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sexta-feira, setembro 30, 2016

Pobre Europa

Sou um defensor do projecto europeu.
E defendo-o com tanta convicção como com a certeza de que ele nunca correu tantos riscos como no presente devido a uma assustadora falta de líderes que assola toda a Europa.
Este caso da búlgara Kristalina Georgieva é só mais um exemplo.
Depois de meses atrás se ter iniciado o processo de candidaturas a secretário-geral da ONU, com uma dúzia de candidatos a cumprirem os trâmites que são necessários nos quais o português António Guterres venceu todas as votações informais de forma perfeitamente clara, aparece agora esta "golpada" da dupla Merckel/Georgieva (e talvez de mais alguém...) a quererem impor uma candidatura passando por cima de todas as outras de uma forma que o Marcelo Rebelo de Sousa bem caracterizou e envolvendo o PPE nesta feia jogada.
E ai é que entra a fragilização da União Europeia.
Porque a ladina candidata, a expedita mentora e o "Rantanplan " obediente à chanceler alemã que permite as manobras, parece terem esquecido que Georgieva é vice presidente da comissão europeia (o que envolve a Comissão na candidatura por mais que ela o negue)e responsável,imagine-se pelo orçamento comunitário e pela revisão do quadro financeiro plurianual!
E é nesse cenário de grande responsabilidade perante  a U.E. que  a agora candidata pede uma licença sem vencimento por um mês, como quem vai ali fazer um biscate de duvidoso sucesso e já volta, entregando esses assuntos de crucial responsabilidade ao comissário responsável pela Energia (por acaso alemão.,..)  que não conhece os dossiers e não está, portanto, minimamente preparado para as importantissimas negociações em torno do orçamento e da revisão do quadro financeiro plurianual.
Mas o "Rantanplan de Merckel"(também conhecido por Juncker), o tal que noutras questões nem dorme a pensar na ética e nos bons procedimentos, autorizou prontamente a vergonhosa licença sem vencimento sacrificando os interesses europeus às jogadas das senhoras Merckel e Georgieva e fazendo da comissão um mero trampolim para a candidata búlgara.
São atitudes como esta que fragilizam o projecto europeu e fazem os cidadãos descrerem dele.
Esperemos que na eleição para secretário geral da ONU o vencedor seja quem fez todo o caminho e não quem optou pela batota de ir por um atalho!
Ao menos isso...
Depois Falamos

P.S: Só falta mesmo a senhora Georgieva, se perder como merece a eleição na ONU, voltar para o seu cargo na Comissão Europeia como se nada se tivesse passado!

quinta-feira, setembro 29, 2016

Sem Surpresas

A jornada da Liga dos Campeões processou-se sem surpresas.
Sendo certo que numa prova a este nível as "surpresas" são cada vez menos é verdade que de vez em quando,aqui ou ali, lá aparecem resultados que surpreendem quer pela dimensão de alguns triunfos quer porque o supostamente mais fraco consegue vencer o supostamente mais forte.
Nada disso aconteceu desta vez.
Mesmo o empate do Manchester City em casa do Celtic, que vinha de na jornada anterior ter sido goleado em Nou Camp, não pode considerar-se propriamente uma surpresa porque se trata de duas equipas britânicas com todas as peculiaridades que isso encerra em termos de confrontos entre elas.
O triunfo do Atlético de Madrid sobre o poderoso Bayern de Munique nada tem de estranho porque os colchoneros são os actuais vice campeões europeus e nos ultimos anos tem tido participações destacadas na Champios, bem como o empate do Real Madrid em Dortmund nada admira porque é daqueles jogos de tripla no totobola.
Destaque talvez para a sólida vitória da Juventus em Zagreb, para o tangencial e por isso difícil triunfo do Barcelona em casa do Borússia Monchengladbach, para os quatro golos sem resposta do FC Copenhaga ao Clube Brugge e para o sólido triunfo de um PSG algo longe do passado bem recente em casa do Ludogorets.
No resto...absoluta normalidade.
Quanto aos clubes portugueses alinharam pela diapasão geral obtendo resultados que eram mais ou menos expectáveis face ao que tem sido as suas carreiras esta época.
O Sporting venceu com naturalidade e está na corrida pelo apuramento com Real Madrid e Borússia Dortmund sendo provável que as coisas se venham a decidir entre portugueses e alemães porque os espanhóis é quase impensável que não passem à fase seguinte.
O Porto, a caminho de voltar a ter medo de atravessar a ponte da Arrábida, foi a casa do campeão inglês e regressou de mãos a abanar depois de um jogo em que fez o suficiente para pelo menos não perder. Nada está perdido mas está tudo cada vez mais tremido...
Finalmente o Benfica, que tinha o jogo mais difícil dos portugueses nesta ronda, foi facilmente vencido por um Nápoles que lhe é superior e que só não chegou a um resultado tipo...Vigo porque a partir do 4-0 nitidamente optou pela estratégia de deixar o tempo correr.
Numa noite em que as coisas correram tão mal que até Rui Vitória resolveu "inventar" o Benfica não deixou a corrida pelo apuramento mas tal como o Porto complicou-a bastante.
E pouco mais há a dizer sobre esta ronda.
Em Outubro há mais.
Depois Falamos

quarta-feira, setembro 28, 2016

Sugestão de Leitura

Acabei de ler o tão badalado livro do arquitecto José António Saraiva.
Que narra os seus encontros e desencontros,almoços e jantares, conversas pessoais e telefónicas com quarenta e duas figuras da vida pública portuguesa.
Umas histórias com piada, outras nem tanto, a divulgação de alguns "segredos" a maior parte dos quais nem segredos eram porque sabidos de quase toda a gente, algumas inconfidências e uma outra pequena bisbilhotice a que o autor não terá resistido.
O autor escreve com a franqueza necessária a dizer de quem gosta e quem não gosta, quem apoiou e quem não apoiou, afinal aquilo que fez durante décadas no Expresso e meia dúzia de anos no Sol nas colunas politicas que assinou nesses jornais.
É evidente que há personagens que saem bem nos "retratos" que JAS delas traça (Eanes, Cavaco, Cunhal, Soares por exemplo) outras nem bem nem mal e outras ainda que saem mal ou muito mal mesmo.
E nestes últimos avultam nomes como José Sócrates, Paulo Portas, Manuel Maria Carrilho ou Marcelo Rebelo de Sousa.
Mas nada de extraordinário ou que choque almas sensíveis como tantos quiseram fazer crer.
Mesmo nas tais questões sexuais, que tanto escandalizaram algumas "virgens púdicas" que por aí andam, não há nada que seja realmente novo ou que agrida sensibilidades normais.
Referências mais implicitas que explicitas a personalidades como Paulo Portas, Fernanda Câncio ou Margarida Marante, num dos casos dizendo o que toda a gente sabe, não são motivo para transformar este livro no alvo de uma bolinha vermelha ao canto da capa!
É verdade que cita conversas com algumas pessoas que já morreram, quer a propósito desse tema quer a propósito de outros e que não podem apresentar a sua versão, mas em bom rigor quantas biografias se escrevem com base em testemunhos de pessoas que já faleceram quando elas são publicadas e nem por isso deixam de ser consideradas obras de referência?
Todos sabemos que muitas.
Este livro de JAS não enfileira certamente numa lista de obras de referência nem ficará para a História da literatura portuguesa.
Mas é um livro que se lê "bem" e que ajuda a explicar melhor alguns aspectos menos conhecidos da vida politica portuguesa dos últimos 30 anos.
E tanta polémica em volta dele porquê perguntará quem lê estas linhas.
Por duas simples razões.
Uma menor e que se prende com os "fieis" de alguns personagens que ficam mal no "retrato" e que por isso vieram a público diabolizar o livro.
A maior porque a máquina de propaganda do PS especialista em atacar os adversários sem olhar a meios, montada por Sócrates e mantida por Costa, aproveitou ladinamente o convite a Passos Coelho para apresentar o livro para criar embaraços ao lider do PSD e fazer dele figura central da contestação montada em volta da obra de JAS. 
E há que dizer que conseguiu os seus objectivos!
Fora esses dois motivos é caso para dizer que "a montanha pariu um rato" !
Depois Falamos.

