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domingo, julho 31, 2016

Filhos de um Deus Menor?


Pedro Mendes e Vieirinha tem entre eles muitos pontos comuns.
No bom e no mau.
São de Guimarães e reconhecidamente adeptos do Vitória.
Ambos fizeram a sua formação nos escalões jovens do Vitória e depois transferiram-se para o Porto.
Pedro Mendes já como sénior, e depois de algumas épocas com a camisola vitoriana, e Vieirinha ainda júnior.
Ambos foram campeões nacionais e venceram uma supertaça Cândido de Oliveira pelo FCP.
Pedro Mendes foi campeão europeu, ainda pelo Porto, e depois deu origem a uma carreira internacional em que venceu dois campeonatos e uma taça da Escócia e uma taça de Inglaterra.
Ao serviço de Portugal jogou o Mundial de 2010 na África do Sul.
Vieirinha foi campeão europeu de sub-17 e depois de sair do Porto iniciou uma carreira internacional que lhe valeu até agora uma taça e uma supertaça da Alemanha depois de uma passagem pelo futebol grego.
Sagrou-se agora campeão europeu ,ao nível de selecções, no Euro 2016 em França depois de já ter representado Portugal no Mundial do Brasil em 2014.
São pois dois vimaranenses e vitorianos que tem levado bem longe o nome da sua Terra e do seu clube de coração ( inesquecíveis,por exemplo, as imagens de Pedro Mendes na tribuna de Wembley com o cachecol do Vitória) pelo que não admira que em Guimarães sejam alvo de reconhecimento e admiração por parte de quase todos.
Quase todos?
Sim.
E essa é a parte má da questão embora eles não tenham nenhuma responsabilidade nisso.
A verdade é que nunca tiveram uma pública homenagem por parte da Câmara de Guimarães ao contrário do sucedido com outros colegas de profissão e outros desportistas vimaranenses que se distinguiram noutras modalidades e tiveram as justas homenagens por parte do munícipio.
Para Pedro Mendes e Vieirinha é que nada. 
O que é injusto, incompreensível e deixa a pertinente dúvida sobre se os dois campeões europeus (um de clubes e outro de selecções) serão,porventura, filhos de um "deus menor" para a Câmara da sua terra.
Se não são...parecem!
Depois Falamos

P.S. E não vale a pena virem argumentar que o titulo europeu de Vieirinha é muito recente.
É tão recente como o dos outros 22 jogadores e muitos deles, de Ronaldo a José Fonte, já tiveram as justas homenagens nas suas Terras.

sábado, julho 30, 2016

Dúvida...

Confesso que nesta altura do "campeonato" não sei quem vai ganhar as eleições e ser presidente dos Estados Unidos.
E ter essa dúvida, face ás opções existentes, já é suficientemente horrível.
Olhando os dois candidatos parece-me evidente, a mim europeu, que Hillary Clinton é de longe a melhor opção e a única que está realmente preparada para ser presidente da maior potência mundial a partir de 2017.
Pelas qualidades pessoais, pela preparação e experiência política, pelo programa que quer cumprir, pela visão que tem sobre o que o mundo deve ser.
Mas o eleitorado americano tem especificidades muito próprias.
E valoriza aspectos e propostas que a nós europeus desagradam (e até chocam nalguns casos) mas para eles são importantes e merecedores do voto e daí Trump ser hoje o candidato do partido republicano e não qualquer outro dos que concorreram ás primárias.
O seu discurso "musculado", altamente demagógico e xenófobo quanto baste agrada a vastos sectores, nomeadamente da chamada "América profunda" que veem na sua concretização a melhor solução para muitos dos problemas que afectam a América e o mundo.
Estão,é claro, enganados mas essa é a nossa opinião e não a deles que é a que interessa porque são eles que votam.
E as divisões do partido republicano com figuras proeminentes, desde logo os ex presidentes George Bush e George W.Bush, a demarcarem-se do candidato e a nem sequer comparecerem na convenção embora possam ter algum efeito eleitoral ainda assim não serão suficientes para garantir a não eleição de Trump.
Até porque do lado democrata, pese embora as presenças e discursos na convenção de Barak Obama e Bill Clinton (não sei se Jimmy Carter, agora com 91 anos, lá esteve também)presidente e ex presidente,bem como de Michelle Obama que fez um grande discurso e de quem ouviremos falar em futuras convenções, também existem divisões centradas nalguns inconformados apoiantes de Bernie Sanders (que fez um claro apelo à unidade) que se recusam a apoiar Hillary.
Por outro lado há a situação mundial que também pesará.
E aí não tenho duvidas que o terrorismo é um "apoiante" de Trump.
Porque a cada novo atentado,seja na Europa, no Médio Oriente, em África, contribui para que muitos americanos se convençam que em Trump há um "Rambo" e que é pela aplicação indiscriminada da força que os problemas se resolvem.
Evidentemente que um grande atentado nos EUA pesará a dobrar nessa decisão de votar no candidato republicano.
E os terroristas sabem disso.
Como sabem que o que lhes interessa ,em ordem a espalharem o terror pelo mundo, é que os EUA intervenham militarmente, "à bruta", de maneira a criarem por todo o lado um sentimento anti americano, anti europeu, anti civilização e anti democracia.
Espero que a campanha dos democratas, a prestação de Hillary nos debates com Trump, o bom senso e a racionalidade prevaleçam e os americanos acabem por eleger a candidata democrata para a presidência.
Mas infelizmente tenho duvidas que as sondagens contribuem para as adensar.
Esperemos que tudo corra pelo melhor.
Depois Falamos.

sexta-feira, julho 29, 2016

Roubo Legal

Já aqui me tenho referido ao assunto mas vou fazê-lo uma vez mais para realçar o autêntico roubo legal a que os automobilistas estão sujeitos nas auto estradas e respectivas áreas de serviço por parte dos seus concessionários.
Um exemplo recente centrado numa auto estrada e numa área de serviço.
Comecemos pela ultima onde o automobilista pára para tomar um café (porque meter gasóleo nem pensar dado ser mais caro em qualquer posto de auto estrada) e desembolsa pelo mesmo ...um euro!
Olha para a lista de preços e constata que um misero pastel de nata custa 1,45€ , uma bebida de lata 2,20€, um pão com um panado 5 € e uma sande de leitão 7,5 € entre muitos outros exemplos possíveis!
Claro que só consome quem quer mas nem por isso deixa de ser uma exploração desavergonhada.
O automobilista mete-se à estrada de novo e faz o percurso na A-13 entre Condeixa e a saída para Castelo de Bode.
Percorre 87 quilómetros e paga a barbaridade de 11,83€ de portagens ao passar por mais de uma dúzia de pórticos.
Numa auto estrada de que de auto estrada só tem o nome e as portagens.
De resto é aquilo que sempre foi.
Um itinerário principal,sem perfil de auto estrada, com um percurso sinuoso,separadores centrais com blocos de betão e as bermas a serem invadidas por vegetação demonstrando absoluto desleixo em termos de manutenção.
Nos 87 klm percorridos não há uma área de serviço nem sequer uma zona de descanso!
Tão pouco um lugar onde se possa parar para, se for o caso, mudar de condutor permitindo refrescar a condução.
Para-se na berma e seja o que Deus quiser.
Claro que há, dir-me-ão, alternativas através de estradas nacionais onde não se paga portagem.
Há.
Mas o que está em causa não é isso.
É chamarem auto estrada a uma via que não o é e cobrarem como se fosse.
Outro roubo legal.
De facto se há quem em Portugal pague todas, mas todas, as crises são os automobilistas.
Depois Falamos

