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sábado, abril 30, 2016

Paixão pelo SLB

Como árbitro Bruno Paixão não presta.
Nunca prestou.
Como não prestam João Capela, Soares Dias ou Carlos Xistra entre outros.
Mas Paixão é especial.
Porque tem uma longa carreira de mais de vinte anos na primeira categoria que só pode ser justificada por ser um "tarefeiro"ao serviço do "sistema"  que comanda o futebol português e homem de mão para o que é necessário.
Tornou-se conhecido num célebre Campomaiorense-Porto em que o então portista Jardel foi marcado pelo central José Soares com recurso a técnicas de luta livre, judo, ou qualquer outra modalidade em que andar agarrado ao adversário é permitido pelas regras.
De lá para cá é um imenso historial de péssimas arbitragens, de fretes sem limite, de actuações que há muito justificavam que fosse banido do futebol se o futebol português fosse sério.
Mas não é.
Ontem foi apenas mais uma.
Entrou no relvado com a clara intenção de intimidar o Vitória com a amostragem de quatro cartões amarelos em trinta minutos, mais a expulsão de Sérgio Conceição vá-se lá saber porquê, enquanto faltas idênticas de jogadores do Benfica passavam em claro.
O máximo do despudor neste jogo foi este lance:
Em que para total surpresa dos que acreditam na verdade desportiva (não falo de muitos benfiquistas porque para esses vale tudo desde que o SLB ganhe) em vez de expulsar Eliseu pela entrada brutal sobre Hurtado...marcou falta contra o Vitória.
Na segunda parte, já com o Benfica a ganhar, o velhaco mostraria o amarelo ao mesmo Eliseu por ter dado uma suave palmada nas costas ao mesmo Hurtado!
No final da primeira parte, e por força de paragens no jogo deu cinco minutos de compensação (o resultado ainda estava em 0-0 convém não esquecer...), mas já no segundo tempo com os longos festejos do golo, seis substituições e uma longa paragem (mais de 3 minutos) para assistir o guarda redes encarnado mais as queimas de tempo dos jogadores benfiquistas deu apenas três minutos!!!
O Benfica estava a ganhar e não convinha correr riscos!
Uma arbitragem deplorável.
Que teve o seu corolário, mas aí o árbitro foi o menos culpado, na rábula de André Almeida para ser expulso de forma a limpar os cartões no jogo da taça da liga com o Braga.
O jogador do SLB já tinha visto um amarelo, que acarretava um jogo de suspensão e impedimento de alinhar na Madeira num jogo importantíssimo, mas depois de devidamente instruído nesse sentido arranjou forma de no último minuto ser expulso porque assim a suspensão é imediata,cumpre castigo com o Braga e já pode jogar na Madeira.
Um expediente que os patéticos regulamentos do nosso futebol infelizmente permitem e que o SLB não teve qualquer pejo em usar pese embora os discursos que os seus responsáveis gostam de fazer sobre verdade desportiva...
Embora não perceba tanta preocupação para por a jogar aquele que é o jogador mais banal do Benfica.
Em suma o "vale tudo" imperou, o SLB ganhou, e Bruno Paixão uma vez mais foi o "pau mandado" que deu jeito a quem não olha a meios para ser campeão.
O futebol português, esse, tem o que merece!
Depois Falamos.

P.S Tenho muita pena que Rui Vitória, agora que está do outro lado, se tenha esquecido do que disse durante quatro anos e das vezes em que lutou, quase sempre sozinho, para que as arbitragens dos jogos do Vitória tivessem verdade desportiva.

