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quinta-feira, junho 30, 2016
Marselha
Portugal joga hoje no palco "maldito" do estádio Velódrome em Marselha a sua passagem ás meias finais do Euro 2016.
Palco "maldito" porquê?
Apenas pelo passado, porque nisso de superstições e azares é coisa em que não acredito, que nos recorda a enorme frustração sentida em 1984 quando uma muito "sui generis" (4 treinadores, etc, etc...) selecção portuguesa disputou uma empolgante meia final com a França e esteve a poucos minutos de se apurar para uma final que dificilmente deixaria de vencer frente a uma Espanha muito longe do que viria a ser depois.
Começou a perder, deu a volta ao resultado com dois golos de Jordão e perdeu o 3-1 num lance em que Néné isolado atirou contra Joel Bats, e acabou por perder nos instantes finais com um golo de Platini então no auge da sua carreira.
Hoje a história será muito diferente.
Desde logo porque passaram 32 anos, são outros os jogadores, a selecção tem uma organização que não tinha, o adversário não joga em casa como em 1984 e acima de tudo porque não há dois jogos iguais nem as circunstâncias se repetem.
Mas certo,certo é que em 6 de Julho apenas uma das duas selecções marcará presença na meia final de Lyon.
A outra, como em 1984, regressará a casa.
Acredito que Portugal continuará em prova e será um dos semi finalistas deste Europeu.
É melhor equipa, tem melhores jogadores, tem demonstrado uma boa coesão defensiva e feito os golos necessários a continuar em prova.
E tem , é sempre bom lembrá-lo, alguns talentos que podem fazer a necessária diferença.
Desde logo Ronaldo mas também Quaresma e Nani à cabeça.
Há que estar optimista mas não dar nada por adquirido antes de estar realmente concretizado.
Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Depois Falamos.
quarta-feira, junho 29, 2016
Aberração
Já todos sabemos que o nosso futebol não é sério, não tem verdade desportiva, está montado em torno de um "sistema" de continuo favorecimento a três clubes e absoluto desprezo pelo interesse de todos os outros!
O que choca cada vez mais é o facto de os presidentes dos restantes clubes da I Liga se mostrarem absolutamente incapazes de defenderem os interesses dos seus clubes, a verdade desportiva da competição e os direitos dos seus adeptos que em nada são inferiores aos dos adeptos dos três filhos do "sistema".
Já por bastas vezes me tenho insurgido contra o sorteio condicionado da Liga, que não trata todos os clubes por igual, e que visa apenas defender os interesses de Benfica,Sporting e Porto com uma série de clausulas que seriam inaceitáveis num campeonato sério.
Infelizmente os restantes clubes agacham-se perante essa prepotência e aceitam o inaceitável.
Uma vergonha.
Mas ontem, já não satisfeita com tanto privilégio (e nem estou a falar de Arbitragem e Disciplina porque então aí...) a AG da Liga aprovou outra aberração perante a satisfação dos três estarolas e o silêncio cobarde de todos os restantes.
A partir da próxima época os clubes que utilizarem estádios alternativos para receberem um dos três estarolas terão de usar o mesmo estádio para receber os outros dois !
Esta regra, como a dos sorteios, consagra o inaceitável.
Em primeiro lugar quem não tem estádios capazes para receber os 17 adversários não pode jogar na I liga.
Em nenhuma liga do mundo existe a figura do estádio alternativo.
Só em Portugal para favorecimento de Benfica,Sporting e Porto.
Em segundo lugar esta possibilidade de receber uns clubes num estádio e "outros" clubes noutro estádio viola gravemente a verdade desportiva da competição porque não é a mesma coisa jogar como visitante em casa do adversário ou em campo neutro.
Em terceiro lugar, e os presidentes dos restantes clubes nem na defesa dos seus adeptos pensam, não é a mesma coisa em termos de acessos, de estacionamento, de conforto e qualidade dos estádios ir jogar com Tondela ou Arouca (dois dos principais suspeitos da aplicação desta nova regra) em suas "casas" ou fazer os jogos no moderno e funcional estádio de Aveiro.
Qualquer vitoriano, braguista, flaviense,boavisteiro, pacense, etc que já tenha ido a Tondela, Arouca e Aveiro sabe bem a diferença.
Em quarto lugar colocar em causa o resultado desportivo em prol da receita ao invés de ser estimulado pela própria Liga devia ser investigado e punido pelas autoridades porque se trata quase de um "suborno" legal em que em troca de uma melhor receita proporcionada pelos adeptos do clube visitante se alienam as possibilidade do sucesso desportivo proporcionada por jogar no próprio estádio e com menor presença de adeptos do visitante.
Em quinto lugar, mas claro que os presidentes dos respectivos clubes nem nisso pensam, é uma violência para os próprios adeptos terem de se deslocar dezenas de quilómetros para verem um jogo que supostamente era em "casa enquanto o comércio local que apoia os clubes todo o ano vê anulada a possibilidade de negócios nos três dias de suposto maior movimento de adeptos visitantes.
Sinceramente não sei qual é o conceito de defesa dos seus clubes que os presidentes dos 15 "enteados" do "sistema" levam para as AG da Liga.
Só vejo é subserviência aos três "filhos" queridos desse mesmo "sistema" e um pavor irracional de desagradarem ao sr.Vieira, ao sr.Carvalho ou ao sr.Costa.
Mas sei, isso sim, que o futebol português cada vez enoja mais pela falta de verdade desportiva, de seriedade das competições, de dirigentes à altura das suas responsabilidades.
Depois ainda se admiram da perda de público nos estádios?
A culpa é toda deles!
Depois Falamos
terça-feira, junho 28, 2016
1/4 Final
E estão encontradas as oito melhores selecções deste Europeu.
Portugal, Polónia, País de Gales, Bélgica, Alemanha ,Itália; França e Islândia.
Depois de uns oitavos de final em regra melhor jogados que a fase de grupos foram estas as selecções que mereceram a passagem à fase seguinte deixando pelo caminho outras que sendo teoricamente mais fortes não conseguiram prová-lo no único sítio que realmente interessa e que é o terreno de jogo.
E assim ficaram pelo caminho a bi campeã em título Espanha e a Inglaterra duas equipas que em teoria se admitia que pudessem estar nos quartos de final mas que sucumbiram face a Itália e Islândia que com todo o mérito se qualificaram.
De notar que em relação à fase de grupos (seis) três deles conseguiram apurar duas equipas para os quartos de final mais propriamente o C (Alemanha e Polónia), o E (Bélgica e Itália) e o F (Portugal e Islândia) enquanto o A e o B apuraram uma (França e País de Gales respectivamente) enquanto o D já foi todo para casa.
A partir daqui tudo é possível.
Alguma lógica diz-nos que entre os oito apurados podemos estabelecer três graus de favoritismo:
Num primeiro nível,os claramente favoritos, podemos colocar Alemanha, França e Itália .
A seguir num favoritismo intermédio Portugal e Bélgica.
E depois num favoritismo minguado temos Polónia, Islândia e País de Gales.
Mas se há coisa que este Europeu se tem encarregado de provar é a falência das teorias quanto aos mais e menos fortes.
Por mim, arriscando um previsão,penso que nas meias finais teremos um Portugal-Bélgica e um Alemanha-França.
Mas nada como esperar para ver.
Até porque a Itália...
Depois Falamos
segunda-feira, junho 27, 2016
Luís Esteves
Conheço o Luís Esteves há muitos anos.
