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segunda-feira, setembro 30, 2019

Europa

Pode , de facto, falar-se em Europa a propósito do jogo de ontem em que o Vitória recebeu e bateu o Paços de Ferreira por um magro uma a zero depois de noventa minutos de completo domínio das operações.
Domínio claro, com Miguel Silva a ter de fazer apenas duas defesas mais complicadas porque de resto foi uma tarde tranquila, mas a que não correspondeu uma boa exibição da equipa vitoriana que esteve nesse capítulo bastante abaixo daquilo a que nos vem habituando.
Jogou francamente mal na primeira parte, melhorou claramente na segunda mas no computo geral não se pode falar de uma boa exibição do Vitória sem que isso ponha minimamente em causa o mérito do seu triunfo frente a uma equipa pacense que veio jogar para o pontinho e ....quase o levava!
Pode então falar-se de Europa a que propósito?
Desde logo porque com o triunfo o Vitória consolidou o quarto lugar e é aí que deve manter-se (excepto se for para subir na tabela...) até ao final da prova porque não só tem equipa para isso como também face ao que se vai vendo a concorrência directa não tem melhores argumentos.
Por outro lado porque tendo quinta feira um jogo quase decisivo com o Eintracht em que só o triunfo serve plenamente as aspirações vitorianas é natural que isso tenha de alguma forma condicionado, ainda que inconscientemente, a postura de alguns jogadores que estariam já a pensar no desafio europeu em vez de se concentrarem totalmente no jogo que estavam a disputar.
Pode ainda a Europa ser justificação, embora secundária face ao que se vai vendo, para mais um conjunto de rotações feitas pelo técnico e que deixaram bem à vista a falta de rotinas entre alguns jogadores com  natural influência no futebol jogado.
Adiante.
Em termos individuais registo para uma afirmação em crescendo de Tapsoba (que classe na transformação do penálti), uma boa exibição de Sacko, o "desperdício" de André Pereira jogar nos flancos e a boa entrada em jogo de Edwards.
Menos bem estiveram Davidson a decidir mal uma série de lances, Venâncio a falhar passes atrás de passes e Mikel a complicar numa zona onde Musrati e Wakaso raramente o fazem.
Mais três pontos, e isso era o que mais importava ontem, e agora com a pausa para as selecções será tempo para recuperar lesionados e afinar processos.
Depois Falamos.

terça-feira, setembro 24, 2019

The Best

A FIFA entendeu galardoar Leonel Messi com o galardão "The Best" considerando que ele foi o melhor jogador do futebol mundial na época passada.
Foi a sexta vez que tal aconteceu.
É inquestionável que Messi é, a par de Ronaldo, o melhor jogador do futebol mundial da última década pelo que um prémio destes nunca se pode considerar mal atribuído mesmo quando é disputado com o genial jogador português.
Nunca me meti, nem meterei, na discussão de qual é melhor porque sendo tão diferentes e ambos tão geniais é uma discussão sem qualquer sentido e que jamais permitirá que se chegue a uma conclusão definitiva sobre o assunto.
Pode discutir-se, isso sim, qual em qualquer das épocas foi o melhor porque não há duas épocas iguais nem o rendimento deles, embora sempre altíssimo, é uniforme e por isso houve anos Messi e anos Ronaldo.
Pelo que até ontem cada um tinha cinco galardões "The Best".
Tal como cada um tem cinco "Bolas de Ouro".
E é precisamente na análise do que foi o rendimento de cada um na época agora terminada que me parece que a FIFA voltou a ser injusta com o jogador português.
Porque se ambos foram campeões, Ronaldo em Itália e Messi em Espanha, em países do primeiro plano futebolístico e se é factual que o argentino foi o melhor marcador da Liga espanhola e da Liga dos Campeões  também é factual que Ronaldo venceu com a selecção de Portugal a Liga das Nações e com influência decisiva no feito.
E por isso sem tirar mérito a Leo Messi acho que este galardão devia ter sido de Ronaldo.
Depois Falamos