Galinhas Mansas

A "ameaça" era uma águia altaneira, demolidora, que qual rolo compressor ia passar por cima do Vitória e construir mais um resultado esmagador.
Afinal...afinal sairam umas galinhas mansas que sem o tarefeiro Paixão nunca teriam vencido o Vitória porque em jogo jogado em nada o mereceram.
Era um jogo condicionado por alguns factores.
Um anunciado estádio esgotado, com um apoio intenso ao clube da casa, mas afinal esteve longe disso e num jogo decisivo os anunciados seis milhões nem 1% conseguiram mobilizar para o seu recinto.
Não fora os patéticos adeptos de sofá e não passava de um clube como os outros.
A nomeação de um tarefeiro com uma longa história de fretes e que estaria de plantão caso o anunciado campeão não conseguisse pelos seus meios ultrapassar o adversário.
Esse cumpriu em pleno há que dizê-lo.
Depois a imprensa andou toda a semana a anunciar que o trio maravilha de pontas de lança do SLB (provavelmente o melhor de sempre do futebol mundial para Bola e Record)  estavam a caminho de bater o recorde de golos em casa que já durava desde os tempos de Sven Goran Eriksson.
Completamente inofensivos, bem anulados pelos centrais do Vitória, e o golo foi marcado por um central depois de um bloqueio que obviamente Paixão deixou passar em claro.
Finalmente o Vitória vinha de uma longa série de mais resultados e decepcionantes exibições pelo que se temia que o jogo pudesse correr bastante mal.
Embora os maus resultados se tenham mantido (ontem perdemos pelo menos um ponto) há que dizer que a exibição esteve claramente acima do que tem sido habitual.
Pese embora todas estas condicionantes, a favor do SLB e contra o Vitória, a verdade do jogo não foi nada do que a maioria esmagadora estaria à espera.
Sérgio Conceição armou bem a equipa com três centrais a anularem por completo os pontas de lança encarnados, com Dalbert a exibir-se em bom plano por todo o corredor esquerdo, Cafu e Phete a anularem bem o meio campo do Benfica com especial relevo para a anunciada "8ª maravilha" do mundo que fez uma exibição mais que discreta e até foi substituido, e um ataque com Dourado mais fixo e Hurtado mais móvel que conseguiu em várias ocasiões confundir, e muito, a defesa adversária.
Menos bem apenas a exibição de Otávio que nunca conseguiu "pegar"  no jogo e a imensa liberdade dada no flanco esquerdo a Gaitan (Licá não tem rotinas de defesa e a valia do capitão encarnado exige um lateral de raíz) que podia ter sido razão de prejuízos maiores.
Nesse dispositivo táctico, e com uma atitude bem superior à que tem sido normal, a equipa do Vitória controlou o jogo em grande parte do mesmo e podia ter saído da Luz com ponto(s) se Hurtado tivesse aproveitado duas claras oportunidades de golo que desperdiçou ingloriamente.
E se Paixão deixasse é claro; mas dessa "encomenda" tratarei noutro texto.
Foi em suma uma boa exibição do Vitória, num jogo que não mereceu perder, com o agradável detalhe de ver o Benfica acabar o jogo a queimar tempo como qualquer equipa pequena face a um adversário que lhe está a ser superior.
A verdade é que os três pontos "sistémicos" ficaram em Lisboa.
Mais uma vez a verdade desportiva foi palavra vã o que não é novidade nenhuma quando do outro está está o filho querido do "sistema".
Esta época, com Xistra e Paixão, só ao Vitória surripiaram quatro pontos.
Assim se fazem campeões neste campeonato de terceiro mundo!
Depois Falamos.

P.S. Espero que alguns percebam agora porque nunca apoio estas equipas nas competições europeias.
Apoiar lá fora quem nunca se cansa de nos prejudicar cá dentro?
Não obrigado!

sexta-feira, abril 29, 2016

56

Guarda Redes:Miguel Palha, Miguel Oliveira,João Miguel Silva,Assis (4)
Defesas:João Afonso,Ricardo Carvalho,Joel,Tiago Francisco,Lima Pereira,Moreno, Arrondel, Serginho Neves, Dalbert, Dabo, Konan, Denis Martins,Pedro Henrique,Luís Rocha,Pedro Correia,Dénis Duarte,Bruno Gaspar. (17)
Médios: Sacko, Rosell,Michael Segun, Zitouni,Diogo Gomes,Helinho,Otávio,João Pedro,Phete,Fábio Vieira,Tiago Castro,Cosendey,Montoya,João Gurgel,Bruno Alves,Joseph,Tozé,Bouba Saré. (18)
Avançados: Isaac, Areias, João Correia, José Xavier, Ká Semedo, Tyler Boyd, Bruno Mendes, Inters Gui, Dourado, Hélder Ferreira, Rómulo, Franci, Rui Gomes, Vítor Andrade, Vigário, Xande Silva, Rafinha.(17)
Cansa só de ler.
Mas é o retrato da equipa B do Vitória esta época.
Em que Vítor Campelos e a sua equipa técnica tiveram de convocar cinquenta e seis jogadores (leu bem são mesmo cinquenta e seis!!!) para fazerem frente aos compromissos da equipa na II liga.
Destes 56 foram utilizados 52 enquanto quatro(Isaac, Gurgel, Cosendey e Tiago Francisco) não tiveram (ou ainda não tiveram)essa oportunidade até ao momento.
4 guarda redes, 17 defesas, 18 médios e 17 avançados. Um número espantoso.
Nele se incluem jogadores tipicamente da B, jogadores que pertencendo á A foram jogar pela B pelos mais diversos motivos, juniores chamados para suprir vagas e sabe-se lá que mais.
Ter de gerir esta enormidade de jogadores, e já nem quero abordar aspectos mais técnicos do treino porque os ciclos das equipas em provas diferentes são...diferentes, é uma tarefa colossal de cujas totais dificuldades só se apercebe quem tem de o fazer mas que qualquer adepto que ande atento à realidade percebe bem.
Ainda por cima quando a colaboração recebida por parte do treinador da equipa A foi altamente insuficiente e em nada ajudou ao difícil trabalho que foi feito na B.
E por isso agora que o campeonato está a terminar, e se espera que a manutenção seja assegurada já amanhã, não é por demais reconhecer que Vítor Campelos, Marco Alves e restantes membros da equipa técnica fizeram um excelente trabalho com o Vitória B e merecem bem a gratidão dos vitorianos.
Trabalharam duramente, ultrapassaram mil e um obstáculos, fizeram das" tripas coração", aturaram o que não tinham de aturar e vão cumprir os dois objectivos que lhes foram pedidos (manutenção e preparação de jogadores para a equipa A) com um sorriso nos lábios e sem alguma vez se lhes ter ouvido um queixume que fosse sobre as dificuldades que tiveram de ultrapassar.
Deram um belo exemplo e oxalá na próxima época possam trabalhar em bem melhores condições.
Depois Falamos.

