neste jogo em que pareceu estranhamente acanhado perante um adversário que embora mais forte também não é tão mais forte assim.
De qualquer forma pode dizer-se que a lógica prevaleceu face ao valor de ambas as equipas.
O árbitro Luís Godinho fez um trabalho sem influência no resultado, tecnicamente acertado mas disciplinarmente foi amigo e bem amigo de alguns jogadores do Benfica.
Nada que não seja habitual.
Depois Falamos.

Polémicas

Por princípio evito polémicas embora obviamente não lhes tenha qualquer receio.
E evito porque normalmente as polémicas fogem do racional para o pior do emotivo e perde-se tempo com elas que não é recuperável.
Mas no marketing desportivo, por exemplo, há boas polémicas.
Aquelas que fazem discutir equipamentos porque bem ou mal fala-se deles e isso é um contributo para a sua notoriedade.
E consequente aumento de vendas.
De há alguns anos a esta parte as grandes marcas de equipamentos desportivos tem-se associado aos clubes para produzirem equipamentos (normalmente os terceiros de cada época) substancialmente diferentes dos tradicionais procurando com isso atrair a atenção dos adeptos e criando uma "necessidade" de todos os anos comprarem além dos principais o tal terceiro equipamento como autêntica peça de colecção.
Umas vezes fazem equipamentos espectaulares e outras alguns que são francamente feios.
Deixo aqui alguns exemplos de um e outro caso (em minha opinião é claro) com camisolas usadas por Juventus Manchester United e Arsenal.
Mas podiam ser as de muitos outros clubes é claro.
Depois Falamos.

Reflexão

Em mais de 50 anos a ver jogos entre Vitória e Benfica em Guimarães não me lembro de uma desproporção de adeptos tão grande. 14.000 do Vitória e cerca de 200 do Benfica.
Sendo certo que os vitorianos são sempre muito mais que os benfiquistas ontem a diferença era esmagadora.
E mais ainda se considerarmos que as poucas centenas de lugares que faltavam para se atingirem os 50% permitidos pela DGS correspondiam a bilhetes que o Benfica não conseguiu vender!
Uma constatação curiosa mas que não é o motivo central desta reflexão.
Esse é outro.
E prende-se com o cada vez mais habitual massacre aos jogadores do Vitória por parte de alguns adeptos que nas redes sociais ultrapassam todos os limites e marcas.
E mesmo sabendo que até Janeiro são estes e mais nenhuns não abrandam na diminuição, desvalorização , achincalhamento e consequente desmoralização dos nossos jogadores parecendo desejosos de que quanto pior melhor.
Começou pelo Jorge Fernandes ,pelo Sacko , pelo Rúben Lameiras e pelo Bruno Duarte mas depois destes últimos jogos já vai no Quaresma, André André, Estupinan, Borevkovic, Alfa Semedo , Mumin e outros a um ritmo que daqui a pouco para esses adeptos já nenhum serve ou presta seja para o que for.
E a pergunta que deixo a concluir a reflexão é esta: Será que ontem o conjunto dos adeptos esteve à altura do que era preciso?
Ou esteve ao nível da equipa, ou seja, bastante aquém do necessário?
A resposta é fácil bastando comparar o que foram aquelas bancadas no jogo com o B SAD e o que (não) foram ontem.
E por isso se metermos todos a mão na consciência talvez seja tempo de admitirmos que antes de falarmos do rendimento dos jogadores devemos preocupar-no com a qualidade e a intensidade do apoio que lhe damos.
É que dizer palavras bonitas sobre nós próprios adeptos todos sabemos dizer mas depois é importante que elas correspondam plenamente à realidade.
Especialmente nos dias em que isso é mais necessário.
Como ontem por exemplo.
Depois Falamos.

Justo

O triunfo do Benfica foi inteiramente justo.
Melhor plantel, melhor equipa, melhor exibição e um excelente treinador que fez uma leitura táctica do jogo perfeita de princípio a fim.
O Vitória esteve abaixo das suas possibilidades, repetiram-se erros individuais e coletivos na defesa, e embora a equipa tenha melhorado claramente com as substituições elas foram demasiado tardias para terem efeito no resultado.
Há que tirar as devidas ilações porque jogadores como Rochinha, André Almeida e Janvier "exigem" mais tempo de jogo.
Depois Falamos.

