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segunda-feira, novembro 30, 2015

Desprezo!

Este sujeito e este partido (enquanto for dirigido por este sujeito) merecem o mais absoluto desprezo!
O desprezo devido a quem renegou convicções, princípios, valores e a própria História apenas e só para, vendendo a alma ao diabo, alcançar o poder de qualquer forma logo após os portugueses terem dito de forma claríssima que não queriam o sujeito a primeiro-ministro nem o partido do sujeito a governar.
E por isso há que combatê-los desde o primeiro momento.
De forma democrática, sem qualquer duvida, mas igualmente de forma implacável e usando sempre do máximo rigor e da máxima exigência.
Com lealdade (até porque somos no PSD bem diferentes deste sujeito e do seu partido)mas sem qualquer transigência por pequena que seja.
Porque quem fez o que Costa fez para salvar a sua (mediana para ser simpático) carreira política é capaz de fazer qualquer coisa para se manter no poder mesmo que isso signifique a prazo o regresso da troika, um novo resgate, outra bancarrota.
O que me parece inevitável que venha a acontecer tal o facilitismo que já por aí anda a fazer lembrar os piores tempos dos governos de Guterres e Sócrates de que Costa fez orgulhosamente sem nunca deles se ter demarcado fosse no que fosse.
Aumentos de salários, descidas de impostos, fim dos exames na 4ª classe, reintrodução dos feriados, adopção por casais gay, fim das taxas moderadoras no aborto e por aí fora são o retrato do que Costa pensa (será que pensa em alguma coisa que não no poder pelo poder?) e do que os seus novos camaradas entendem como prioridades para o país.
Até porque sabem que se "isto" correr mal lá estarão no futuro o PSD e o CDS para resolverem os problemas, pagarem as contas, equilibrarem as finanças públicas, encherem os cofres e cumprirem os compromissos internacionais de Portugal.
Mas esse é o (inevitável)futuro.
Agora há que tratar do presente.
E esse presente, como atrás dito, tem de passar por um combate implacável ao governo da aliança de derrotados.
Sem inocências, sem querermos ser os bonzinhos da "fita", sem falsos sentidos de Estado.
Ontem,no seu comentário semanal na SIC, Marques Mendes dizia (com toda a razão) que será incompreensível se PSD e CDS não apresentarem uma moção de rejeição ao programa de governo do PS.
Devem fazê-lo.
Porque de um lado está quem ganhou as eleições e do outro uma aliança de derrotados cujos componentes venderam,todos eles, a alma ao diabo para serem poder.
E há que marcar claramente as diferenças.
Desde já e sem tibiezas nem hesitações.
Depois Falamos.