P.S. Escrevo isto propositadamente antes de a manutenção, em que sempre acreditei, estar matematicamente garantida.
Porque ainda que não se viesse a verificar (mas vai!) isso não mancharia o trabalho que fizeram em tão difíceis condições.

Rumo a Basileia

Ao contrário do que aconteceu na Liga dos Campeões, onde ainda está tudo muito...equilibrado, nos jogos de ontem da Liga Europa começou a desenhar-se um tendência clara quanto a quem serão os finalistas.
Para mim muito claramente o Sevilha e o Liverpool.
Os sevilhanos, campeões em título, conseguindo um empate a dois golos na visita à Ucrânia terão agora no seu estádio a forte possibilidade de carimbarem a presença em mais uma final de uma prova que já venceram por quatro vezes.
Pese embora o valor do Shakthar parece-me que o Sevilha passará.
Na outra eliminatória o Villarreal venceu o Liverpool por 1-0 (golo em período de descontos) mas a supremacia dos homens da terra do Beatles, em termos de qualidade de jogo, pareceu-me evidente e jogando a partida decisiva em Anfield Road parece-me que são claramente favoritos pese embora o "submarino amarelo" não seja adversário que possa ser subestimado.
E por isso aposto numa final entre Liverpool e Sevilha.
Cujo vencedor, pelos novos regulamentos, terá entrada directa na Liga dos Campeões na próxima época o que nenhum deles conseguiria via campeonato.
Espero que seja o Liverpool.
Porque tenho uma muito velha simpatia por ele ( dos tempos de Kevin Keagan, Ray Clemence, Phil Neal,Ian Rush, Kenny Dalglish, etc) e porque a Liga dos Campeões tem muito a ganhar com o regresso de um dos seus "velhos senhores".
A ver vamos...
Depois Falamos

UBER vs Táxi

Nunca utilizei os serviços da plataforma digital UBER.
Mas tenho amigos (ainda um destes dias jantei com um que me disse maravilhas da plataforma que utiliza em diferentes países de três continentes) que são clientes habituais e cujo grau de satisfação é muito elevado.
Referem-se a qualidade do serviço e à facilidade na sua contratação, a educação dos motoristas, os carros esmeradamente limpos, a facilidade do pagamento electrónico, a vantagem de não terem de estar na rua à espera que passe um táxi disponível.
Todos eles me dizem que onde há UBER não querem saber de táxis para nada!
Nunca utilizei a UBER mas já andei centenas de vezes de táxi em Portugal e não só.
E nunca encontrei concentrados num mesmo veiculo/condutor todas as qualidades que me referem nos serviços da UBER.
Já encontrei condutores extremamente simpáticos, com quem mantive conversas bem interessantes, mas também já me calharam em sorte autênticos "grunhos" a quem até parecia custar dizer "bom dia" ou "boa tarde".
Já andei em táxis a brilhar de limpeza mas também nalguns que pareciam uma espécie de contentor de lixo ambulante dos quais saí com uma imensa sensação de alívio.
E portanto admito que será fácil converter-me à UBER quando estiver em cidades onde esse serviço esteja disponível como é o caso,por exemplo, de Lisboa.
E não é por ter alguma coisa contra táxis ou taxistas.
Apenas e só porque quando vivemos num tempo (eu sei que os sindicatos tem muita dificuldade em se adaptar à evolução) em que a concorrência quando posta ao serviço do consumidor é um factor de progresso das sociedades e de estimulo ás economias.
E desde que a plataforma UBER opere dentro da legalidade resta aos taxistas concorrerem com ela naquilo em que ela faz a diferença; a qualidade do serviço.
O resto são tretas de quem quer que o protecionismo estatal substitua aquilo que é da obrigação das empresas de táxis fazerem.
Modernizarem-se e elevarem os níveis de serviço.
Depois Falamos.

Quais ?

Depois de jogadas as duas partidas de primeira mão das meias finais da Liga dos Campeões é cada vez mais pertinente a interrogação sobre quem serão os finalistas que subirão ao mítico relvado de S.Siro para disputar a final.
Com o empate a zero entre Manchester City e Real Madrid e a vitória tangencial do Atlético de Madrid sobre o Bayern o mínimo que se pode dizer é que são eliminatórias em aberto nas quais é extremamente difícil encontrar favoritos.
O Real terá a possibilidade de resolver a eliminatória em casa, no também mítico Santiago Bernabéu, mas já toda a gente percebeu (imagino que até Florentino Pérez...) que com Ronaldo é uma coisa e sem Ronaldo outra coisa bem diferente.
Para pior.
E por isso da participação ou não de Ronaldo dependerá boa parte das possibilidade do RM passar à final.
Com o português será favorito e sem ele muito ligeiramente favorito.
Já na outra eliminatória o caso fia mais fino.
Em primeiro lugar porque o Bayern dá a clara sensação de estar longe do seu melhor o que ,aliás, já foi perceptível na anterior eliminatória em que se livrou do oponente com alguma facilidade mas sem a superioridade esmagadora que se se aguardava.
Em segundo lugar porque o Atlético além de ser uma grande equipa a jogar é também um adversário dificílimo pela forma como se entrega ao jogo e discute cada lance como se fosse o último lance da vida de cada jogador.
Tudo isso fruto de um espírito de equipa fortíssimo, de uma tremenda solidariedade entre jogadores e de uma total empatia com o treinador.
Vai para Munique com um golo de vantagem (e sem ter sofrido golos o que é muito importante) , tem um contra ataque explosivo que dificilmente deixará de fazer golos, e é uma equipa moralizadissima por estar nesta fase da competição e liderar a Liga espanhola em igualdade pontual com o Barcelona.
Para lá de tudo isso tem um treinador excepcional, com características de liderança muito próprias, e que soube transmitir aos seus comandados a forma de estar em campo que o caracterizou enquanto jogador de topo.
É uma eliminatória sem favorito.
Embora eu acredite que o Atlético de Madrid marcará presença em Milão.
Para a semana saberemos.
Depois Falamos.