Obscenidades

Rui Calafate comenta hoje na sua página de facebook que o futebol está cheio de dinheiro sem qualquer explicação.
E está mesmo.
Os dois jogadores da fotografia são a prova disso.
Higuain, a fazer fé nas noticias de hoje, acaba de se transferir do Nápoles para a  Juventus a troco da espantosa quantia de 94 milhões de euros.
Espantosa em qualquer caso mas ainda mais tratando-se de um jogador que aos 28 anos já não evoluirá muito mais e cuja currículo nos diz tratar-se de um excelente ponta de lança, com registos goleadores bem acima da média, mas não mais que isso porque não faz parte do escasso lote de predestinados do futebol actual.
Não discuto que valha 45 ou 50 milhões mas acima disso parece-me um exagero.
O outro caso é Paul Pogba.
Por quem se anuncia estar o Manchester United  disposto a pagar a obscena verba de 120 milhões de euros pela sua contratação (talvez isto explique o dinheiro de Higuain...) depois de em 2012 o ter deixado sair a custo zero para a Juventus.
Pogba é também um excelente jogador,com 23 anos e muitos para jogar, um médio de largo raio de acção e com alguma capacidade goleadora (10 golos por época nas duas ultimas épocas) mas não vale nada que se pareça com os anunciados 120 milhões.
Creio que por metade já seria muito bem pago.
O problema do futebol nuns lados é a falta de dinheiro e noutros o seu excesso.
Que por incrível que pareça é mais perigoso para o futuro da modalidade do que a escassez.
Porque de facto o futebol europeu, nomeadamente nos países mais fortes (Inglaterra,Alemanha,Itália e Espanha), está cheio de dinheiro cuja explicação não se conhece e a proveniência menos ainda.
E esses mistérios são algo que tem tudo para acabar mal.
É uma questão de tempo.
Depois Falamos

Poké..quê?

Definitivamente estou a ficar desactualizado.
Não que alguma vez tenha tido particular interesse nestes jogos para telemóveis ou para computadores , salvo o velho Tetris no século passado, mas o que vou vendo por aí em termos da loucura (não há outro termo) por um jogo lançado poucas semanas atrás ultrapassa tudo que me parece aceitável em termos de razoabilidade.
Eu ainda compreenderia, com algum esforço diga-se de passagem, que jovens até aos 15/16 anos sempre mais sensíveis a estas novas modas aderissem com entusiasmo a mais um jogo para smartphones sem qualquer interessem cultural,sem nenhum objectivo em termos de formação, sem nada que não seja o entretenimento dos utilizadores e o enriquecimento dos seus criadores.
Mas o que vejo nas ruas e praças deste país, e via televisão um pouco por todo o mundo, não é nada disso.
É uma loucura (sem aspas) que atinge pessoas de todas as idades e estratos sociais que andam de telemóvel na mão a tentarem apanhar, reproduzir, prender e originar combates entre umas largas dezenas de bonecos oriundos da BD completamente alheias ao que as rodeia incluindo perigos do trânsito e não só.
Sem sequer terem a noção das tristíssimas figuras que fazem em idades em que o juízo devia ser prioridade primeira.
Estamos em período de férias.
Se a loucura se mantiver no pós Agosto ,e o número de utilizadores continuar a aumentar ao actual ritmo (em Portugal a aplicação já foi descarregada por mais de um milhão de pessoas!!!), com a reabertura das escolas o fenómeno ameaça tornar-se incontrolável e atingir proporções verdadeiramente perigosas.
E bem fariam alguns paizinhos se em vez de estimularem a adesão dos filhos ao jogo,e andarem eles próprios à caça de Pokémons, reflectissem seriamente sobre os muitos perigos que lhe estão associados.
Nomeadamente para as crianças sempre mais expostas a tentações e entusiasmos.
Por mim, que nunca jogarei coisas destas mas que tive a preocupação de ler qualquer coisa sobre o assunto, já percebi que andar à procura de bonecos e ninhos por ruas e vielas, "chocar" ovos e procurar depósitos, marcar encontros e travar combates oferece um manancial de oportunidades a pedófilos, violadores, traficantes de crianças e outros que se decidam a crimes tão repugnantes como os referidos.
Alarmismo? Incompreensão do fenómeno? Exagero?
Não me importo nada de estar enganado.
Mas esperemos pelas notícias...
Depois Falamos

Jogos Olímpicos

Como qualquer pessoa que goste de desporto é sempre com grande interesse que acompanho de quatro em quatro anos as edições dos Jogos Olímpicos.
Os primeiros de que tenho memória são os de Munique em 1972 e mais por força do atentado terrorista contra a delegação de Israel do que por razões ligadas aos sucessos desportivos deste ou daquele atleta,deste ou daquele país, nesta ou naquela modalidade.
Também nas edições anteriores era muito jovem e em boa verdade a cobertura televisiva não era nada daquilo que é hoje.
A partir de 1976, em Montreal, sim passei a ver com grande entusiasmo as transmissões televisivas.
Desde logo porque nessa edição, quarenta anos atrás, Portugal conquistou duas medalhas de prata através de Armando Marques (Tiro) e Carlos Lopes (Atletismo) este último naquela "dramática" corrida de 10.000 metros que liderou de principio até duas voltas do fim altura em que foi ultrapassado por Lasse Viren que venceria a medalha de ouro com a ajuda de meios ilegais como se veio a saber muito mais tarde.
A partir daí veio a saga das medalhas de ouro com Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora acompanhas por medalhas de prata e bronze de vários outros atletas e que tem marcado uma presença muito positiva de Portugal no JO.
Este ano os  Jogos são no Rio de Janeiro e estão prestes a ter o seu início.
Infelizmente já manchados pela mais que provável ausência de atletas russos devido a doping, aos infelizmente expectáveis atrasos na conclusão de espaços desportivos e alojamentos na aldeia olímpica e no caso português pela triste rábula da selecção olímpica de futebol que conquistou a presença no Rio com enorme mérito e depois se viu sujeita a um conjuntos de indignidades só possíveis num país que é campeão europeu de futebol no relvado mas de terceiro mundo no dirigismo desportivo.
Esperemos que os Jogos corram bem e sejam a grande confraternização desportiva mundial que normalmente costumam ser.
Infelizmente duvido muito.
Porque não me parece que o Brasil estivesse preparado para uma organização desta dimensão e porque os tempos que vivemos lançam sombras densas sobre o seu desenrolar em termos desportivos e não só.
E o "não só" é o que mais preocupará face aos que se tem visto nos últimos meses, semanas e dias um pouco por todo o lado.
Depois Falamos.

