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quarta-feira, dezembro 30, 2015
Sugestão de Leitura
O norte americano filho de pais portugueses Daniel Silva é hoje um dos escritores mais lidos nos Estados Unidos e tem já publicadas em Portugal várias obras.
Este livro, curiosamente o seu primeiro de uma bibliografia já perto das duas dezenas mas só em 2012 por cá publicado, narra uma trama policial e de espionagem ao longo de mais de 600 páginas que se leem com muito agrado face à forma como o autor conduz a narrativa e ao continuo suspense que a envolve.
O snobismo de alguns críticos literários chama a este tipo de livro a "literatura de aeroporto" como sinónimo de uma leitura leve, sem especiais pretensões e que se exerce apenas nos tempos livres como aqueles que se passam em aeroportos à espera dos respectivos voos.
Pessoalmente gosto de ler um bom romance,um bom livro policial,um bom enredo de espionagem.
E este livro tem disso tudo um pouco.
E como tenho pelos críticos literários um "apreço"idêntico ao que nutro pelos críticos de cinema (mais depressa vejo um filme por eles arrasado do que outro por eles elogiado)pouco me importam as manifestações snobismo pseudo intelectual com que se referem aquilo que consideram obras menores.
Diverte, entretém, distrai.
A este género de literatura não peço mais.
Já tinha gostado de outro livro de Daniel Silva - A Rapariga Inglesa- e gostei deste.
Não será certamente o ultimo que lerei deste autor.
Depois Falamos.
Um Jogo Especial
Um Vitória-Benfica é sempre um jogo especial e se disputado em Guimarães então é especial a dobrar.
Porque é a única cidade e o único estádio no país , excepto em Lisboa (Alvalade) e Porto (Dragão),onde os adeptos benfiquistas são uma pequena minoria face aos adeptos locais que são sempre em muito mas muito maior número.
E isso num futebol centralizado e parolo como o português, onde os benfiquistas enchem Aveiro ou o Bessa mas não conseguem encher o Restelo ou até o António Coimbra da Mota, merece realce particular pela diferença que constitui.
Ao longo dos anos assisti a dezenas de jogos do Vitória com o Benfica em Guimarães.
Com resultados para todos os gostos.
Desde goleadas do Vitória a goleadas do Benfica.
Passando por vitória tangenciais de ambos, por empates, por grandes polémicas em volta das arbitragens.
E até pela trágica morte de Féher.
É pois um clássico do nosso futebol do qual qualquer vitoriano guarda fartas memórias.
No sábado Vitória e Benfica enfrentam-se num momento em que nenhum deles tem grandes razões para se sentir muito satisfeito com os desempenhos que vem fazendo na presente edição da Liga e que os tem fora dos lugares a que estavam habituados.
O Vitória , depois de um mau início de época, tem vindo a recuperar e aproxima-se dos lugares europeus (está a apenas dois pontos do 5º lugar e a seis do 4º) embora com um nível exibicional ainda aquém do que a valia do plantel faz supor possível enquanto o Benfica-bi campeão nacional- está em terceiro lugar a cinco pontos do líder Porto.
Ou seja nenhum dos clubes pode perder pontos com vista aos objectivos que delineou no inicio da época o que faz supor um jogo intensamente disputado em que os detalhes contarão na definição do vencedor.
Pena que,como sempre, esse "cancro" do nosso futebol chamado Vítor Pereira também tenha contribuído com um dos seus "detalhes", no caso chamado Carlos Xistra, para um jogo que bem dispensava esse contributo.
Mas este Vitória-Benfica encerra ainda outra curiosidade muito significativa.
Saber como vão reagir os adeptos vitorianos à presença de Rui Vitória na qualidade de treinador visitante.
Espero que com um imenso aplauso, aquando da sua sua ida para o banco, mostrando a gratidão dos vitorianos por um homem que durante quatro anos foi bem mais do que apenas o treinador da nossa equipa A.
E em Guimarães sempre soubemos ser gratos a quem serviu o Vitória como Rui Vitória o fez.
Depois Falamos.
terça-feira, dezembro 29, 2015
Star Wars- O Despertar da Força
Um vez visto o filme que dizer?
Sabendo que a fasquia estava muito alta e as expectativas moderadas porque um sétimo episódio já é muito episódio.
Sinceramente fiquei desiludido.
Ao nível, digamos assim, da desilusão relativa que senti quando vi o episódio um da segunda trilogia- A Ameaça Fantasma- depois de todo aquele encantamento sentido entre 1977 e 1983 com os três primeiros episódios posteriormente revistos nos anos 90 quando a saga voltou a ser relançada nos cinemas.
Ainda hoje nos meus piores "pesadelos" "Star Warsianos" há lugar para aquele inenarrável figura de Jar Jar Binks absolutamente deslocado num filme como Star Wars.
É este episódio VII um mau filme?
Muito longe disso como é evidente.
É um filme que se vê com agrado, que nos remete para algumas das melhores memórias dos episódios IV-V-VI, que tem belos momentos de cinema e permite aquilo pelo que se vai ao cinema e que é o puro entretenimento.
E é, obviamente, um prazer rever algumas das grandes figuras dos grandes filmes da saga:
Han Solo, Leia, Luke Skywalker (apenas uns segundos a lançarem inevitavelmente o episódio VIII), Chewbacca, C3PO, R2D2 e o Falcão Milenário a nave mais icónica da primeira trilogia.
Mas faltam as duas maiores figuras, na minha modesta opinião, de toda a saga:
Yoda e Darth Vader que personificavam o combate entre o Bem e o Mal e morreram no episódio VI.
E o neto de Vader, que neste filme pretende recuperar o legado do avô enquanto líder do lado negro da "Força", é um personagem pouco melhor que o já referido ...Jar Jar Binks.
Enfim um filme que se vê bem, com excelente contributo da personagem Rey que seguramente se manterá na ribalta nos próximos episódios, mas que faz desejar que o episódio VIII chegue depressa um pouco a exemplo do já referido episódio I que fez ansiar pelo II como forma de devolver a saga à sua pureza original.
Até lá...que a "Força" esteja convosco.
Depois Falamos
segunda-feira, dezembro 28, 2015
MEO, NOS e ...Eles
Este é actualmente o"campeonato"mais interessante do futebol português.
O da luta pelos direitos televisivos dos clubes.
Um "campeonato" em que ainda não se conhece o vencedor (pessoalmente aposto na MEO face ao poderio da PT mas no nosso futebol nunca se sabe...) mas que já tem um claro derrotado quando a procissão ainda vai pouco além do adro.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
Que vê assim definitivamente (?) derrotado o seu projecto de negociação centralizada dos direitos televisivos que visava uma distribuição mais equitativa das enormes receitas que os referidos direitos geram mas que estão desde sempre mal distribuídos.
E assim vão continuar.
Porque assolados pela crónica falta de dinheiro (as razões disso já se sabe quais são) os dirigentes dos clubes optaram pelo habitual "salve-se quem puder" que caiu que nem ginjas nos interesses das empresas que negoceiam os direitos.
Porque é sempre mais fácil, e proveitoso, negociar com quem está com a corda na garganta e por isso não se pode dar ao luxo de ser exigente e reivindicativo.