segunda-feira, setembro 23, 2019

domingo, setembro 22, 2019

Categórico

Em dia de aniversário o Vitória foi até Tondela buscar a prenda adequada que se consubstanciou numa excelente exibição e na conquista de três pontos que permitem à equipa aproximar-se a passos largos dos primeiros lugares da tabela.
E que bem jogou o Vitória em especial no primeiro tempo.
Uma equipa que sai a jogar com critério, que varia as jogadas ofensivas entre ambos os flancos, que joga pelo meio com boas triangulações e movimentos que deixam o adversário em grandes dificuldades para travar a dinâmica vitoriana.
A equipa fez uma primeira parte de grande  domínio, marcou três golos de excelente recorte e sofreu um evitável, e sentenciou a partida passando grande parte do segundo período a gerir a vantagem e a desperdiçar lances de perigo.
Falar de uma equipa base ,neste Vitória de Ivo Vieira, seria um óbvio exagero mas pode falar-se de um plantel que está a assumir as ideias do treinador e que mesmo com a continua rotação de jogadores consegue manter um padrão exibicional de muito boa qualidade o que pode revelar-se decisivo numa época com tantas frentes.
De menos positivo apenas a permeabilidade de que a equipa vem dando provas nos lances de bola parada, quando os cruzamentos são para o centro da defesa ,o que deverá merecer correcção tão rápida quanto possível.
Em termos individuais há jogadores a destacar: 
Desde logo Lucas Evangelista cuja qualidade  o torna no "patrão" da equipa .
Mas também Sacko com mais um grande jogo, Tapsoba irrepreensível e André Pereira que fez um jogo de grande equilibrio entre missões atacantes e defensivas.
Menos bem Bondarenko com muitos passes falhados , Davidson e Rochinha a teimarem no egoísmo de quererem fazer tudo sozinhos.
Mas, repito, globalmente uma bela exibição da equipa vitoriana.
Depois Falamos

97 Anos

O Vitória faz hoje noventa e sete anos de uma vida bem longa e intensamente vivida desde que em 1922 um grupo de jovens vimaranenses decidiu constituir um clube desportivo que se dedicasse à prática do futebol.
Não foi o primeiro desportivo a aparecer no país, bem longe disso, nem sequer no distrito onde outras colectividades se formaram antes do Vitória e iniciaram a prática desportiva alguns anos anos do clube vimaranense.
Mas pode dizer-se, sem falsas modéstias, que depois de o Vitória iniciar a prática desportiva nada ficou como dantes no distrito e no país futebolístico tal o ímpeto e a conviccão com que o Vitória apareceu.
No distrito tornou-se rapidamente hegemónico transformando-se num crónico vencedor do campeonato distrital , que nesses tempos era uma espécie de fase de apuramento para o nacional,e no país ficou desde logo conhecido pelo fervor dos seus adeptos que transformaram o Bem-Lhe-Vai (talvez o nome mais original que alguma vez um estádio teve em Portugal), a Amorosa , o Municipal e o D.Afonso Henriques em estádios dificílimos para qualquer adversário tal o apoio que o Vitória recebia e recebe dos seus adeptos.
Uma nota para dizer que Municipal e D.Afonso Henriques parecendo ser um só estádio são, na minha opinião, na verdade dois. Porque o actual recinto a única coisa que tem de comum com o antigo Municipal é o terreno em que está edificado porque tudo o resto nada tem a ver.
A História destes noventa e sete anos é conhecida.
É uma História que nos orgulha.
Pelos títulos, pelos troféus, pelas excelentes classificações, pelos grandes momentos de vitorianismo, pela forma como soubemos transformarmos-nos num clube único no panorama nacional.
O quarto em número de adeptos, o quarto em pontos conquistados na primeira liga, o primeiro (e único) fora de Lisboa e Porto em que os adeptos no estádio são sempre em nome muito superior ao daqueles que nos visitam.
Títulos nacionais em voleibol, pólo aquático, futebol de formação e modalidades de combate.
Taças de Portugal em futebol, basquetebol e voleibol e inúmeros títulos e troféus noutras modalidades em competições distritais e regionais foram construindo um palmarés de que nos orgulhamos  e recheando a nossa sala de troféus.
Noventa e sete anos de que todos os vitorianos se orgulham.
Mas a que falta, ainda, a cereja em cima do bolo.
Que é o título de campeão nacional de futebol que já esteve tão perto (apenas a três pontos) em 1968/1969 e que noutras épocas posteriores podia ter acontecido mas por isto ou por aquilo...não aconteceu.
Sendo que o isto ou aquilo foi, geralmente, um apito e duas bandeirolas.
Mas um dia acontecerá tal a força deste clube e a convicção com que tantas gerações de vitorianos nisso acreditaram e então, como digo há muitos anos, ninguém parará o Vitória no seu crescimento e afirmação nacional.
E como seria bonito se até ao centenário esse titulo fosse alcançado.
Depois Falamos