Muito antes de ele se ter tornado no melhor treinador de guarda redes português.
De um tempo em que ele ainda não tinha ido para a Universidade e nem sabia sequer qual iria ser com certeza absoluta o seu futuro profissional.
Mas já sabia que era vimaranense e vitoriano daqueles de antes quebrar que torcer.
Depois a diferença de idades e de percursos fez-nos perder o contacto mas fui acompanhando à distância a sua carreira e a forma como tinha decidido especializar-se em treinos de guarda redes o que lhe viria a merecer o reconhecimento da UEFA, da FIFA e da Federação Espanhola entidades com quem colabora há anos.
Em 2012 foi a "minha" primeira contratação para o Vitória.
Sabendo pelo amigo comum Rui Leite que ele, então na Arábia Saudita , estava desejoso de voltar a Portugal e conhecendo o seu currículo não hesitei minimamente em pedir ao Rui para marcar um encontro com ele para conversarmos.
E assim foi.
Ainda em campanha eleitoral reunimos na pastelaria "Clarinha" ,ao lado da sede de campanha da Lista A, e em 5 minutos chegamos a acordo para o seu regresso ao Vitória a partir de Julho de 2012.
Vindo ganhar muito menos do que estava a ganhar na Arábia ,ou do que poderia ganhar noutros clubes que estavam atentos à sua situação, mas deixando o coração vitoriano falar mais alto e "impor" o regresso ao seu clube.
Assim foi.
O Neno ,então treinador de guarda redes passou para as relações públicas que é o lugar onde de longe melhor serve o Vitória (e fá-lo de forma excepcional), e o Luís Esteves foi integrar a equipa técnica do Rui Vitória onde desenvolveu um trabalho de excelência quer a treinar os guarda redes da equipa A quer a supervisionar o treino de todos os outros guarda redes do clube.
A par de ter lançado iniciativas tão interessantes como a Academia de guarda redes ou realizando seminários de formação para treinadores.
Quando no final da época de 2014/2015 Rui Vitória se transferiu para o Benfica, levando boa parte da sua equipa técnica, Luís Esteves "resistiu" e continuou por Guimarães integrado na equipa de Armando Evangelista que honra lhe seja feita não colocou entraves a isso.
Provavelmente percebendo que era um privilégio ter a trabalhar com ele o melhor treinador de guarda redes português.
Como é sabido Evangelista durou pouco e viria a ser substituído por Sérgio Conceição que não quis LE porque já trazia com ele um treinador de guarda redes e fazia questão de impor toda a sua equipa técnica mesmo sabendo da vontade do Vitória em manter o LE.
Como na altura preferiram fazer-lhe a vontade (primeira de muitas...) do que explicarem-lhe que no Vitória a porta da rua é serventia da casa para quem não acata as orientações do clube ficou Luís Esteves, bem contra sua vontade, a receber sem o deixarem trabalhar com manifesto prejuízo financeiro e técnico para o clube!
Ao fim de algum tempo, e após muita insistência sua, a administração da SAD lá acabou por lhe conceder a rescisão de contrato permitindo que LE procurasse um futuro profissional onde lhe reconhecessem competências e qualidades e lhe permitissem exercer a sua profissão.
Claro que Rui Vitória não anda a dormir , conhecia a situação, e convenceu Luís Esteves a assinar pelo Benfica!
Ou seja um treinador que o Vitória não quis, um treinador que esteve meses encostado a receber mas sem trabalhar porque não o deixavam, vai agora treinar os guarda redes do actual campeão nacional.
É , no mínimo, "sui generis" esta situação.
Claro que para Luís Esteves é uma grande e irrecusável oportunidade.
Vai trabalhar no maior clube português, campeão nacional em título, vai conhecer a realidade da Liga dos Campeões, vai enriquecer o currículo e ganhar certamente bem mais do que aquilo que ganhava no Vitória.
Mas que pensar de uma gestão desportiva que permite situações destas?
Que desperdiça para o Benfica aproveitar?
Que não sabe dar valor ao que tem dentro de portas e perde um quadro técnico com a valia de Luís Esteves?
É uma pergunta para a qual cada adepto, cada vitoriano, cada accionista da SAD deverão procurar a melhor resposta.
E a partir dessas respostas construírem convergências que contribuam para que no futuro seja impossível erros destes voltarem a acontecer.
Depois Falamos.
P.S. É dedução pessoal mas atrevo-me a dizer que tivesse o Vitória um projecto desportivo claro, sustentado, ambicioso e com futuro e nada convenceria Luís Esteves a trocar o Vitória pelo Benfica.
Nada.
Porque o seu lugar de sonho, como para tantos de nós( não todos...), é no Vitória
Pragmatismo "Grego"
E no primeiro jogo do "mata,mata" Portugal esteve como peixe na água bem ao jeito daquilo que Fernando Santos tanto gosta.
Um jogo muito táctico, marcações em cima a meio campo, enorme rigor defensivo e um "adormecimento" do adversário propício a num rápido contra ataque se marcar um golo e resolver o desfecho da eliminatória.
A "receita" que tantas vezes aplicou no comando da Grécia!
Foi para isso que FS montou a equipa.
Procedendo a alguma alterações no onze inicial,que se vieram a revelar bem sucedidas, povoando o meio campo e deixando na frente os "suspeitos" do costume- Nani e Ronaldo- abandonados face a uma táctica de jogo que raramente lhes proporcionou (excepto aos 117 minutos...) já não digo o apoio afim de criarem perigo mas ao menos a bola para poderem jogar!
Na defesa, face até a alguma insegurança face à Hungria, a entrada de Fonte (percebe-se que aos 38 anos os tempos de recuperação são mais longos e seria arriscado Ricardo Carvalho fazer quarto jogo em onze dias) revelou-se acertada porque fez um jogo sem falhas nem complicações, Cédric cumpriu bem no plano defensivo e permitiu descanso a Vierinha enquanto Raphael Guerreiro voltou ao "seu" lugar com toda a naturalidade e este trio mais Pepe (melhor em campo a grande distância na minha opinião) asseguraram a inviolabilidade da baliza de Rui Patrício que teve um jogo mais sossegado do que esperaria.
No meio campo continuaram William, João Mário e André Gomes mas foi na entrada de Adrien que residiu o "segredo" do sucesso constituído pelo facto de Portugal ter bloqueado muito bem as movimentações e os remates de meia distância dos dois melhores jogadores croatas-Modric e Rakitic- que nunca tiveram espaço e a oportunidade de outros jogos.
E parte desse mérito residiu na capacidade táctica e de entrega ao jogo de Adrien (para mim a melhor exibição portuguesa a seguir a Pepe) que fez um jogo quase perfeito em termos defensivos ,correndo a imensidade de quase 14 quilómetros o que é espantoso ainda para mais no final de época, e se tornou num "pesadelo" para Modric que não conseguia ter bola sem imediatamente o português lhe cair em cima.
Quanto ao jogo em si Portugal conseguiu que a Croácia fizesse um papel idêntico ao de...Portugal nos jogos anteriores.
Os croatas tiveram 60% de posse de bola, remataram 22 vezes contra seis dos portugueses, seis cantos a favor contra dois, fizeram seis faltas e sofreram 28(!!!) mas a verdade é que não conseguiram ganhar nem sequer marcar um golo.
A exibição "à grega" de Portugal acabaria por se revelar mortífera para a Croácia.