O primeiro a atravessar-se foi o Benfica que depois de longas - e quase fechadas- negociações com a MEO acabou por fechar contrato com a NOS por uma verba a rondar os 400 milhões de euros por um período de dez anos naquele que foi o maior contrato de sempre do futebol português.
O maior mas apenas por três ou quatro dias.
Porque a MEO ( escudada pela PT à qual pertence) contra atacou e acaba de fechar um contrato ainda maior com o Porto, no ordem dos 457 milhões de euros pelos mesmos dez anos, embora com outras nuances porque envolve publicidade nas camisolas e direitos de transmissão no Porto Canal.
E ao que parece o contra ataque da MEO foi ainda mais longe porque já terá fechado contrato com mais clubes nortenhos e estará em negociações com outros de norte a sul.
A disputa vai,pois, bem animada.
E estou certo de duas coisas.
Uma é que para alguns clubes (dois, três...espero que quatro...)esta negociação será mais vantajosa do que a negociação dos direitos centralizados mas para o futebol português será globalmente má porque vai aumentar as diferenças- que já são enormes- entre um reduzido lote de clubes privilegiados e os restantes que se limitarão a recolher o que...sobrar.
E isso terá óbvias consequências na competitividade do nosso futebol.
A outra é que a longo prazo se perceberá que MEO e NOS sairão destes negócios com bem maiores motivos de satisfação que os clubes porque aquilo que agora parece uma pipa de massa será menos do que o valor real dos direitos dada a evolução e o crescimento que se prevê para o negócio futebol na próxima década.
Fica a curiosidade de ver o que vai fazer a Olivedesportos/Sport-tv que com estes novos parceiros a entrarem no negócio dos direitos televisivos, com o ímpeto que se constata ,vê o seu "império" de muitos anos seriamente abalado correndo o risco de ficar apenas com aquilo que MEO e NOS não quiserem.
O que será, seguramente, muito pouco.
É claro que parece ser intenção da NOS transmitir os seus jogos na sport-tv, o que em teoria atenuará o seu problema,mas falo-à numa posição dominante deixando ao operador televisivo uma subalternidade a que não está habituado e que poder ser insuficiente para a sua viabilidade económica.
Tempos muito interessantes estes que se adivinham neste tão particular "campeonato" do nosso futebol.
Até porque a MEO, ao assegurar os direitos de transmissão no Porto Canal, pode muito bem estar a pensar na possibilidade de a médio prazo dar um passo em frente nessa área...
Há que esperar para ver.
Depois Falamos
P.S: Uma coisa é certa. "Alguém" vai pagar estes investimentos vultuosos que MEO e NOS estão a fazer no futebol.
A publicidade sem duvida.
Mas também os telespectadores que terão de pagar mais (se calhar bem mais) pelas suas assinaturas de televisão por cabo.
sábado, dezembro 26, 2015
A Verdade e a Mentira
O Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, acaba 2015 integrando pela primeira vez o ranking das 500 melhores empresas de Portugal publicado pela revista "Exame".
Em termos nacionais na área da saúde está em 13º lugar e é o 1º no conjunto de unidade de saúde do Minho.
Tal deve-se à excelência da sua gestão e ao profissionalismo dos que nele trabalham e que permitiu que este hospital tenha hoje excelentes rácios nos vários indicadores que contribuíram para esta meritória posição.
É justo pelo esforço dos que nele trabalham e é muito bem feito para desmascarar todos aqueles que sobre ele quiserem lançar suspeições várias ao longo dos últimos anos.
Nomeadamente à boleia da portaria 82/2014.
Que foram desde uma petição "pimba" ("coitadinhos dos nossos filhinhos que tem de ir nascer a Braga") até declarações condizentes ao alarmismo social produzidas na altura pelo presidente do munícipio e completamente em desacordo com as explicações que lhe tinham sido dadas momentos antes pela administração do Hospital.
Que foi usado pelo PS de Guimarães como arma de arremesso político contra o governo ao sabor de estratégias partidárias que não serviam nem o Hospital nem os seus utentes.
Em Abril de 2014 denunciei aqui estas manobras perfeitamente certo que disso não passavam.
E não passaram.
Porque como sempre disse o PSD de Guimarães a referida portaria em nada afectaria o Hospital Senhora da Oliveira , este não perderia serviços e valências, os seus utentes não teriam de recorrer a outros hospitais vizinhos.
Terminado o período de aplicação da referida portaria (Dezembro 2015), feitas as reorganizações que tinham de ser feitas e reclassificadas as unidades de saúde que tinham de ser reclassificadas, provou-se a justiça e a verdade daquilo que o PSD de Guimarães sempre reiterou aos vimaranenses sobre o seu Hospital.
Que continua com os serviços que tinha (e até a funcionarem melhor por força de reorganizações feitas na sequência da portaria) nomeadamente a maternidade que se mantém aberta e felizmente com muito movimento ao contrário do que o PS de Guimarães quis fazer crer na altura da publicação da portaria.
Há que dizê-lo frontalmente:
Nesta questão do Hospital da Senhora da Oliveira e de portaria 82/2014 o PSD de Guimarães falou sempre verdade.
O PS de Guimarães não!
A prova está feita.
Depois Falamos
quinta-feira, dezembro 24, 2015
quarta-feira, dezembro 23, 2015
A cada Lobo o seu Pedro...
Quero com isto dizer que o "politiquês" é uma linguagem que cada vez mais está apenas ao alcance dos eleitos restando à esmagadora maioria que resta dedicar-se a complexos e cansativos exercícios de descodificação.
Como, a titulo de exemplo, na actualização em "politiquês" da velha história de "Pedro e o Lobo".
Em baixo as duas versões.
A mais antiga e a agora actualizada.
Antiga:
Pedro era um jovem pastor, muito traquinas. Para chamar a atenção de todos, tinha por hábito pedir ajuda aos aldeões, dizendo que estava um lobo a atacar as suas ovelhas. A população ia sempre em seu socorro, até que um dia se fartaram. Só que um dia um lobo apareceu de verdade.... Será que Pedro consegue escapar...
Actualizada
"...No dia em que o governo do dr. António Costa necessitar do voto do PSD para aprovar alguma coisa, ele deverá pedir desculpa ao povo português, demitir-se e convocar novas eleições".
Confesso que me apetecia escrever mais "qualquer" coisinha.
Mas é Natal e não estou para me chatear nem aborrecer os leitores.
Depois Falamos
terça-feira, dezembro 22, 2015
Jornada Curiosa
A ultima jornada da Liga, disputada no passado fim de semana, teve curiosidades interessantes espalhadas por todos os seus jogos o que contribui para aumentar o interesse dos adeptos em tono da competição.
No Estoril-Vitória, um jogo nunca fácil para os vitorianos, o triunfo teve contornos saborosos em especial mais um show de vitorianismo de João Miguel que terminado o jogo (onde realizou mais uma bela exibição) fez questão de junto dos adeptos festejar como adepto que também é.
Proporcionando, de megafone em punho, uma das mais espectaculares imagens da presente Liga.
Em Arouca a equipa local,que vem fazendo um bom campeonato, goleou um Marítimo que na jornada anterior tinha vencido em Guimarães num jogo com sete golos e provou a irregularidade dos madeirenses.