quarta-feira, setembro 18, 2019

terça-feira, setembro 17, 2019

Subserviência

Em Portugal existe uma cultura de subserviência e bajulação ao poder que vem directamente do feudalismo da Idade Média e posteriormente se foi convertendo a outras formas de poder e de organização social.
Tendo sempre como pedra de toque a mais absoluta reverência e o mais completo servilismo aqueles que em cada momento tinham poder mais ou menos absoluto e portanto se tornavam temidos pelo seu exercício e bajulados pelo que podiam distribuir pelo servos.
E se essa forma de ser tão portuguesa se consolidou ao longo dos séculos da Monarquia não foi o advento da República que a ela pôs termo podendo dizer-se que, bem pelo contrário, até se reforçou durante os longos anos do Estado Novo e do poder quase absoluto de António de Oliveira Salazar perante quem todos os dignitários do Regime se curvavam e ensinaram o povo a curvar.
E contra todas as expectativas também não foi o 25 de Abril que acabou com isso embora nalgumas áreas tenha dado passos significativos nesse sentido.
Noutras é que não.
E por isso se continua a assistir aos que são fracos com os fortes e fortes com os fracos, com os que tratam uns como filhos e outros como enteados, com os que dão aos que já tem muito e negam aos que não tem nada.
Direi que, até pela sua visibilidade, a comunicação social é aquela em que o vírus salazarista da subserviência e da bajulação se encontra mais solidamente instalado e mais fácil de detectar tantas são as provas da sua existência que se vão constatando no dia a dia.
Especialmente nas televisões  mas também nas rádios e na imprensa escrita.
Darei apenas dois exemplos mas que sendo tão elucidativos como são dispensam qualquer explicação complementar.
O primeiro tem a ver com o futebol e o subserviente conceito dos chamados, pela comunicação social, "três grandes".
Benfica, Porto e Sporting.
A quem a comunicação social reverencia, bajula, serve, intoxicando a opinião pública com um volume de notícias sobre esses clubes mais digno de uma qualquer Coreia do Norte a bajular o ditador de serviço do que de um país europeu no qual devia existir outra cultura democrática, outra cultura jornalística e outra cultura desportiva.
O segundo tem a ver com a política e é , naturalmente, mais grave porque mexe com a vida de todos nós.
E prende-se com a lógica dos "três grandes" transposta para os cinco "grandes" ( PS, PSD, BE, PCP e CDS) com o mesmo servilismo, a mesma reverência, o mesmo desprezo por todos os outros que não façam parte deste selecto grupo de privilegiados.
Basta assistir diariamente  aos telejornais para constatar isso e confirmar ,a titulo de exemplo, que oito roteiros temáticos feitos a nível nacional pelo presidente da Aliança, que percorreu todo o país  tratando de temas e problemas essenciais para os portugueses, tiveram menos tempo de antena noticioso que as banalidades, deturpações e mentiras com que a D. Catarina nos brinda em todos os telejornais, de todas as televisões, todos os dias!
É a comunicação social que temos.
Que resulta também, em boa verdade, da débil opinião pública  que existe no país e que interiorizando com prazer  oportunista (na sua grande maioria porque há quem resista...) a subserviência à lógica dos "três grandes" acaba por aceitar com naturalidade , sem sentido crítico (na sua maioria porque também aí há quem resista...)e sem moral para a criticar a subserviência reverencial aos "cinco grandes".
É o país que temos.
Depois Falamos