Que querendo resolver o jogo sem recurso a penáltis cometeu o "pecado mortal" de a três minutos do fim dar espaço a Renato Sanches para fazer aquilo em que faz a diferença (acelerar o ritmo de jogo). espaço a Nani para um cruzamento a régua e esquadro,espaço a Ronaldo para desferir um remate que se revelou impossível para o guarda redes segurar e espaço a Quaresma para, qual Harry Potter, o momento de magia que foi um golo a três minutos do fim de uma equipa cujo ultimo remate perigoso tinha sido noventa e sete minutos antes numa cabeçada de Pepe a rasar a trave!
Está feito como diria Marcelo Rebelo de Sousa!
E agora a Polónia.
Uma equipa que não tendo a qualidade da croata não está nos 1/4 de final por acaso e tem jogadores de indiscutível talento.
E daí prever-se que FS prepare a equipa para mais uma exibição "grega".
Desde que ganhem...já não vale a pena sermos esquisitos
Depois Falamos.
Adeus à Argentina?
Esta madrugada a Argentina voltou a ser derrotada pelo Chile na final da Copa América (tal como na ultima edição) , mais uma vez no desempate por grandes penalidades, e na sequência da derrota Lionel Messi anunciou o adeus à selecção.
Foi no "calor" da derrota, depois de ter falhado uma das grandes penalidades, e na frustração oriunda da quarta final consecutiva perdida numa grande competição (Mundial,duas Copa América,uma Taça das Confederações) e percebe-se bem a frustração do genial jogador argentino tantas vezes à beira de levantar os troféus e tantas vezes vendo outros fazê-lo.
Porque pela Argentina Messi tem apenas o Mundial de Sub 20 em 2005 e o torneio olímpico em 2008 o que é quase nada para um jogador da sua dimensão que ao serviço do Barcelona já venceu oito ligar espanholas e quatro ligas dos campeões entre outros troféus menos relevantes.
E provavelmente estará nesse dicotomia entre Argentina e Barcelona a verdadeira razão para este adeus aos 29 anos de idade e quando ainda tem tanto para dar à sua selecção.
Porque em Barcelona o jogador é idolatrado, reconhecem-lhe o talento e a genialidade, mas nem fazem dele a bandeira dos triunfos nem o bode expiatório das derrotas.
"Apenas" o valorizam na justa dimensão do seu valor.
Na Argentina tudo é diferente.
A cobrança é tremenda, quando ganham ganham todos mas quando perdem a culpa é de Messi.
E esta tese é defendida quer pelos adeptos que por mais que Messi faça nunca faz o suficiente, quer pelos comentadores da comunicação social que por mais que ele jogue criticam-no sempre por entenderem que no clube se esforça mais e joga melhor.
Mentalidades (neste caso argentinas) que nós portugueses bem conhecemos e não a propósito de Messi...
Espero que Messi , passada as emoções e retemperada a frustração, reconsidere e volte a jogar pela Argentina emprestando à selecção do seu país um talento e uma genialidade que apenas conheceram com Diego Maradona.
O futebol, "latu sensu", precisa dos seus melhores e seria triste que no próximo Mundial não estivesse presente um dos dois melhores jogadores do mundo!
Depois Falamos
sábado, junho 25, 2016
Brexit
É ainda muito cedo para se poder avaliar todas as consequências oriundas da decisão dos cidadãos britânicos em optarem pela saída do Reino Unido da União Europeia accionando a clausula 50 do Tratado de Lisboa.
Creio, contudo, que há algumas conclusões que se podem tirar desde já.
A primeira é que se tratou de uma decisão democrática , com origem no voto popular, prevista nos tratados e ao alcance de qualquer país.
A segunda é que ela representa,tal como a própria saída, uma forte censura à forma como a União Europeia tem sido dirigida pela burocracia de Bruxelas, assente no poder de dois ou três países, e cada vez mais longe dos povos europeus que não percebem as políticas, tomam conhecimento das decisões como factos consumados e suspeitam cada vez mais que o seu papel é apenas figurativo.
Bastará atentar-se no facto de nunca os governos terem querido referendar o tratado de Lisboa dando sequência ao previsto no próprio tratado.
A terceira é que nada ficará como antes no espaço da União Europeia. Porque são já vários os países (Holanda, Itália, França...) onde a exigência de referendar a respectiva permanência na UE se torna cada vez mais forte ao sabor de opiniões públicas indignadas.
A quarta é que este processo de desintegração (é melhor não termos ilusões sobre isto...) da União agrada de sobremaneira à extrema direita e à extrema esquerda europeias que sempre fomentarem os nacionalismos e nunca gostaram da ideia de uma Europa unida.
A quinta é que as reacções à saída inglesa, de Merkel a Hollande de Juncker a Rensi, mostram não só desorientação (a reunião em Berlim dos seis países fundadores apenas serve para irritar as opinião públicas dos restantes 21) como aquele que é, de facto, o grande problema europeu dos últimos anos; a ausência de governantes com dimensão de estadistas!
A sexta é que o Reino Unido acabou.
É apenas uma questão de tempo até novo referendo dar a independência à Escócia e a Irlanda do Norte se juntar à República da Irlanda numa Irlanda unida apesar das diferenças religiosas que as vão separando.
As claras votações na Escócia e Irlanda do Norte a favor da permanência na UE demonstram que esses povos não estão dispostos a serem arrastados para o isolacionismo escolhido por ingleses e galeses e ,portanto, que faz sentido poderem escolher os seus próprios caminhos.
Mas estamos apenas no princípio do Brexit...
Depois Falamos
sexta-feira, junho 24, 2016
Dia 1
Hoje comemora-se, em Guimarães, o 888º aniversário da Batalha de S. Mamede.
Na qual acabou o Condado Portucalense e começou Portugal uma vez conquistada a independência face aos vizinhos espanhóis.
É uma data "estranha".
A data em que um país conquistou a sua independência mas que apenas é celebrada na cidade que foi sua primeira capital e em cujos arredores se travou a decisiva batalha.
O restante país passa ao lado como se a independência, o podermos seguir o nosso caminho consoante a nossa vontade, fosse uma coisa menor ao ponto de nem uma comemoração nacional condigna merecer.
Curiosamente no mesmo país em que se celebra a reconquista da independência, a 1 de Dezembro de 1640, como se alguma vez se pudesse reconquistar algo que não fosse já nosso.
E é precisamente esse "nosso" ( a independência) que Portugal não quer comemorar.
Em ditadura onde essas coisas nem se podiam discutir e em democracia, onde os sucessivos poderes de esquerda e de direita estiveram sempre unidos na persistência de ignorar o assunto, nunca o 24 de Junho de 1128 obteve o merecido reconhecimento.
É pena, é injusto, é até patético.
Resta Guimarães.
Onde fieis à História, e gratos ao Rei que nos deu a oportunidade de sermos país, continuaremos a comemorar a data em que Portugal se tornou independente.
Já somos diferentes em tanta coisa que é "apenas" mais uma.
Mas com enorme significado.
Depois Falamos.
Comedimento...
É talvez a imagem mais icónica do relacionamento entre Belém e S. Bento.
Costa a abrigar Marcelo.
Em volta dela podem traçar-se teorias da conspiração, imaginarem-se cenários políticos, desenvolverem-se raciocínios mais ou menos elaborados sobre o que estará por trás de tudo isto e, essencialmente, quanto tempo isto irá durar.
Para já, e ao que se vê, parece uma relação muito próxima.