Contra Todos

Podia, se ainda tivesse a ingenuidade necessária a tanto, perder tempo a embarcar nalguns coros que por aí andam a propósito desta pseudo notícia daquele que já foi a "Bíblia" e agora não passa, também ele, de um pseudo jornal.
Que no corpo da notícia não confirma o sensacionalimo da capa (por evidente falta de matéria) e até explica razoavelmente bem qual o enquadramento e a legalidade da operação que noticia.
Prefiro , ao invés de alinhar nos tais coros, debruçar-me sobre a duvidosa honra de pela primeira vez na sua história o estádio D.Afonso Henriques ter merecido a honra de ser capa de "A Bola" ainda por cima a propósito de um assunto a meias entre Vitória e Porto.
Sendo que o pseudo jornal, que mais não é do que uma folha ao serviço do Benfica, em condições normais faria capa com o estádio do Dragão e nunca com o nosso DAH porque lhe interessaria muito mais lançar suspeições sobre o FCP do que sobre o Vitória por razões tão fáceis de entender que me dispenso de as enunciar.
Acontece que no sábado o Benfica joga precisamente neste estádio.
E aliando ao facto de, pese embora a propaganda, a realidade mostrar que o Benfica denota uma pobreza exibicional evidente a quem não veja o futebol com palas vermelhas há também outras realidades que preocupam o "sistema".
Uma é o valor da equipa vitoriana que embora não tenha tido o arranque de campeonato que se esperava tam, ainda assim, valores individuais e entrosamento colectivo mais que suficientes para poder ganahr a qualquer equipa do nosso campeonato.
A outra é o facto de no estádio D.Afonso Henriques terem assento adeptos fervorosos, apaixonados, em número que transforma todos os visitantes em "pequenos" e quantas vezes são o verdadeiro ( o B SAD que o diga) décimo segundo jogador transmitindo à equipa uma energia extra (sem comprimidos como noutros lados...) que a faz transfigurar-se.
E por isso nada melhor que uma notícia que provoque celeumas, discussões e que tenha como objectivo último dividir a massa associativa do Vitória.
Juntando o valor específico da equipa do Benfica à escolha "criteriosa" do quarteto de arbitragem (Luís Godinho é de há muito um candidato a "Águia de Ouro"), assegurando no VAR um árbitro pouco experiente, ao "sistema" para o arranjinho ser perfeito só falta mesmo dividir a massa associativa do Vitória.
Não vão ter sorte.
Porque os assuntos que há para debater no clube, e bem importantes eles são, serão debatidos e explicados no tempo e no local próprio que são as assembleias gerais de clube e SAD sem prejuízo de cada associado opinar livremente sobre eles.
Mas amanhã é dia de jogo.
E  os vitorianos estão  unidos, coesos e firmes no apoio à sua equipa ajudando-a a vencer o Benfica e a conquistar os três pontos.
Contra tudo e contra todos!
Depois Falamos.

quinta-feira, setembro 23, 2021

Idiota

Ganhamos com o covid-19 diz Eurico Brilhante Dias

18.000 mortos.
Pessoas que vão sofrer para sempre as sequelas do covid.
Milhares de empregos perdidos.
Um PIB que reflecte a desgraça económica destes anos.
Milhares e milhares de jovens que viram as suas vidas escolares prejudicadas e a prática de desporto dificultada ou cessada mesmo,
Empresas que encerraram.
Tratamento de muitas outras doenças adiado ou cancelado com as consequências daí advindas.
Em suma uma enorme desgraça a todos os níveis para o país.
E vem este idiota, que só é secretário de estado porque nomeado por alguém tão bom como ele, dizer que Portugal ganhou com o covid !!!
Continuem a votar nesta gente e depois queixem-se...
Depois Falamos.

Memória

Braga vende dois jogadores da equipa B por 26 milhões de euros

Foi há quatro anos e talvez por isso já nem me lembre se "A Bola" fez manchete de capa, se o inefável Rui Santos perorou sobre o assunto no "Tempo Extra" ou se os canais televisivos dedicaram alguma atenção ao assunto.
Tenho apenas ideia, embora algo vaga, que alguns que agora arrepelam cabelos com umas notícias que por ai andam de 15 milhões na altura louvaram o Braga e o presidente António Salvador pela sua capacidade de fazerem grandes negócios.
É preciso ter muita paciência...
Depois Falamos.