terça-feira, setembro 27, 2016

Nápoles e Maradona

Tenho uma velha simpatia por dois clubes italianos.
O Nápoles e o Milan e a isso já me referi várias vezes neste espaço de opinião.
Simpatias que em ambos os casos vem do final dos anos oitenta do século passado muito por força dos grandes jogadores que alinhavam nessas equipas e que faziam dos jogos entre eles os mais interessantes e mediáticos do futebol europeu desse tempo.
No Nápoles eram os anos de Maradona, Careca, Alemão, Ferrara, Carnevale entre outros e no Milan o tempo dos holandeses (Van Basten, Gullit, Rijkaard) e de Baresi, Maldini, ancelotti entre tantos outros que construiram o melhor Milan da história com Arrigo Sacchi e depois Fabio Capello no banco.
Mas o Nápoles foi sempre especial.
Muito por força do génio de Maradona mas também por duas outras razões.
Uma é o ambiente fabuloso no seu estádio de S. Paolo ,onde tem assento os ainda hoje mais entusiásticos adeptos de todo o futebol italiano, que funciona como um excelente 12º jogador dos napolitanos e condiciona os adversários de forma significativa.
A outra o facto de Nápoles ser uma cidade e um clube que estão fora dos tradicionais centros de poder político e desportivo de Itália, que se encontram em Roma,Milão e Turim, pelo que todas as suas conquistas foram contra os poderes e rompendo tradições e costumes que vinham muito de trás.
Isso deveu-se muito ao génio de Maradona e dos seus colegas de equipa, é verdade, mas também à forma como os adeptos souberam unir-se em torno da equipa para conseguirem titulos e troféus que durante muitos anos pareciam simples miragens.
Um exemplo para Itália, mas também para outros países e campeonatos.
Hoje, depois de anos de penumbra por razões que não interessam para este contexto, o Nápoles está de regresso aos primeiros lugares do campeonato tendo sido vice campeão na temporada passada e dando sinais de poder lutar novamente pelo titulo este ano.
Com a quarta maior massa associativa de Itália (depois de Juventus,Inter e Milan), duas vezes campeão da 1ªdivisão, uma da 2ª e uma da 3ª, vencedor de cinco taças e duas supertaças de Itália e uma Taça UEFA, o Nápoles é um clube especial, único nalgumas caracteristicas e que merece a simpatia de todos aqueles que acreditam que há vida para lá das grandes potências do futebol.
Por mim, que com o Nápoles simpatizo desde há trinta anos, espero que esta época tenha muito sucesso em todas as competições em que está envolvido.
Depois Falamos

segunda-feira, setembro 26, 2016

O Nosso 14

O Vitória em Moreira de Cónegos jogou em casa a dobrar.
Porque jogou no concelho de Guimarães e porque a maioria dos adeptos presentes no estádio eram vitorianos que foram perfeitamente incansáveis no apoio à equipa e bem merecem alguns louros pelo triunfo alcançado.
Como aliás foi reconhecido pela generalidade da comunicação social que não foi parca em elogios aos adeptos vitorianos.
Quanto aos vitorianos em campo:
Douglas: Relativamente pouco trabalho marcado por duas excelentes defesas e por uma falha que ia dando um auto golo caricato.
Bruno Gaspar: O Vitória tem dois bons laterais direitos (B.Gaspar e J.Aurélio) mas infelizmente nenhum parece estar em forma pelo que nem admiraram as dificuldades a defender e a quase ausência em acções ofensivas.
Josué: Tem sido o mais regular da defesa e ontem assim foi uma vez mais. Uma exibição tranquila.
Pedro Henrique: Uma ou duas falhas que podiam ter comprometido mas "compensadas" com alguns cortes de bom nível.
Rúben Ferreira:Outro que não está no seu melhor e isso é evidente. Muitas dificuldades frente a Podence e a certeza que é nas faixas que a equipa tem mais problemas.
Rafael Miranda: Nunca cantará ópera mas também cantará música pimba. Equivale a dizer que faz da regularidade e do "saber fazer" a sua melhor arma. Assim foi na noite de ontem com o problema adicional de o adversário ter povoado o sector com várias unidades.
João Pedro: Uma boa exibição a defender e a tentar organizar o jogo ofensivo com a desvantagem de jogar longe dos avançados mas também não pode estar em todo o lado como é evidente. Tal como Rafael Miranda viu a sua acção dificultada pelo facto de o adversário ter mais unidades naquela zona do terreno. A sua saída não beneficiou a equipa em nada.
Hurtado: Nem foi médio nem avançado e andou literalmente perdido em campo. O jogador mais discreto de toda a equipa cuja substituição pecou por tardia.
Hernâni: Uma boa exibição a lembrar o jogador de há dois anos. Muito castigado com faltas foi ainda assim o mais consistente dos avançados vitorianos com boas jogadas e um remate que ia dando golo.
Soares: Perdido entre os centrais rubricou exibição discreta em que não terá feito um único remate digno desse nome. "Precisa" de companhia próxima para render mais. Infelizmente ou não há ou ainda não há (Texeira o dirá) e ele ressente-se disso.
Marega: Era o mais temido dos vitorianos e isso viu-se desde inicio na rudeza da marcação de que foi alvo. Ainda assim rubricou boa exibição com um golo em que a sua persistência foi a chave, teve outro remate perigoso e sofreu um penálti que o árbitro não quis marcar.
Os suplentes utilizados foram:
Rafinha: Dois lances em que levou perigo à baliza "cónega" foram a (boa) marca que deixou no jogo.
Bernard: Não trouxe nada de novo à equipa nem o podia fazer a jogar a passo. Teve um remate disparatado com a bola a sair do estádio e adensou as duvidas sobre o real interesse no seu empréstimo. Talvez lhe fizesse bem, se o contrato de cedência o permitir, ir fazer uns jogos à equipa B para ganhar ritmo.
João Aurélio: Entrou para trinco e embora esforçado viu-se bem que aquela não era a sua "praia".
Não foram utilizados:
João Miguel Silva, Prince, Alexandre Silva e Bruno Mendes

Melhor em campo: Josué

Travado o ciclo de maus resultados (empate com o Belenenses e derrota com o Porto)o Vitória regressou aos triunfos antes de receber o Sporting na próxima jornada.
Jogo de grande dificuldade, perante aquela que é na minha opinião a melhor equipa da Liga, porá à equipa vitoriana problemas bem maiores que os que encontrou nesta jornada mas terá simultaneamente a vantagem de a colocar perante um adversário que jogará aberto, em toada de ataque, pelo que o Vitória terá o espaço para jogar que tanto lhe agrada.
Na certeza de que terá de rubricar exibição bem melhor que a de Moreira de Cónegos para poder ambicionar um triunfo perante os leões.
Depois Falamos.