Cultivada por jantares em Paris, viagens no mesmo carro e até no mesmo avião, presença simultânea em eventos diversos como ainda ontem no S. João do Porto , várias declarações do Presidente a apoiar decisões do governo em matérias sensíveis.
E uma omnipresença de ambos junto da selecção nacional de futebol.
É uma proximidade que encanta a esquerda que sustenta o governo, ciente das suas fragilidades e sabendo que a ultima coisa que lhes dava jeito era um presidente hostil , mas inquieta a oposição PSD/CDS por acharem proximidade/cumplicidade a mais e receando que o Presidente se esteja a afastar do seu poder fiscalizador.
Em bom rigor é desejável que exista um bom relacionamento institucional entre Presidente e Governo porque a Constituição lhes exige que cooperem e não que se antagonizem como aconteceu por várias vezes ao longo destes quarenta anos com todos os presidentes eleitos.
Todos.
Mas diz a sensatez popular que "tudo que é demais é erro" e a imagem que hoje Marcelo e Costa transmitem pode ter que ser amanhã contrariada pelas responsabilidades que cada um tem de assumir especialmente o Presidente.
Porque Costa abrigar Marcelo da chuva é um gesto pitoresco, simpático, que dá uma boa imagem mas é inócuo em termos políticos concretos.
O problema surgirá no dia inevitável em que Costa precisar que Marcelo o abrigue das tempestades políticas que mais tarde ou mais cedo surgirão seja por implosão da geringonça seja por descontentamento popular com a inevitável austeridade que aí vem.
E nesse dia Marcelo pode entender que não pode, não deve, não quer sustentar o governo.
Está nas suas competências, no seu entendimento da função, no seu arbítrio.
E a ruptura será mais dolorosa face à proximidade dos tempos que correm.
Por isso, até na defesa da imagem das instituições, entendo que algum comedimento, de parte a parte, não seria pior...
Depois Falamos
quinta-feira, junho 23, 2016
O Bom e o Mau
Terminada a fase de grupos já é possível fazer um primeiro balanço do que tem sido a participação portuguesa neste Europeu de França.
Distinguindo o positivo do negativo e deixando uma perspectiva quanto ao futuro.
De Bom:
Desde logo o facto de Portugal continuar em prova tendo-se apurado para os oitavos de final através de três empates.
O bambúrrio de sorte constituído pelo facto de um inaceitável terceiro lugar no grupo acabar por dar acesso a fase (s) seguinte(s) da competição em teoria mais acessível face aos adversários com que se poderá cruzar.
Igualmente positivo, porque permitiu o apuramento, o facto de a selecção não ter perdido qualquer jogo embora por mais do que uma vez isso estivesse na iminência de suceder.
A notável capacidade anímica da selecção que neste jogo com a Hungria esteve por três vezes a perder (e portanto eliminada) e conseguiu sempre arranjar as forças necessárias para correr atrás do prejuízo e ter sucesso.
As boas prestações individuais de alguns jogadores como Ronaldo, Ricardo Carvalho, Quaresma, Guerreiro e Nani a par de outras não tão boas mas ainda assim cumprindo com o que lhes é exigido como João Mário, Vieirinha, Rui Patrício ou Renato Sanches.
A certeza de que Ronaldo está em forma e motivadissimo para fazer a diferença.
De Mau:
O seleccionador. Mal na convocatória, mal nas estratégias de jogo, mal nas substituições regra geral.
Ao ponto de se poder considerar que aquilo que de bom a equipa vier a fazer é apesar dele.
O terceiro lugar na fase de grupos mais acessível que até hoje Portugal encontrou em fases finais de europeus e mundiais. Menos de nove pontos era mau à partida. Fizemos três não ganhando um jogo para amostra.
Um meio campo sem dinamismo e facilmente ultrapassado pelos adversários pese embora quase sempre muito povoado e uma defesa que neste ultimo jogo tremeu em demasia.
Jogadores claramente abaixo do exigível com destaque negativo para Pepe (com falhas comprometedoras), Eliseu (só lá está por jogar no clube que se sabe porque de resto...), William Carvalho ( joga a uma velocidade que já não se usa em lado nenhum), Moutinho (fora de forma e desperdiçando lances de bola parada uns atrás dos outros)e André Gomes( que literalmente parece não poder com um gato pelo rabo) são os casos mais flagrantes.
Falta de oportunidades para Rafa, Adrien e Fonte que seguramente não fariam pior que alguns dos que tem jogado sendo altamente provável que fizessem bem melhor.
O público português que excelente no antes e depois dos jogos, muito bom nos directos televisivos, onde devia fazer sentir a sua presença, que era nos estádios durante os jogos, peca quase sempre pela ausência. Ontem, então, foi fraco demais.
Agora a Croácia.
Uma equipa mais forte, bem mais, do que os adversários com que até agora jogamos.
Mas normalmente é nesses jogos que Portugal se transcende ,e faz as suas melhores exibições, porque se dá bem com o "mata mata" que a partir de agora é regra.
Assim se espera que aconteça uma vez mais.
Depois Falamos.
O Microfone
Vou directo ao assunto.
Como sempre.
Ronaldo teve um gesto impensado, ao atirar o microfone ao lago, e ficava-lhe bem assumir isso e pedir desculpa ao jornalista.
Parágrafo.
Vamos ao resto:
Há meses a esta parte que o lixo impresso e televisivo chamado Correio da Manhã desenvolve uma autêntica perseguição a Cristiano Ronaldo inclusive com insinuações nunca fundamentadas (é difícil fundamentar calúnias...) sobre a sua sexualidade.
Meses.
Dúzias de "notícias" e peças televisivas usando um "poder" que só judicialmente pode ser contestado mas nunca impedido.
Na véspera do sucedido esse lixo televisivo passara uma entrevista muito antiga com o falecido pai de Ronaldo em que ele, visivelmente alcoolizado, contava as dificuldades que tivera na vida e os maus tratos que dera à família!
Sem nenhum interesse noticioso, sem nenhum fim jornalistico, apenas com o intuito de achincalhar Ronaldo e a família e ainda por cima no dia anterior a um jogo decisivo de Portugal.
Sem respeito por ninguém. Nem sequer pela selecção nacional.
Um homem, por mais figura pública que seja e por mais que o deseje nalgumas circunstâncias, não é de ferro!
Na véspera do sucedido esse lixo televisivo passara uma entrevista muito antiga com o falecido pai de Ronaldo em que ele, visivelmente alcoolizado, contava as dificuldades que tivera na vida e os maus tratos que dera à família!
Sem nenhum interesse noticioso, sem nenhum fim jornalistico, apenas com o intuito de achincalhar Ronaldo e a família e ainda por cima no dia anterior a um jogo decisivo de Portugal.
Sem respeito por ninguém. Nem sequer pela selecção nacional.
Um homem, por mais figura pública que seja e por mais que o deseje nalgumas circunstâncias, não é de ferro!
Os jornalistas que acompanham a selecção sabem que todos os dias tem à sua disposição um espaço de conferência de imprensa onde podem questionar um jogador (diferente todos os dias) sobre a selecção, o europeu, os adversários e o que mais quiserem perguntar.
Fora disso sabem que não podem fazer entrevistas.
São regras definidas desde o início com o conhecimento de todos!
O passeio matinal da selecção era um espaço de descompressão e fazia parte do plano de preparação para o jogo que à noite Portugal ia disputar com a Hungria pelo que os jornalistas nem ali deviam estar quanto mais quererem fazer entrevistas.
Isso não desculpa o gesto infeliz de Ronaldo mas atenua-o de alguma forma.