Em Guimarães, no seu estádio, o Moreirense venceu o Nacional de Manuel Machado (um treinador com profundas ligações ás duas equipas em presença) e confirmou a segura recuperação classificativa que vem fazendo nas ultimas semanas e que o levará, assim se espera e deseja, a uma manutenção sem problemas de maior.
No Benfica vs Rio Ave a equipa da Luz alheia à injusta contestação ao seu técnico por parte de alguns adeptos, que olham para o seu plantel e parece que estão a ver o do Barcelona ou do Bayern de Munique, conseguiu um triunfo tranquilo muito por força de um Jonas que parece ser goleador apenas para consumo "interno".
E o Benfica não terá ido mais longe no resultado porque o árbitro não viu duas clarissimas grandes penalidades a favor dos encarnados.
Que muitas vezes são beneficiados mas nesta jornada foram claramente prejudicados.
Em Tondela, um Vitória FC a realizar surpreendente campeonato para um clube "afogado" em problemas financeiros, venceu com clareza e mantém-se em posições europeias enquanto os tondelenses (que em 14 jornadas já vão no terceiro treinador!!!) parece que tem assegurado o rápido regresso aquele que é certamente o "seu" escalão.
Provando uma vez mais que substituir treinadores nem sempre é a melhor solução.
Na Madeira assistiu-se a mais um episódio da ressurreição de um União a quem muitos (até o seu desbocado presidente) já vaticinavam as mais negras nuvens depois da goleada sofrida em Paços de Ferreira.
A verdade é que esta semana, empatando com Benfica e vencendo Sporting, o União conseguiu quatro preciosos pontos e mais do que isso uma tremenda injecção de moral.
Os leões, que pelos vistos pouco aprenderam com o empate entre União e Benfica, ficaram a "lamber" as feridas da primeira derrota na Liga e talvez tenham percebido que afinal ainda era cedo para tanta euforia que já por ali andava.
Na recepção do Porto à Académica confirmou-se que o melhor plantel do campeonato é dirigido por um dos piores treinadores que alguma vez se sentou no banco dos azuis e brancos.
Desta vez nem foi tanto pelo resultado ou pela exibição, que esteve longe de ser brilhante, mas pela forma como Lopetegui faz gala não só de não perceber o clube como ainda de hostilizar uns adeptos que já não vão "à bola" com ele há muito tempo.
Quando a "bancada " exigia a entrada de André Silva ( o jovem e muito talentoso ponta de lança a que Lopetegui faz gala de não dar uma única oportunidade) o espanhol a ganhar por 3-0 a uma frágil Académica, cenário ideal para uma primeira aparição do jovem goleador português, preferiu a cinco minutos do fim lançar o compatriota Bueno.
Cujo percurso no "Dragão" pouco tem tido de ..."bueno".
Dificilmente os adeptos poderiam deixar de encarar isso como uma provocação. E assim Lopetegui no final de um jogo que ganhou com tranquilidade ao invés dos aplausos naturais teve uma monumental vaia que no contexto apenas se pode entender como...natural.
Belenenses e Boavista, que mudaram por estes dias de treinadores, encontraram-se no Restelo para um triunfo por margem mínima dos que jogavam em casa mas ficando para melhor oportunidade a constatação das alterações que um e outro conjunto tiveram por forças das alterações técnicas.
Ficando uma curiosidade maior quanto ao "Belém", dado que foi buscar um treinador espanhol de curriculo nada especial, do que em relação aos homens do Bessa que contrataram o bem conhecido Sanchez.
Mais conhecido como jogador do que como treinador em boa verdade.
Finalmente no encerramento da jornada um empate em Braga entre os locais e o Paços de Ferreira um resultado que tem de se entender como normal entre duas equipas que vem fazendo bons campeonatos e que se encontram na luta pelo acesso aos lugares europeus.
Talvez em relação ao Braga o triunfo a meio da semana sobre o Sporting tenha criado algum deslumbramento acrescido pelo sorteio da Taça de Portugal que parece proporcionar-lhe francas possibilidades de regresso ao Jamor.
Fosse como fosse a verdade é que subestimar o Paços de Ferreira nunca foi boa política.
Uma nota final para a arbitragem.
Que provou este fim de semana, e em vários campos, o quão justa foi a decisão da UEFA em não nomear arbitros portugueses para a fase final do Europeu.
Não merecem mesmo.
Depois Falamos.
segunda-feira, dezembro 21, 2015
Normal!
Recentes declarações de Rui Rio, num programa da SIC, causaram alvoroço juntos de algumas pessoas por nelas adivinharem uma vontade do ex presidente da câmara do Porto em disputar a liderança do PSD com Pedro Passos Coelho.
Não sei, naturalmente, se foi essa a intenção de Rio embora francamente não me pareça que ele se esteja a posicionar seja para o que for dentro do partido.
Pelo menos no curto prazo.
Mas se estiver, ele ou qualquer outro com perfil e currículo suficientes para ambicionarem liderar o PSD, não me parece que daí venha qualquer mal ao mundo e ainda menos ao Partido Social Democrata.
O partido vai ter eleições directas para a liderança, lá para os fins de Março de 2016, e esse é o tempo e a oportunidade de quem não se revê na liderança de PPC, quem discorda da equipa de que ele se rodeou, quem perfilha outra estratégia para o futuro se apresentar como alternativa e disputar o lugar de líder.
Normal num partido democrático.
Ninguém tem que levar a mal, atribuir isso a qualquer teoria da conspiração, anatemizar quem pensa diferente e quer levar isso à prática.
Repito; não me parece que seja o caso de Rui Rio no curto prazo.
Mas se for está no seu direito e presta um serviço ao partido ao dar aos militantes a possibilidade de escolherem entre alternativas válidas.
Não vale a pena os do costume ligarem o "complicador".
As coisas são o que são.
Depois Falamos
P.S. Se Passos Coelho for o único candidato, como me parece mais que provável, isso terá pelo menos uma grande vantagem.
Não terá que negociar apoios nem sujeitar-se aos "indispensáveis" do costume.
Sugestão de Leitura
Este é um daqueles livros que li quase por acaso.
Publicado pela primeira vez em 2002 teve depois várias reedições a ultima das quais em 2011 por alturas do falecimento do autor.
Passou-me despercebido,confesso,pese embora ter uma grande admiração pelo excepcional comunicador que foi Artur Agostinho.
Mas depois, numa daquelas abençoadas vendas em saldo das grandes superfícies, apareceu-me no meio de uma chusma de livros e acabei por o comprar movido pela curiosidade de ler um homem que tantas tinhas vezes tinha visto e ouvido.
E foi uma boa opção.
Porque escrito num tom despretencioso, algo intimista aqui e ali, é um excelente retrato da vida e carreira do autor mas também uma viagem pelo mundo da comunicação social, da politica e do desporto ao longo de grande parte do século XX português.
Nele nos fala da sua carreira na rádio, da Emissora Nacional à Rádio Renascença passando pelo RCP e por pequenas emissoras locais, do tempo em que dirigiu o Record, na longa colaboração com a RTP desde os primeiros tempos desta, dos filmes e peças de teatro em que participou como actor.