quarta-feira, abril 27, 2016

"Alpinismos"...

Sempre me admirei com o jeito para o "alpinismo" que certos políticos demonstram ao longo das suas bem sucedidas carreiras.
Por mais elevado que seja o "pico", por maiores que sejam as dificuldades em escalá-lo, arranjam sempre forma de o conseguir com uma destreza e uma capacidade "atlética" que não se lhes conhecia e assentam sempre numa solidariedade de "alpinistas" mais experientes que exponencia a vantagem de trabalhar em "grupo" digamos assim..
Isso é, naturalmente , mais visível nos partidos de poder (que agora são quase todos...), onde os "picos" são mais altos e a concorrência na subida maior, mas onde uma vez alcançados os objectivos as "vistas" são muito agradáveis e bem "recompensadoras" dos esforços.
E isso é especialmente perceptível quando os partidos estão no poder e aparecem uns "alpinistas" de quem nunca ninguém ouviu falar ,embora conste vagamente serem reputadissimos nas suas especialidades, que rapidamente alcançam o topo das montanhas sem ninguém perceber muito bem como e por onde chegaram lá.
A verdade é que chegam!
Mas isso verifica-se igualmente quando os partidos estão na oposição e se torna necessário, por exemplo em congressos, preencher os lugares de topo na hierarquia partidária que permitirão um bom posicionamento para futuras "escaladas" governativas.
Aí, uma vez mais, aparecem "alpinistas" (alguns já com o lastro de terem trepado as "cordilheiras"do poder aquando da passagem do partido pelo governo) que nunca na vida treparam um "monte" ou sequer uma "colina" mas subitamente já sobem o "Evereste" como se não tivessem feito outra coisa na vida.
É só trepar...
E depois os partidos, "escalados" por estes "alpinistas" de ocasião, ainda se admiram de umas "avalanches" que periodicamente lhes caem em cima...
Tem o que merecem!
Depois Falamos

São Eles?

Com as primárias ontem realizadas em cinco estados é cada vez mais inevitável que a Casa Branca venha a ser disputada, lá para Novembro, por Hillary Clinton e Donald Trump em representação dos partidos democrata e republicano.
Embora do lado do partido do elefante ainda exista muito boa gente que alimente a expectativa, e a esperança, de Trump não conseguir os delegados necessários a garantir a investidura e seja possível numa convenção aberta escolher outro candidato.
É possível, mas cada vez menos ,porque a "onda" Trump parece avassaladora.
E por isso do lado republicano teremos provavelmente um candidato que faz parecer George W. Bush um moderado e cuja (pouco provável) vitória lançaria a América e o mundo num período de perigosas interrogações face aquilo que são as ideias que o quase candidato tem vindo a enunciar.
Interrogo-me por vezes, com a preocupação de saber que nada do que se passa na América é alheio ao resto do mundo, sobre que tipo de eleitores representa Trump e em que é que o seu discurso desperta tanto entusiasmo.
E não há resposta que me tranquilize mesmo reconhecendo as especificidades dos americanos.
Do lado democrata, felizmente, tudo aponta para a nomeação de Hillary ultrapassada uma fase ligeira em que as alucinações de Bernie Sanders despertaram algum entusiasmo nos eleitores de alguns estados e chegaram a ameaçar, embora muito levemente, a escolha de Hillary para candidata democrata.
De facto Hillary é de muito longe a candidata melhor preparada para ser presidente dos Estados Unidos, quer entre os democratas que disputaram a nomeação quer entre as infelizes candidaturas que os republicanos mostraram ao mundo, e em condições normais será eleita sem dificuldades de maior.
Afastado o perigo da presidência ser disputada entre um "louco" e um "lunático" resta agora aos americanos virarem a triste página destas eleições escolhendo a candidata que dá garantias de uma presidência ao menos...normal!
Depois Falamos.

domingo, abril 24, 2016

Conforme Esperado...