De resto é mais que tempo de os jornalistas neste país perceberem que não estão acima das leis nem podem violar as regras acordadas sempre que lhes dá jeito.
A comunicação social não pode ser um "estado" dentro do Estado.
Depois Falamos
quarta-feira, junho 22, 2016
Guimarães....Portugal
Esta imagem com as cores da bandeira nacional associa de forma feliz o castelo de Guimarães, e a cidade Berço da Nação, à selecção nacional de futebol que hoje disputa um jogo decisivo no Euro 2016.
Tem sido prática um pouco por todo o mundo associar os monumentos mais significativos a momentos importantes, quer festivos quer de pesar, "pintando-os" com as cores daquilo que em cada momento quer ser evocado.
Em França a torre Eiffel já foi iluminada com as cores de todos os paises presentes no Euro e todos nos recordamos que aquando dos actos terroristas contra o Charlie Hebdo e depois na discoteca Bataclan muitos monumentos de todo o mundo, do Empire State Building de Nova Iorque à Ópera de Sidney, foram iluminados com as cores da bandeira francesa.
É uma forma de dizer presente.
Infelizmente esta imagem é apenas a pintura de um patriota e não a fotografia do castelo iluminado com as cores da nossa bandeira como seria desejável e oportuno.
Não se lembraram...
Depois Falamos
terça-feira, junho 21, 2016
Mein Kampf
Sabe-se quem o escreveu, do que consta e no que deu!
Mas não deixa de ser curioso que na actualidade, 93 anos depois de Hitler o ter ditado a Rudolf Hess na prisão de Landsberg onde cumpria pena depois do falhanço do putsch de Munique, o "Mein Kampf" se esteja a tornar um sucesso editorial um pouco por toda a Europa.
Proscrito por muitos anos, por razões políticas mas também da propriedade dos direitos sobre ele, o livro em que Hitler traça a sua visão programática para a sociedade alemã, e que se viria a tornar no verdadeiro manifesto do nacional-socialismo, desperta hoje uma curiosidade invulgar e torna-se num verdadeiro sucesso de vendas.
Acredito que a esmagadora maioria dos que o compram, como eu por exemplo, o fazem pela curiosidade de conhecerem o seu conteúdo e perceberem melhor porque razão ideias tão reprováveis mereceram o apoio entusiástico de uma enorme maioria de alemães que levaram o seu autor ao poder pela via democrática.
No fundo ler para se poder falar com conhecimento de causa.
Outros o comprarão, acredito que uma pequena minoria, por se identificarem com o ideário nazi e verem no livro um "guia" para as suas práticas politicas.
Entre uns e outros a verdade é que o livro vende.
Ainda agora foi o mais vendido na Feira do Livro de Lisboa , esgotando a segunda edição e levando a editora a lançar uma terceira, naquilo que parece demonstrar uma enorme interesse dos leitores portugueses pela obra.
É curioso, não considero preocupante , mas acho que as democracias devem estar atentas a todos os sinais, por mais ténues que sejam, de interesse das pessoas por ideias totalitárias e criminosas como as expressas no "Mein Kampf".
É que a serpente só é perigosa depois de sair do ovo mas no ovo já está viva...
Depois Falamos
P.S: Tenho o "Mein Kampf" na estante à espera de vez para ser lido. Depois darei conta do que achei.
segunda-feira, junho 20, 2016
domingo, junho 19, 2016
Sugestão de Leitura
O tema é, já se sabe, um dos meus favoritos.
A II Guerra Mundial.
O livro, que não conhecia, encontrei-o por mero acaso num saldo da FNAC e depois de o folhear pareceu-me interessante e resolvi comprá-lo.
Em boa hora.
Porque é uma narrativa extremamente interessante sobre a forma como Churchill, Estaline e Roosevelt criaram uma aliança contra o nazismo e a mantiveram ao longo de quatro anos (1941-1945), ultrapassando dificuldades e divergências , e de alguma forma decidiram não só o destino da guerra como também o mundo depois dela.
Das conferências dos três lideres em Teerão e Ialta, aos encontros bilaterais no Kremlin, em Washington, em Marrocos ou no Egipto, passando pelas mensagens trocadas entre os três lideres este livro mostra-nos mais uma perspectiva do que foi a II Guerra mundial e das forças e interesses que nela se cruzaram.
Mas mostra também como os vencedores de uma guerra mundial não foram capazes, ou não lhes foi possível, evitarem guerras subsequentes quer no plano político (A "Guerra Fria") quer no plano militar como as travadas na Indochina.
Francamente um livro extremamente interessante.
Depois Falamos.
A II Guerra Mundial.
O livro, que não conhecia, encontrei-o por mero acaso num saldo da FNAC e depois de o folhear pareceu-me interessante e resolvi comprá-lo.
Em boa hora.
Porque é uma narrativa extremamente interessante sobre a forma como Churchill, Estaline e Roosevelt criaram uma aliança contra o nazismo e a mantiveram ao longo de quatro anos (1941-1945), ultrapassando dificuldades e divergências , e de alguma forma decidiram não só o destino da guerra como também o mundo depois dela.
Das conferências dos três lideres em Teerão e Ialta, aos encontros bilaterais no Kremlin, em Washington, em Marrocos ou no Egipto, passando pelas mensagens trocadas entre os três lideres este livro mostra-nos mais uma perspectiva do que foi a II Guerra mundial e das forças e interesses que nela se cruzaram.
Mas mostra também como os vencedores de uma guerra mundial não foram capazes, ou não lhes foi possível, evitarem guerras subsequentes quer no plano político (A "Guerra Fria") quer no plano militar como as travadas na Indochina.
Francamente um livro extremamente interessante.
Depois Falamos.
Um Exemplo!
Tenho uma profunda admiração por Ricardo Carvalho.
Que vem, provavelmente, desde o tempo remoto em que o vi ao serviço do Leça fazer um jogo em que encheu o campo com a sua classe face ao Vitória.
Depois a história é conhecida.
Porto, Chelsea, Real Madrid, Mónaco, uma longa carreira recheada de títulos e troféus e a sua afirmação plena como um dos melhores centrais do mundo ao longo da ultima dúzia de anos em que brilhou nos melhores relvados do planeta.
O mesmo na selecção onde com Figo, Ronaldo, Rui Costa e Deco constituiu o naipe dos mais brilhantes jogadores portugueses das ultimas décadas e esteve presente em europeus e mundiais sempre a alto nível.
Depois um gesto irreflectido afastou-o da selecção por força de uma autoritarismo serôdio e pacóvio de Paulo Bento que não soube perdoar depois do merecido castigo e com isso ele ficou fora do europeu de 2012 e do mundial de 2014 sem qualquer proveito para Portugal.
Fernando Santos, numa das suas melhores decisões enquanto seleccionador, soube recuperá-lo para a equipa nacional e aí está de novo Ricardo Carvalho com a classe de sempre a brilhar na defesa de Portugal e a constituir-se como um dos seus indiscutíveis.
É um exemplo.
Pela classe que põe em campo mas também por provar que a idade de um futebolista se vê no terreno de jogo e não no bilhete de identidade como tantos pensam e defendem.
Num país em que há tantos adeptos do futebol que acham que um jogador aos trinta anos está velho ver Ricardo Carvalho com 38 anos a jogar como joga é a melhor prova de que não é assim e constitui um bom exemplo para a necessária evolução dessas mentalidade retrogradas e ultrapassadas.