Consistência

O Vitória obteve na noite de ontem em Moreira de Cónegos um triunfo feliz, bem melhor que a exibição, depois de um jogo que não lhe correu particularmente bem e em que nalguns períodos o Moreirense em inferioridade numérica conseguiu superiorizar-se.
Digamos que foi um triunfo bafejado por uma pontinha de sorte.
O que em si nada tem de prejudicial ou errado porque noutras oportunidades ao longo dos anos temos visto escaparem-se-lhe triunfos bem merecidos,corolário de boas exibições, precisamente por lhe faltar a tal ponta de sorte que faz parte do futebol.
O jogo de ontem era de muito razoável grau de dificuldade.
Não por questões de rivalidade (com todo o respeito e simpatia pelo Moreirense ele não é rival do Vitória) mas porque o terreno de jogo é mais pequeno que aqueles a que o Vitória está habituado o que dificultou a explanação do futebol a seu gosto, porque o adversário precisava de pontos e porque o próprio Vitória vinha de dois resultados negativos e havia que inverter o ciclo.
Devo dizer que face a tudo isso, mas especialmente às dimensões do terreno a convidarem a um futebol de muito contacto, esperava que o Vitória entrasse em campo com outra disposição táctica nomeadamente povoando melhor o miolo do terreno que era presumivelmente a zona onde tudo se decidiria.
Por exemplo com Tozé em vez de Hurtado.
A opção do treinador foi outra, preferindo manter o onze e o dispositivo que lhe são habituais, e a equipa deu-se mal com isso porque depois de uma razoável entrada em jogo a dominar o adversário e a carregar sobre a sua baliza assistiu a uma recuperação dos "cónegos" que tendo mais unidade na intermediária foram ganhando supremacia e anulando a construção de jogo vitoriana com João Pedro e Rafael Miranda sempre metidos num colete de forças por vários adversários.
Foi então que Bruno Paixão, essa aberração de árbitro, resolveu "entrar" em campo.
Não marcando(mal) um penálti sobre Marega e expulsando(bem) Neto e com isso tendo influência no desenrolar da partida porque com as equipas em desigualdade numérica as circunstâncias mudaram.
Curiosamente com o Vitória a piorar a sua produção, relembrando os tempos de Rui Vitória em que a equipa tinha grandes dificuldades quando se encontrava em superioridade numérica, enquanto o Moreirense juntando as suas linhas conseguiu tornar-se uma equipa muito consistente a defender e organizada a contra atacar causando vários calafrios à equipa vitoriana.
E aí Pedro Martins não foi feliz ao mexer na equipa.
Porque se a saída de Hurtado há muito que se justificava dada a sua nula produção a de João Pedro (salvo lesão que a isso obrigasse) fragilizou a equipa que passou a defender pior e a sair mais lentamente para o ataque porque tudo que João Pedro faz a correr Bernard faz a passo e essa lentidão contagia a equipa.
Depois a saída, lesionado, de Rafael Miranda obrigou a utilizar o lateral direito João Aurélio como trinco( não percebi que o convocado Tozé não fosse para o banco) e é evidente que pese embora a entrega ao jogo aquela não é a sua "praia" pelo que foi mais um incentivo para a pressão adversária.
Valeu,uma vez mais, Marega.
Que num contra ataque,como tanto gosta, teve a arte e a persistência de fazer o golo que valeu três pontos e recompensou da melhor forma a grande exibição...dos vitorianos nas bancadas que bem mereceram o triunfo.
Em suma um triunfo algo feliz mas que deixou a claro alguma falta de consistência na equipa, especialmente nas saídas para o ataque, fruto provável da inexistência de um verdadeiro "10" que pegue no jogo, leve a bola para o ultimo passe e marque o ritmo da exibição acelerando e diminuindo a intensidade conforme for mais conveniente.
Quanto a Bruno Paixão fez uma arbitragem a seu nível.
Péssima.
Depois Falamos.

Perversão Desportiva

Assisti, na madrugada de hoje, ao Portugal vs Azerbaijão jogo dos quartos de final  do mundial de futsal a decorrer na Colômbia.
De um lado a selecção portuguesa, que tem vindo a fazer um excelente campeonato e do outro uma selecção que devia ser do Azerbaijão mas era, isso sim, um grupo de brasileiros naturalizados à pressa azerbaijaneses (alguns duas semanas antes do Mundial) e treinador por um...brasileiro naquilo que é uma completa perversão das regras desportivas e do respeito pelas competições.
Tinha imensa "piada" nos "time out" as câmaras seguirem as prelecções dos técnicos de ambas a selecções e ambos falarem português num jogo entre Portugal e Azerbaijão.
O desporto tem de se defender deste oportunismo desenfreado.
Já sabemos, até por experiência cá do rectângulo, que há muitos adeptos que se "naturalizam"como adeptos dos clubes que ganham mais vezes para com isso também eles poderem dizer que o "seu" clube ganhou mais vezes dando tristes exemplos de falta de cultura desportiva e de respeito pelos clubes das suas terras.
Mas isso são adeptos.
Agora federações naturalizarem "contentores" de atletas para tentarem ganhar competições a que com recursos próprios nem sequer iriam é uma vergonha e nada tem a ver com desporto.
Eu sei que há regras no futebol e noutras modalidades que impedem que jogadores internacionais por um pais possam representar outro mas isso, embora restringindo de forma importante o campo de perversão da verdade desportiva, não impede que se continuem a fazer habilidades deste género.
Imaginemos que o Qatar, país organizador do Mundial de 2022 (vá-se lá saber porquê mas isso são outros contos...ou dólares) e sem qualquer valia futebolística, resolve ir por esses caminhos para se transformar de num presumível "bombo de festa" numa selecção com aspirações.
Vai daí chega ao Brasil e contrata uma dúzia de jogadores que não são internacionais mas são tão bons como aqueles que o são, vai à Argentina e faz o mesmo com mais três ou quatro, vem a Portugal e entre aqueles que Fernando Santos não leva à selecção porque não sabe quem há-de tirar (mas quando vão para Porto ou Benfica Nª Srª de Fátima ilumina-o e passa a saber ...) arrecada mais dois ou três, faz o mesmo na Alemanha e pronto passa a ter uma forte selecção capaz de fazer um grande Mundial.
E isto é válido para o futebol mas também pode ser (e infelizmente tem sido) para outras modalidades de topo.
Qualquer dia o Dubai organiza um mundial de basquetebol, modalidade quase inexistente no país, vai à NBA contrata uma dúzia de americanos que nunca tenham sido internacionais pelos Estados Unidos e passa a ser uma potência a nível mundial!
E assim sucessivamente no atletismo, no andebol, no voleibol, na natação e por aí fora.
Já sei que os legalistas, aqueles que se recusam a ver para lá de leis "cegas", dirão que a partir da naturalização e consequente aquisição dos direitos cívicos passam a ser cidadãos de pleno direito do país incluindo no campo desportivo.
Sejam.
Mas nem por isso estas naturalizações originadas apenas e só pela ganância de transformar irrelevâncias desportivas em fortes selecções candidatas a títulos e troféus deixam de se ruma aldrabice, uma vergonha e um ultraje ao desporto.
Depois Falamos