A faixa oportunamente colocada pelos White Angels ( A que horas joga o Vitória?)traduz bem a realidade deste jogo mas, mais do que isso, aquilo que foi uma época completamente decepcionante.
Porque embora em campo em todos os jogos foram poucos aqueles em que se viu uma equipa do Vitória digna do seu passado e merecedora no presente do apoio que os adeptos lhe dão em todas as circunstâncias.
Foi mais um jogo decepcionante.
Em que o Vitória fez três remates em direcção à baliza e marcou um golo enquanto o Estoril fez dois e marcou outro golo.
Pelo caminho, entre outros dados estatísticos menos relevantes, o Estoril a jogar no D. Afonso Henriques teve 57% de posse de bola o que deve ter acontecido pela primeira vez em jogos entre as duas equipas disputados em Guimarães.
Percebeu-se, ao olhar para o onze inicial, que o Vitória ia ter dificuldades.
Um central adaptado a lateral, deixando Arrondel no banco em vez de ir jogar pela B , indiciava logo uma fragilidade num flanco porque pese embora o esforço a verdade é que João Afonso não tem rotinas de lateral nem sequer características morfológicas para o lugar.
E o Estoril percebeu isso não admirando que na primeira parte tenha encarreirado as suas ofensivas preferencialmente por esse lado,
Uma primeira parte aliás tão mal jogada que salvo um bom remate de Dourado chegou a parecer um jogo de solteiros contra casados tal o baixo nível exibicional das duas equipas.
Ao intervalo Sérgio Conceição resolveu piorar o que já estava mal.
E se tinha o flanco direito fragilizado por uma adaptação resolveu fragilizar também o esquerdo com outra adaptação tirando um lateral de raiz (Luís Rocha) e adaptando ao lugar um extremo (Vigário) que nunca lá tinha jogado e não tem rotina do lugar.
Sendo certo que a exibição de Vigário,a atacar, até foi bem prometedora deixando pena que não jogasse no seu verdadeiro lugar a verdade é que o Estoril passou a ter dois corredores onde tinha larga margem de actuação pelo que não admirou que os lances de envolvimento se fossem sucedendo até surgir o golo do empate .
E mais golos não surgiram porque...não calhou!
Naturalmente que, face ao que se tem visto e ao estado da equipa, as tentativas de mudar alguma coisa com as entradas de Franci e Hurtado ( a habitual saída de Valente e o impedimento físico de Dourado)não deram em nada e o Vitória alargou o seu nada invejável recorde para onze jogos consecutivos sem ganhar fazendo uma das piores segundas voltas das últimas décadas.
E o pior de tudo é que acredito que ninguém ficou surpreendido com este insucesso de hoje.
Infelizmente o jogo correu dentro do que se esperava e temia.
Creio que não valerá a pena dizer muito mais.
A equipa está animícamente "morta" face aos resultados e à clara falta de empatia com o treinador, este já mostrou à evidência que não sabe mais e que o que sabe é pouco para um clube como o Vitória, restando à SAD deixar-se ela de fazer de "morta" e tomar atitudes que permitam ao Vitória acabar a época com dignidade e começar a preparar a próxima época dentro dos parâmetros de exigência que são habituais no nosso clube.
Desta péssima época que fique, ao menos, o exemplo dos erros que nunca mais se podem repetir!
Depois Falamos.

sexta-feira, abril 22, 2016

Pontas de Lança

No futebol há duas posições no terreno que são eternas e que nenhum sistema táctico, por mais revolucionário que seja, pode extinguir.
O guarda redes e o ponta de lança.
O ultimo obstáculo a quem quer fazer golos e aquele que tem como função primordial fazê-los.
E a grande lenda do futebol, aquilo que mais popularidade lhe traz e mais jovens atrai para a sua prática, é indiscutivelmente o goleador que decide jogos e dá espectáculo na forma como concretiza os lances de ataque.
Não quero com isto tirar mérito aos grandes guarda redes (como Yashin), aos grandes laterais (como Roberto Carlos) aos centrais de eleição (como Beckenbauer), ao médios de fabulosa criatividade (como Rivelino) ou aos extremos lendários (como Garrincha) porque todos eles contribuíram e muito para fazer do futebol a modalidade mais popular do planeta.
Mas com todo o respeito por esses jogadores geniais, que em todas as posições do terreno de jogo tanto deram ao futebol, quando se fala dos pontas de lança a questão muda de figura.
Pélé, Eusébio, Romário, Van Basten, Ronaldo, Gerd Muller, Hugo Sanchez, Bobby Charlton, Tostão e tantos outros que poderia citar trazem-nos à memória aquilo que o futebol tem de melhor e que é a alegria do golo.
Eu sei que no passado jogadores como Cruyff e Maradona, e no presente jogadores como Cristiano Ronaldo e Messi, não sendo pontas de lança fizeram e fazem muitos golos e estão entre os melhores futebolistas mundiais de todos os tempos.
Mas é no fazerem muitos golos, a par de algumas jogadas inesquecíveis como a de Maradona no Mundial de 1986 face à Inglaterra, que assenta muito da sua popularidade e da admiração que tem em todo o mundo.
O ponta de lança é pois insubstituível.
Ainda me lembro de uma das melhores equipas que vi jogar na minha vida, o Brasil de 1982 no Mundial de Espanha, não ter sido campeão do mundo muito por não ter um ponta de lança (e, curiosamente, um guarda redes) à altura da restante equipa.
E no nosso particular do Vitória é sem surpresa que se ainda hoje, quase trinta anos depois de ter saído do clube, Paulinho Cascavel é tão recordado por sucessivas gerações de vitorianos muitos dos quais nem o viram jogar ou só viram no You Tube.
Porque em dois anos fez muitas dezenas de golos, alguns dos quais espectaculares, e com isso elevou para patamares inesquecíveis a prestação de uma equipa já de si muito boa.
O futebol é uma modalidade mais que centenária.
Muita coisa nele mudou ao longo dos anos.
Mas há uma que permanece imutável:
A importância dos golos e de quem os marca.
Depois Falamos.