domingo, setembro 15, 2019

Esperança

Finalmente ao jogo jogado correspondeu a eficácia goleadora e assim o Vitória conseguiu o seu primeiro triunfo no campeonato, justíssimo diga-se de passagem, face a um adversário que nunca deu sequer ideia de poder obstar a um triunfo vitoriano salvo se se verificasse mais um surto de inoperância ofensiva.
Com alguns lesionados, o gosto pelas rotações tão do agrado de Ivo Vieira e os complexos regulamentos que nos penalizaram no jogo anterior de forma inadmissível  o Vitória apresentou-se com algumas novidades no onze titular, relativamente ao jogo com o Rio Ave, consubstanciadas na titularidade de Tapsoba, Mikel, Poah, Lucas Evangelista, Rochinha e Leo Bonatini.
Ou seja quase meia equipa de diferença relativamente à equipa que jogara nos Arcos.
A verdade é que a equipa depois de uma primeira parte menos conseguida, mas em que ainda assim esteve sempre por cima do Aves, fez um bom segundo tempo construindo um resultado justo e que podia até ter sido mais dilatado.
Lucas Evangelista vem-se afirmando como um "patrão", Tapsoba é cada vez mais decisivo a defender e a atacar, Sacko fez um belo jogo e os pontas de lança André Pereira e Guedes marcaram o que lhes reforça o nível de confiança e dá tranquilidade à equipa.
Considerando que ficaram de fora deste jogo nomes como Davidson, Musrati, Joseph, André André,Wakaso , João Carlos Teixeira, Marcus Edwards e Ola John por razões diferentes e que no banco estavam Miguel Silva, André Almeida, Bondarenko e Bruno Duarte é caso para se considerar que o Vitória tem o melhor plantel dos últimos anos e isso permite-lhe ter esperança nas várias frentes em que se encontra envolvido.
Quinta feira, na Bélgica, começaremos a perceber até onde podemos ir na Liga Europa.
Porque na Liga nacional o quarto lugar não é uma miragem mas sim um objectivo passível de ser alcançado.
Depois Falamos.

P.S. Sobre a rotação especifica de guarda redes não me parece que seja preciso dizer muito mais.
O erro está à vista.

sexta-feira, setembro 13, 2019

2/3

Uma das grandes vantagens das campanhas eleitorais é que os candidatos falam com muita gente, visitam muitas instituições, conhecem muitas realidades e disso tudo conseguem fazer a síntese de quais são as verdadeiras preocupações dos portugueses.
Depois de quase um mês de pré campanha no distrito de Braga, como cabeça de lista da Aliança, realizadas dezenas de reuniões e visitas, contactadas pessoas de todas as idades e profissões, com e sem partido, votantes tradicionais e abstencionistas, eu e os meus colegas de lista que me tem acompanhado já conseguimos identificar algumas das maiores preocupações que existem nos eleitores do distrito.
As tradicionais, como a Saúde e a Justiça, as mais recentes como a Mobilidade e o Ambiente, aquelas que estão sempre presentes como a Educação e a Economia, os impostos e mais uma ou outra sempre presentes nestas alturas.
Mas há uma nova preocupação a ganhar o seu espaço (e é bom que assim aconteça) não tanto no eleitor comum mas mais presente em autarcas, dirigentes associativos, trabalhadores dos mais diversos sectores,  empresários e profissionais liberais, dirigentes de IPSS.
E essa preocupação prende-se com o desiquilibrio à esquerda do actua sistema político e a possibilidade real de a esquerda ter 2/3 no Parlamento que lhe possibilite fazer uma revisão constitucional a seu bel prazer.
E esta preocupação não a encontramos só em eleitores tradicionais dos partidos de centro direita e em futuros eleitores da Aliança.
Ela também existe em socialistas moderados que não se reveem nas Catarinas e Mortáguas desta vida e que receiam o peso do BE na próxima revisão constitucional que leve a Lei fundamental por caminhos aproximados aos do PREC de que muitos ainda se lembram.
É também uma preocupação da Aliança, como é sabido, que levou inclusive o partido a propor uma coligação pré eleitoral que no mínimo impossibilitaria os tais 2/3 à esquerda e no máximo até poderia levar a que os partidos não socialistas pudessem coligados disputar a vitória nas eleições.
Quem não quis assumirá mais dia menos dia as suas responsabilidades.
Até lá, e com o voto útil morto pela geringonça do Dr. Costa, o que temos dito às pessoas que connosco partilham essas preocupações é que o importante é votarem naqueles partidos e naqueles candidatos que deem mais garantias de serem firme oposição ao PS e de ajudarem a impedir que se forme a tal maioria dos 2/3 à esquerda.
E nesses aspecto há que reconhecer que temos recebido respostas simpáticas e estimulantes.
Depois Falamos.