Mas também das viagens que fez pelo mundo, do acompanhamento à selecção nacional de futebol e a equipas de clube em deslocações ao estrangeiro em tempos em que em termos de rádio nada era fácil, dos relatos do hóquei em patins que então eram moda, da experiência como repórter de guerra no norte de Angola em 1961 , do exílio no Brasil e do regresso a Portugal.
Tudo salpicado com saborosas histórias envolvendo protagonistas diversos de Craveiro Lopes a Otto Glória, de Eusébio a Amália Rodrigues , de Raul Solnado a António Lopes Ribeiro.
Duas delas narram os encontros de Artur Agostinho com a sorte.
Uma vez em Moçambique quando com outros jornalistas acompanhava numa pequena avionete uma visita ao território do então Presidente Craveiro Lopes que seguia noutro avião com a comitiva.
Numa viagem a Tete foi convidado pelo Presidente a acompanhá-lo no avião, o que fez, não fazendo esse percurso na avionete com os outros jornalistas.
A avionete caiu e todos os seus ocupantes morreram.
Noutra ocasião para acompanhar uma visita ministerial a Goa (ainda no tempo da India Portuguesa)apanhou um voo da Alitália de Roma para Joanesburgo saindo numa escala em Nairobi para apanhar a ligação para Bombaim.
O avião que seguia para Joanesburgo despenhou-se pouco depois de levantar de Nairobi e não houve sobreviventes!
Um homem com sorte sem sombra de duvida.
Em suma um livro que se lê com muito prazer.
Depois Falamos
domingo, dezembro 20, 2015
Três Pontos
Comecemos pelo melhor.
E aí destacamos três pontos:
Um triunfo, três pontos, terceira vitória nos últimos quatro jogos, a moralização necessária para enfrentar um ciclo complicado com recepções a Benfica e Porto e pelo meio uma deslocação sempre complexa a Moreira de Cónegos para defrontar um Moreirense em franca recuperação classificativa a que seguirá uma recepção ao Arouca , no encerramento da primeira volta, para defrontar uma equipa que está a fazer um bom campeonato.
Mais uma bela exibição de João Miguel com duas defesas de grande qualidade a garantirem o triunfo e mostrando uma segurança noutros lances que o confirmam cada vez mais como titular desta equipa e a grande revelação do campeonato no posto de guarda redes.
Uma equipa que deu sinais de melhoria nos processos defensivos (o Estoril também não foi particularmente ameaçador) mantendo o adversário quase sempre longe da nossa baliza e neutralizando na perfeição Bonatini o jovem e produtivo ponta de lança estorilista.
No menos bom destacamos também três pontos:
Um jogo quase aborrecido, disputado muito longe das balizas e com escassos lances de perigo, equipas a produzirem exibições extremamente modestas através de um futebol sem principio, meio e fim.
Uma inoperância preocupante dos avançados do Vitória que não marcaram um golo, não fizeram um remate à baliza e não criaram um só lance de perigo.
Não entendi como Valente não foi titular (há quem diga que foi por causa de duas perdas de bola no ultimo jogo esquecendo que também marcou dois golos nessa partida e que os avançados se avaliam pelos golos antes de qualquer outro critério) numa equipa que demonstrou tanta ineficácia em termos ofensivos.
E uma arbitragem de Bruno Paixão ao seu nível, ou seja, miserável.
É impressionante como este apitador anda há tantos anos na 1ª Liga a fazer asneiras imperdoáveis e não baixa de escalão.
Neste jogo errou para os dois lados.
Na primeira parte creio que perdoou um penálti a favor do Estoril por mão de Dalbert.
Depois na bárbara expulsão de João Afonso, que não fez nada que o justificasse, e o impedirá de defrontar na próxima jornada o...Benfica.
Ora aí está uma explicação para a longevidade de Bruno Paixão como árbitro do primeiro escalão.
Especialista em fretes e em serviços a quem manda.
Em suma do confronto entre os três pontos positivos e os três pontos negativos resultaram três pontos para o Vitória.
Mas excepto para aqueles que trocam o saudável hábito de raciocinar pelo papaguear repetitivo de slogans tipo "Vitória Sempre", "Somos Únicos" ou "Vitória até Morrer" (entre outros)e que acham que isso é argumento e justificação para tudo e o seu contrário, é evidente a constatação de que esta equipa tem potencial e valor para muito mais do que aquilo que tem vindo a mostrar.
É claro que Sérgio Conceição não tem qualquer responsabilidade na desastrosa pré temporada nem na escolha de jogadores que condicionam, como é lógico, aquilo que que tem de fazer.
Mas ao fim de três meses de trabalho, num plantel (A+B) com bom valor, era legítimo esperar outra qualidade exibicional.
E como dizem os verdadeiros "Mestres" é mais fácil ganhar quando se joga bem!
Depois Falamos.
sábado, dezembro 19, 2015
Toural
O Toural, como praça central de Guimarães, é um espaço que diz muito a todos os vimaranenses.
Mesmo aqueles, que como eu, gostavam bem mais do anterior arranjo que privilegiava as árvores, os jardins e as flores do que do actual que privilegia a pedra.
Gostos.
Mas o Toural a mim traz-me sempre outro tipo de recordações.
Por lá brinquei na meninice, por lá passei tardes de sábado na minha juventude em animadas partidas de matraquilhos e bilhar num salão de jogos (que também já não existe) por cima do café "Milenário", por lá participei em animadas tertúlias vitorianas debaixo de árvores que já não existem enquanto se faziam horas para o trabalho da parte da tarde,por lá trabalhei numa agência do BCP que já não existe e que se situava no edifício onde durante muitos anos funcionou o Banco de Portugal.
Mas nesta fotografia há três edifícios que me dizem muito.
Estão do lado direito da fotografia.
O mais alto, de fachada branca, é onde funcionou durante muitos anos a sede do PSD.
Lá me filiei na JSD, lá participei em muitas reuniões, plenários, sessões de esclarecimento, planeamento de campanha e por aí fora.
Entre JSD e PSD passei seguramente centenas de horas naquela casa.
Que curiosamente , já o PSD lá não estava à alguns anos, utilizei como sede da minha primeira campanha enquanto candidato a deputado em 1999.
Emprestada a custo zero, como agora se diz, por António Pimenta Machado que era e continua a ser seu proprietário.
O edifício ao lado, de fachada verde, é onde funciona desde 1989 (salvo erro) a sede do PSD.
Também já por lá passei uma boas centenas de horas.
Mas aquele que me diz mais, por razões fáceis de entender, é o edifício de esquina com a rua de Santo António em cujo rés chão funcionou durante 50 anos um estabelecimento comercial chamado "Casa das Gravatas".
Pertencente ao meu avô paterno e ao seu sócio senhor Aníbal Dias e que desde muito pequeno me habituei a frequentar com assiduidade.
Quer o meu avô quer o sócio foram durante anos dirigentes do Vitória e a "Casa das Gravatas" além de estabelecimento comercial era também um permanente fórum de conversas vitorianas entre os seus muitos frequentadores
E eu ainda miúdo era um ouvinte atento e respeitoso das conversas dos mais velhos.
Termos que eu na altura nem sabia o que significavam ("back", "corner", "liner","half-back","keeper", "off-side",etc) faziam então parte do léxico do futebol -importado de Inglaterra convém não esquecer- e eram comummente utilizados por quem gostava da modalidade.