Alertas...

Acho que o mundo está cada vez mais complicado.
Em muita coisa e na meteorologia também.
Sou de um tempo em que no Verão tínhamos calor, no Inverno tínhamos frio, no Outono sabíamos que o tempo ia arrefecendo e na Primavera que os dias iam ficando progressivamente mais quentes pelo que nos adequávamos a cada uma das estações e vivíamos bem com isso.
No Inverno sabíamos que havia chuva,ás vezes neve (e que festa era...), que o frio dominava e portanto tínhamos de nos agasalhar em função disso bem como tomarmos as devidas precauções para proteger as casas e bens.
Tal como sabíamos que no Verão ia estar calor (Verão certo?) , que tínhamos de ingerir mais líquidos, usar boné ou chapéu para proteger dos raios solares e quando íamos para a praia usar um creme de protecção (ao tempo vinha nas latas azuis da Nívea...) para evitar as queimaduras provocadas por demasiada exposição.
E sabíamos isso sem televisão, sem os constantes alertas do instituto de meteorologia, sem esta "moda" horrível de estarmos sempre a ser bombardeados com "alertas" de todas cores pelos mais diversos motivos.
Chove...lá vem um alerta; baixa a temperatura...outro alerta; dias de sol intenso...mais um alerta; subida de temperatura...outro alerta!
Amarelos,laranjas, vermelhos são alertas para todos os gostos quase como se os cidadãos fossem um bando de acéfalos que tem de ser constantemente avisados para tudo e mais alguma coisa.
Saberão as televisões, o Instituto de Meteorologia, a Protecção Civil, que antes dessas digníssimas entidades existirem já os cidadãos conseguiam sobreviver ao Inverno e ao Verão,à chuva e ao calor, ás cheias e ás secas?
Ás vezes parece que não!
Depois Falamos

sexta-feira, julho 22, 2016

2016/2017- Um Primeiro Olhar

Ainda não vi jogar o Vitória na sua versão 2016/2017 pelo que apesar do que li e ouvi não posso pronunciar-me sobre o valor da equipa em construção e o nível exibicional patenteado até agora.
Nem acho que a três semanas do inicio do campeonato seja de exigir que a equipa já esteja "pronta" porque nesta fase o importante é os jogadores assimilarem as ideias do novo treinador, integrarem os reforços, criarem um espirito de grupo forte e, naturalmente, irem aperfeiçoando os processos de jogo.
A 14 de Agosto, e ainda por cima com um derbi a abrir, é que se espera que a equipa esteja a um nível já bastante competitivo para entrar no campeonato da melhor forma.
A ideia deste texto é , pois, olhar o plantel da equipa A e tentar perceber o que tem e o que lhe falta.
Não esquecendo que o mercado fecha apenas a 31 de Agosto e até lá é natural, e desejável, que ainda entrem jogadores sendo igualmente de desejar que não saia nenhum daqueles que "não pode" sair sob pena de fragilizar aspirações.
Posição a posição partindo do principio de que não sairão os tais que "não podem "sair.
Na baliza creio que estamos muito bem. João Miguel e Douglas dão todas as garantias e o terceiro guarda redes,Georgemy (que não conheço) provavelmente andará entre a A e a B.
Nas laterais muito bem do lado direito com Bruno Gaspar e João Aurélio (que até pode jogar mais adiantado caso necessário) e bem do lado esquerdo com Ruben Ferreira e os jovens Konan e Marcílio. Aqui acho que "cabia" Luís Rocha mas é assunto ultrapassado.
No centro da defesa temos Josué, Moreno, João Afonso,Pedro Henrique,Marcos Valente e Dénis Duarte. Parecem muitos mas acho que ainda "cabe" um central experiente porque Moreno é cada vez mais importante no balneário e menos no relvado e não se sabe a "resposta" de Marcos Valente e Denis Duarte à exigência da primeira liga.
No meio campo há mais interrogações.
Vieram Rafael Miranda cujo valor se conhece e Zungu e Mbemba totalmente desconhecidos, continuam Tozé e Phete que pouco jogaram a época passada e João Pedro(em quem acredito muito) vai ter o seu ano do "sim ou sopas" depois de quatro épocas na equipa B com esporádicas aparições na A.
Parece-me que este sector, que perdeu Cafu, Otávio, Saré, é aquele que precisa de mais cuidados,ou seja, reforços. No mínimo um "10" que comande o jogo e um "8", jogadores feitos e com experiência que possam ser alternativas imediatas. Mas não sei se não seria de pensar também num trinco.
Na frente para o lugar de pontas de lança temos Soares, Valente, Areias e Marega.
Creio que são suficientes especialmente se a aposta em Areias for consistente e se a Valente for permitido jogar no "seu" lugar" de segundo avançado.
Nos flancos há alguma quantidade/qualidade.
Vigário (outro que merece uma aposta consistente), Alex (esperemos que definitivamente recuperado), Alexandre Silva, Hurtado (que regressa depois de meia época em que não se deu por ele) e os jovens Tyler Boyd e Rafinha que também eles andarão entre A e B.
Creio que mais um extremo experiente,como Licá por exemplo, terá espaço na equipa.
Em suma, e a não sair ninguém insisto, creio que o Vitória precisa de quatro reforços.
Um central, um "8", um "10" e um extremo.
Mas é no meio campo que deve incidir a maior preocupação dos responsáveis.
A ver vamos...
Depois Falamos.

quarta-feira, julho 20, 2016

Sugestão de Leitura

Este livro tem uma história curiosa no que me toca.
Não estava no lote daqueles que tinha como prioritário ler mas confesso que os temas nele versados me interessam bastante.
África, vida selvagem, defesa das espécies ameaçadas, conservação dos grandes espaços e eco sistemas, etc.
E por isso folheei, li e reli algumas páginas, e acabei por comprar...dois.
Um para oferecer e outro para ler.
Foi para a estante à espera de vez ,onde ficou uns meses, mas está lido.
E lido com muito prazer.
Nele se narra a história de vida da autora, Daphne Sheldrick, cruzada com o trabalho de mais de cinquenta anos na defesa de espécies ameaçadas, na criação de grandes parques para protecção da via selvagem e a própria história do Quénia onde nasceu , sempre viveu e continua a viver.
Um livro escrito numa perspectiva muito pessoal, com enormes toques de ternura e que proporcionou uma leitura agradabilíssima.
Recomendo.
Depois Falamos