P.S. Antes que os "especialistas" venham com leituras enviesadas das minhas palavras há que dizer que Portugal venceu o "AzerBrasil" por 3-2 e vai disputar as meias finais do Mundial com a Argentina.
Às vezes o Desporto vence a aldrabice!

sexta-feira, setembro 23, 2016

O Muro

Um dos actos comemorativos do nonagésimo quarto aniversário do Vitória foi a inauguração de um mural do qual constam os nomes dos associados que em 2012 corresponderam à operação "Todos por uma Paixão" e auxiliaram financeiramente o clube.
Não importa agora, quatro anos depois, dissertar sobre se a operação foi um sucesso ou não (é óbvio que não foi) porque o que releva é que um conjunto de pessoas disseram "presente" quando o seu clube delas precisou.
E bem fez o Vitória, mesmo decorrido um período de tempo demasiado longo, em reconhecer esse acto generoso mandando edificar o mural a que então se comprometera como preito da sua gratidão a essas poucas dezenas de associados que se dispuseram a contribuir.
Até aí estamos todos de acordo.
Tenho contudo algumas dúvidas sobre o sentido que faz o mural ser encimado pelos nomes dos que em 2012 presidiam aos diversos orgãos do clube (e que são os mesmos de hoje) porque me parece quem nem a intenção inicial apontava nesse sentido nem o mural fica particularmente engrandecido com um tipo de referência mais comum noutro tipo de inaugurações.
Seria bem mais adequado, do meu ponto de vista, nele constarem apenas os nomes dos associados  que contribuíram para ajudar o clube sendo que nesses nomes, tanto quanto sei, já estão os dos presidentes dos orgãos.
Ou então, se a vontade de colocar nomes directivos fosse inultrapassável, dele mural deviam constar os nomes de todos os membros dos orgãos sociais em funções na actualidade e eleitos pelos associados em 2015.
A diferença, no espaço ocupado,não seria assim tão grande mas o significado, esse, seria totalmente diferente.
É que o Vitória não é um clube de "presidentes"!
E colocar um "muro", ainda que num "mural", entre presidentes dos orgãos de um lado e restantes membros eleitos e associados de outro não me parece positivo nem de interesse para o clube.
É o reparo que faço a uma decisão (construir o mural) que ficou muito bem à direcção do clube por  significar o cumprimento de uma promessa manifestando justa gratidão a quem o merece.
Depois Falamos.

quinta-feira, setembro 22, 2016

A Pequena Leninista

Há dois "romances" que estão a dar muito jeito ao governo para distrair as atenções dos números negativos da economia, do crescer da dívida, dos juros do financiamento externo a subirem, do crescimento que não se verifica, da austeridade que não acabou , de um "tempo novo" que é cada vez mais o "tempo velho" com cheiro a passado já remoto, dos avisos do FMI quanto a mais "cortes", dos alertas do conselho de finanças públicas entre outros sinais evidentes do fracasso da geringonça.
Há dois "romances" pois.
O do livro do arquitecto Saraiva, que a máquina do PS tem empolado quanto possível tentando arrastar Passos Coelho para o "drama", e o das declarações da pequena leninista num encontro do PS que mereceram sobejos aplausos dos presentes, um habitual sorriso alarve de João Galamba, e um repudio generalizado de comentadores a responsáveis politicos (excepto do PS e do BE...) incrédulos com tanta irresponsabilidade, tanta demagogia, tanto retroceder na História.
E mesmo no PS houve quem achasse por bem,como Helena Roseta, demarcar-se da toleima.
Aliás não posso deixar de dizer, num aparte, que é significativo que o dirigente político da geringonça que proferiu declarações mais sensatas sobre o assunto tenha sido...Jerónimo de Sousa o líder do PCP acredito que também ele horrorizado com tanta falta de senso e tanta verborreia.
A verdade é que a pequena leninista disse o que disse e a pequena líder-Catarina Martins- veio de imediato secundá-la.
Depois...bem, depois perceberam a dimensão do disparate (se calhar já com as orelhas incandescentes) e embora continuem a acreditar piamente no dito sentiram-se na conveniente necessidade de tentarem conter os estragos e virem a público dizerem que não era bem assim e que não tinham sido bem entendidas.
E na aflição a pequena leninista teve até esta frase lapidar "..preocupa-me pensar que estou a dizer coisas que as pessoas não entendem..." tentando sacudir a água de um capote demasiado pesado para tanta inexperiência e tanta insensatez.
As pessoas perceberam perfeitamente o que ela disse e o que com isso quis dizer.
Bem como o que sua pequena líder (não me refiro ao tamanho físico mas à diminuta dimensão política e curta valia intelectual) disse e que apenas mereceu uma gargalhada de gozo por tanto disparate e por conceitos que remetem para o antes da revolução russa de 1917.
E uma coisa é certa:
Cada vez que vem a público nos últimos dias (e tem sido bastantes)a tentarem explicar-se apenas tem conseguido...enterrar-se cada vez mais.
Porque disseram o que disseram (correspondendo ao que pensam) toda a gente entendeu e é isso que as preocupa!
Depois Falamos.

Manuel Mendes

Cartoon de Miguel Salazar

Com a sua medalha de bronze na Maratona dos Jogos Paralimpicos do Rio de Janeiro o atleta Manuel Mendes entrou para a melhor História do desporto vimaranense e vitoriano ao tornar-se o seu primeiro medalhado olímpico.
Um momento de grande significado e que perdurará para o futuro
E naturalmente que teve para todos nós, que com ele partilhamos naturalidade e clube, um enorme significado ver como  desde o fim da prova sempre fez questão de falar de Guimarães e do Vitória com um fervor e uma emoção que a todos contagiou.
É um dos nossos!
Que com grande esforço pessoal, sacrificio da família e das horas de lazer,soube perseguir tenazmente o sonho de regressar dos Jogos Paralimpicos com uma medalha que coroasse a sua dedicação ao atletismo mas também prestigiasse o seu País, a sua Terra e o seu Clube.
Assim foi!
Portugal, Guimarães e o Vitória podem agradecer esta medalha a Manuel Mendes.
E devem no futuro dar aos atletas Paralimpicos, como aos Olímpicos, um apoio no mínimo correspondente às festas , festinhas e festarolas que se fazem quando algum deles consegue triunfos e medalhas.
Porque isto de atletas terem sucesso à sua (quase) exclusiva custa e depois todos festejarem como se houvesse um mérito colectivo não é nada bonito. 
Nem justo!
Depois Falamos.

terça-feira, setembro 20, 2016

Perspectivas...

