Vila do Conde mostrou, antes de tudo o mais, a exuberância e a força do vitorianismo com milhares de adeptos nas bancadas a permitirem à equipa jogar em "casa" tal a supremacia numérica e "ruidosa" dos vitorianos.
A bancada nascente composta com milhares de pessoas é a razão para forte orgulho de um clube que sabe ter nos adeptos a sua mais valia e mostrou ao país,uma vez mais, que em termos populares há quatro grandes clubes em Portugal.
A equipa, essa, soube corresponder aos adeptos protagonizando mais uma boa exibição com processos de jogo simples e objectivos, segura a defender (Douglas esteve enorme), eficaz a construir e letal quando sai para o contra ataque.
Fez três golos, podia ter feito mais dois ou três (também podia ter sofrido porque Douglas fez três ou quatro monumentais defesas) mas o mais agradável para além do triunfo foi a forma competente como a equipa controlou o jogo de principio a fim sem deixar qualquer duvida de quem sairia vencedor.
Um pouco à imagem do que já fizera no Estoril.
Não é uma "obra" acabada (no futebol nunca há "obras" acabada) mas é uma equipa sólida, construida por um treinador que sabe o que está a fazer, e que vem entusiasmando justamente os adeptos com as exibições produzidas e a posição na tabela classificativa.
Estar a três pontos do segundo lugar à nona jornada não significa nada em termos de classificação final,como é óbvio, mas é motivador na luta pelo apuramento europeu e afirma uma candidatura ao quarto lugar completamente de acordo com os nossos pergaminhos e a nossa História.
Em termos individuais já salientei a grande exibição de Douglas, claro que Marega foi a grande figura ao fazer três golos (e quase fazia o quarto) , mas há mais nomes a referir.
Rafael Miranda voltou a ser pendular, Josué liderou a defesa com classe e João Pedro é hoje um dos melhores jogadores da equipa,uma das revelações do campeonato e bem fez Pedro Martins (com ajuda do próprio) em segurá-lo no plantel impedindo uma absurda ida para o Porto.
Como escrevo há anos a esta parte João Pedro "só" precisava de uma oportunidade a sério (meia dúzia de jogos seguidos) para nunca mais sair da equipa a não ser um dia para outros voos.
Pedro Martins deu-lha e o resultado está à vista.
Quanto à arbitragem de Nuno Almeida foi ,mais uma vez, lesiva dos interesses do Vitória.
Bastará referir, entre outros, o lance de penálti não assinalado sobre Bruno Gaspar aos dois minutos e a entrada de Rúben Ribeiro sobre Marega em que o árbitro cobardemente lhe poupou o vermelho para aferir da falta de qualidade do juiz algarvio.
Nada de novo no historial deste apitador com o Vitória.
Depois Falamos