Centenário

O meu artigo desta semana no zerozero.pt

O Vitória completa hoje noventa e nove anos de idade e ,por consequência, entra naquilo a que se convencionou chamar o ano do centenário dado que a 22 de Setembro de 2022 o clube completará os seus primeiros cem anos de vida.
Num clube com memória, com respeito pela sua história, grato aos que o tornaram possível ao longo destes noventa e nove anos uma data tão significativa não poderia ter outro tratamento que não o de uma comemoração condigna e que assentasse em vários objectivos considerados como fundamentais.
Agradecer o passado, consolidar o presente, perspectivar o futuro, aumentar a visibilidade nacional  e reforçar as ligações à comunidade.
E as comemorações do centenário, que começam hoje e vão formalmente durar até de hoje a um ano mas deixando as sementes para outras iniciativas, procurarão na sua diversidade cumprir todos esses objectivos atrás elencados. 
Desde logo agradecer, recordar, manter vivos nas memórias vitorianas todos aqueles (associados, dirigentes, funcionários, atletas, técnicos) que da chapelaria Macedo, onde o clube foi fundado, até ao actual estádio D.Afonso Henriques onde pulsa o coração vitoriano construiram esta bela história quase centenária.
No campo da Perdiz, no Zé Minotes, no Bem-Lhe -Vai, na Amorosa, no Municipal, no rinque da Amorosa, no pavilhão do INATEL e noutros recintos desportivos de que o Vitória, futebol e modalidades , fez casa há páginas escritas de uma gesta que nos honra e que permitiram que hoje o Vitória seja uma das maiores potências desportivas do país no conjunto das modalidades que o clube pratica desde a mais antiga, futebol, até ao xadrez que é a mais recente.
E no programa do centenário haverá espaço para tudo isso.
Com exposições a recordarem equipamentos, fotografias, caricaturas e cartoons  e outros motivos ligados ao clube, com colóquios em que terão a palavra antigos atletas, técnicos e dirigentes para evocarem o Vitória dos seus tempos, com a edição de livros sobre estes cem anos de História com um livro de cartoons da autoria de Miguel Salazar que evocará em cem desenhos os cem anos de História.
Também com homenagens aqueles que "por  valerosas obras (vitorianas) se foram da lei da morte libertando".
A consolidação do presente também terá o seu espaço.
Discutindo em conferências e debates temas importantes para o desporto em geral e  para o futebol em particular, trazendo personalidades de reconhecido mérito para participarem nesses eventos, expondo os principais troféus do clube como forma de mostrar  ambição de sermos cada vez mais um clube ganhador, realizando torneios do centenário em grande parte (desejavelmente em todas) as modalidades como forma de homenagear o ecletismo que é uma marca fundamental do nosso ADN.
Haverá também um dia dos sócios, outro dia dedicado aos mais jovens sob a égide do "Super Afonso" (que comemora 25 anos como mascote do clube) e um dia dedicado à própria comunidade sob moldes a definir.
E depois perspectivar o futuro através de factos concretos.
Debatendo assuntos importantes para o Vitória (da revisão estatutária ao ecletismo) e do desporto nacional com particular incidência, a título de exemplo, na centralização dos direitos televisivos mas também deixando marcas como o serão a inauguração das obras em curso no complexo desportivo António Pimenta Machado ( e muito desejavelmente do mini estádio se for possível) e o lançamento das bases para o Museu do Vitória entre outras iniciativas que ainda é cedo para serem referidas.
A ligação à comunidade será uma prioridade deste programa.
E por isso haverá uma série de iniciativas nas escolas, em colaboração com o município, junto dos vitorianos que amanhã assegurarão a continuidade do clube, por isso serão desenvolvidas várias iniciativas no âmbito do "Vitória Solidário" levando o clube a apoiar os que mais necessitam, teremos espectáculos musicais com artistas vimaranenses envolvendo-os nas comemorações, levaremos a cabo várias iniciativas em colaboração e nas instalações de algumas das mais importantes instituições culturais , recreativas e autárquicas do concelho.
De que as cerimónias de hoje foram um primeiro exemplo com a apresentação do programa, da comissão de honra e a entrega dos emblemas aos associados com 75 anos de filiação clubística  a decorrerem no Paço dos Duques de Bragança e a entrega dos emblemas aos associados com 25 e 50 anos de filiação a decorrer no grande auditório da Universidade do Minho.
Finalmente a visibilidade nacional que reforçará o estatuto do Vitória como potência do desporto português.
Desde logo na composição de uma Comissão de Honra onde está plasmada a História do clube com todos os ex presidentes dos seus diversos orgãos, com algumas figuras de referência da região como o Arcebispo Primaz D. Jorge Ortiga e o Reitor da Universidade do Minho Professor Doutor Rui Vieira de Castro, com os Presidentes de Cãmara e da Assembleia Municipal, com os ex presidentes de câmara (lá está o reconhecimento aqueles que no passado ajudaram o Vitória, com todos os associados com 75 anos de filiação clubística e com os presidentes de todas as federações cujas modalidades sejam praticadas pelo clube.
Para lá desta Comissão de Honra, que orgulha o clube, haverá ainda dois outros momentos de significativa visibilidade nacional e que serão pontos altos das comemorações.
A homenagem nacional a Neno, uma grande figura do Vitória e do Desporto nacional, e a gala de encerramento das comemorações em 22 de Setembro de 2022 , dia em que o Vitória completa cem anos, que se deseja um momento tão inolvidável quanto marcante na História de um clube grandioso e que se quer cada vez maior e cada vez melhor.