quinta-feira, setembro 12, 2019

Democraciazinha

Já todos sabemos que quando há um "sistema" montado, seja em que área de actividade for, com benesses e regalias mais ou menos repartidas em função dos intervenientes aqueles que vem de "fora" perturbar o regular funcionamento da "coisa" são sempre vistos como intrusos e vale tudo para os afastar de qualquer forma.
Isso tem sido patente na política nacional com a reacao corporativa dos partidos do "sistema" ( PS, PSD, PCP, BE e CDS) ao aparecimento de novas forças políticas que vem com a máxima legitimidade democrática disputar eleitorado a quem já por cá anda há muito tempo.
E por isso todas as dificuldades que lhes são postas no acesso à comunicação social, aos debates , aos programas de comentário político que como noutras actividades estão restritos apenas a alguns em detrimento de todos os outros.
Não deixando de ser curioso, num aparte, que alguns que tanto se indignam com exclusões noutras áreas as defendam e delas se aproveitem na política.
Adiante...
Pois  a tudo que já se sabia, e que não é pouco, vem agora juntar-se outra forma de tentar condicionar a livre participação dos novos partidos no processo eleitoral através de tentativas canhestras e indignas de uma democracia de impedir os seus representantes de integrarem as mesas de voto.
E todos os expedientes, próprios da "xico espertice" nacional, estão a ser usados.
Desde marcarem-se muitas reuniões para scolha de mesas para a mesma hora com a esperança que os novos partidos não tenham gente suficiente para estarem presentes na maioria, passando pelo reivindicar de direitos de antiguidade quem não existem na lei, pelas tentativas de condicionarem cidadãos para não irem para as mesas e chegando à mentira pura e dura e ao desrespeito por compromissos assumidos entre gente que se supõe ser toda de bem mas afinal não é.
Uma vergonha.
Mas de uma coisa podem estar certos: No país em geral, e no distrito de Braga em particular, a Aliança vai ter representantes nas mesas e delegados na fiscalização do acto eleitoral em número que não teme comparações com partidos que andam nisto há muitos anos.
Por muito que isso custe a alguns...viemos para ficar.
Depois Falamos.

P.S. Acho particular "piada" ao caso de um municipio em que a secção concelhia do partido que o lidera não conseguiu incluir ninguém na respectiva lista de candidatos a deputados mas andam responsáveis locais, que misturam funções entre o partido e a câmara, muito preocupados a perguntar aos presidentes de junta de freguesia quem são as pessoas da Aliança que vão para as mesas de voto...

terça-feira, setembro 10, 2019

Pluralismo

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras.