Lá ouvi falar, pela primeira vez, de nomes míticos do Vitória como Alberto Augusto, Silveira, Edmur, Ricoca, Machado, Lino,Carlos Alberto, Ernesto a par dos então craques como Mendes, Manuel Pinto, Caiçara, Roldão, Daniel, Gualter e tantos outros.
Foram, sem saber quem eram, os meus primeiros ídolos vitorianos.
O Toural, traz de facto, recordações fantásticas.
Depois Falamos
P.S. Curiosamente em 1988 fui um dos 15 fundadores de um jornal chamado... Toural!
Que depois se transformaria em "Expresso do Ave" e que infelizmente também já não existe.
quinta-feira, dezembro 17, 2015
"Unhappy One"
Em bom rigor nem foi surpresa.
A época estava a correr tão mal que era fácil de prever que o divórcio entre José Mourinho e o Chelsea seria apenas uma questão de tempo.
Foi agora tal como podia ter sido na semana passada ou na próxima.
Porque o Chelsea, campeão inglês em titulo, está tão longe de todos os objectivos (excepto a...Liga dos Campeões) que era fácil prever que nem a paciência de Abramovich ia durar muito nem Mourinho estaria disponível para o arrastar de uma situação pantanosa que contrastava com quinze anos de sucesso enquanto treinador principal.
Do meu ponto de vista, pelo que vou lendo e vendo, é difícil deixar de apontar aos jogadores esta época de tremendo insucesso de uma equipa que ainda o ano passado ganhou a Liga e a taça da liga e fez boa carreira na Champions.
E há um trio a que se pode apontar claramente o dedo.
Hazard que o ano passado foi eleito melhor jogador de Inglaterra e este ano eclipsou-se, Diego Costa que perdeu a veia goleadora e reforçou a arruaceira e Fábregas que parece ter-se esquecido do muito que jogava e agora não joga.
E claro John Terry.
Que nunca percebi como Mourinho, no seu regresso ao Chelsea, permitiu que continuasse no clube depois de em 2007 ter sido um dos que ajudou a fazer a "cama" ao treinador português com a ajuda de mais dois ou três insatisfeitos.
Terminou assim a segunda passagem de Mourinho pelo Chelsea do qual continua a ser o treinador com maior sucesso em 110 anos de História.
Mas algo que me diz que tendo sido a segunda não será a última...
Depois Falamos
Juízo!
Tenho visto nos últimos tempos várias personalidades ligadas ao PSD e ao CDS (menos) manifestarem um crescente desconforto com algumas das posições públicas que vem sendo assumidas por Marcelo Rebelo de Sousa enquanto candidato presidencial.
Alguns até põe em causa o seu voto no Professor tal o desacordo com algumas das suas declarações.
E isto a nível quer de dirigentes quer de militantes para já não falar daqueles que opinam nas redes sociais.
Penso que não tem razão.
O PSD e o CDS nas ultimas eleições legislativas não chegaram aos 40% de votos.
Esse score não chega para eleger um Presidente da República.
Sendo pois natural que Marcelo procure criar uma base de apoiantes/votantes que extravase esses dois partidos e possa alargar-se à esquerda moderada de forma a garantir o tal eleitorado central que lhe garantirá a eleição.
Mais do que estratégia legítima é uma evidência que decorre da sensatez.
Por outro lado, e bem, Marcelo não olha as presidenciais como uma segunda volta das legislativas nem vai seguramente aproveitar a sua quase certa eleição para tirar desforço da forma batoteira como o PS de Costa chegou ao poder.
Não é essa a missão do Presidente da República.
Com o ambiente político tão extremado entre dois blocos caberá ao PR ser um construtor de pontes e fazedor de consensos de molde a que poder e oposição consigam estabelecer bases minímas de diálogo naquilo em que é imperioso que dialoguem.
Esse sim é o papel essencial do PR para o mandato de 2016/2021.
E estou certo que Marcelo o fará bem como Presidente a exemplo do que noutro contexto e noutras funções soube fazer como líder do PSD.
Por isso embora perceba bem a vontade de muitos militantes e simpatizantes do PSD de um "ajustar contas" com a aliança de derrotados que ocupa o poder não é no palco presidencial que esse combate deve ser travado.
É no Parlamento agora e nas urnas mais tarde.
E Marcelo já foi suficientemente claro ao dizer que não prescindirá de nenhum dos seus poderes enquanto Presidente.
Cabe, nessa matéria, ao PSD , ao CDS e a todos quantos se opõe a este governo criarem a oportunidade de ele os usar!
Depois Falamos.
quarta-feira, dezembro 16, 2015
Sugestão de Leitura
Um livro muito mas mesmo muito interessante.
Desde logo porque aborda uma temática relativamente pouco tratada - As guerras de Portugal em África- e sobre a qual ainda há muito para conhecer pese embora os mais de quarenta anos passados sobre o seu término.
Depois porque é escrito por um repórter de guerra que acompanhou as tropas portuguesas nos três cenários de guerras (Angola-Guiné-Moçambique), entrevistou protagonistas, privou com comandantes e soldados, participou de operações militares e viu a guerra por dentro.
Mas teve também a preocupação de falar com os movimentos de guerrilha, conversar com as populações, perceber de forma desapaixonada o que estava em jogo em cada uma das antigas províncias portuguesas.
É uma narrativa intensa mas desapaixonada feita por um observador isento e que procurou reunir o máximo de informação(também documental) para escrever este excelente livro.
Que pese embora as suas mais de 500 páginas se lê num instante porque escrito num estilo que além de interessante é também muito absorvente.
Francamente bom.
Depois Falamos.
terça-feira, dezembro 15, 2015
O Topo do Futebol
Todos os que gostamos de futebol só temos,perante este quadro, é pena de que os jogos se disputem apenas daqui a dois meses em Fevereiro de 2016.
Porque são encher o olho e prometem grandes espectáculos futebolísticos.
Digamos que com a honrosa excepção do Gent vs Wolfsburgo, que não costumam andar por estas paragens, todos os outros colocam frente a frente clubes com grande historial e/ou grande poderio financeiro que lhes permitem ter equipas de grande potencial.
Nestes grandes duelos em perspectiva, todos eles de resultado imprevísivel mas quase todos com clubes favoritos, há um que me desperta a particular atenção porque promete (vamos ver se cumpre...) ser uma eliminatória imensamente disputada e tacticamente muito interessante.
O Juventus vs Bayern de Munique.
Para mim talvez o jogo mais interessante de todos.
Acredito, dentro dessa tal lógica de haver clubes favoritos em cada eliminatória, que passarão aos quartos de final os oito clubes que jogam a 1ª mão fora de casa não tanto por isso mas porque me parecem os mais fortes.
Mas na maioria dos casos o favoritismo pouco mais é que...ligeiro
Wolfsburgo, Real Madrid, Chelsea, Barcelona,Bayern, Atlético de Madrid, Zénit e Manchester City são em minha opinbião aqueles que vão passar.
Cabe aos outros, especialmente PSG e Juventus, provarem que estou errado.
Em Fevereiro saberemos.
Depois Falamos.