Espero vê-lo, em 2018 e com 40 anos, a defender as cores nacionais no Mundial da Rússia.
Depois Falamos.
Muito Bem
Acho que o PSD fez muito bem em pedir uma comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos que abranja os últimos dezasseis anos da instituição, ou seja, um período em que à frente do governo estiveram o próprio PSD e o PS por várias vezes.
Porque quem não deve não teme!
A verdade é que a partir do momento em que se sabe que a recapitalização da CGD vai custar aos contribuintes um mínimo de quatro mil milhões de euros é da mais elementar justiça que quem vai ter de pagar saiba porque razão tem de o fazer.
É preciso perceber que erros de gestão, que maus negócios, que decisões erradas originaram tão grandes prejuízos no banco público.
A quem se deu maus crédito e porque razões foi dado.
Que negócios, e porquê, foram feitos sem as garantias necessárias para o caso de correrem mal.
Percebo que PCP e PS não queiram esta comissão e ,no caso do governo, estejam a fazer tudo que lhes é possível para impedirem a sua constituição e a substituírem pelo que de mais inócuo e inconclusivo seja possível.
No caso do PCP é apenas um preconceito ideológico.
Defendendo o publico com unhas e dentes, e adorando anatemizar tudo o que é privado, dá-lhe imenso jeito poder falar de BPN, BES ou BANIF como expoentes dos malefícios da banca privada mas horroriza-os ter de admitir que na banca pública foram cometidos os mesmos erros (e se calhar alguns piores...) que levaram aos problemas nesses bancos provados.
No PS a questão é diferente.
Porque tendo partilhado com o PSD e o CDS, ao longo dos anos, o privilégio da nomeação de administradores para a CGD (muitos deles vá-se lá saber porquê...) os socialistas sabem que os "anos negros" da má administração da Caixa foram entre 2005 e 2008 quando a dupla Carlos Santos Ferreira/Armando Vara (socialistas nomeado por Sócrates) se "fartaram" de literalmente estourarem dinheiro em maus negócios como o célebre financiamento a um empreendimento turístico algarvio em que foram por água abaixo mais de 300 milhões de euros.
Por isso acho que o PSD fez muito bem.
Especialmente porque sabe que da comissão de inquérito poderão , eventualmente, resultar pormenores desagradáveis para os governos que liderou, para os administradores que nomeou, para as direcção do partido que tomaram decisões nessa matéria.
Mas isso é o que se espera de um partido responsável e com sentido de Estado.
Que ponha a Verdade das coisas acima de tudo.
Depois Falamos.
P.S: Claro que o "novo riquismo" que levou à construção da faraónica sede da CGD também será uma das razões, embora remota face ao período que o PSD quer investigado, para as actuais dificuldades financeiras da instituição.
Vamos Passar!
Tenho a certeza absoluta que Portugal vai vencer a Hungria e passar à fase seguinte como vencedor do seu grupo.
E esta convicção nem assenta na velha tradição portuguesa de a equipa se superar nos momentos decisivos mas sim no facto de a equipa, em campo, ter vindo a mostrar argumentos mais que suficientes para permitir essa sólida convicção.
E se no jogo com a Islândia a exibição não foi particularmente brilhante, sem ter sido má, no jogo de ontem há que dizer que Portugal fez um bom jogo, dominou completamente o adversário, criou oito oportunidades claras de golo mas foi muito infeliz na hora da concretização.
É futebol.
Mas uma equipa que remata vinte e três vezes, tem 60% de posse de bola, vê o seu guarda redes fazer apenas uma defesa difícil , esbarra duas bolas nos postes e vê o guarda redes adversário fazer meia dúzia de grandes defesas é uma equipa que está bem, que inspira confiança e merece que os adeptos acreditem nela.
O azar na concretização faz parte do jogo mas como dizia ontem Ronaldo é uma azar que não vai durar sempre.
E contra a Hungria acredito que vamos ter uma grande selecção,motivada e conquistadora, que vai ganhar o grupo e continuar no Europeu.
Sobre o jogo de ontem apenas mais duas notas:
Para salientar as boas exibições de Ronaldo que esteve em seis lances de golo (num até marcou mas estava fora de jogo) , Quaresma e Ricardo Carvalho numa equipa em que apenas Nani e André Gomes estiveram abaixo do que seria expectável face ao seu valor.
E para lamentar que o seleccionador não consiga estar ao nível da equipa que treina.
Pelo menos em termos de ambição e de competência.
Ontem quando se "pedia" Renato Sanches para aumentar a intensidade meteu João Mário que nem "entrou " no jogo e nada acrescentou (pelo contrário) face ao que Quaresma vinha fazendo e cuja saída apenas pode ser entendida face a problemas físicos.
E depois, num jogo que era imperioso vencer face a um adversário felicíssimo com o empate, faz a ultima substituição aos 88 minutos(!!!) metendo Rafa que mesmo nesse curtíssimo espaço de tempo provou que devia ter entrado muito mais cedo.
Eu sei que é especulativo e não comprovável mas acredito que se tem metido Rafa no lugar de Nani a 20 minutos do fim provavelmente Portugal teria ganho porque Rafa mexeu no jogo só não teve foi tempo para mais.
Mas é o seleccionador que temos (desconfio que ainda não se compenetrou que Portugal não é a Grécia...)e é com ele que temos de fazer pela vida.
Agora vamos ao "mata.mata" ,com a Hungria, no qual nos temos saído muitas vezes bem.
As contas, essas, fazem-se no fim.
Depois Falamos
quinta-feira, junho 16, 2016
quarta-feira, junho 15, 2016
Guima...Google
Foi muito citado nas redes sociais o facto de no dia 10 de Junho (dia de Portugal) o Google ter na sua página de entrada a imagem do castelo de Guimarães associando de forma muito interessante a cidade berço ao dia de Portugal.
É,obviamente, um acto de Justiça dado Portugal ter nascido em Guimarães em 24 de Junho de 1128 data em que D. Afonso Henriques venceu na batalha de S. Mamede as forças espanholas e tornou irreversível a independência do até então Condado Portucalense.
E por isso o Google esteve bem.
Não haveria dia de Portugal sem Portugal e não haveria Portugal sem Guimarães!
Bem melhor até que os orgãos de soberania portugueses que teimosamente se recusaram ao longo dos anos a dar ao 24 de Junho o seu verdadeiro significado e celebrar a data não só com um feriado nacional mas também atribuindo-lhe a distinção de ser o verdadeiro "Dia de Portugal".
É aliás uma aberração o facto de neste país se celebrar a reconquista da independência (1 de Dezembro de 1640) a nível nacional e não se festejar pelo menos de igual forma a conquista da mesma sem a qual não existiria obviamente a reconquista.
Mas nesta, como em tantas outras matérias, somos infelizmente obrigados a receber de fora lições que bem dispensaríamos se dentro existisse uma noção adequada do que são e devem ser as coisas.
Este caso personificado pelo Google foi apenas mais um!
Depois Falamos.
"Portugalidades"...
Somos como somos.
O pais das euforias e das depressões, dos amores e dos ódios, da transformação de entusiasmos ilimitados em pessimismos sem fim.
Ontem assim foi uma vez mais.
E bem à portuguesa é nos momentos piores que se alia uma ânsia de encontrar responsáveis com uma inveja mal camuflada por aqueles portugueses que tem sucesso e conquistam êxitos que lhes dão reconhecimento internacional.
Ontem, das redes sociais ao café à beira de casa onde fui no fim do jogo, para muitos o culpado do empate desolador com a Islândia estava encontrado.