terça-feira, julho 19, 2016

segunda-feira, julho 18, 2016

O estado do Conselho

O Conselho de Estado deve ser, face à sua composição, um orgão de excelência da democracia no qual os portugueses se possam rever e ao qual possam prestar o tributo de nele confiarem.
Lá tem assento o Presidente da República (do qual o CE é um orgão de aconselhamento) ,o presidente do Parlamento,o primeiro.ministro, presidente do Tribunal Constitucional,Provedor de Justiça, presidentes dos governos regionais de Madeira e Açores, os quatro ex presidentes da República (Eanes,Soares,Sampaio e Cavaco) , cinco cidadãos escolhidos pelo Presidente da República e outros cinco eleitos pelo Parlamento.
A "nata",digamos assim, da nossa democracia.
Eleitos, nomeados ou por inerência de funções que desempenham ou desempenharam todos eles estão vinculados ao dever de sigilo sobre aquilo que é discutido nas reuniões.
E isso tem sido respeitado ao longo dos anos com apenas uma excepção nos anos 90 do século passado quando um membro do CE referiu cá fora, ainda por cima sem rigor, o que outro membro tinha dito lá dentro.
Mas referiu assumindo a responsabilidade do que dizia e de estar a quebrar o sigilo.
A semana passada, depois de uma reunião do CE, um dos seus membros foi dizer ao jornal "Público"que no decorrer da reunião o ex Presidente Cavaco Silva teria feito certas afirmações relativamente ás sanções  aplicar pela União Europeia a Portugal .
Fê-lo debaixo da cobardia do anonimato e ainda por cima mentindo.
Outros membros do CE entenderam repor a verdade dos factos e pediram ao Presidente da República que os dispensasse do dever de sigilo para que nos programas televisivos em que são comentadores pudessem explicar o que realmente se tinha passado.
Uma vez autorizados pelo Presidente fizeram-no.
A reposição da verdade é sempre importante mas entendo que não foi feita da melhor maneira.
Face à existência de um "bufo" no Conselho de Estado, que na ânsia de agradar aos amigos jornalistas não vacilou em quebrar o sigilo a que está obrigado (dando assim prova de pequeníssimo carácter) , entendo que aquilo que o PR devia ter feito era publicar na página oficial da Presidência da República o excerto da acta da reunião em que estivessem transcritas as afirmações de Cavaco Silva.
Bastava.
E permitiria que cada português pudesse avaliar por si próprio.
Não prestigia o Conselho de Estado ver alguns dos seus conselheiros  virem para programas de debate e comentário politico , mesmo autorizados pelo PR, pronunciarem-se de forma oficiosa sobre o que se passou na referida reunião.
Foi pena.
Esperemos que não se repita.
Depois Falamos

P.S. Imagino que a esmagadora maioria dos conselheiros, que respeitam o dever de sigilo, sentirão algum desconforto em próximas reuniões sabendo que entre eles está um personagem menor,um "bufo" indigno de pertencer ao orgão, pronto a vir cá para fora contar (e mentindo) aquilo que se discutiu lá dentro.
É assim que se vai abalando o prestigio das instituições.

domingo, julho 17, 2016

Campeões Europeus

A vitória de Portugal no europeu de hóquei em patins,depois de longos anos de "jejum" evoca irresistivelmente memória do tempo em que a modalidade era a segunda mais importe do país-a seguir ao futebol- e as suas competições internacionais despertavam um enorme entusiasmo em todo o país.
Fossem os mundiais, os europeus ou o célebre torneio de Montreux no país as pessoas agarravam-se aos rádios para ouvirem as transmissões radiofónicas e vibrarem com os triunfo de Portugal e os grande duelos com Espanha o único rival em termos de conquistas de troféus.
Lembro-me bem desses tempos e dos grandes hoquistas como Livramento (o melhor jogador do mundo de todos os tempos), Fernando Adrião, Chana, Rendeiro, Garrancho e outros que ao serviço de Portugal ganharam tudo que havia para ganhar.
Depois o hóquei foi perdendo fulgor.
Por um lado porque outras modalidades de equipa como o andebol, voleibol, basquetebol foram ganhando terreno fruto da espectacularidade própria e do facto de os seus praticantes não necessitarem de equipamentos tão complexos e dispendiosos como os hoquistas.
Depois porque a vulgarização das transmissões televisivas, que seria suposto propagandear a modalidade, contribuiu para a sua perda de popularidade porque ao contrário das outras que referi no hóquei televisivo a bola vê-se mal e ás vezes quase é preciso adivinhar as suas trajectórias.
E o encantamento do hóquei ao vivo e sobre tudo do hóquei radiofónico diluiu-se no hóquei televisivo.
Finalmente porque o hóquei nunca conseguiu ultrapassar o facto de ser uma modalidade pouco praticada no mundo, pouco competitiva porque são sempre os mesmos a ganharem, que nem sequer conseguiu o estatuto de modalidade olímpica pese embora as tentativas feitas nesse sentido.
Não quero com isto retirar valor a esta conquista e ao facto de Portugal continuar a ser uma potência mundial na modalidade.
Simplesmente , até com base nessas emocionantes competições dos anos sessenta e setenta, lamentar que o hóquei em patins nunca tenha conseguido dar o salto qualitativo que o transformasse na tal modalidade praticada a nível mundial em que os candidatos a vencerem as grandes competições não fossem sempre os três ou quatro do costume.
Mas as coisas são o que são.
Depois Falamos