Dando de barato que a velha máxima “A democracia é o pior regime exceptuando todos os outros”  há que reconhecer que pese embora os primeiros sistemas democráticos remontem, no mínimo, à Grécia Antiga  a verdade é que não há Democracias perfeitas pelo que todas elas estão em continuo aperfeiçoamento e consolidação.
E isso é válido para democracias recentes, para democracias de “meia idade” e para as mais antigas como a inglesa ou a norte americana que não são nunca consideras como democracias perfeitas.
Naturalmente que quando se fala da democracia em Portugal, na sua “meia idade” de quarenta e cinco anos , reconhece-se sem dificuldade que o seu processo de aperfeiçoamento ainda necessita de fazer um caminho de razoável dimensão até se poder comparar a outras democracias que em comparação com a  nossa são exemplares.
Quero hoje referir-me, muito em especial, à questão do pluralismo informativo que é um dos pilares em que assenta a Democracia dado pressupor igualdade de tratamento e igualdade de oportunidades para todos quanto coexistem no palco político e se candidatam a diferentes eleições.
E nessa matéria há duas verdades, duras como punhos, que ninguém pode negar:
Uma é que esse pluralismo informativo não existe em consonância com o que deve ser uma democracia avançada.
E a outra é que ninguém como a Aliança, pese embora o seu curto tempo de vida, tem denunciado com tanto vigor e acções práticas essa falta de pluralismo da comunicação social nacional.
Fê-lo aquando das eleições europeias, nomeadamente quando as televisões promoveram  debates entre candidatos de “primeira” e outros entre candidatos de “segunda” (na perspectiva delas, televisões, como é evidente), e está a fazê-lo novamente na actualidade quando as televisões, uma vez mais, promovem debates entre partidos com representação parlamentar como se resultados de eleições passadas significassem automaticamente resultados de eleições futuras e decidindo ditatorialmente quem são os partidos que tem acesso aos debates televisivos e os outros a que quase por caridade vão dando minímos de cobertura.
E a tudo isto a Aliança tem dito não!
Em declarações do Presidente e de outros dirigentes, em artigos de opinião, em comunicados e até na simbólica “ocupação” da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)  protestando contra uma “regulação” que de facto não existe porque a comunicação social, a seu bel prazer, trata uns como filhos e outros como enteados.
Esta luta pelo pluralismo, pela igualdade de oportunidades, pelo fim dos privilégios dos partidos do “sistema” é também um combate pela Democracia no sentido de a tornar mais perfeita e mais capaz de corresponder às aspirações dos portugueses e é um combate que devia ser acompanhado firmemente por outras forças políticas sempre muito prontas a pedirem mais democracia quando consideram não estar “servidas” mas a quem algumas “migalhas” caídas da mesa de quem manda na comunicação rapidamente calam.
Estamos convictos da nossa razão.
Da razão de quem não se conforma com injustiças, com desigualdades, com privilégios absurdos, com favoritismos que falseiam a verdade, com a tal lógica dos filhos e dos enteados que serve alguns mas não serve todos como mandam as regras da Democracia.
E por isso a Aliança vai continuar a exigir mais pluralismo, mais igualdade de oportunidades, critérios mais justos, acesso de todos os partidos que concorrem a eleições a debates televisivos sem diferenciação em função de resultados passados que não passam  de meros  dados estatísticos.
Aliás, e a fazer fé nas sondagens que por aí andam, há resultados de 2015 que hoje parecem ser absolutamente irrepetíveis na sua expressão pese embora o autismo com que alguns olham para esses estudos de opinião de há meses a esta parte.
A Aliança continuará, sem desfalecimentos, a luta por mais democracia e melhor democracia.
Sabendo que os seus adversários são os partidos da geringonça (PS, BE, PCP, PEV)  e aqueles que nas extremidades do sistema político defendem ideias e valores que não são os nossos nem sequer os comummente aceites e defendidos em democracias mais perfeitas do que as nossas.   
Os restantes partidos da área não socialista, que perfilham Valores idênticos aos nossos, são olhados com respeito e não como adversários que importa atacar a qualquer preço na mais absoluta confusão sobre quem são os verdadeiros adversários e quem são aqueles com quem depois das eleições haverá forçosamente  que conversar sob pena da área não socialista caminhar para uma irrelevância política que desequilibre por muitos anos o sistema político.

P.S. Numa reflexão mais pessoal, e que até pode parecer nada ter a ver com tudo isto...mas tem, vem-me à memória um filme de enorme qualidade- “O Advogado do Diabo”- em que o genial Al Pacino no papel de diabo diz a certa altura que o seu pecado preferido (por ser o que mais depressa leva à perda de almas) é a vaidade.
Velho pecado que não cessa de assomar onde menos se espera.
Ou se calhar nem é tão inesperado assim...

Farsa

Foi já há alguns dias que a mais desprestigiada competição do futebol profissional português teve o sorteio de mais uma edição com o acasalamento dos clubes participantes em quatro grupos "capitaneados" pelos quatro primeiros classificados da anterior edição do campeonato.
Pessoalmente entendo, desde há muito, que é uma competição sem interesse porque a forma como está estruturada é de molde a favorecer claramente os três do costume mais o clube que tenha a ventura de se classificar em quarto lugar fazendo de todos os outros (quase) comparsas de uma festa que não é para eles.
É verdade que clubes que não são "clientes" habituais do quarto lugar, como Vitória Futebol Clube e Moreirense, já venceram a prova mas mais não são do que a excepção que confirma uma regra assente em triunfos de Benfica,Porto e Sporting e por uma vez do Braga que tem sido nos últimos anos o mais assíduo "cliente do quarto lugar.
E regulamentos que não são iguais para todos, que favorecem uns poucos em detrimento de muitos, tornam a prova despida de interesse porque a verdade desportiva não se compadece com estas habilidades únicas do nosso futebol.
Nesta edição o Vitória calhou no grupo em que estão Benfica, Vitória Futebol Clube e Sporting da Covilhã cabendo ao clube vimaranense jogar na Luz e no Bonfim recebendo o Covilhã no D. Afonso Henriques o que parece apontar para um apuramento do Benfica (como a Liga tanto aprecia) com maior ou menor dificuldade rumo a uma meia final com o Porto (previsivelmente) o que Liga e patrocinadores muito gostarão.
Por isso entendo, esta época como em anteriores, que o Vitória envolvido em frentes bem mais importantes ( Liga, Taça de Portugal e Liga Europa) deve aproveitar esta competição para rodar jogadores menos utilizados e dar, até, oportunidades a jogadores da B para aparecerem na primeira equipa.
Porque levar esta competição a sério é colabora numa farsa acima da qual o Vitória se deve posicionar de forma clara.
Depois Falamos.

domingo, setembro 08, 2019

Enfim...