sábado, novembro 28, 2015

Valeu pelos Pontos

No intervalo do jogo escrevi na minha página de facebook o seguinte comentário:
" A primeira parte do Vitória caracteriza-se em três "is": Intranquilo a defender, Inconsistente a construir,Inofensivo a atacar. Esperemos que na segunda parte melhore. Porque ver o Vitória "assim" é uma infelicidade. Afinal os "is, como os 3 Mosqueteiros,são quatro".
Correspondia esta análise a uma primeira parte fraquissima do Vitória, perante um dos mais modestos Boavista de que me lembro, em que a equipa vitoriana conseguiu a verdadeira proeza de chegar ao intervalo a perder face a um adversário que apesar da modéstia lhe foi superior em todos os capítulos do jogo.
Claro que tudo isso teve a ver com uma equipa inicial difícilima de entender com um Phete absolutamente "verde" para estas andanças, um Licá que definitivamente não é feliz com a nossa camisola e um sistema de dois trincos em que Cafu e Bouba se andavam a atrapalhar um ao outro mais do que a dificultar a vida ao adversário.
Não admirou pois que o Boavista marcasse um golo e ainda visse João Miguel (se é o nome que usa na camisola é esse o nome que lhe deve ser chamado) negar-lhe outro com uma boa defesa enquanto do outro lado do campo Mika deve ter enregelado face à inoperância do ataque vitoriano.
Na segunda parte as coisas melhoraram.
Até porque piorarem não era fácil!
Com as entradas de Otávio(joga para a frente e sabe "ter" a bola) e Valente a equipa ganhou discernimento e agressividade ofensiva empurrando o Boavista para trás e criando algumas oportunidades de golo.
Dourado (boa exibição) fez o empate e logo a seguir obrigou o guarda redes axadrezado a grande defesa, Valente cabeceou com perigo por duas vezes e percebeu-se que a "sorte" do jogo tinha mudado e o Vitória estaria mais perto do segundo golo.
Que acabou por acontecer num remate de "raiva" do capitão Cafu dando ao cair do jogo um triunfo que a primeira parte não fazia supor.
E ainda houve oportunidade, em tempo de descontos, para João Miguel segurar o triunfo com uma grande defesa naquele que foi o único remate verdadeiramente perigoso do Boavista em toda a segunda parte.
Valeu pelos três pontos e pelo matar de um "borrego" já velho este triunfo do Vitória no Bessa.
Mas exibicionalmente a equipa continua muito longe do que é exigível , o treinador persiste numa incompreensível rotação de jogadores que em nada contribui para a solidez da equipa e  para a mecanização de processos e não é esta "andorinha" do Bessa que vai fazer a "Primavera" vitoriana.
Há muito caminho para andar e muita falta de maturidade, a vários níveis, a fazer-se sentir.
Em termos individuais o destaque vai para a boa estreia de João Miguel sem culpas no golo e evitando pelo menos outros dois, para a boa movimentação de Dourado e para o seu excelente golo e para o "ar fresco" que Otávio trouxe à equipa.
Cafu foi um capitão à altura e mereceu bem o golo que marcou.
Fábio Veríssimo fez uma boa arbitragem.

quinta-feira, novembro 26, 2015

Já Foi...

Já foi um dos grandes jogos do nosso campeonato.
No tempo em que Vitória e Boavista disputavam entres eles o estatuto de quarto "grande" e os encontros entre as duas equipas eram sempre rodeados de uma paixão e uma vivacidade difíceis de encontrar noutros jogos.
A história tem um inicio.
Numa longínqua tarde de Junho de 1976, nas Antas, o Boavista vencia o Vitória na final da taça de Portugal num jogo em que a arbitragem do famigerado António Garrido deu a taça aos axadrezados roubando-a a quem mais a mereceu ganhar no terreno de jogo.
Até então para os vitorianos defrontar o Boavista era como defrontar a Académica, o Vitória FC, o Belenenses ou a CUF. Ou qualquer outro adversário que não o rival Braga ou os chamados"grandes".
Era um jogo "normal".
A partir de 1976 deixou de ser e ganhar ao Boavista tinha (e tem) um prazer redobrado face a essa afronta da qual nunca poderemos ser indemnizados.
Nas décadas de 80 e 90 a conflitualidade e a disputa entre os dois clubes atingiu os píncaros e transformou cada encontro entre as duas equipas num jogo de visibilidade nacional.
Responsáveis?
Pimenta Machado e Valentim Loureiro.
Dois presidentes de forte personalidade e enorme carisma junto das respectivas massas associativas que davam cor e sabor ao antes e ao depois de cada jogo entre Vitória e Boavista com as intensas polémicas em que se envolviam.
Porque para além da disputa no terreno de jogo e da competição pelo quarto lugar percebia-se que os do Bessa começavam a jogar por "fora" e a beneficiarem de protecções e compadrios que ajudavam a fazer a diferença classificativa.
E Pimenta nunca se calou na denúncia do "sistema".
Foi ,aliás, o primeiro a fazê-lo num tempo em que outros mantinham um silêncio cobarde à espera das migalhas que caíam da mesa do poder.
Depois Valentim saiu para a Liga (onde continuou e intensificou a política de protecção ao Boavista)e deixou o filho no seu lugar mas aí, pese as atitudes de continua hostilidade ao Vitória personificadas pelo "pardalito", a conflitualidade entre dirigentes baixou porque Pimenta Machado nunca deu grande importância ao jovem Loureiro bem ciente de que o "inimigo" continuava a ser o pai.
A verdade é que com o pai na Liga e o filho no clube o Boavista atingiu o ponto mais alto do seu historial vencendo o campeonato em 2001 e fazendo participações meritórias na liga dos campeões naquilo que parecia ser a sua afirmação como quarto clube português.
Mas não foi.
Porque a seguir, fruto de uma gestão megalómana e sem qualquer correspondência com a sua realidade, o Boavista atolado em dividas e em processos de corrupção acabou por cair na II Liga e depois no próprio CNS por onde se arrastou penosamente até uma decisão judicial o devolver ao principal campeonato mas muito longe do protagonismo de outros tempos.
O Vitória também fez o seu percurso.
Em 2004 Pimenta Machado deixou a presidência, passados dois anos foi a vez de o Vitória experimentar a angustia de descer de divisão, e nos anos que entretanto decorreram foi alternando o bom (raramente) com o banal (quase sempre) com a notável excepção da Taça de Portugal ganha em 2013.
Encontram-se de novo no próximo sábado.
Longe dos tempos dos grandes jogos, da intensa rivalidade, de uma conflitualidade exacerbada (quantas vezes para lá das marcas) , dos grandes "duelos" mediáticos dos presidentes com grande carisma que os clubes nesses tempos tinham.
Mesmo neste contexto "pobrezinho" da actualidade, com os dois clubes "perdidos" na metade inferior da  tabela (o Vitória é 13º e o Boavista 14º...) e longe de disputarem lugares que durante tantos anos foram "seus", é sempre um Boavista-Vitória.
E os vitorianos gostando de ganhar todos os jogos há aqueles que ainda gostam mais.
É o caso.
Depois Falamos