sexta-feira, julho 15, 2016

Europeu vs Olimpicos

Ainda não se esgotaram os festejos por causa da conquista do campeonato da Europa e já no país do novo campeão europeu "rebenta" mais uma barracada relacionada com a convocatória da selecção para os Jogos Olímpicos.
A história conta-se em poucas palavras.
A FIFA não inclui o torneio olimpico de futebol nas datas em que os clubes são obrigados a ceder jogadores ás selecções (como é o caso dos torneios continentais-Europeu,Copa América,CAN, etc-do Mundial e da taça confederações) e por isso os clubes portugueses recusaram ceder à selecção olimpica a maioria dos jogadores que o seleccionador Rui Jorge pretendia.
Com as honrosas excepções de Belenenses e Nacional, que cederam os jogadores pretendidos,todos os outros com jogadores pré seleccionados fizeram um manguito de tamanhos diversos o que leva a que o próprio Rui Jorge tenha dito tratar-se de uma convocatória "surreal"(sic) face ás terceiras e quartas escolhas que teve de fazer.
Sporting e Porto cederam jogadores das equipas B ,ou com pouca importância na A (Mané e Sérgio Oliveira por exemplo), do Benfica não há ninguém, de Vitória e Braga também não (nem se sabe se algum foi convocado e negado), há um jogador sem clube e alguns de clubes estrangeiros que não se agarraram a pretextos para negarem as convocatórias.
Devo dizer que não condeno totalmente os clubes.
Os Jogos Olimpicos são em Agosto uma altura nada conveniente porque as equipas estão em pré temporada, algumas envolvidas em eliminatórias de acesso à Liga Europa e à Liga dos Campeões, com competições (Supertaça) para disputar e algumas tem jogadores importantes de férias porque estiveram no Europeu com realce para o Sporting que teve em França quatro dos seus titulares indiscutíveis.
Toda a gente, ou quase, sabe que numa pré temporada bem feita radicam bastantes das razões de uma época de sucesso.
Além do facto de sendo os clubes que pagam aos jogadores é legítimo que queiram dispor deles durante o máximo de tempo possível.
Mas depois há o reverso da medalha.
Portugal é campeão europeu, a selecção olímpica é uma equipa oficial que representa Portugal no maior evento desportivo a nível mundial, a FPF recebeu verbas do Estado para a preparação olímpica, os clubes também beneficiam de um bom torneio olímpico que projecte o nome de Portugal e os seus jogadores.
É também a imagem do futebol português que está em causa.
E por isso o bom senso devia ter prevalecido ao nível daqueles dirigentes que tanto batem no peito a professar amor a Portugal, a associarem-se o mais que puderam aos êxitos da selecção A, a proferirem discursos grandiloquentes sobre o futebol português.
Sendo que o bom senso passaria por um acordo de cavalheiros(enfim...) em que cada clube com jogadores pré seleccionados se comprometeria a ceder um ou dois de acordo com a vontade do seleccionador excluindo, naturalmente, os que estiveram no Europeu e precisam é de férias.
Infelizmente não tivemos nada disso.
Apenas a "xico espertice" tradicional que vai obrigar Portugal a levar aos Jogos Olimpicos uma selecção remendada e remediada em que o 18º jogador (só vão 18) só ontem à noite foi conhecido depois de mais uma desistência de ultima hora!!!
É pena que a sequência imediata do titulo europeu tenha sido isto.
Mas,quem sabe, pode ser que depois de tanta trapalhada e tanta necessidade de improviso os jogadores consigam superar as adversidades e conquistem dentro do terreno de jogo o respeito e a consideração para esta selecção que não existiu fora das quatro linhas.
E se as coisas correrem bem (como todos desejamos) à chegada a Lisboa lá terão os dirigentes que vetaram nomes para a convocatória a associarem-se ao exito como se tivessem alguma coisa a ver com ele.
Depois Falamos.

quinta-feira, julho 14, 2016

Sugestão de Leitura

Richard Zimler é provavelmente o mais português de todos os escritores americanos dado viver em Portugal há muitos anos e conhecer perfeitamente o país, o povo, a cultura, os hábitos e tradições.
Não admira,pois,que em muitas suas obras se debruce sobre Portugal e a sua História.
Tinha lido anos atrás um seu livro -"Meia-Noite ou o Princípio do mundo- em que o tema se desenrola durante as invasões francesas e acabo agora de ler este -O ultimo cabalista de Lisboa- passado durante o reinado de D. Manuel I e centrado nas perseguições aos judeus.
Ambos extremamente interessantes diga-se de passagem.
Escrito numa linguagem crua, em que o autor não hesita descer ao pormenor por mais desagradável que este seja, é simultâneamente um romance histórico empolgante e que prende o leitor ás suas páginas até ao desfecho final da História.
Um retrato excelente, pelo realismo de que se reveste, desse período da História de Portugal e das consequências que a vários níveis teve para o país com a morte e fuga de muitos dos seus melhores apenas e só por professarem uma religião diferente da oficial do Estado.
Por outro lado é evidente um notável trabalho de pesquisa ,não só histórico mas também religioso,  nomeadamente sobre o judaísmo que revela o perfeccionismo com que Zimler escreve e a procura do rigor em todos os detalhes.
Gostei!
Depois Falamos