Ronaldo.
Não os erros estratégicos e tácticos do seleccionador, não o sub rendimento de jogadores que não mereceram a titularidade (Pepe e Moutinho à cabeça), não o meio campo que não carburou ou a defesa que falhou estrepitosamente no golo islandês.
Nem sequer foi levado em conta que pese embora uma exibição insuficiente Portugal foi a selecção que mais rematou (apenas uma vez bem mas também há mérito em tentar) em todos os jogos até agora realizados neste Europeu e Ronaldo contribuiu para isso.
Não.
Importava era responsabilizar Ronaldo por não termos ganho.
Com as acusações habituais de que só joga no Real Madrid, que não está em forma, que não joga para a equipa entre outras em que o comentador que há em cada adepto sempre encontra para culpabilizar individualmente insucessos colectivos.
Tudo falso.
Porque Ronaldo não tendo feito um grande jogo (e naquele famigerado 4-4-2 dificilmente o fará) foi ainda assim dos melhores portugueses e aquele que mais perigo criou para a baliza adversária quer rematando quer assistindo colegas como naquele passe para cabeçada de Nani que o guarda redes defendeu quase miraculosamente.
E por isso é falso e injusto culpá-lo pelo empate.
Tivesse toda a equipa rendido o que ele rendeu e a sorte teria sido outra.
E de uma coisa podemos estar todos certos incluindo os invejosos e os intolerantes para quem é muito bom como o capitão português:
Tudo que de bom Portugal possa fazer neste Europeu só pode ser feito com Ronaldo.
Porque é ele o único capaz de fazer a verdadeira diferença entre uma boa equipa e uma equipa capaz de ser candidata a alguma coisa.
Depois Falamos.
P.S. Ontem no estádio havia uma imensa maioria de adeptos portugueses em número que mais que triplicava os islandeses.
Foi uma pena não se ter dado por isso ao longo do jogo!
terça-feira, junho 14, 2016
À "Portuguesa"...
Só não me sai o Euromilhões.
E tenho pena por muitas razões.
Porque a adivinhar algumas coisas no reino do futebol vou-me desenrascando com razoável sucesso e acertando nalgumas previsões.
Uma delas foi que os medos de Fernando Santos ainda iam dar mau resultado e escrevi-o há alguns dias atrás ao analisar o que poderia/poderá ser a participação da selecção portuguesa no Europeu de França 2016.
Referia-me , como está bom de ver, aquele insólito 4-4-2 com o meio campo muito "povoadinho" e dois avançados soltos na frente mas sem ponta de lança.
Negando aquele que devia ser o principio básico:
Quando se tem um jogador de categoria mundial como Ronaldo toda a equipa e respectiva estratégia devem ser montadas tendo em vista possibilitar-lhe a expressão máxima das suas capacidades.
Como acontece no Real Madrid.
Em que Ronaldo joga sobre um flanco, tem um ponta de lança (Benzema) fizo entre os centrais e outro extremo (Bale) no outro flanco.
E a equipa a jogar assim acaba de se sagrar campeã europeia marcando golos com fartura.
Mas FS , ao sabor dos seus medos, quis inventar e atirou Ronaldo para uma posição onde não é carne nem peixe, tem pouca bola e é mais fácil de marcar pelos adversários.
Foi a história de hoje.
Onde Portugal entrou bem (mas a primeira oportunidade foi islandesa...),criou algumas jogadas de envolvimento, fez um golo e podia ter feito outro num remate de Nani em que o guarda redes teve muita sorte, mas pouco mais do que isso.
Face a uma Islândia atlética, combativa, mas de futebol limitado e pouco imaginativo.
O azar português foi que mesmo sendo uma equipa limitada a Islândia é de poucas cerimónias e por isso na primeira oportunidade de que dispôs no segundo tempo fez um golo e tudo voltou à estaca zero com Portugal a necessitar de marcar e o adversário na cómoda posição de defender com 10 jogadores e ainda espreitar o contra ataque com algum perigo.
FS esteve bem ao trocar um Moutinho longe dos melhores dias por um Renato Sanches que trouxe animação ao jogo e velocidade à equipa na saída para o ataque, mas depois demorou uma eternidade a meter Éder que devia ter entrado bem mais cedo para permitir a Ronaldo um espaço que até então não tinha.
Pelo meio ainda fez entrar o supostamente lesionado Quaresma que também ele deu mais imaginação e qualidade ao ataque português mas sem tempo para obter os resultados que noutros jogos tem correspondido à sua entrada em campo.
Em suma dois pontos perdidos, face a uma das mais fracas equipas deste Europeu, e a necessidade de face a Hungria e Áustria refinar processos, ganhar coragem (o treinador) e abordar os jogos com outra perspectiva táctica sob pena de se isso não for feito o Europeu não durar muito.
Quanto a exibições individuais gostei especialmente de Ricardo Carvalho , Raphael Guerreiro, João Mário (a espaços) e do efeito positivo que Renato Sanches e Quaresma trouxeram ao jogo.
Ronaldo, a estrela maior deste Europeu, esteve longe do seu melhor pese embora a entrega ao jogo e os vários remates que fez o ultimo dos quais, de cabeça e aproveitando o espaço proporcionado pela presença de Éder, foi a melhor oportunidade portuguesa em toda a segunda parte.
Também para ele melhores dias virão.
Bem "à portuguesa" iniciamos o europeu complicando o que parecia fácil.
Agora , como quase sempre,há que correr atrás do prejuízo!
Depois Falamos.
Hipocrisia e Cobardia
Portugal vive tempos de uma hipocrisia sem fim.
Acompanhada por uma cobardia em doses industriais e que atinge os mais diversos sectores da sociedade portuguesa.
Todos nos lembramos, mesmo os hipócritas e os cobardes, do alarido nacional que foi feito quando Pedro Passos Coelho proferiu as afirmações acima reproduzidas num contexto próprio e que só não percebeu quem é burro ou estava de má fé.
PS, PCP, BE, Fenprof, comentadores e analistas, cronistas e paineleiros, foi um fartar vilanagem nas criticas e insultos ao então primeiro-ministro por ter proferido essas declarações.
Que em si nada continham de errado a não ser para quem não tinha a capacidade de as perceber ou deliberadamente as deturpou.
Agora em visita a França o actual primeiro ministro fez as declarações que acima se reproduzem e que em nada diferem daquilo que Passos Coelho tinha dito.
Nada!
E onde está o alarido?
Onde estão os indignados do PS, as esganiçadas do Bloco, os "moralistas" do PCP?
Onde está a Fenprof e o parasita sindical que a dirige?
Onde estão comentadores, analistas, cronistas e paineleiros?
Onde?
Refugiados na hipocrisia cínica e na cobardia estratégica?
Não sei nem me interessa.
Porque não quero mesmo saber de gente que não presta nem de partidos sem moral , sem ética, sem qualquer sentido de Estado.
"Isto" ainda não bateu no fundo mas já falta pouco...
Depois Falamos.
P.S. Recordo apenas que PPC fez essas declarações quando o governo e o país lutavam duramente para tirar o país da bancarrota em que o governo do PS o deixara enquanto António Costa o fez em pleno governo da geringonça que prometera aos portugueses o paraíso na Terra...
quinta-feira, junho 09, 2016
Rumo a França (3)
O terceiro e ultimo jogo de preparação para o Euro 2016 proporcionou à selecção portuguesa um "happy end" muito útil em termos da moralização da equipa para os jogos a "doer" a partir da próxima terça feira.