terça-feira, novembro 24, 2015

Fez Bem

Creio que o Presidente da República fez bem ao indicar Costa para ocupar o lugar de primeiro ministro.
Insensível ao vozear canalha, malcriado e insolente das esquerdas, o PR fez exactamente aquilo que a Constituição preconiza depois das eleições de 4 de Outubro.
Indigitou primeiro-ministro o líder da força politica que venceu as eleições.
Como sempre acontecera em Portugal nos tempos "pré Costa" e numa prática que os seus antecessores tinham seguido.
Quando o Parlamento no gozo das suas competências próprias rejeitou o governo o PR fez o que tinha a fazer uma vez mais.
Ouviu quem entendeu ouvir, durante um período perfeitamente razoável de tempo, e depois de terminar esse período de consultas tinha três hipóteses pela frente como é de todos sabido.
Manter o governo em gestão, nomear um governo de sua iniciativa, ou aceitar a alternativa que lhe era oferecida pela novíssima maioria de esquerda.
Nenhum das duas primeiras hipóteses era defensável para um presidente em final de mandato e que não podia assumir qualquer compromisso para lá de Janeiro de 2016.
Por um lado porque Passos Coelho já dissera claramente que não aceitava manter-se em gestão e queria ser substituído o mais rapidamente possível.
Por outro porque qualquer uma dessas hipóteses significaria (especialmente a segunda) um governo fraco , gerador de instabilidade e propiciador de um inevitável acentuar da conflitualidade.
Restava pois a terceira possibilidade.
Um governo ultra minoritário do PS com apoio parlamentar da esquerda radical numa insólita aliança de derrotados que se juntaram não em nome de um programa (nem um acordo comum conseguiram assinar) de governo mas apenas numa coligação negativa para derrubar o governo da PAF.
A verdade é que essa aliança de derrotados tem maioria no Parlamento.
E por isso o PR depois de deixar bem claras as contradições fundamentais que encontra nos três acordos da aliança de derrotados, e exigir a Costa compromissos nessa matéria, entendeu uma vez recebido um documento do PS sobre o assunto indicar Costa para primeiro-ministro.
Deixando bem claro que apenas o faz por falta de qualquer outra alternativa viável.
E deixando para o seu sucessor o tal documento em que supostamente Costa assume compromissos fundamentais para os tempos que aí vem.
Pense-se o que se pensar sobre António Costa, "este" PS e a aliança de derrotados (e eu penso o pior possível) creio que o Presidente da República fez bem em proceder desta forma e ao dotar o país de um governo que tem,em teoria, condições para governar.
Sobre a forma como de facto vai governar ,e sobre a forma como Costa chegou ao governo, caberá aos portugueses pronunciarem-se a seu tempo.
Esperemos que bem depressa.
Depois Falamos