quinta-feira, abril 21, 2016

O Póquer do Sucesso

Lisboa, Sintra, Gaia e Porto são as quatro maiores câmaras do país.
São também aquelas cuja conquista pode transformar uma derrota em vitória e cuja perda pode transformar uma vitória em derrota.
Nas inesquecíveis autárquicas de 2001 o PSD, que já presidia a Gaia com Luís Filipe Menezes, conquistou Lisboa (Pedro Santana Lopes), Porto (Rui Rio) e Sintra (Fernando Seara) a par de muitas outras câmaras conseguindo uma vitória autárquica de tal dimensão que levou à demissão do governo liderado por António Guterres.
Hoje, das quatro o PSD preside a ...nenhuma!
Lisboa foi oferecida, em 2007, pela dupla Marques Mendes/Paula Teixeira de Cruz a António Costa e nunca mais foi recuperada.
As outras três foram perdidas nas autárquicas de 2013.
Porto, onde Menezes parecia um vencedor certo, para a candidatura independente (apoiada pelo CDS) de Rui Moreira num daqueles volte face de última hora em que o eleitorado portuense é especialista.
Sintra por total e completa responsabilidade da direcção do PSD que rejeitou, por razões nunca explicadas, a candidatura do então vice presidente Marco Almeida e preferiu andar a brincar às candidaturas e aos candidatos e conseguiu que depois de três vitória eleitorais o PSD seja hoje a terceira força política do concelho.
Gaia, onde se tornou o relativamente fácil em...impossível, com um processo dantesco em que as responsabilidades tem de ser divididas por dirigentes locais e nacionais que tiveram como resultado dar ao PS uma câmara que teria sido fácil manter na coligação "Gaia na Frente"..
E por isso a liderança de Passos Coelho tem hoje ,para além do desafio de conquistar o maior número de câmaras nas próximas autárquicas, a responsabilidade de inverter esta dinâmica de derrotas nestes quatro municípios e reconquistar alguns deles.
Não vai ser, contudo, nada fácil.
Em Lisboa parecendo-me evidente que sendo Pedro Santana Lopes de longe o melhor candidato do PSD parece-me igualmente evidente que ele e PSD devem evitar por todos os ovos no mesmo cesto na mesma altura e na mesma eleição.
Porque se as autárquicas correrem mal há um dia seguinte que tem de ser acautelado...
E por isso parece-me que o mais adequado será encontrar uma base de entendimento com o CDS para uma candidatura conjunta eventualmente liderada por uma personalidade não filiada nos dois partidos.
No Porto o problema é outro.
A um ano e pouco de distância não se vê um candidato forte dando de barato que Rui Rio não quererá voltar a candidatar-se a um lugar aonde já foi feliz.
Talvez seja tempo de dar oportunidade a alguns barões e baronetes de demonstrarem o que valem face a um eleitorado diferente do dos cadernos eleitorais das eleições partidárias.
Em Sintra o caminho seria óbvio.
O PSD dar o braço a torcer, reconhecer o erro, e pedir encarecidamente a Marco Almeida para encabeçar a lista do partido.
Não vejo, porém, que haja a humildade necessária a isso e nem sei se o Marco Almeida mesmo assim estaria disposto a candidatar-se por um partido que continua com a mesma direcção que tão mal o tratou em 2013.
Pelo que o mais certo é que se repita a "cena" de 2013 com a direcção a destacar para Sintra um qualquer dirigente que depois da derrota nem tome posse e renuncie ao mandato na certeza de que em termos de carreira e de cargos nada perderá com isso.
Resta Gaia.
Onde há por natureza um candidato fortíssimo do PSD.
Luís Filipe Menezes.
Não sei é se ele quer, se os órgãos do partido o desejam ou se a conjuntura o permitirá.
Tenho é a certeza que não só para ganhar Gaia o PSD não tem melhor como se ele for candidato...ganha.
Há uma obra imensa, ao longo de dezasseis anos, que é um argumento eleitoral de enorme peso na hora em que os eleitores tiverem de decidir.
Não está pois fácil a vida da direcção do PSD nas escolhas que terá de fazer para estes grandes municípios.
Na certeza de que se não recuperar nenhum a vida ainda ficará mais difícil no pós eleições.
Depois Falamos.