Há alturas em que a convicção de que o PSD é o partido mais português de Portugal, como desde sempre se intitulou, faz ainda mais sentido perante alguns exemplos que são perfeitamente elucidativos.
Como o que esta fotografia representa!
Nela se vê um Presidente da República social democrata, e antigo líder do PSD, entre um ex Presidente e um ex primeiro-ministro socialistas todos eles em Nova Iorque no decorrer de uma acção de campanha de António Guterres para secretário-geral da ONU.
Marcelo e Guterres foram amigos de juventude.
Mas também foram em simultâneo lideres do PSD e do PS, Marcelo na oposição e Guterres como primeiro-ministro, e nessas qualidades travaram duros combates políticos (não no Parlamento porque Marcelo não era deputado) que ao tempo trouxeram até algum afastamento na relação pessoal de amizade entre ambos.
Marcelo venceu os referendo do aborto e da regionalização (consta que em ambos os casos sem que Guterres ficasse muito incomodado...) mas viria a deixar a liderança do partido em 1999 na sequência de desentendimentos com Paulo Portas na constituição de uma aliança entre ambos os partidos enquanto Guterres se demitiria de primeiro-ministro em 2001 na sequência de uma enorme derrota do PS nas autárquicas e se afastaria da política nacional desde então.
Quis o destino que quinze anos depois quando Guterres decidiu candidatar-se a secretário-geral da ONU, depois de uma década de relevantes serviços como alto comissário para os refugiados, o velho amigo seja Presidente da República.
E nessa qualidade, reconhecendo a importância para Portugal da eleição de um português para um alto cargo internacional, tem sido incansável na defesa e promoção da candidatura de António Guterres deixando de lado as diferenças partidárias e os enfrentamentos políticos do passado.
Exemplar.
Pôr o interesse de Portugal à frente das diferenças partidárias e ideológicas.
E aqui não posso deixar de recordar o que disseram e fizeram dirigentes socialistas, e como votaram algum dos seus eurodeputados, quando em 2004 Durão Barroso foi candidato (eleito) a presidente da comissão europeia.
Onde em Marcelo se vê sentido de Estado e defesa dos interesses de Portugal nesses socialistas apenas se viu chicana política, declarações rasteiras e até insultuosas, total ausência de sentido de Estado e de defesa da importância de o país ter como presidente da comissão europeia um seu cidadão.
Foi há muito tempo mas não me esqueci.
E este excelente exemplo de Marcelo avivou a memória e realçou as diferenças.
Sim. O PSD é o partido mais português de Portugal.
Depois Falamos

P.S  O apoio público que o PSD e Pedro Passos Coelho tem dado a António Guterres apenas reforça o que atrás está escrito.
De facto a perspectiva social democrata do interesse nacional é diferente, para bem melhor, da das esquerdas que nos governam.

segunda-feira, setembro 19, 2016

Pudores...

Não deixo de achar curiosa a forma como o PSD, e os seus dirigentes, são examinados à lupa quando assumem posições ou atitudes que parecem fugir das normas e por isso despertam pudores vários, desde os comentadores políticos aos cronistas de jornais passando por alguns militantes que supõe os seus códigos éticos e morais mais apurados do que os dos restantes.
Dois exemplos recente vem comprovar isso uma vez mais.
Um destes dias foi anunciado que um jovem dirigente da JSD do Marco de Canavezes tinha entrado num "reality show" da TVI chamado "Casa dos Segredos".
O que à boleia disso se ouviu sobre a JSD, sobre as juventudes partidárias em geral, sobre os jovens que andam na política como se o jovem tivesse cometido algum crime de lesa majestade que pusessem em causa a democracia-o que seria inaceitável- ou o regime-o que nem seria mau- com essa atitude.
Quando se trata simplesmente de um jovem que decidiu ocupar os seus tempos livres participando num concurso televisivo, de gosto duvidoso mas grande audiência, onde não vai representar nem a JSD nem o PSD mas apenas a si próprio num direito que lhe assiste e é inquestionável.
O outro caso recente é o livro de José António Saraiva que vai ser apresentado na próxima semana por Pedro Passos Coelho.
Ainda não li o livro (como seguramente muitos dos que sobre o assunto se tem pronunciado...) e por isso não posso ter opinião sobre o mesmo até proceder à sua leitura que farei tão brevemente quanto me seja possível.
Já li porém centenas de textos do arquitecto Saraiva, no Expresso e no Sol, editoriais e artigos de opinião, bem como li pelo menos dois livros por ele escritos.
Umas vezes concordando totalmente com as suas opiniões, outra divergindo por inteiro, e na maioria dos casos concordando e discordando em percentagens variáveis como é normal quando se leem escritos políticos de um autor que é reconhecidamente polémico na sua forma de escrever.
Este mais recente livro, que tem sido "promovido" (acho que JAS até agradece...) por algumas criticas violentas ao seu conteúdo, supostamente por trazer a público conversas privadas de JAS com dezenas de políticos portugueses (que seguramente sabiam bem que estavam a falar com um jornalista polémico e não com Nossa Senhora de Fátima...)e versando assuntos diversos até de natureza sexual (como se isso no século 21 ainda fosse um tabu carregado de vergonha como no Salazarismo) vai ser apresentado pelo líder do PSD como atrás foi dito.
E, Deus nos valha, o vendaval que isso suscita.
Desde criticas a Passos Coelho por ter aceite apresentar o livro até pedidos lancinantes para que não o faça susceptíveis de comoverem o coração mais empedernido.
Mas Passos vai apresentar o livro.
E faz bem!
Primeiro porque honra um compromisso assumido.
Segundo porque apresentar um livro é isso mesmo; apresentar!
Não significa responsabilidade pelo seu conteúdo ou qualquer concordância com o que lá vem escrito.
E nisto de política tudo que cheira a moralismo em excesso...cheira mal!
Depois Falamos.

domingo, setembro 18, 2016

Sugestão de Leitura

Embora o titulo seja esse este texto não é, infelizmente, uma sugestão de leitura como tantas outras que aqui tenho feito ao longo dos anos.
Pela simples razão de que o livro não está à venda!
É um edição limitada do autor que quis partilhar com a família e os amigos (dos quais tenho a imensa honra de fazer parte) as experiências e história de uma vida intensamente vivida e que o levou a percorrer as cinco partidas do mundo.
É a história de um vimaranense que ama Guimarães mas nunca quis ficar confinado às suas muralhas (e no tempo em que partiu à descoberta do mundo as muralhas não eram só as de pedra...) e por isso seguiu uma vocação comercial que o acompanhava desde a mais tenra idade e o levou a fazer negócios em todos os continentes ao serviço de uma grande firma francesa em que começou como agente comercial na área da exportação e se reformou no topo da hierarquia da mesma como director geral.
Tenho o grato prazer de ter Joaquim Freitas Pereira, para além de amigo da Família de longa data, como comentador deste blogue de há anos a esta parte onde tem deixado comentários, histórias , apontamentos extraordinários e que muito tem enriquecidos os conteúdos publicados.
Algumas das histórias que conta neste livro fascinante já aqui as tinha deixado bem como na sua página de facebook que é para mim de leitura obrigatória.
E por isso lê-lo, onde quer que seja e no livro ainda mais, é dar várias voltas ao mundo, passar pelos 5 Continentes, conhecer a sua perspectiva sobre as culturas que conhece, os países (muitas e muitas dezenas seguramente) que visitou, ter um mosaico do que eram as relações comerciais e políticas da França com nações tão dispares como a Índia, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, Brasil, China, Austrália, Vietname, África do Sul, Moçambique, Singapura, Indonésia e tantos outros.
Confesso que a ler este livro me lembrei muitas vezes (sei que o amigo Joaquim de Freitas não me levará a mal) de dois outros grandes viajantes cujas histórias li e tanto me fascinaram:
O português Fernão Mendes Pinto( autor de " A Peregrinação"onde conta as suas viagens pelo Oriente no século XVI)  e o veneziano Marco Polo que no século XIII viajou pela China,pela Pérsia.pela Turquia e que regressado a Veneza ditaria   "As Viagens" a Rustichello de Pisa.
Há semelhanças entre as suas viagens e as do autor deste livro.
Conhecer novas culturas, encontrar novos mercados, fazer os melhores negócios.
Espero é que Joaquim de Freitas, ao contrário de Fernão Mendes Pinto e Marco Polo, não faça deste livro a sua obra única.
Porque certamente ainda terá muitas e muitas histórias para contar e os leitores deste livro ansiosos por as conhecerem!
Depois Falamos.