Um "Infeliz"

Andrés Iniesta é um "infeliz".
Jogador genial que tem marcado uma época no futebol espanhol,europeu e mundial, Iniesta já ganhou tudo que um futebolista pode ambicionar vencer em termos de grandes títulos do futebol.
Pelo seu clube de sempre ganhou Ligas espanholas, taças do Rei, supertaças de Espanha, Ligas dos campeões e mundiais de clubes.
Pela selecção espanhola já venceu campeonatos da Europa e foi campeão do mundo em 2010,na África do Sul, com o golo decisivo da final a ser apontado por ele próprio.
Tudo isso pontuado com grandes exibições, grande jogos e alguns grandes golos.
Mesmo assim Iniesta é um "infeliz".
Porque vive e joga no tempo de Ronaldo e Messi.
Dois génios do futebol que sobre eles atraem todas as atenções e que entre eles dividem as "Bolas de Ouro" desde 2008!
Ronaldo venceu nesse ano, depois Messi arrebatou quatro consecutivas a que se seguiram mais duas para Ronaldo, sendo claramente previsível que em 2015 seja um deles a repetir o triunfo naquilo que será a quinta de Messi ou a quarta de Ronaldo.
Para Iniesta é que não.
É a "ditadura" do golo, a predominância e visibilidade dos homens que fazem golos (e Ronaldo/Messi fazem-nos ás dezenas por ano) deixando em segundo plano aqueles que fazem as equipas jogar e criam as oportunidades para que os goleadores cumpram a sua função.
E nisso de jogar e fazer jogar não tenho nenhuma duvida que Iniesta é o melhor do mundo.
Mas será sempre, assim me parece, um "rei" sem coroa (leia-se "bola de ouro") porque aos 31 anos e sabendo que Ronaldo tem trinta e Messi vinte e oito dificilmente haverá espaço para ele vencer esse troféu.
Quando, ainda por cima, os vinte e três anos e a classe exuberante de Neymar colocam o brasileiro como grande candidato a suceder a Ronaldo e Messi como vencedor de algumas "bolas de ouro".
Por isso digo que Iniesta é um "infeliz".
Porque se vivesse noutro tempo, e sem "estes" concorrentes, certamente que a sua genialidade seria apreciada na sua verdadeira dimensão.
Depois Falamos

segunda-feira, novembro 23, 2015

Muito Simples

Hoje o Presidente da República recebeu António Costa e em meia hora de audiência (há gente com quem  quanto menos tempo se perder melhor) disse-lhe claramente quais as condições cujo cumprimento considera essencial para o convidar a exercer o cargo de primeiro-ministro na sequência de uma eleições que não ganhou.
E como sabe bem com quem está a tratar o PR não só disse como lhe entregou um documento em que elas estão expressas.
São estas:

a) aprovação de moções de confiança;
b) aprovação dos Orçamentos do Estado, em particular o Orçamento para 2016;
c) cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária;
d) respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa colectiva;
e) papel do Conselho Permanente de Concertação Social, dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do País;
f) estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa.