P.S. Confesso que me faz alguma impressão não ver Milan e Liverpool por aqui.
domingo, dezembro 13, 2015
A Vontade do Povo
Quiseram os franceses que a Frente Nacional vencesse na primeira volta em seis das treze regiões e não quiseram os franceses, na segunda volta, que esse partido ficasse no governo de qualquer uma dessas regiões.
Há tanta legitimidade na primeira como na segunda das decisões como igualmente haveria legitimidade se a decisão popular fosse no sentido de dar à Frente Nacional o governos das regiões que ele,voto popular, muito bem entendesse.
Em democracia não há votos de primeira nem votos de segunda.
Há votos e todos eles são legítimos!
Este volte face entre primeira e segunda volta foi possível porque o PSF de Hollande e "Os Republicanos" de Sarkozy (as voltas que o mundo dá...) fizeram os respectivos candidatos desistirem a favor uns dos outros consoante aquele que estivesse melhor posicionado para impedir o triunfo dos candidatos da frente nacional.
E por isso, ao contrário do que alguns socialistas de "má consciência" se apressaram a afirmar, não há semelhança possível com o que se passou em Portugal depois de 4 de Outubro.
Porque o sistema eleitoral francês é a duas voltas e os franceses ao votarem hoje já sabiam do entendimento entre PSF e Os Republicanos, das desistências mutuas, e por isso votaram sabendo claramente no que estavam a votar.
Não se pode,sequer, falar de maiorias negativas porque os franceses tiveram a possibilidade de se o desejassem (não desejaram mas podiam tê-lo feito) votarem maioritariamente na FN e derrotarem as alianças entre os derrotados da primeira volta.
Cá não.
Formou-se uma maioria negativa no Parlamento, numa verdadeira aliança de derrotados, que tomaram o poder com base numa soma de votos que nunca tinham dito a ninguém que podiam ser somados e sem darem ao povo a possibilidade de se pronunciar sobre o governo que lhe foi impingido.
É a diferença que faz toda a diferença.
Depois Falamos
O Jogo dos Erros
Foi um jogo vivo, interessante, com emoção até ao fim e constantes variações no marcador que permitiram um pecúlio final de sete golos e mais alguns que quase entraram.
Mas foi também um jogo de erros.
Infelizmente quase todos do lado vitoriano e que ajudam a explicar uma derrota perfeitamente escusada.
Erros no relvado e erros no banco.
Curiosamente o primeiro erro até foi da equipa de arbitragem ao não considerar golo um lance em que a bola ultrapassou totalmente a linha de baliza e a reforçar cada vez mais a ideia de que o futebol tem de se modernizar em termos de introdução de tecnologias auxiliares das decisões das equipas de arbitragem.
Embora também nesse lance se possa dizer que foi pena três jogadores do Vitória, à boca da baliza, não terem conseguido mais que aquele remate "pífio" ao invés de um pontapé que pusesse a bola no fundo da baliza.
Mas depois vieram os erros próprios.
Desde logo os erros a defender e que permitiram que por três vezes os avançado maritimistas aparecessem na cara de João Miguel só faltando perguntar para que lado queria a bola!
No outro golo o remate de fora da área era completamente indefensável para o jovem guarda redes vitoriano ou para qualquer outro guarda redes.
Ou seja uma vez mais a fragilidade da defensiva vitoriana, especialmente do meio para a esquerda, foi bem visível e o Marítimo soube bem aproveitá-la a preceito especialmente através de Marega que foi uma permanente dor de cabeça para o ultimo reduto vitoriano.
Quanto aos erros ofensivos eles basearam-se nas claras oportunidades desperdiçadas por Valente, em duas ocasiões, e Licá em lances em que o mais difícil parecia ser não marcar e que a serem golo teriam dado um cariz bem diferente ao resultado.
Ainda no capitulo de erros dentro do campo não pode passar sem reparo a forma disparatada como Dourado foi expulso ao ver dois cartões amarelos (bem mostrados) em lances a meio campo em que num foi punido por discutir com o árbitro e no segundo por uma entrada disparatada quando ,ainda por cima, já estava "amarelado".
Mas os erros no banco em nada ficaram a dever aos erros em campo. Do meu ponto de vista foram até mais graves.
E prendem-se com as substituições.
Todas erradas!
Com a equipa a perder trocar Valente por Alexandre Silva foi um disparate completo.
Porque se é verdade que Valente acabara de falhar dois golos é também verdade que já marcara um e estava naqueles jogos com "faro" de golo em que aparecia sempre onde a bola estava pelo que era perfeitamente admissivel que pudesse voltar a marcar.
Por outro lado com a sua saída aliviou-se a pressão sobre o centro da defesa adversária que nunca se entendera particularmente bem com o sistema de dois pontas de lança que o Vitória, e bem, vinha usando.
Acresce que com o Vitória a perder por um golo, e o adversário a fechar-se, a experiência de Valente seria sempre (pelo menos em teoria) mais útil que a inexperiência de Alexandre Silva.
A saída de Licá foi outro erro.
Não que ele estivesse a fazer uma grande exibição mas estava a ter uma participação importante na reviravolta do resultado ao fazer a excelente assistência para o golo de Cafu e ao "sacar" a grande penalidade e o cartão vermelho para Salin.
Pelo que estaria certamente com a "moral" em alta e uma motivação acrescida.
Foi então que o treinador vitoriano, que já trocara avançado por avançado, resolveu tirar Licá e meter Tomané trocando...avançado por avançado!
Numa altura em que o Vitória acabara de empatar e o Marítimo acabara de ficar reduzido a dez pelo que era altura de dar tudo por tudo na tentativa de chegar ao triunfo que parecia perfeitamente possível.
E dar tudo por tudo era fazer sair um dos trincos, ou Dalbert que denotava dificuldades, para a entrada de Tomané e jogar num claro 4x2x4 ou num 3x3x4 que me pareceria até o mais adequado com Bruno Gaspar/Josué/João Afonso na defesa, Cafu/Bouba/Otávio no miolo e a dupla Dourado/Valente como pontas de lança e Licá com Tomané nos flancos.
Mas as opções foram outras e o Vitória nada beneficiou com elas.
Diz o povo que não há duas sem três e por isso, do meu ponto de vista, a terceira substituição correspondeu a terceiro erro.
Porque ,salvo lesão ou pedido do jogador para ser substituído, a verdade é que Otávio não podia sair.
Porque é o mais esclarecido dos jogadores vitorianos, aquele que melhor define na hora do passe, um dos poucos que finta para a frente e ganha terreno criando situações de 2x1 ou obrigando o adversário a fazer faltas para o travarem.
E a saída de Otávio foi um claro alívio para o Marítimo.
Que acabaria por chegar ao triunfo num contra ataque desenhado através de uma enorme "avenida" na defesa vitoriana que permitiu uma situação de superioridade numérica aos jogadores insulares e depois bastou a Tiago Rodrigues escolher o colega melhor posicionado para fazer o golo.
Foram demasiados erros próprios os que o Vitória cometeu na noite de ontem e ajudam a explicar uma derrota tão "escusadinha".
Em termos individuais a saliência vai para João Miguel que sofreu quatro golos sem qualquer culpa e ainda evitou mais dois, para Bruno Gaspar incansável na forma como percorreu o seu corredor apoiando o ataque e Cafu que jogou com a "garra" de um verdadeiro capitão e fez um excelente golo numa das muitas vezes em que apareceu na área adversária.