A Crítica

A propósito. mas não só, do Vitória, de jogadores e treinadores do Vitória, de dirigentes do clube tenho lido nos últimos tempos algumas curiosas teses sobre o que é a crítica, a liberdade de criticar e até onde vão os limites da mesma.
Numa sociedade livre e democrática como a nossa (sem teorizar neste contexto sobre a qualidade da democracia que vivemos) é evidente que existe um bem sagrado chamado liberdade de expressão dentro do qual se insere o pleno direito à crítica.
Direito de que eu próprio faço uso abundante no espaço público desde que há quase quarenta anos comecei a escrever uns artigos de opinião para o jornal "Comércio de Guimarães", ao tempo dirigido pelo Dr. Barroso da Fonte, e depois continuei noutros orgãos de comunicação social como o Toural/Expresso do Ave", jornais regionais, neste blogue desde 2006 e no Facebook desde 2009.
E portanto entendo , respeito, defendo o direito a criticar.
Mas não esquecendo que se há esse direito também há deveres.
O dever da boa educação, o dever da sensatez, o dever do respeito pelos outros, o dever da defesa da Verdade.
É é ai que as coisas assumem divergências.
Porque se há quem escreva regido por esses princípios (às vezes com um ou outro exagero de que no meu caso faço "mea culpa") também não faltam os modernos "heróis" do teclado que acham que em frente a um computador ou a um telemóvel tudo lhes permitido, não há limites de qualquer espécie para o que dizem e insultam, achincalham, tentam humilhar quem tenha a desdita de lhes cair no desagrado nem que seja por um "frango, um golo falhado, uma mau desarme , uma substituição que entendam errada ou uma opção gestionária com a qual não concordem.
E como alguns, quase todos, desses "heróis" conseguem juntar uma escandalosa falta de educação à presunção de uma sabedoria imensa mesclada com uma soberba a raiar a patetice, ai de quem discorde deles, da sua forma de escreverem, do que entendem ser seu direito de dizerem o que querem e lhes apetece.
Voltando ao Vitória onde esse "fenómeno" existe com alguma expressão nas redes sociais.
Acho curiosas as opiniões daqueles que acham que esse género de "valer tudo" tem razão de ser por questões motivacionais e porque quem está no clube tem de saber viver e conviver com a pressão.
É parcialmente verdade.
Porque quem joga , treina, dirige o clube tem de saber viver com uma pressão imensa de um universo associativo que dá muito e exige muito ( e está bem assim ) mas não tem de saber viver nem conviver com a má educação, a cretinice, as humilhações e a falta de limite no que dizem e escrevem.
Aliás gostava de saber se aqueles que adoptam essas lamentáveis práticas de pressão gostariam de nos seus empregos serem tratados da mesma forma e com a mesma "pressão" com que às vezes tratam jogadores, treinadores e dirigentes do clube.
Vitorianismo, amor ao clube, paixão pelas nossas cores não são, bem pelo contrário, incompatíveis com boa educação, bom senso, razoabilidade e ponderação no que se diz e escreve.
E dentro desses princípios todas as críticas são seguramente construtivas e contribuem para um Vitória
maior e melhor.
Depois Falamos.