Um a Um

Terminado o Europeu é tempo de fazer o balanço do que foi a prestação de cada um dos jogadores(olhando simultaneamente para o futuro) já que a da equipa,em termos de objectivos não podia ser melhor!
Individualmente foi assim:
Rui Patrício: Uma das estrelas maiores da selecção foi justamente considerado o melhor guarda redes do Europeu. Decisivo em vários jogos continuará a ser ,tudo o indica, "dono" da baliza de Portugal.
Anthony Lopes: Não foi utilizado. Mas certamente continuará a ser a "sombra" de Patrício.
Eduardo: Também não foi utilizado mas mais do que aos dois colegas, no imediato, a concorrência vai começar a aparecer nas pessoas de João Miguel Silva, José Sá e André Moreira.
Vieirinha: Titular nos três primeiros jogos foi uma das "vitimas" das mudanças depois dos três golos sofridos face à Hungria. Não voltou a jogar mas teve uma participação claramente positiva.
Cédric: Ganhou o lugar nos jogos de "mata,mata" e cumpriu. Continuará a ser "cliente" do lugar em disputa com Vieirinha e do emergente João Cancelo:
Pepe: Justamente considerado um dos melhores centrais do Europeu fez uma prova sempre a melhorar e terminou em grande plano. Continuará firme no apuramento para o Mundial.
Fonte: Chegou ao Europeu como teórico quarto central mas desde que entrou na equipa nunca mais saiu. Um excelente campeonato e presença certa nas próximas convocatórias.
Ricardo Carvalho: Foi o jogador mais velho a sagrar-se campeão europeu e assinalou isso com três exibições de bom nível. Também ele saiu da equipa depois do empate com os húngaros para não mais voltar. Terá sido a sua despedida da selecção e sai como merece. Campeão europeu.
Bruno Alves: Pensava-se que seria titular mas uma expulsão no ultimo jogo de preparação deitou tudo a perder. Jogou apenas com Gales e jogou muito bem. Também ele estará nas próximas chamadas mas Fernando Santos sabe que neste Europeu levou quatro centrais com mais de trinta anos pelo que é hora de começar a renovar o sector.
Raphael Guerreiro: Um talento imenso num jovem (22 anos) que vai longe. Justamente eleito o melhor lateral esquerdo do Europeu fez com que ninguém se lembrasse de Fábio Coentrão. O lugar é dele e creio que será por muito tempo.
Eliseu: Jogou quando Raphael não pôde e não comprometendo esteve longe de encantar. Com Raphael e Fábio operacionais dificilmente voltará a ser chamado.
William Carvalho: Não foi o Europeu da sua afirmação e embora seja nome certo nas convocatórias futuras cada vez tenho mais duvidas que a jogar (e ás vezes a pensar...)tão devagar alguma vez consiga a carreira que parecia ao seu alcance. É um bom jogador mas prometia mais...
Danilo: Começou como titular, depois passou a suplente, voltou a titular e fez o ultimo jogo como suplente utilizado. Um bom campeonato na sua primeira aparição na alta roda.
Moutinho: Teve uma época difícil com várias lesões e isso foi patente na forma com que se apresentou no Europeu. Começou como titular mas depois apenas jogou como suplente utilizado. E jogou bem. Continuará ser um dos nomes certos da selecção.
Adrien: Não jogou na fase de grupos mas foi sempre titular no "mata,mata" e foi um jogador decisivo na forma como deu coesão à equipa. É jogador com que Portugal contará nos próximos anos.
André Gomes: Foi aposta reiterada do treinador mas com o decorrer da prova foi perdendo folêgo e protagonismo acabando no banco. Deu a sensação de estar cansado. É um valor seguro para o futuro.
João Mário: Sempre titular mas com um rendimento irregular alternando o bom com períodos de desaparecimento. Quase sempre relegado para o lado esquerdo viu.-se que não eram aqueles os seus terrenos. Tacticamente foi dos melhores. A selecção conta com ele para o futuro.
Renato Sanches: Eleito melhor jogador jovem do torneio pode dizer-se que o futuro é dele. Em apenas oito meses passou de uma equipa B que quase desceu de divisão a titular da selecção campeã europeia. No Europeu foi um jogador importante nas fase a eliminar, marcou um golo decisivo mas também confirmou que ainda não é (nem aos 18 anos podia ser) "produto acabado". Tem de melhorar a defender, aperfeiçoar o tempo de decisão, controlar alguns excessos de fogosidade. Mas será "cliente" certo da selecção nos próximos largos anos.
Ronaldo: Não fez um Europeu espectacular nem isso seria possível depois de ao longo da temporada já ter efectuado mais de 60 jogos! Mas deixou a sua marca com três grandes golos, exibições em que se sacrificou pela equipa jogando num lugar que não é o seu, exercendo o cargo de capitão de forma simplesmente extraordinária. No espaço de pouco mais de um mês sagrou-se campeão europeu de clubes e de selecções. Venha a 4ª Bola de Ouro! Quanto à selecção literalmente jogará até quando quiser. Provavelmente até ao Europeu de 2020.
Nani: Fez um excelente Europeu, jogando quase sempre no lugar de ponta de lança (que está longe de ser o seu) e correspondendo com três golos, Fruto das necessidades da equipa também percorreu outros lugares da frente de ataque com assinalável entrega ao jogo. Tem mais alguns anos como jogador de selecção.
Quaresma: Aos 32 anos tive finalmente a consagração ao nível de selecção que noutras alturas lhe tinha escapado por razões diversas. Fez os sete jogos (só um como titular) mostrando sempre, além da sua enorme qualidade que nunca esteve em causa, um assinalável espírito de equipa e uma assumpção de responsabilidade que legitimaram a aposta que Fernando Santos nele fez desde a fase de qualificação. Teve no golo à Croácia e no 5º penálti à Polónia os seus momentos inesquecíveis. Será jogador de selecção mais algum tempo certamente.
Éder: Dele foi o golo que fez História. Até à final tinha actuado apenas 13 minutos e quando foi opção para o lugar de Renato Sanches causou alguma surpresa. A verdade é que entrou muito bem, fez o "tal" golo e quase fazia outro, segurou os centrais franceses e ganhou-lhes bolas pelo ar, segurou a bola dando tempo à equipa para subir aliviando a pressão francesa e ainda "sacou" dois amarelos para adversários. Realisticamente era impossível fazer melhor. Aos 28 anos ainda vai muito a tempo de ser útil à selecção durante bastante tempo.
Rafa: Dos utilizados foi o menos utilizado. Mas mesmo nesses poucos minutos deixou excelente imagem. Seguramente que nos próximos anos será um jogador de selecção e do qual se pode esperar muito.
Foi assim que vi, uma um , os jogadores da nossa selecção.
Quanto ao futuro, e sintetizando, há três grandes grupos.
Os que assegurarão durante anos o núcleo duro da selecção e de que fazem parte Raphael Guerreiro, Rui Patrício,Renato Sanches, André Gomes, Cédric, Rafa, Danilo , William Carvalho, Anthony Lopes, Adrien, João Mário, Éder.
Aqueles que ainda estarão durante alguns anos mas tendo como limite provável ( e nem todos...)próximo Europeu e que é constituido por Nani, Quaresma, Moutinho, Pepe, Fonte, Vieirinha
E finalmente os que terão terminado o seu percurso de selecção neste Europeu como são os casos de Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Eliseu e Eduardo embora um ou outro destes ainda possa ser chamado para os jogos de apuramento para o Mundial de 2018.
Falta um eu sei.
Mas sobre esse é melhor não fazer previsões.
Ele decidirá.
Depois Falamos.

terça-feira, julho 12, 2016

Sugestão de Leitura

Mais um livro encontrado nos saldos da FNAC que valeu bem o preço que custou.
É a biografia de Isabel I de Inglaterra e versa não só a vida da rainha mas também o inicio da construção do Império Britânico, as guerras com Espanha  de Filipe II, as desavenças religiosas com o Vaticano e a luta pela supremacia dos mares com Portugal e Espanha.
Visto o seu reinado muito na perspetiva de alguns dos seus conselheiros próximos como William Cecil ou Nicholas Bacon é também salientada a forma visionária como utilizou os seus corsários/piratas/aventureiros/exploradores, entre os quais se destacaram Francis Drake e John Hawkins, para a descoberta de novos territórios para a coroa a par de continuas acções de pirataria e corso sobre os galeões espanhóis que traziam as riquezas do México e os navios portugueses que regressavam da Índia carregados de especiarias e riquezas diversas.
É, essencialmente, um retrato sobre uma rainha que foi uma hábil gestora financeira e uma visionária sobre o papel que o domínio dos mares permitiria a Inglaterra desempenhar no futuro mas também uma hábil diplomata que seguindo uma estratégia de alianças políticas e religiosas  bastante versátil evitou sempre que os seus inimigos tivessem a força necessária a invadir o seu país.
Um livro interessante que permite perceber as origens remotas da Europa que temos hoje.
Depois Falamos.