Depois Falamos
P.S. Não gostei, uma vez mais, de ver o treinador vitoriano justificar a derrota com erros individuais dos jogadores.
Porque numa equipa ganham todos e perdem todos como qualquer verdadeiro líder sabe e assume.
E porque ele, Sérgio Conceição, errou mais do que qualquer um dos seus jogadores!
sábado, dezembro 12, 2015
Nem por Encomenda
Como se diz na promoção da lotaria há "horas felizes".
E Portugal teve hoje uma dessas horas no sorteio da fase final do Euro 2016 ao ser o cabeça de série com o grupo mais acessível e em que a passagem À fase seguinte é absolutamente obrigatória sem com isto manifestar qualquer desrespeito pelos adversários.
A verdade é que Islândia, Áustria e Hungria nos são claramente inferiores, individual e colectivamente, pelo que a selecção portuguesa tem excelentes perspectivas pela frente.
Islândia em estreia absoluta nestas andanças, a Hungria que à 44 anos não chegava a uma fase final e a Áustria também ela de à muito longe de fases finais terão de disputar entre si os lugares restantes porque a Portugal não se pode exigir menos que o triunfo no grupo.
É certo que no futebol há surpresas e imprevistos, azares e momentos infelizes, mas nem isso poderá justificar um eventual insucesso.
Até porque todos ainda temos relativamente presente o que aconteceu em 2002 no mundial da Coreia do Sul/Japão em que Portugal também tinha um grupo bem acessível e conseguiu perder com Estados Unidos e Coreia do Sul e regressar a casa muito antes do que se previa.
Mas acredito que desta vez Portugal não se deixará surpreender.
Até porque o seu treinador já assumiu por várias vezes que o objectivo é vencer o Europeu e por isso...
Depois Falamos.
Grande Filme
Quando se anuncia um filme dirigido por Steven Spielberg a expectativa "dispara" de imediato para níveis altíssimos dado tratar-se, na minha modesta opinião, de um dos maiores realizadores de todos os tempos e que abriu novas perspectivas ao cinema.
Quando nesse filme a estrela de cartaz è Tom Hanks um dos três maiores actores da actualidade a par de Robert de Niro e de Dustin Hoffman, outra vez na minha modesta opinião, a expectativa ainda consegue aumentar porque de Hanks só nos conseguimos lembrar de magistrais interpretações.
E quando o tema do filme se baseia em factos reais, num período tão conturbado como o da "Guerra Fria" e num dos seus picos de tensão como o foi a construção do Muro de Berlim, então estão reunidos todos os condimentos para se assistir a um grande filme.
Que mistura política (mais "realpolitik" em boa verdade)com história e espionagem tudo "temperado" por uma grande realização de Spileberg e interpretações notáveis de Tom Hanks e não só.
E " A Ponte dos Espiões" é isso mesmo.
Um grande filme.
Daqueles que nos fazem sentir que vale a pena trocar o conforto do sofá, e os enlatados do Canal Hollywwod, da Fox Movies e de outros canais cinematográficos, por uma verdadeira sala de cinema para assistir a um filme imperdível.
De facto em termos cinematográficos está a ser um belo final de ano.
Depois do último 007 ,e deste agora visto, toda a expectativa está na "cereja em cima do bolo" prevista para o dia 17.
A estreia de "O Despertar da Força" ou seja o capitulo VII de Star Wars!
Depois Falamos
sexta-feira, dezembro 11, 2015
A Vantagem de Marcelo
Sondagens hoje publicadas, na linha de outras que as antecederam, apontam para um claro triunfo de Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais do próximo mês e logo à primeira volta seguindo os exemplos dos seus antecessores.
A excepção foi Mário Soares contra Freitas do Amaral trinta anos antes em que pela primeira e única vez houve necessidade de recurso a uma segunda volta.
Porque quer Cavaco Silva quer Jorge Sampaio venceram as suas eleições à primeira volta por duas vezes cada um deles.
Esta vantagem de Marcelo não surpreende.
Por várias razões:
Marcelo é de muito longe o mais conhecido dos candidatos por força de mais de 40 anos na vida pública, quer como político quer como comentador, que com a ajuda da televisão lhe deram uma notoriedade brutal e inigualável para qualquer politico português.
Marcelo é um personagem simpático, extraordinário até na proximidade ás pessoas, que entra com enorme facilidade em todos os eleitorados como as sondagens vem provando.
É absolutamente espantoso, e só ele o conseguiria, que para além de PSD e CDS (a sua área politica) Marcelo recolha o maior número de intenções de voto nos eleitorados de PS e Bloco de Esquerda à frente dos candidatos dessas áreas políticas.
Marcelo beneficia do facto (embora o ache cada vez menos relevante) de na sua área politica concorrer sozinho e não ter de repartir votos enquanto à esquerda existem vários candidatos que tentam disputar votos no mesmo espaço.
Marcelo teve a sorte, aí sim, de para além dos candidatos do PCP e do BE que a nada mais aspiram que a tentarem manter os votos legislativos dos seus partidos(o que estão imensamente longe de conseguir) não existir na área da esquerda democrática nenhum candidato forte.
Sampaio da Nóvoa é um ilustre desconhecido para a esmagadora maioria dos portugueses- e um dos portugueses que hoje estará bem arrependido de ter acreditado em António Costa- e no mês e pouco que falta para as eleições pouco poderá fazer para inverter isso enquanto Maria de Belém é uma personagem muito simpática mas a que os portugueses para além do sorriso e da laca no cabelo pouco mais conhecem!
E em boa verdade pouco haverá para conhecer.
Fosse o candidato António Guterres e Marcelo estaria certamente mais preocupado porque aí a eleição seria rijamente disputada.
Mas não é.
E por isso acredito que Marcelo Rebelo de Sousa será eleito Presidente da República em 24 de Janeiro de 2016.
Até por uma razão adicional e que resulta das sondagens:
Uma esmagadora maioria dos inquiridos acredita na eleição de Marcelo seja à primeira seja à segunda volta.
E quando assim é...
Depois Falamos
quinta-feira, dezembro 10, 2015
quarta-feira, dezembro 09, 2015
Os Trabalhos de Rui
Estou certo que Rui Vitória quando decidiu aceitar o convite do Benfica sabia que se ia meter numa complexa carga de trabalhos.
Gratificante por treinar um clube com a dimensão do SLB mas trabalhos à mesma!
Sabia que não ia ter vida fácil, como no Vitória também nunca teve, porque a exigência é muita mas seguramente que com a confiança que tem em si próprio e nos seus colaboradores estará certo que levará a nau a bom porto.
Pese embora ter encontrado o pior Benfica, em termos de plantel, dos últimos dez anos.
Jogadores de nível europeu restam três; Gaitán, Júlio César e Salvio e este lesionado desde o fim da época passada.
O Jonas do campeonato não é bem o mesmo da Liga dos Campeões e Luisão, durante uma década o esteio da defesa, já acusa o peso dos anos dividindo-se o resto entre jovens prometedores, jogadores de mediana categoria e outros absolutamente banais para um clube que quer ter aspirações em todas as frentes em que participa.