Naturalmente que ao escolher a Estónia para este derradeiro apronto a ideia era precisamente permitir à equipa um jogo em que pudesse atacar de principio a fim, testar várias soluções ofensivas, experimentar o 4-3-3 em alternativa ao preferido (mal...) 4-4-2 e fazer golos.
E todos esses objectivos foram cumpridos com Portugal a realizar uma exibição muito interessante e a conseguir marcar sete golos algo de invulgar em jogos a nível de selecções.
Fernando Santos ensaiou um "onze" diferente dos anteriores, procurando ver mais jogadores e perceber o entrosamento entre eles sector a sector, mas dificilmente será exactamente esta equipa que iniciou o jogo com a Estónia a dar o pontapé de saída face à Islândia.
Digamos que certos estarão Rui Patrício, Pepe, Danilo, João Moutinho, Ronaldo e Quaresma.
Vieirinha, André Gomes e João Mário quase de certeza pelos que as duvidas estarão entre Raphael Guerreiro ou Eliseu e no central que acompanhará Pepe mas que penso será Ricardo Carvalho.
Seja como for estes três jogos trouxeram a Portugal uma excelente novidade.
Uma equipa que se pensaria ser Ronaldo mais dez será, afinal,Ronaldo e Quaresma mais nove!
Na realidade Ricardo Quaresma foi a grande estrela portuguesa nestes jogos de preparação marcando golos espectaculares, oferecendo assistências e pondo no relvado o vasto reportório de técnica e fantasia que caracterizaram os melhores momentos da sua carreira.
Aos 32 anos, e sabendo que é a sua ultima oportunidade de realizar um grande europeu, Quaresma decidiu agarrar a oportunidade com ambas as mãos e promete formar com Ronaldo uma dupla capaz de fazer Portugal sonhar.
O que é óptimo para ele, para Portugal e para ...Ronaldo que verá os adversários terem mais com quem seriamente se preocuparem o que resultará
Agora venha a Islândia.
Portugal está pronto!
Depois Falamos.
P.S. O facto de a selecção ter viajado para França no Airbus da TAP chamado "Eusébio" prova que na FPF há agora atenção aos detalhes.
E como se sabe no futebol os detalhes contam e ás vezes fazem a diferença!
quarta-feira, junho 08, 2016
Previsões
Com o Europeu prestes a iniciar-se é tempo de serem feitas as habituais previsões.
Para já apenas sobre quem serão os dois primeiros de cada grupo.
No Grupo A creio que a jogar em casa a França é a grande favorita ao primeiro lugar ficando para Suíça e Roménia,por esta ordem, a disputa pelo segundo lugar e até pelo terceiro que pode dar apuramento em determinadas condições.
No Grupo B aposto na Inglaterra e na sua renovada selecção e na Rússia ficando a curiosidade de ver até onde poderá chegar o estreante País de Gales a "reboque" de Gareth Bale um jogador que merecia uma selecção com outras possibilidades.
O Grupo C tem na Alemanha o seu claro favorito e depois os organizadores do anterior Europeu,Ucrânia e Polónia, discutirão o apuramento directo e o possível apuramento no grupo dos melhores terceiros classificados.
O Grupo D é...complicado.
Espanha é teórica favorita mas República Checa e Croácia são fortes oponentes e a própria Turquia é um outsider de respeito.
Talvez Espanha e República Checa mereçam ligeiro favoritismo mas prevê-se um grupo muito equilibrado.
E se o D é complicado o Grupo E é complicadissimo.
A Bélgica com uma forte selecção liderada por Hazard, a Itália é...a Itália e a Suécia com Ibrahimovic é um poderoso adversário que num dia bom pode vencer qualquer adversário. E a própria República da Irlanda pode ter uma palavra a dizer.
Aposto, mas longe de certezas, na Bélgica e na Suécia.
Finalmente no Grupo F "exige-se" a Portugal o triunfo no grupo, até por ter nas suas fileiras Cristiano Ronaldo, mas os adversários por não serem favoritos a nada exigem particular atenção dada a tendência portuguesa para complicar o que parece fácil.
Digamos que Portugal e Hungria devem passar embora a Áustria possa intrometer-se na luta pelo segundo lugar do grupo.
Nos quartos de final teremos pois, pelas minhas contas, França, Suíça, Inglaterra, Rússia, Alemanha, Ucrânia, Espanha, República Checa, Bélgica, Suécia, Portugal e Hungria mais os quatro melhores terceiros classificados.
A partir de sexta feira começaremos a ver se estas contas batem certo...
Depois Falamos
Caldos de Galinha....
Ontem um bom amigo meu, vitoriano dos quatro costados e daqueles que ainda se entusiasma com facilidade, escrevia na sua página de facebook que estava muito contente com os reforços(a propósito de Rúben Ferreira) porque para o ano o Vitória vai ter uma bela equipa (sic)!
Não resisti a telefonar-lhe.
Para lhe dizer duas coisas.
A primeira é que ainda faltam mais de dois meses para a Liga se iniciar ,e quase três para encerrar o mercado, pelo que ainda é cedíssimo para tirar conclusões definitivas quanto ao plantel com que o Vitória vai iniciar o campeonato.
Até 31 de Agosto muita água correrá debaixo das pontes...
A segunda é que se tivéssemos de fazer um balanço definitivo neste momento (e não temos pelas razões atrás apontadas) o resultado seria simplesmente desastroso.
Porque, a fazer fé no revelado pela imprensa e anunciado pelo clube, o Vitória até agora contratou seis jogadores.
Dois, Soares e Rúben Ferreira, são de facto reforços e trazem mais valia ao grupo.
Quatro são incógnitas.
De Marcilio, Mbemba e Zungu não se conhece o valor e Marcos Valente pelo que se sabe dificilmente será titular de caras.
O problema são as saídas como está bom de ver.
Jogadores essenciais , de grande peso na equipa, vão embora.
Dourado, Otávio e Cafu.
Jogadores úteis como Licá (fez uma boa segunda volta), Luís Rocha, Tomané e Bruno Alves(feitos no clube e com experiência na 1ª liga) também saíram e não serão provavelmente os últimos.
De resto já nem para aqui chamo os emprestados de Janeiro (Rosell, João Teixeira e Vítor Andrade) porque esses não farão falta nenhuma.
Mas recordo que há a grande incógnita chamada João Miguel Silva que quer ficar mas não falta quem o queira vender o mais depressa possível.
E por isso tive de chamar o meu amigo à realidade e explicar-lhe que neste exacto momento temos pior plantel do que no final da temporada.
Há ainda muito tempo para contratar jogadores (até 31 de Agosto) mas já não há tanto tempo assim até a equipa iniciar os trabalhos (1 de Julho) e qualquer treinador gosta de começar a pré temporada com o máximo de definições possíveis.
Daí que cada um "tome" as doses de optimismo que bem entender.
O meu amigo, embora menos optimista e mais preocupado depois da nossa conversa, continua a achar que vamos ter um bom plantel capaz de nos dar grandes alegrias,
Eu prefiro esperar para ver.
Se há coisa que com esta SAD me recuso a fazer é...sonhar!
Pés no chão, cautela e caldos de galinha, manter as expectativas sempre baixas para não ter mais desilusões.
Depois Falamos.
P.S. Os valores anunciados para o negócio de Cafu, a serem verdadeiros, são representativos de um mau negócio financeiro e desportivo.
Mais um...