Quarto jogo do campeonato, este muito depois do que devia ter sido, e terceiro empate por 1-1 para um Vitória que joga bem, domina os jogos mas depois remata muito mal e por isso perde pontos que merecia ganhar.
Assim aconteceu uma vez mais na partida de hoje.
Onde, contudo, as atenuantes para o insucesso relativo são mais que muitas e vão desde os quinze jogadores(!!!) impossibilitados de alinhar ( alguns por regulamentos ridículos que ninguém parece ter lido antes de os votar nas AG da Liga) até ao absurdo de ficarem centenas de adeptos vitorianos à porta do estádio com centenas de lugares vazios lá dentro com tudo isso a penalizar o Vitória que não tinha qualquer responsabilidade no adiamento do jogo.
Incompreensível!
Quanto ao jogo propriamente dito clara superioridade vitoriana, mesmo com uma convocatória feita com os jogadores disponíveis da equipa A e alguns chamados da equipa B, mas uma falta de habilidade na hora do remate que impediu aquilo que devia ter sido uma vitória tranquila e mais que merecida.
Duas notas finais para destacar o primeiro golo de André Almeida ao serviço da equipa A e a cada vez mais incompreensível gestão de guarda redes feita por Ivo Vieira.
Sinceramente não percebo o que pretende com esta alteração constante de guarda redes titular.
Sábado, frente ao Aves, há que começar a ganhar.
Depois Falamos.

quinta-feira, setembro 05, 2019

quarta-feira, setembro 04, 2019

Prejuízos

O Vitória não tem qualquer responsabilidade no adiamento do jogo da primeira jornada, face ao Rio Ave, por razões que se prenderam com a falta de segurança de uma bancada do estádio vila condense.
Não tem responsabilidade mas é o grande prejudicado!
Desde logo porque milhares de adeptos seus se viram impedidos de assistirem ao jogo de 11 de Agosto e agora grande parte deles também  não poderá estar porque não há lugares na única bancada disponível.
Depois porque se vê impossibilitado de contar com 15(!!!) jogadores para o jogo de domingo por razões diversas mas que convergem nas dificuldades que Ivo Vieira terá para fazer a convocatória para o jogo.
Uns porque estão ao serviço das respectivas selecções.
Outros porque se lesionaram (Joseph e Musrati) neste período de tempo.
Outros ainda porque a 11 de Agosto não estavam inscritos  e portanto não poderiam fazer parte da ficha desse jogo como são os casos de Bruno Duarte, Lucas Evangelista, Leo Bonatini e Marcus Edwards.
E depois o estranho caso dos castigados a merecer reflexão.
Rochinha que não podia jogar a 11 de Agosto, porque tinha sido expulso na semana anterior no jogo da taça da liga com o Feirense, continua a não poder jogar por essa razão.
Davidson e Tapsoba que a 11 de Agosto estavam disponíveis para alinhar não o estão agora porque foram suspensos na sequências das expulsões no Dragão.
Ou seja nem pode jogar o que estava castigado na altura nem os que foram castigados agora!
Há qualquer coisa nestes regulamentos do nosso futebol que não batem nada certo.
Certo , certo só uma coisa; o Vitória ,sem ter qualquer culpa no sucedido, é largamente prejudicado em todo este processo.
O que, em bom rigor, nem é novidade.
Depois Falamos

terça-feira, setembro 03, 2019

Só em Portugal...

O meu artigo desta semana no zerozero.