Qualquer pessoa sensata, e despida da vergonhosa sede de poder que assola a aliança de derrotados, concordará que são condições naturais e perfeitamente compreensíveis não só face ao nosso posicionamento na Europa como também face à incerteza resultante  dos acordos a eito assinados pelo PS com variados partidos nos quais nada disto está garantido.
Nada!
E por isso deixando de lado o habitual vozear do BE( cada vez mais um...Bando Esganiçadas) , o debitar da cassete por parte do PCP e os insultos ao PR por parte de algum canalhada do PS e afins a questão é muito simples:
Ou Costa e seus apoderados se deixam de cinismos e basófias e dão ao Presidente da República as garantias pedidas ou este estará completamente à vontade para optar por outra solução que não a indigitação de Costa.
E aí não haverá governo da aliança de derrotados por culpa exclusiva de António Costa!
E das companhias de que se rodeou como é óbvio.
Depois Falamos

P.S Acho que na foto que encima este textos as expressões dizem tudo!

domingo, novembro 22, 2015

Cultura

Sergi Roberto-Suárez-Neymar
Quem tem por hábito ler este blogue sabe bem a simpatia que tenho pelo Barcelona e portanto imaginará facilmente o prazer com que assisti ontem à forma como os catalães cilindrarem o Real Madrid em pleno Bernabéu.
Numa exibição extraordinária, fazendo gato sapato do seu adversário, o Barça fez quatro golos  e ficou a dever a si próprio outros tanto face ás oportunidades criadas e desperdiçadas em série pelos jogadores do campeão espanhol e europeu.
Valha a verdade que também o seu adversario podia ter marcado por duas ou três vezes (em duas delas Bravo fez  espantosas defesas a remates de um Ronaldo que bem merece jogar numa equipa melhor)pelo que o resultado que mais se adequaria ao jogo que se viu seria um 2-8 mais próprio de hóquei em patins do que em futebol.
Mas acima do jogo propriamente dito há que dizer que se impuseram duas formas de cultura.
A cultura futebolistica,propriamente dita, consagrando uma vez mais a forma de jogar do Barcelona e que lhe permitiu coisas tão espantosas como ter 61% de posse de bola ou na jogada do primeiro golo a bola ter passado pelos dez jogadores de campo do Barça , com o RM a ver, até chegar aos pés de Suárez para a conclusão perfeita do lance.
É a consagração de um forma de jogar que revolucionou o jogo propriamente dito.
E ontem o Barcelona nem precisou de Messi ,contradizendo todos aqueles que afirmam que o "tiki taka" só existe com o argentino, para impor o seu futebol tal a qualidade que Neymar, Iniesta, Súarez e Sergi Roberto (os que mais se distinguiram) imprimiram é exibição "culé".
Messi apenas entrou aos 60 minutos, para ganhar ritmo depois de dois meses de paragem por lesão, com o resultado já em 3-0 mas ainda teve tempo para participar na jogada do ultimo golo deixando também ele a sua marca no resultado.
E aqui um aparte para imaginar o que terão sentido os já destroçados jogadores madridistas quando a perderem por 0-3,e a levarem um "banho de bola", viram entrar em campo o "inimigo nº1" que tantas vezes os tem vergado ao peso do seu talento.
Não devem ter sido poucos, acompanhados por Benitez e pelos adeptos caseiros, os que terão receado uma catástrofe ainda maior.
Não aconteceu mas também não andou longe.
A outra forma de cultura presente ontem no Bernabéu foi a cultura desportiva dos adeptos do Real Madrid.
Aplaudindo Iniesta quando foi substituído, e assim tributando a merecida homenagem à monumental exibição do capitão do Barcelona, mas acima de tudo com os cânticos exigindo a demissão do presidente Florentino Pérez.
Enquanto noutros lados os insucessos são atribuídos a treinadores e jogadores os adeptos do Real Madrid sabem bem (e tem toda a razão) que é a quem está no topo da "pirâmide" que devem ser exigidas responsabilidades pelos insucessos desportivos.
E nisso deram um excelente exemplo.
Depois Falamos.