terça-feira, abril 19, 2016

Sugestão de Leitura

E cá estamos de regresso ás biografias.
Desta vez a de Sílvio Berlusconi provavelmente o político mais influente, e conhecido, de Itália nos últimos vinte anos.
Primeiro-ministro, líder do "Forza Itália", dono do A. C. Milan, empresário em múltiplas áreas que vão do imobiliário à comunicação social, Berlusconi é um personagem multifacetado que no seu país tem gerado amores e ódios como provavelmente nenhum outro desde Mussolini.
Esta biografia, da autoria de Alan Friedman, escrita com base em inúmeras entrevistas do autor ao biografado (no que ficou conhecido como o estili Nixon/Frost) mas também a muitos que com ele conviveram e convivem ( especial saliência para uma longa entrevista com Vladimir Putin)é um retrato tão fiel quanto possível de "Il Cavalieri" que começou a vida profissional a cantar em cruzeiros e chegou a primeiro ministro de Itália.
Por ele passam, para além da vida de Berlusconi, muitos dos grandes acontecimentos a nível mundial em que ele tomou parte(nomeadamente a mediação que fez entre Putin e Bush tentando evitar a invasão do Iraque) enquanto primeiro ministro e interlocutor de outros estadistas.
Um livro muito interessante que ajuda a conhecer melhor um dos mais destacados protagonistas europeus das ultimas duas décadas.
Com espaço ainda para a sua participação no futebol ,via Milan, e para os constantes problemas com a Justiça italiana.
Depois Falamos.

P.S. Para os apreciadores do género também as festas "bunga bunga" são tratadas na biografia!

A Equação Autárquica

Arrumada a casa, se bem se mal só o futuro o dirá, no congresso de Espinho o PSD tem agora como seu grande desafio as eleições autárquicas de 2017 salvo se entretanto a geringonça se desfizer ao sabor de uma qualquer divergência entre partidos que só o oportunismo juntou.
Mas o mais provável, tanto quanto se pode prever neste momento, é que isso não acontecerá nos tempos mais próximos pelo que o melhor é mesmo o PSD concentrar-se nos desafios autárquicos.
Digamos que não começou bem.
Primeiro porque nunca entendi (e isto é prática com mais de uma dúzia  de anos) qual a necessidade de o partido, que tem órgãos estatutários,  estar a criar uma "comissão autárquica" para tratar das referidas eleições quando a matéria podia perfeitamente ser cometida a um vice presidente e dois vogais da comissão política nacional.
E ainda menos entendo que essa comissão seja constituída por presidentes de câmara que vão ser recandidatos e que portanto tem muito com que se preocupar nos seus municípios e natural falta de tempo para o que se passa noutras câmaras.
Em suma a "comissão" é um erro e constitui-la com autarcas um erro ainda maior.
Mas as próximas autárquicas terão ainda naturais consequências internas em termos de liderança do partido.
Passos Coelho foi reeleito líder sem contestação, mas irremediavelmente longe de ser um líder incontestado,  e sabe que salvo eleições legislativas antecipadas a sua liderança será avaliada em função do resultados das autárquicas.
Muito em especial depois de no congresso ter feito um dos seus já habituais "voos de pássaro" sobre as opiniões das estruturas distritais do partido, ignorando as sugestões que lhe foram feitas para os órgãos nacionais (especialmente CPN) , e escolhendo quem quis e lhe apeteceu e ouvindo(?) apenas dois ou três dos seus conselheiros.
Reafirmou autoridade mas perdeu solidariedade!
E mesmo ao longe percebe.-se que no rescaldo de Espinho há muito "ranger de dentes" de norte a sul passando pelas ilhas.
E por isso Passos Coelho sabe que apenas uma vitória nas autárquicas de 2017 lhe permitirá tranquilidade na liderança porque outro resultado vai, inexoravelmente, reabrir a questão de quem vai liderar o PSD nas eleições legislativas.
E o que é ganhar as autárquicas?
Ganhar o maior numero de câmaras e portanto conquistar a liderança da Associação Nacional de Municípios.
É essa a fasquia que Passos Coelho terá de ultrapassar.
Caso contrário...
Depois Falamos.

P.S. É evidente que sendo em termos de ANMP todas as câmaras iguais há,na leitura política dos resultados, umas que são mais iguais que outras como é sabido.
É o caso de Lisboa, Porto, Gaia e Sintra. As quatro maiores.
Tema para próximo texto.

segunda-feira, abril 18, 2016

O Nosso 14

Creio que já nem vale a pena perder muito tempo com este penoso final de época da equipa A do Vitória.
Muito menos arranjar culpados externos (árbitros) para situações em que a responsabilidade maior está dentro do clube.
É certo que aqui e ali temos sido prejudicados mas também é certo que quando jogamos em desvantagem numérica...perdemos e quando jogamos em vantagem não ganhamos.
Bastará lembrar que contra o Vitória FC jogamos vinte e cinco minutos com onze contra nove e em Braga trinta e seis minutos com onze contra dez e em ambos os casos mais não conseguimos do que empatar.
E por isso falar de árbitros é apenas falar de uma parte pequena do problema.
Quanto ao jogo de ontem creio que não vale a pena gastar mais que uma palavra para definir a exibição de cada jogador.
João Miguel: Bem
Bruno Gaspar: Discreto
Pedro Henrique: Certinho
João Afonso: Irregular
Dalbert: Imprudente
Bouba: Infeliz
Cafu: Esforçado
Otávio: Inconsequente
Licá: Sacrificado
Valente: Lutador
Alexandre Silva: Perdido
Luís Rocha: Cumpriu
Dourado: Injustiçado
Phete: Invisivel
Douglas, Moreno, João Teixeira, Franci não foram utilizados : Sorte!
Sem mais nada porque lutar nesta liga resta à equipa A terminar a época com a dignidade possível.
E não estorvar a B no caminho positivo que está a fazer rumo à manutenção.
Depois Falamos.