quinta-feira, setembro 15, 2016

Em Falso

Não se pode considerar que as equipas portuguesas tenham começado da melhor forma a sua participação na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Dois empates caseiros e uma derrota forasteira são um pecúlio pobre , pese embora a derrota ter sido em cada do campeão europeu e em condições a que me referirei mais adiante,que não colocando em risco o apuramento vai obrigá-las (especialmente FCP e SLB) a correrem atrás do prejuízo.
Por partes:
O Benfica , desfalcado por lesão de Jonas, Jimenez, Mitroglou e Rafa e por impedimento regulamentar de Carlos Xistra, Bruno Paixão, João Capela e afins que tanto jeito lhe dão nas competições internas para ultrapassarem dificuldades postas pelos adversários, não conseguiu mais que um empata face a um Besiktas que em condições normais (bastariam os lesionados...) estaria ao seu alcance.
Ainda assim acredito que o o clube de Lisboa, a par do Nápoles, será apurado num dos dois primeiros lugares do grupo.
No "Dragão", o Porto sem lesionados e também sem "ajudantes" que frequentam alguns dos seus jogos a nível interno, fez um mau resultado perante o Copenhaga e agora terá de procurar fora aquilo que perdeu em casa.
Sem mais distracções, e mesmo considerando a evidente crise estrutural que por lá se vive, o Porto tal como o Benfica deverá apurar-se para a fase seguinte sem dificuldades de maior porque é claramente, a par do Leicester, uma das duas melhores equipas do seu grupo.
Resta o Sporting.
Que perdeu em casa do campeão europeu em título Real Madrid, uma equipa incomparavelmente melhor que Besiktas e Copenhaga, mas fazendo uma bela exibição e quase conseguindo vencer porque os espanhóis apenas conseguiram empatar a um minuto do fim e fizeram o golo do triunfo no ultimo minuto do tempo de compensação.
O Sporting deixou uma excelente imagem em Madrid, mostrou a ambição europeia que noutros anos lhe faltou e provou que Jorge Jesus é de facto um excelente treinador que meteu Zidane num bolso pequeno.
Pode ser especulativo, admito, mas creio que com Slimani e João Mário os leões teriam regressado do Santiago Bernabéu com os três pontos.
Ainda assim há que considerar que face ao poderio de Real Madrid e Borussia Dortmund dificilmente o clube de Alvalade pode aspirar a um dos dois primeiros lugares do seu grupo.
Mas as contas fazem-se no fim.
Depois Falamos

P.S. No jogo que mais me interessava o Barcelona esmagou o Celtic por um robusto 7-0 eivado de golos espectaculares. Por Camp Nou passa uma forte candidatura ao título europeu desta época.

terça-feira, setembro 13, 2016

Aborrece-me...

Conheço o Alfredo Magalhães há muitos anos.
É um vimaranense com vida pública  há muitas décadas,  no ensino, na política, no associativismo  e especialmente no Vitória que serve como adepto, e episodicamente como dirigente, há muitos anos.
Mais de quarenta seguramente.
Falo com o à vontade de conhecendo-o há muitos anos, e com ele tendo uma relação cordial e até amiga, não sermos particularmente próximos nem sequer estarmos muitas vezes de acordo nas nossas áreas de intervenção pública.
Especialmente na política mas também no Vitória onde ao longo dos anos estivemos umas vezes de acordo e outras não sem que isso beliscasse minimamente uma relação pessoal descomprometida e sadia.
Ambos tivemos, isso sim, uma grande convergência e responsabilidade na solução directiva pela qual os sócios optaram em 2012 depois da demissão de Emílio Macedo e subsequentes eleições que deram o triunfo à lista de Júlio Mendes em compita com uma lista liderada por Manuel Pinto Brasil.
Eu estive lá uns meses e depois saí,como é mais ou menos público, e o Alfredo Magalhães ainda por lá ficou mais algum tempo, intervalado com uma passagem pela Liga como Provedor do Adepto, mas acabou por também ele sair meses atrás.
A semana passada Alfredo Magalhães escreveu, no seu estilo, um artigo frontal e duro sobre a presidência de Júlio Mendes no Vitória na coluna de opinião(Visão Periférica) que mantinha no jornal Desportivo de Guimarães.
Fê-lo num espaço identificado, com a sua assinatura e foto , assumindo (nem outra coisa se esperava dele) as opiniões que trazia a publico e não se escondendo atrás de perfis falsos no facebook como outros fazem para defenderem o que não tem coragem de defenderem com nome próprio e para atacarem quem não alinha pela ortodoxia oficial.
Fê-lo seguramente na convicção de que prestava um serviço ao Vitória alertando para erros de gestão desportiva que quase toda a gente vê mas quase ninguém ousa criticar.
Esta semana Alfredo Magalhães escreve uma crónica de despedida no mesmo espaço explicando claramente as razões pelas quais não voltará a escrever ali ao mesmo tempo em que manifesta um profundo respeito pela sua integridade intelectual e pelos leitores que o acompanhavam semanalmente.
Isto aborrece-me.
Aborrece-me que numa semana se assumam criticas ao poder desportivo e na semana seguinte se abandone o espaço em que durante meses se veiculou opinião, em que a critica foi mais rara que o elogio e a solidariedade,  como se tivesse sido cometida alguma heresia em apontar alguns aspectos da "nudez" do "rei".
Aborrece-me que em Guimarães ainda existam "fenómenos" como este.
Aborrece-me que se tente passar a ideia, à laia de aviso, que em relação aos poderes, político e desportivo, é melhor fazer como os "três macacos sábios" que não viam, não ouviam, não falavam.
Aborrece-me que franjas da comunidade vimaranense apresentem estes sintomas preocupantes de uma "doença" que se pensava erradicada desde 25 de Abril de 1974 mas que pelos vistos deixou vestígios e seguidores.
Aborrece-me...mas não me desanima.
Nem a mim, nem certamente ao Alfredo Magalhães, nem a muitos(cada vez mais) que não se reveem em práticas, comportamentos, pressões e tentativas de condicionamento do livre pensar e livre opinar que são o sinal mais claro de uma comunidade em que a democracia é um valor essencial.
Aborrece-me que, ainda que episodicamente, as visões "afuniladas" triunfem sobre  "visões periféricas" porque Guimarães e o Vitória precisam cada vez mais de "visões amplas" capazes de darem asas aos sonhos e não de visões pequeninas em que a meta é o próprio umbigo e os pequenos interesses pessoais.       
Aborrece-me...mas a luta continua.
Depois Falamos.