O Jonas do campeonato não é bem o mesmo da Liga dos Campeões e Luisão, durante uma década o esteio da defesa, já acusa o peso dos anos dividindo-se o resto entre jovens prometedores, jogadores de mediana categoria e outros absolutamente banais para um clube que quer ter aspirações em todas as frentes em que participa.
Longe vão os tempos em que Jorge Jesus tinha nas suas equipas nomes como Aimar, Saviola, Cardozo, Matic, Fábio Coentrão,Garay, Oblak,Enzo Pérez,Maxi Pereira,Javi Garcia, Witsel,Lima, etc que davam uma dimensão bem melhor à valia do plantel.
Bastará olhar para o Benfica que o Vitória liderado por Rui Vitória derrotou no Jamor para perceber bem as diferenças que existem para o presente.
Mas isso é passado.
E por isso hoje Rui Vitória tem de fazer a sua" omelete" com "ovos" bem diferentes.
E tem-na feito bem.
Lançando jovens de qualidade e que prometem futuro auspicioso (Renato Sanches,Gonçalo Guedes e Nelson Semedo) , potenciando Gaitan, combinando bem os pontas de lança de que dispõe, instalando um modelo de jogo que disfarça tanto quanto possível as muitas lacunas que o plantel evidencia.
E com todos esses problemas está nos oitavos de final da Liga dos Campeões, na luta pelo título, e com as aspirações intactas na taça da Liga.
É verdade que perdeu a supertaça e foi eliminado da Taça de Portugal face ao Sporting mas em jogos "divididos" em que o triunfo podia ter sorrido a qualquer uma das equipas.
Por isso não percebo algumas criticas que ouço e leio a Rui Vitória vindas de comentadores e adeptos benfiquistas.
Sei, por experiência própria, que quando olhamos para o nosso clube acha-mo-lo sempre o melhor do mundo e temos para ele expectativas sem limites razoavelmente racionais.
Mas os benfiquistas críticos de Rui Vitória, especialmente aqueles com maior visibilidade mediática e consequente influência nas "massas", deviam fazer um esforço de racionalidade e constatarem a realidade dos factos.
O Benfica, com todos os condicionalismos atrás apontados, em termos europeus está a fazer uma excelente época e em termos nacionais está a fazer uma temporada perfeitamente normal (ser eliminado em Alvalade da Taça de Portugal não é algo de insólito) para as suas actuais possibilidades.
Com a adicional mais valia de em poucos meses RV já ter lançado vários jovens talentos que certamente assegurarão um futuro desportivo e financeiro auspicioso.
Mesmo assim queriam mais e melhor? Com um plantel como este?
Compreendo isso.
Como eles, críticos, terão de compreender que treinadores do topo mundial como Guardiola, Mourinho, Klopp, Ancelloti, Simeone, Van Gaal, Wenger e outros não estão interessados em virem treinar,para um campeonato periférico, um clube de segunda ou terceira divisão europeia em termos de Liga dos Campeões!
E só um treinador desse nível faria eventualmente melhor do que Rui Vitória está a fazer.
Depois Falamos
P.S. Já sei que a expressão "segunda ou terceira divisão europeia" chocará alguns benfiquistas.
Mas Bella Guttman poderia explicá-la muito melhor que eu...
Sugestão de Leitura
É de certa forma original uma biografia de uma personagem de ficção.
Ainda que seja uma personagem tão "rica" como Sherlock Holmes.
A verdade é que W.S. Baring-Gould meteu mão à obra e a obra acabou por não sair nada mal face ás dificuldades que teve de ultrapassar.
Misturando aquilo que extraiu das obras de Conan Doyle sobre o detective, a par de excertos de alguns dos contos, com "deduções" próprias o autor ficcionou o resto desde a família de Holmes até diversos aspectos da sua "vida", que das obras não constam, bem como a sua "morte"aos 103 anos de idade .
Um livro que se lê com agrado, especialmente pelos apreciadores de Conan Doyle (é o meu caso), e que não sendo uma obra prima não deixa de ser interessante face à originalidade de que se reveste.
Depois Falamos
terça-feira, dezembro 08, 2015
Limpinho!
Hoje os vitorianos, quer os que foram ao estádio quer os que seguiram o jogo pela televisão,tem boas razões para estarem satisfeitos com a sua equipa.
O Vitória fez um bom jogo, apresentou períodos de bom futebol com jogadas bem construidas e fez três golos ficando a dever a si próprio outros tantos quer por falta de pontaria quer por decisões menos felizes no ultimo passe.
A primeira razão,do meu ponto de vista, esteve no facto de Sérgio Conceição hoje ter apresentado uma equipa bem "arrumada" com os jogadores no seu lugar e sem invenções ou confusões posicionais.
Especialmente no meio campo onde Bouba foi um trinco eficaz, Cafu jogou mais adiantado e com alguma liberdade de movimentação e Otávio foi um "patrão" como a equipa ainda não tinha tido esta temporada com manifesto prejuízo quanto à qualidade do seu futebol.
E foi Otávio que fez a maior diferença.
Tem qualidade, sabe jogar, temporiza bem a velocidade de jogo e é demolidor no 1x1 ultrapassando os adversários com alguma facilidade e criando situações de superioridade numérica ou arrancando faltas e cartões aos seus adversários.
Na frente jogou a melhor dupla de avançados, Dourado e Valente, complementados por um Licá que tarda em ser feliz e por isso aqui e ali exaspera os adeptos com jogadas mal conseguidas ou desastradamente finalizadas. Digamos que foi o elo mais fraco na exibição vitoriana e por isso uma vez mais substituído.
Dourado,esse, confirmou o que já sabemos.
É um bom ponta de lança que "só" sabe jogar de frente para a baliza, de ultimo toque, precisando de extremos e laterais que cruzem adequadamente para ele poder impor o seu poderio físico e bom jogo de cabeça nos lances aéreos e fazer valer o seu sentido de baliza nos restantes.
Como hoje isso aconteceu...fez golos!
Em suma uma boa exibição, um bom resultado mas que não dá para passar do 8 ao 80.
Porque a defender notaram-se fragilidades , especialmente na dupla João Afonso-Dalbert (este bem a atacar) e só uma excelente exibição de João Miguel impediu o Rio Ave de marcar mais vezes.
Num jogo bem mais exigente que o do Bessa o jovem guarda redes vitoriano fez três ou quatro grandes defesas, complementadas com mais algumas de muito boa qualidade, e denotou um à vontade a sair dos postes para desfazer cruzamentos invulgar na sua idade.
Dois jogos, duas excelentes exibições, uma média que promete.
Ao conseguir segundo triunfo consecutivo, e este o mais claro de toda a época, o Vitória reforça os seus níveis de confiança e a equipa de hoje "disse" ao treinador que há boas razões para estabilizar em volta deste onze que dá garantias de mais sucessos.
E o próximo terá de ser já no sábado na recepção ao Marítimo.
A equipa de arbitragem fez um trabalho sem margem para reparos.
Depois Falamos.
P.S. Alexandre Silva marcou hoje o seu primeiro golo pela equipa A do Vitória.
É outro talento emergente mas a que tem de ser dado tempo para "crescer".
E neste caso faço justiça ao treinador. Tem gerido bem a sua utilização.