Mais do Mesmo

Comecemos pelos lances polémicos do jogo.
Vistos na televisão, com recurso a repetições e conforme as leis do jogo, mas sem cair nos facilitismos de teorizar sobre qual teria sido a decisão do árbitro se os lances fossem do outro lado do campo ou ocorrido com outras equipas normalmente merecedoras de favores do "sistema".
Estes lances, neste jogo, tiveram do meu ponto de vista uma decisão acertada e outra errada.
Bem a expulsão de Dalbert e mal a grande penalidade marcada por suposta falta de Luís Rocha.
É a minha opinião, falível como é evidente, mas decorrente da forma como vi os lances com recurso ás repetições que os árbitros nunca tem.
É evidente que privado de um jogador numa fase tão inicial do encontro condicionaria sempre a exibição do Vitória mas não ao ponto de provocar a infeliz reacção de Sérgio Conceição no flash intervew da sport-tv dizendo que "...até aos 12 minutos fomos melhores..." e depois abandonando intempestivamente a entrevista.
Por duas razões:
Porque quem admite que um eventual erro do árbitro (que em minha opinião nem foi) aos 12 minutos traça o resultado de um jogo é porque já entrou em campo vencido.
A história do futebol está cheia de exemplos de equipas que deram a volta a situações como esta e até mais desvantajosas.
E se SC tem duvidas disso, e sendo tão apreciador de ver e mandar ver vídeos, que peça o vídeo completo do ...Belenenses-Vitória da época passada disputado no Restelo!
E verá que o Vitória ficou sem Ni Plange aos 21 minutos, jogou mais de 70 em inferioridade numérica, deu um "banho de bola" e ganhou por 3-0 a um Belenenses que em nada era inferior ao Marítimo de ontem.
Já quanto ao Vitória...e por caridade,especialmente com SC , nem vou citar as principais diferenças.
Quanto ao resto do jogo foi mais do mesmo.
Conceição voltou a mexer na equipa, o que é tipíco de quem já não sabe que mais fazer, deixou de fora Dourado (vá-se lá saber porquê...) e quando Dalbert foi expulso optou pela saída de Licá quando se esperava que a opção fosse o inexperiente Alexandre Silva como seria normal numa equipa que ia ter de jogar em inferioridade numérica.
No jogo jogado defendemos mal, construímos de forma quase sempre incipiente os lances ofensivos, fomos inofensivos na hora de concretizar proporcionando ao guardião maritimista o jogo mais tranquilo em muito tempo.
É certo que houve contratempos que contribuíram para isso.
A expulsão de Dalbert, o penálti inexistente, a lesão de Bouba que obrigou a mexidas na equipa que não estavam previstas e "queimou" uma substituição.
Mas ,infelizmente, estou convicto que mesmo sem esses percalços dificilmente o Vitória sairia dos Barreiros com outros resultado que não o que se verificou.
A equipa está numa dinâmica de maus resultados e derrotas, que dificilmente será reversível no actual quadro, e que leva a que nos últimos dez jogos tenha feito a ridicularia de cinco pontos!!!
Uma média que aplicada ao campeonato daria inevitável descida de divisão!
Perdido o apuramento europeu, perdida a época depois desta classificação e das eliminações frente a Altach e Penafiel nas duas outras provas importantes em que esteve (da taça da liga nem vale a pena falar...), resta ao Vitória acabar a época com a dignidade que os seus adeptos merecem.
Uma coisa tenho como certa: 
A responsabilidade de tanto insucesso não pode morrer solteira!
Depois Falamos

sábado, abril 16, 2016

"Sorteio"- Parte 2

Depois de mais um "sorteio" tipíco da UEFA ficaram definidos os jogos das meias finais da Liga Europa e que levarão os vencedores à final de Basileia.
Aliás uma cidade bem condizente com estas "Uefices" como bem sabem todos os vitorianos.
Olhando para os acasalamentos é quase inevitável uma final entre o Sevilha (vencedor das duas ultimas edições) e o Liverpool que é o clube com maior palmarés entre os quatro semi finalistas muito por força dos seus triunfos na Liga dos Campeões.
Equivale isto a dizer que tal como na Champions o "sorteio" e a ordem dos jogos apontam para a mais comercial das finais e se for necessário depois das bolas virão os apitos garantir o negócio.
Salvo se o futebol jogado nos relvados decidir de outra maneira.
E a ser assim parece-me mais provável acontecer na eliminatória entre Shakhtar e Sevilha do que na outra.
Porque se em condições normais o Liverpool é claramente mais forte que o Villarreal já o mesmo não se pode dizer do Sevilha em relação aos ucranianos.
Bastará atentar no facto de os sevilhanos apenas se terem apurado na marcação das grandes penalidades, face aos compatriotas bilbaínos, enquanto o Shakhtar fez dois jogos treino nos quartos de final vencendo ambos e não marcando mais golos porque não quis.
Acredito que uma final entre Liverpool e Skakhtar seria a mais interessante face à forma de jogar de ambas as equipas.
Mas provavelmente será Liverpool vs Sevilha.
A ver vamos.
Depois Falamos.

P.S. Nada tenho contra o Sevilha é claro.
Até guardo boas recordações de várias finais em que os vi actuar.