O futebol português, mesmo para aqueles que por ele se interessam e fazem por o seguir com toda a atenção, está cada vez mais difícil de perceber e de aceitar face a tudo que vai vendo de norte a sul e de este a oeste.
Três exemplos ilustrativos do que acabo de escrever.
O pobre campeonato que vamos tendo, especialmente pobre na verdade desportiva, ainda vai na quarta jornada e com um jogo (adiante falaremos dele) adiado da primeira jornada pelo que nem se pode falar em quatro jornadas completas.
Pois a verdade é que mesmo com elas incompletas já vamos na segunda mudança de treinador com as saídas dos técnicos de Paços de Ferreira e Sporting numa altura em que nada está ,evidentemente, decidido seja em que perspectiva for.
O caso de Marcel Keizer é especialmente incompreensível.
Porque ganhou dois troféus na época passada, porque teve um defeso horrível em que a sua entidade patronal tudo fez (e conseguiu) para se livrar de um dos melhores jogadores do plantel que, ainda por cima, garantia golos em número muito satisfatório.
Com essa turbulência, mais a de Bruno Fernandes que vai durar (muito se engana quem pensar o contrário) , a verdade é que na passada semana o Sporting liderava o campeonato ex aequo com o Famalicão.
No fim de semana depois de uma derrota sui generis, com três golos sofridos na sequência de penáltis cometidos pelo mesmo atleta, o treinador é sumariamente despedido como se a culpa fosse dele.
Só em Portugal!
Outro caso “sui generis” mas de extrema gravidade foi a enésima miserável arbitragem de Carlos Xistra um árbitro que anda a fazer mal ao futebol há já demasiado tempo.
Quis o destino que o lance do Porto-Vitória em que inacreditavelmente expulsa Tapsoba, num lance que nem falta era (são a maioria dos críticos de arbitragem quem o afirma) , se tenha desenrolado mesmo à minha frente pelo que não precisei de imagens televisivas para ter a certeza do tamanho do disparate de um árbitro que parece especialista em prejudicar, e muito, o Vitória.
Mas porque de Xistra nem vale a pena falar interrogo-me para que ser o VAR numa situação destas?
Quando um árbitro aos quarenta e oito segundos de jogo (nunca tinha visto em mais de cinquenta anos a ver futebol) num lance dividido em que o avançado não ia ficar isolado mostra um vermelho directo que evidentemente iria condicionar todo , literalmente todo, o jogo.
Pois que se saiba nem o VAR recomendou a Xistra que visse as imagens nem Xistra mostrou qualquer interesse em o fazer.
O seu único interesse foi em expulsar o jogador do Vitória!
Aliás a exemplo do que tinha feito poucas semanas atrás no Feirense-Vitória a contar para a taça da liga em que aos doze minutos de jogo (muito gosta ele de expulsar rapidamente jogadores do Vitória...) tinha expulso Rochinha num lance que a carga do jogador vitoriano ao seu adversário foi igual a várias registadas no “Dragão” a jogadores do Porto que no limite levaram o amarelinho da ordem.
Árbitros destes só em Portugal!
O terceiro e último caso tem a ver com o adiamento do tal jogo da primeira jornada entre Rio Ave e Vitória devido a uma vistoria dois dias antes que decidiu, por razões de segurança, encerrar a bancada nascente do estádio dos Arcos.
Embora se estranhe que a apenas dois dias do início da liga a bancada tenha sido vistoriada é evidente que nem se discute o seu encerramento se era a segurança dos espectadores que estava em risco.
Embora se possa questionar há quanto tempo essa segurança estava efectivamente em causa.
Adiante.
Pois perante essa contingência o jogo foi adiado para 8 de Setembro com desgosto dos milhares de vitorianos, muitos deles emigrantes em férias, que não puderam assistir à estreia da sua equipa no campeonato, que se viram obrigados a devolver os bilhetes contra reembolso do mesmo.
Foi ,então, o jogo marcado para oito de Setembro no mesmo estádio na presunção de que a bancada já estivesse em condições de albergar espectadores e pudesse assim satisfazer a procura de bilhetes por parte dos milhares de vitorianos interessados em acompanharem a sua equipa.
Pelos vistos não.
O jogo será no estádio dos Arcos mas com a bancada nascente encerrada pelo que todos os espectadores terão de se acantonar na bancada poente , sabe Deus como, sem que exista para a falange adepta do Vitória o número de bilhetes suficiente nem nada que se pareça.
Quando o que o bom senso impunha, para um jogo desta responsabilidade, era ele realizar-se noutro estádio em que as bancadas fossem suficientes para os espectadores que nelas quisessem estar.
Quando se lamenta, e com razão, haver tantos lugares vazios na maioria dos estádios (incluindo o dos Arcos excepto em dois ou três jogos por ano) é caricato que se deixem sem acesso milhares de espectadores que queriam ver o jogo.
Só em Portugal...