segunda-feira, setembro 12, 2016

Duas Derrotas

Não tive oportunidade de assistir, nem via televisão, aos jogos das duas equipas profissionais do Vitória que se saldaram por duas derrotas expressivas.
A equipa A derrotada no "Dragão" por 0-3  e a equipa B vencida no D.Afonso Henriques por 1-5 face ao Portimonense
Derrotas face a dois fortes candidatos ao titulo, na 1ª e na 2ª Liga, mas que apesar disso não deixam de ser derrotas e por números inesperados face ao volume atingido.
Como não vi os jogos não vou comentar as incidências dos mesmos embora pelos resumos tenha percebido que no Porto o Vitória sofreu dois golos em que a sorte( de uns) e o azar(de outros) tiveram papel determinante e avolumaram um resultado que o equilíbrio do jogo na primeira parte não faria supor enquanto em Guimarães a equipa chegou ao intervalo a vencer e depois na segunda parte verificou-se um autêntico descalabro em termos de resultado.
Não são derrotas, face ao perfil e objectivos dos adversários, que mereçam particular preocupação embora  se tenham verificado resultados numericamente desagradáveis e que certamente merecerão correcções em próximos jogos por parte de Pedro Martins e Vítor Campelos.
De qualquer forma considero bem mais preocupante a derrota da equipa B.
Porque a A, mesmo com aquele 31 de Agosto disparatado, continua a ter os recursos humanos necessários a lutar pelo objectivo europeu e creio que o atingirá salvo um Janeiro/2017 ainda mais disparatado que o referido final de Agosto.
Já na B o panorama é bem outro.
Desde logo porque deve ser a única equipa da II liga que praticamente não se reforçou para esta época e menos ainda com jogadores que lhe dessem a solidez competitiva e a experiência necessárias a um campeonato tão longo, difícil e exigente como aquele que está a disputar.
Em contrapartida foi muito enfraquecida com muitas saídas de jogadores já com experiência de II Liga.
Desde os "promovidos" João Pedro, Rafinha e Alexandre Silva que estão agora, e bem, na equipa A cumprindo o percurso desejável para quem está na equipa B aos estranhamente emprestados como Arrondel ,que foi reforçar precisamente o rival de ontem, Cláudio que continua no Porto B quando devia estar cá e especialmente Areias que podia ser muito útil a ambas as equipas do Vitória.
E os outros.
Bruno Alves, Helinho, Fábio Vieira, Assis, Palha, Lima Pereira entre outros e todos eles jogadores com experiência de segundo escalão e que nalguns casos podiam ser importantes para darem a tal experiência necessária a um campeonato tão exigente.
Os jogadores mais velhos da equipa B tem vinte e dois anos (há sete com essa idade) sendo todos os outros mais novos,alguns até com idade de juniores, e boa parte deles em estreia em competições profissionais o que não contribui em nada para olhar o percurso da equipa com tranquilidade.
O que torna cada vez mais incompreensível o tal 31 de Agosto que encurtou as opções dos treinadores do clube mas muito em especial as de Vítor Campelos.
Confesso que estou preocupado com o campeonato do Vitória B.
Até porque houve em tempos quem na estrutura directiva do clube achasse que tanto fazia jogar no segundo como no terceiro escalão, houve até quem preferisse o terceiro escalão provavelmente por ser...mais barato, e isso não augura nada de bom quanto ao presente.
Espero que não tenham sofrido uma recaída.
Até porque noutras áreas, como a política de empréstimos de clubes portugueses, não dão nenhum indicio de terem aprendido com os erros.
Espero estar enganado mas a realidade da equipa B não aponta nesse sentido.
Depois Falamos.

P.S. Numa vista de olhos pelas redes sociais já percebi que alguns preferem apontar o dedo ao treinador da equipa B . São hábitos "cultivados"ao longo da época passada que a classificação final desmentiu rotundamente com o Vitória B a atingir tranquilamente a manutenção.
Respeitando naturalmente o direito de cada um à sua opinião permito-me sugerir menos superficialidade nas análises .
É que da superficialidade à cumplicidade não vai grande distância e alguns percorrem-na ainda que inconscientemente.

sexta-feira, setembro 09, 2016

Uma Vez Mais

Vitória e Porto são clubes unidos, e tantas vezes desunidos, por uma história de confrontos desportivos quase centenária e em que sendo a vantagem estatística dos portistas existem também fartas recordações de boa memória para os vitorianos.
Para mim é um jogo sempre especial.
Porque me traz a memória já muito longa de o primeiro jogo que vi do Vitória ter sido precisamente com o Porto, na Amorosa, há cinquenta anos atrás e que se saldou por um triunfo vitoriano naquilo que sempre considerei como um óptimo "baptismo" na minha vida vitoriana.
Depois desses vi dezenas e dezenas deles.
No D.Afonso Henriques, nas Antas, no Dragão, no 1º de Maio em Braga, na Póvoa de Varzim, em Fafe, em Aveiro, no Jamor por duas vezes.
Grandes memórias, como a do ultimo triunfo do Vitória em casa do Porto a que assisti lá no alto da arquibancada das Antas , misturadas com má recordações como as duas finais de Taça perdidas.
E a memória dos grandes jogadores de ambas as equipas que vi actual ao longo destes 50 anos e que seria fastidioso estar aqui a recordar tantos eles são.
Deixo apenas dois nomes.
O "nosso", que também foi "deles", Paulinho Cascavel de tantas e tão gratas memórias para os vitorianos (ainda hoje o único jogador da História do futebol português a ser melhor marcador do campeonato em dois anos consecutivos por clubes diferentes) face aos dois anos de grandes exibições e grandes golos com a nossa camisola.
E Vítor Baía, para mim o melhor guarda redes de sempre do futebol português, que se estreou na equipa principal do Porto num jogo com o Vitória a que também assisti.
Amanhã é outro jogo.
Uma vez mais Vitória e Porto vão encontrar-se, em casa portista onde a estatística nos é francamente desfavorável, e como cada jogo tem a sua História   há que acreditar que o Vitória vai entrar no "Dragão" para jogar olhos nos olhos com o adversário e lutar pelos três pontos.
A isso nos obriga a nossa História, o nosso ADN, o símbolo que as camisolas tem no peito.
Depois Falamos.