99

O Vitória completa hoje noventa e nove gloriosos anos de vida.
Para lá de ser uma data bonita na vida de uma instituição o aniversário que se comemora tem também o facto muito especial de hoje mesmo se iniciarem as comemorações do Centenário com a apresentação da Comissão de Honra e de um programa que se vai estender ao longo de um ano até 22.9.2022.
E com iniciativas que perdurarão para lá dessa data.
Mas hoje é dia do nonagésimo nono aniversário.
Dia de dar os Parabéns ao Vitória e agradecer a todos os associados, adeptos, dirigentes, funcionários, técnicos, atletas e colaboradores de todos os sectores do clube que construíram esta história fantástica de 99 anos de vida.
Anos de alegrias e tristezas, de conquistas e decepções, de triunfos e derrotas todos eles contribuíram para esta História de uma instituição grandiosa chamada Vitória Sport Clube.
Parabéns Vitória.
O melhor está para vir!
Depois Falamos.

Terceiro

O Vitória estreou hoje o seu terceiro equipamento para esta época.
Depois dos tradicionais todo branco e todo preto (embora o verdadeiramente tradicional seja o de camisola branca e calção preto) surge agora um em tons amarelo e cinza fugindo por completo das linhas tradicionais como é cada vez mais habitual nos terceiros equipamentos.
Bastará recordar os da época passada de Juventus ou Manchester United para se confirmar isso.
No Vitória as camisolas amarelas já não são novidade porque ao longo dos anos com equipamentos Adidas, Le Coq Sportif, Kappa, John Smith e mais uma ou outra marca elas surgiram e nalguns casos com desenhos bem bonitos e que perdiraram na memória dos adeptos.
Pessoalmente gosto deste equipamento.
Mas admito perfeitamente que haja quem não goste porque não só gostos não se discutem mas também porque os terceiros equipamentos também tem o objectivo de surprenderem, e às vezes chocarem, os adeptos.
E este insere-se nesses princípios e estou convicto que acabará por convencer a maioria dos vitorianos.
Depois Falamos.

Pragmatismo

Quando não se complica o que é fácil as coisas acabam por se resolver com...facilidade.
É a história do jogo de hoje na Covilhã entre o Sporting local e um Vitória que vinha da enorme frustração de Arouca onde ,ao invés de hoje, complicou, e muito o que chegou a parecer relativamente fácil.
No onze inicial, escalado para o jogo no velhinho estádio Santos Pinto, Pepa entendeu dar minutos a jogadores pouco ou nada utilizados e assim apareceram a titulares Bruno Varela, João Ferreira, André Amaro, Hélder Sá, Janvier e Rúben Lameiras tendo posteriormente vindo a entrar Gui e Sílvio que também não tem jogado.
Percebeu-se a intenção que foi coroada de sucesso porque todos eles rubricaram boas exibições, especialmente os que foram titulares porque os outros pouco tempo tiveram, dizendo ao treinador que tem ali opções válidas para as três provas em que o clube está envolvido.
Mostrando que a lição de Arouca não estava esquecida o Vitória entrou bem, dominou o jogo a seu bel prazer, fez dois excelentes golos por Janvier e foi para as cabines com uma vantagem merecida mas que já noutras circunstâncias mostrara poder não ser suficiente.
E por isso não admirou que no segundo tempo o Vitória mantivesse a postura, embora menos ofensivo, mantendo o controle do jogo e a bola sempre longe da baliza de um Bruno Varela que teve uma noite sem grandes problemas para resolver.
Em suma um triunfo que era obrigatório e agora fica para o jogo com o Benfica a decisão sobre quem estará na "final four" de Leiria.
O árbitro Gustavo Correia, um dos melhores do actual quadro da primeira categoria, fez um trabalho tão discreto quanto excelente como devia acontecer sempre mas infelizmente não acontece.
Depois Falamos.