segunda-feira, julho 11, 2016

Uma história na Amorosa

Só os da minha geração ou das anteriores perceberão a importância que o demolido campo da Amorosa ocupa no imaginário vitoriano e a importância que teve na consolidação do Vitória como um grande clube.
Lá, mais do que em qualquer outro lado, nasceu a forma especial de ser vitoriano e a ligação extraordinária que os adeptos tem ao clube.
Era um campo muito especial onde passei muitas e muitas horas a ver jogos dos escalões de formação, treinos da equipa principal, jogos de reservas e um jogo oficial (com o Porto) da equipa sénior.
Mas também a jogar bola com amigos ora no rinque de patinagem ora no campo em terra onde se chegara a praticar basquetebol e mantinha as respectivas tabelas.
Há mais de quarenta anos jogar a bola fosse na Amorosa, fosse nos terrenos em volta do estádio ocupava boa parte dos tempos livres e das férias escolares e era actividade a que nós miudos de 13,14,15 anos nos entregavamos com entusiasmo.
5 contra 5, 6 contra 6, 7 contra 7 (conforme os que apareciam) lá se disputavam animados jogos de "muda aos 5 e acaba aos 10" ou com limite horário conforme as circunstâncias.
Um dia um de nós, o Vitor B. , foi treinar ás captações do Vitória e ficou na equipa de iniciados o que foi para todos motivo de satisfação e o Vitor passou a ter uma claque privada nas manhas de domingo quando os iniciados jogavam na Amorosa.
Mas passou a ter também um grupo de amigos que lhe azucrinavam a paciência dizendo-lhe que a nossa equipa,constituída por um grupo de amigos que frequentavam diariamente (e várias vezes ao dia...) o café "Meia Noite" na rua de S.Gonçalo quase em frente ao pavilhão da Inatel para jogarem bilhar ou simplesmente conversarem, era muito melhor que a dele nos iniciados do Vitória e que se um dia jogássemos iam passar uma vergonha!
Ou fomos persuasivos q.b. ou o Vítor fartou-se de nos aturar mas a verdade é que um dia foi falar com Augusto Barreira, lendário treinador dos escalões jovens, a propor um treino entre os iniciados vitorianos e a equipa de amigos do café "Meia Noite".
Quando nos apareceu no café a anunciar que o treino tinha sido aceite, e seria poucos dias depois,foi um verdadeiro alvoroço e desconfio que se tornou o centro das nossas vidas nesses dias tal o entusiasmo provocado.
No dia marcado lá nos apresentamos na Amorosa com umas três horas de antecedência(!!!) porque estando o apronto marcado para as 20.00 h eram 17.00h e já lá estávamos dando asas ao sonho de vencermos o jogo das nossas vidas.
Quis S. Pedro que essa noite fosse de tremenda invernia, com chuva e frio com fartura, mas nem isso nos desanimou quando entramos em campo subindo as escadas de acesso em fila,como uma verdadeira equipa num jogo oficial,perante o indisfarçável espanto dos iniciados vitorianos.
Combinado que o jogo teria cerca de 40 minutos lá começou o tão ansiosamente aguardado treino.
Que foi quase integralmente disputado em meio campo.
No nosso meio campo, mais propriamente dito, porque não me lembro de termos feito um remate a baliza do Vitória em todo o treino.
Foi um massacre.
E eu, que era o guarda redes, lembro-me bem de nunca ter achado uma baliza tão grande e de ter ido buscar lá dentro uma dezena de bolas mais  as que foram rematadas para fora e uma ou outra(poucas) que lá consegui defender.
Para miúdos de 14/15 anos(as nossas idades) foi uma cruel desilusão e acho que nunca mais chateamos o Vitor com comparações entre a nossa equipa de café e os iniciados do Vitória.
Memórias de um tempo remoto,algures em 1974, em que era aceitável que um grupo de amigos do café "Meia Noite" fizesse um jogo treino com os iniciados do Vitória.
Foi em 1974,a nível de iniciados, e o futebol era outra realidade.
Hoje em termos de muito maior rigor em todos os escalões, especialmente nas equipas profissionais, isto seria impossível?
Devia ser, mas... Fareja-me que não!
Depois Falamos.

Campeões

Depois do italiano e do argentino chegou a vez do "borrego" francês terminar o seu percurso.
Sendo que enquanto os outros eram pouco importantes porque não reportavam a competições oficiais já com a França a história era bem diferente.
Foi a dramática meia final de Marselha em 1984, a mão do Abel Xavier em 2000, a meia final do mundial de 2006 na Alemanha.
E para lá disso a insuportável arrogância, chauvinismo e desprezo por Portugal alardeado por franceses e seus comparsas (como o seleccionador alemão por exemplo) que passaram os últimos dias a menorizar Portugal e a dar a final como um mero pró forma para erguerem a Taça e ganharem o Europeu em sua própria casa.
Foram por mau caminho.
Porque motivaram Portugal, criaram um sentimento de indignação bem reflectido no brutal apoio dos adeptos portugueses no estádio que embora em minoria "golearam" os adeptos franceses em termos de apoio, e criaram uma sensação de facilidade que em jogos destes é quase sempre fatal.
E esqueceram-se do "pequeno" detalhe de que Portugal em 13 jogos oficiais com Fernando Santos não perdera nenhum!
Um que fosse!
E o inicio do jogo parecia confirmar as expectativas francesas.
Portugal retraído, evidenciando algum nervosismo, falhando passes e permitindo uma cavalgada francesa em direcção ás redes portuguesas que se temia que mais cedo ou mais tarde viessem a resultar em golos.
Mas aí surgiu Rui Patrício em grande, efectuando algumas defesas de excelente nível, e mostrando à equipa que valia a pena acreditar e que os franceses não eram nenhum papão a que fosse impossível resistir.
E depois a lesão de Ronaldo.
Provocada por uma entrada maldosa (nem amarelo,nem falta sequer...) que impossibilitou o capitão português de continuar em campo mas simultaneamente uniu a equipa face ao infortúnio e deu-lhe a motivação extra de quererem ganhar também para oferecerem a vitória a Ronaldo que tanto contribuíra para que ela acontecesse.
O resto da história é conhecido.
A França a ter mais posse de bola, a atacar mais e Portugal a resistir, a tentar o contra ataque e a manter a baliza fechada a sete chaves por um Rui Patrício que fez uma exibição magnifica e no único lance em que foi ultrapassado estava lá o poste a resolver.
A partir de metade da segunda parte, também por força da boa entrada em jogo de Moutinho, Portugal foi equilibrando o jogo e baralhando a pressão francesa que foi perdendo eficácia e percebeu-se que salvo lance mais bem sucedido (como o remate ao poste em cima dos 90 minutos) o jogo iria para prolongamento.
Foi.
E aí Portugal teve provavelmente o seu período de superioridade empurrando a França para trás, rematando à barra num livre de excelente execução de Raphael Guerreiro ,tendo dois contra ataques perigosos e  marcando por Éder o golo que decidiu o campeão europeu!
Depois...bem, depois foram os 10 minutos mais longos da História do futebol português.
Não porque a França, abatida física e psicologicamente, criasse lances de perigo iminente mas porque o sonho estava ali tão perto que seria um golpe terrível no ânimo da equipa e dos adeptos se tal não viesse a confirmar-se.
Felizmente a história teve um final feliz.
Portugal podia não ter a melhor selecção, os melhores jogadores, ser a equipa que praticava melhor futebol como alguns foram dizendo nos últimos dias.
Pouco importa.
Na hora em que importava ser o melhor de todos... Portugal foi!
E é campeão da Europa.
E isso, apenas isso,fica para a História.
Depois Falamos.

domingo, julho 10, 2016

Vamos a Isto!