quarta-feira, setembro 07, 2016

Mau Início

Não foi o resultado desejado.
Mas também não foi um resultado justo.
Acontece que a "justiça" no futebol se faz através dos golos marcados e sofridos e nessa matérias os suíços foram mais competentes que os portugueses e por isso venceram um jogo em que foram dominados durante a maior parte do tempo.
Afinal a "receita" que Portugal já utilizara durante o Euro 2016.
Sem Ronaldo, ainda a contas com a lesão do jogo face à França, Fernando Santos introduziu algumas alterações na equipa e mudou o sistema táctico para um 4-3-3 que contemplava a utilização de um ponta de lança (Éder) e dois extremos (Nani e Bernardo Silva) com o primeiro a aparecer a cair mais no meio e o segundo mais nos flancos combinando com os laterais .
E não se pode dizer que a equipa tenha reagido mal ás alterações tácticas porque entrou bem no jogo, construiu oportunidades, deu a clara sensação de ser capaz de prosseguir a senda vitoriosa do Europeu e iniciar da melhor forma o apuramento para o Mundial de 2018.
Mas depois sofreu dois golos em apenas seis minutos e com falhas defensivas graves.
E aí percebeu-se que a tarefa se tornara muito mais difícil porque a Suiça apanhou-se com um resultado a gosto e pôde recuar as linhas, diminuindo os espaços,  tornando mais complicadas as tarefas ofensivas dos portugueses.
E foi então que do meu ponto de vista Fernando Santos não esteve bem nas opções.
A perder por dois golos, e com trinta minutos jogados, era imperioso fazer imediatamente alguma coisa para inverter o rumo dos acontecimentos e tentar pelo menos reduzir diferenças antes do intervalo.
E isso só podia passar pela saída de um William Carvalho completamente inútil e a entrada de Ricardo Quaresma que tem sido a "gazua" que ajuda a resolver tantos jogos e cuja ausência do onze inicial já era difícil de entender.
Nada disso foi feito e FS preferiu aguardar pelo intervalo para mexer na equipa.
E aí, uma vez mais, fê-lo de forma não muito feliz.
Manteve Quaresma no banco e optou por lançar João Mário (outro cuja ausência do onze já fora estranha) e André Silva retirando William (finalmente) e Éder o que também não me pareceu a melhor opção porque a perder por dois golos é difícil perceber a troca de um ponta de lança por outro.
A verdade é que embora Portugal mantivesse a supremacia, e até desenhasse bons lances ,o golo continuava sem aparecer (com algum azar à mistura) e os suíços iam ganhando cada vez mais confiança e a convicção de que podiam ganhar ao campeão europeu.
A vinte minutos do fim FS lá se resolveu a finalmente lançar Quaresma e este ainda mexeu alguma coisa com o jogo nomeadamente através de cruzamentos bem medidos mas a que nunca foi dada a melhor sequência por uma equipa que já jogava mais com o coração do que com a cabeça.
E assim Portugal perdeu um jogo que podia perfeitamente ter ganho face a uma Suiça que não é nenhum "papão" e apresentou uma equipa inferior a outras que lhe conhecemos em tempos bem recentes.
Foi o primeiro jogo, as indicações foram positivas na sua maior parte, mas a verdade é que a margem de erro está gasta e agora Portugal tem de vencer os jogos que tem pela frente para vencer o grupo (um dos mais fáceis que lhe podia calhar)  e se apurar directamente para o Mundial evitando play offs que prometem ser muito mas muito complicados.
Depois Falamos

P.S Pode não ter nada a ver mas acredito que aquele jogo de preparação com Gibraltar, a mais fraca selecção da Europa  que não colocou qualquer dificuldade competitiva, e todo o clima de festa estabelecido em torno dele porem ter contribuído para o insucesso de ontem à noite.

terça-feira, setembro 06, 2016

"Areias" Movediças

Tenho uma posição de sempre,e não a mudarei, sobre o Vitória receber jogadores emprestados por clubes com os quais está a disputar competições.
Entendo que são situações que não defendem o interesse do Vitória e por isso devem ser erradicadas da gestão desportiva do clube de uma vez para sempre.
Já sobre empréstimos por parte de grandes clubes estrangeiros, desde que num projecto comum e uma perspectiva (no mínimo) de médio prazo, sou favorável e acho que deve ser implementada com a escolha de ou ou dois parceiros estratégicos.
Como foi feito em 2012 com o Chelsea e depois abandonada sem qualquer explicação para o facto.
Agora empréstimos de clubes portugueses não.
Porque é valorizar jogadores dos outros, tapar o espaço de progressão dos nossos, adiar a solução de problemas e expormos-nos a repentinas manifestações de interesse do legítimo proprietário dos direitos desportivos do jogador.
Temos vários exemplos, ao longo dos anos, de casos em que as coisas não correram nada bem.
De Urreta a Abdoulaye passando por Sami,Ivo Rodrigues, Vitor Andrade ou Rosell.
E quando correram bem, casos de Alan e Otávio, a verdade é que passados os empréstimos os jogadores foram embora, sem qualquer proveito para o clube, e o Vitória teve de reiniciar  o processo de preenchimento dos lugares.
Mas actualmente é especial estranha a relação entre Vitória e Porto.
Com empréstimos de cá para lá e de lá para cá.
Sobre os de lá para cá, e a forma como alguns terminaram (Abdoulaye requisitado pelo FCP a 31 de Janeiro deixando o Vitória desfalcado e sem possibilidade de suprir a lacuna) , já me referi ao assunto várias vezes e não me repetirei.
Sobre os de cá para lá é que o assunto fia mais fino.
São,para já , dois casos.
Cláudio e Areias.
Cláudio emprestado na época passada à equipa B do Porto com empréstimo renovado esta época e Areias a grande(e desagradável) surpresa do fecho de mercado e que igualmente irá para a equipa B do Porto.
São empréstimos incompreensíveis.
Desde logo porque tendo o Vitória uma equipa B ,e tendo os interesses desportivos desta de serem defendidos, não se percebe o interesse de reforçar um rival directo.
Mas no caso especifico de Areias é ainda mais estranho.
Porque Areias, formado no Vitória e desde sempre atleta do clube, é um ponta de lança extremamente prometedor que depois de um bom percurso na formação e na equipa B dava todos os indícios de ser aposta de Pedro Martins na equipa A.
Onde juntamente com Soares e Valente constituía o trio de pontas de lança ao dispor do técnico.
De repente ele e Valente são emprestados e o Vitória fica reduzido a Soares.
O que é pouquíssimo para uma equipa com as aspirações da nossa.
E não me venham dizer que existe Bruno Mendes na B porque nem Bruno Mendes tem a experiência de Valente e o sentido de golo de Areias como para ser chamado à A desfalca a B onde também não existem pontas de lança com fartura.
Não sei se repararam mas enquanto este fim de semana Bruno Mendes foi com a A a Lamego disputar dois joguinhos a brincar teve Vítor Campelos de defrontar o Leixões, em jogo oficial , sem pontas de lança de raiz!
E por isso a completa incompreensão de que gestão desportiva é esta que leva o Vitória a emprestar ao Porto jogadores que nos fazem falta na equipa B e na equipa A.
Porquê?
Para quê?
Com que interesse?
Que fez o Porto para merecer este tratamento de favor, este abdicar dos nossos interesses em favor dos interesses deles, estas decisões incompreensíveis de quase empurrar porta fora jogadores que deviam cá ficar.
E pelo meio ainda há a muito mal explicada rábula da cedência de João Pedro também ao Porto B que acabou por não se verificar (pelo menos por agora...) ,mas que foi amplamente noticiada como certa, graças ás exibições do jogador que tornaram o "negócio" inviável por demasiado escandaloso.
Será o preço das cedências de Marega e Hernâni?
O preço a pagar por termos cá jogadores que o Porto não quer lá é deixarmos ir para lá jogadores que fazem falta cá?
Será que ninguém, entre os que decidem é claro, percebe que só o Porto ganha nos balanços finais destes negócios?
Porque se os que empresta triunfarem (como Otávio) chama-os de volta e fica com os jogadores "prontos" à custa do clube a que os cedeu.
Se não triunfarem (Sami, Ivo Rodrigues, Abdoulaye...) empresta-os a outro clube qualquer e a vida continua porque há sempre mais jogadores para emprestar e clubes de "pernas abertas" para os receberem.
Em contrapartida se Areias se afirmar (espero que sim porque ele merece) fica com ele a troco de uma clausula de compra banal depois de o ter "experimentado" com sucesso ao seu serviço.
Júlio Mendes em entrevista a "O Jogo" refere que o empréstimo de Areias é um "acto de gestão".
Pois é.
Um péssimo acto de gestão!
E é estranho que quem dirige não só se não se aperceba dos erros como insista em praticá-los.
Muito estranho mesmo.
Depois Falamos

P.S. Acredito que o excelente artigo de Alfredo Magalhães, na edição de hoje do "Desportivo de Guimarães", seja um bom contributo para se perceberem as "areias movediças" em que se move o Vitória nas suas relações com o Porto e a gestão desportiva praticada no clube.