O mais difícil está feito.
Portugal esta na final do Europeu 2016
Vencendo os adversários, vencendo a descrença inicial de muitos (entre os quais me incluí), vencendo os obstáculos que lhe foram aparecendo fruto de algumas arbitragens simplesmente miseráveis.
As exibições não foram excepcionais mas também não foram tão más como se quis fazer crer, os resultados foram os suficientes para passar da fase de grupos para os jogos de "mata mata" e nesses Portugal foi implacável e venceu para todos os gostos.
Em 90 minutos o País de Gales, em 120 a Croácia e nos penáltis a Polónia.
O que mostra uma equipa psicologicamente muito forte e sem temer (nem tremer nos) momentos decisivos.
Hoje joga a final.
Em casa do adversário, num estádio maioritariamente adverso, enfrentando uma boa equipa e  um sentimento quase generalizado a nível de comentadores internacionais de que a França vencerá a final.
Felizmente ninguém ganha nem ninguém perde antes de jogar.
E os franceses podem ganhar nas apostas, nos vaticínios, nas opiniões de comentadores, na arrogância e chauvinismo da imprensa francesa que aqui e ali até já transmitem mais receio do que certezas.
Aí podem ganhar à vontade que não faz diferença nenhuma.
Mas há um jogo para jogar.
E em 90 minutos, em 120 ou nos penáltis se verá quem é melhor e ganha o troféu sagrando-se campeão da Europa.
E no relvado Portugal tem os seus argumentos.
E se mantiver o espírito de união que a tem caracterizado, se jogar como um bloco em termos de solidariedade, se os seus jogadores olharem os adversários nos olhos sem medo (e estou certo que o farão) então logo se vê quem ganha.
Porque há uma coisa que nós sabemos e eles temem.
O melhor jogador em campo é português.
Chama-se Cristiano  Ronaldo e não há jogador francês que se possa sequer comparar-lhe em termos de classe, de palmarés, de capacidade de decidir.
E se as equipas se equivaleram então caberá aos jogadores de classe extra decidirem.
Aí Portugal tem clara vantagem.
Vamos ao jogo.
Com confiança, com determinação, com coragem.
Eu acredito em Portugal.
Depois Falamos.

sábado, julho 09, 2016

Durão Barroso

Bastou Durão Barroso ser convidado para presidente não executivo da Goldman Sachs, uma das maiores empresas financeiras do mundo, para cá no "quintalzinho" se desatarem de imediato as polémicas do costume!
Nuns casos ao sabor da prática do mais velho desporto nacional( a inveja), noutros ao de azias nunca digeridas, noutros ainda pelos habituais preconceitos ideológicos e houve ainda aqueles que de boa fé e no exercício do direito de opinar discordassem com fundamento em razões que respeito mas não concordo.
Pessoalmente não vejo nenhum problema no assunto.
A Goldman Sachs é uma empresa privada, de dimensão mundial, que convida quem muito bem entende para os seus quadros e a quem paga o que acha necessário para tornar o convite irrecusável e justo em função da importância do cargo.
Durão Barroso foi secretário de estado, ministro, primeiro-ministro de Portugal e líder do maior partido português.
Durante dez anos presidiu à Comissão Europeia.
Tem uma rede de conhecimentos e contactos a nível mundial que tornam o seu contributo desejável para qualquer grande empresa pelas portas que abre e pelo aconselhamento informado que presta em negócios e parcerias a nível internacional.
Deixou o cargo europeu há ano e meio, dá aulas em Lisboa,Genebra e Washington, não tem nenhum cargo político em Portugal ou na Europa que tornasse incompatível o exercício das funções que vai ter na Goldman.
Ao aceitar esta via profissional apenas confirma o que dissera em recente entrevista ao Expresso/Sic sobre não voltar a exercer nenhum tipo de cargo político em Portugal ou em instituições internacionais deixando definitivamente a política.
Onde está,pois,o problema?
Um cidadão livre de compromissos políticos e sem nenhum tipo de incompatibilidade legal não pode aceitar uma proposta de trabalho de uma empresa privada?
É crime?
Viola alguma lei?
Fere alguma incompatibilidade?
Que país este em que alguns não conseguem ver um português ter sucesso internacional!
Acho que Durão Barroso fez muito bem (tal como reconheceu o Presidente da República aliás) em aceitar o convite e iniciar uma nova etapa da sua vida profissional longe da política e afastando-se de um país que ás vezes ainda parece querer ser mais pequeno do que na realidade é.
Depois Falamos.

P.S. Não deixo de achar piada a que alguns que agora espumam de raiva contra a ida de Barroso para a Goldman serem precisamente os mesmos que em épocas definidas (especialmente entre 2005 e 2008) apresentavam o facto de o falecido António Borges ser um dos muitos vice presidentes da empresa como um argumento decisivo para o proporem para líder do PSD e candidato a primeiro-ministro...

Que Equipa?

Que equipa apresentará amanhã Fernando Santos na final do Europeu?
Com Pepe recuperado creio que o seleccionador nacional terá nove ou dez jogadores decididos podendo restar-lhe uma ou duas duvidas quanto ao onze inicial.
Na baliza estará Rui Patrício.
O quarteto defensivo será composto por Cédric, Pepe Fonte e Raphael Guerreiro sendo surpresa das grandes se fosse outra a composição da defesa.
Sem prejuízo de afirmar que Portugal tem um excelente quarteto de defesas centrais, dos melhores deste Europeu, com o senão de todos eles terem mais de trinta anos o que não sendo problema para amanhã é assunto a ponderar para o futuro.
No meio campo Adrien e João Mário são nomes certos tal como Ronaldo e Nani no ataque em que tem sido titulares absolutos e uma vez mais serão os principais responsáveis pelo ataque à baliza francesa.
As duvidas são, pois, os dois restantes lugares do meio campo.
Em que William Carvalho deverá ser titular em detrimento de Danilo (pessoalmente prefiro o segundo que dá mais garantias de...mobilidade)  e Renato Sanches deve estar neste momento no centro das cogitações de Fernando Santos.
Por uma razão muito simples.
A primeira prioridade para amanhã é não errar.
Não errar no passe, não errar nas marcações, não errar nas opções levar a bola/passe nas saídas para o ataque altura em que a equipa fica sempre mais desposicionada e portanto mais vulnerável.
Precisamente as maiores fragilidades, como se viu com a Croácia e com Gales, de Renato Sanches fruto da idade e consequente falta de experiência destas andanças.
É verdade que ele dá à equipa dinamismo, velocidade na saída para o ataque, remate de meia distância e poderio físico nas jogadas 1x1.
Mas FS pode entender que essas características são mais importantes numa fase mais avançada do jogo,em que eventualmente seja preciso arriscar mais qualquer coisa, e preferir jogar pelo seguro apostando na categoria e experiência de Moutinho que mesmo não estando numa forma esplendorosa tem a vantagem de não cometer erros de principiante e garantir solidez na posse de bola e na definição das jogadas.
Amanhã saberemos.
E provavelmente William e Renato até serão titulares.
Mas se não forem, ou especialmente se o segundo contra todas as previsões não for, não ficarei admirado.
Depois Falamos.