sexta-feira, novembro 20, 2015

A Dra Leal Coelho

Não conheço a dra Teresa Leal Coelho de lado nenhum.
Prejuízo meu privado que estou de conhecer tão brilhante quadro do meu partido!
Milito no PSD /JSD desde 1975 e confesso que nestes quarenta anos os trinta e cinco primeiros se passaram sem ter qualquer memória da dra Leal Coelho.
Nunca a vi num congresso.
Até pode ter estado mas eu é que não a vi.
Não me lembro de ouvir nenhuma intervenção sua, fosse sobre o que fosse, em defesa do PSD , do seu programa dos seus combates políticos.
Não quero dizer que não as tenha feito, e brilhantes até, eu é que não me lembro de as ouvir!
Não me recordo de a ver servir o partido numa junta de freguesia, numa câmara ou numa assembleia municipal.
Não quer dizer que não o tenha feito, brilhantemente até, eu é que não me lembro de a ter visto.
Confesso que a única memória que tenho da intervenção pública da dra Leal Coelho é no tempo em que foi administradora da SAD do Benfica ao lado do dr. Vale e Azevedo.
Mais nada.
Nestes últimos cinco anos, porém, tudo mudou.
Em 2011 a dra Leal Coelho , vinda do anonimato político e por mão amiga, apareceu como número dois da lista do PSD pelo Porto de forma que para ser benévolo posso considerar como absolutamente surpreendente.
São aqueles "coelhos" (sem qualquer tentativa de piada ao apelido da senhora) que nos partidos democráticos saem das "cartolas" com inusitada facilidade.
Depois foi sempre a subir.
Vice presidente do grupo parlamentar, vice presidente da comissão política nacional do PSD e nas legislativas de 4 de Outubro,imagine-se, cabeça de lista por Santarém.
Seguramente fruto da capacidade e do talento demonstrado na sua meteórica carreira política desde ,pelo menos, 2011.
Hoje a dra Leal Coelho foi um dos dezanove deputados do PSD, que ao arrepio do programa eleitoral sufragado um mês atrás e ao arrepio do que sempre tem sido a posição do PSD nestas matérias, votou favoravelmente o projecto de lei do Bloco de Esquerda referente à adopção de crianças por casais homossexuais.
Mas não contente com essa falta de respeito por quem a elegeu a dra Leal Coelho ainda ofereceu o triste espectáculo de aplaudir de pé a aprovação  desse projecto do BE.
Não sei se a dra Leal Coelho, quiçá atarefadissima  a dirigir a sua meteórica carreira política, teve alguma vez o tempo necessário a tentar perceber quem são e o que pensam os militantes e eleitores do partido que tanto lhe tem dado.
Mas estou certo que muitos deles, quiçá uma esmagadora maioria, não terão apreciado nada o entusiasmo com que uma vice presidente da comissão política nacional do PSD aplaudia uma iniciativa de um partido que acaba de fazer parte de uma aliança de derrotados que derrubou um governo liderado pelo...PSD!
Eu sintetizo:
Como militante do PSD sinto-me envergonhado e como eleitor da PAF sinto-me traído.
Resta-me o consolo de a dra Leal Coelho não ter sido candidata por Braga o que sem duvida me aumentaria a vergonha, a frustração e o sentimento de traição.
Depois Falamos.

P.S O que penso da atitude da dra Leal Coelho é o que penso da atitude dos restantes 18 deputados que desrespeitaram quem neles votou e optaram pelo brilho efémero do "politicamente correcto" perante certa opinião pública e certa comunicação social sensível a estas "causas" chamadas fracturantes.
Só que no caso da dra Leal Coelho é mais grave fruto das funções que ocupa e do bacoco exibicionismo de aplaudir de pé o que devia ter rejeitado sentada.

quinta-feira, novembro 19, 2015

Que Vergonha!



Confesso que ás vezes a minha capacidade de me indignar ainda me consegue surpreender!
Com quarenta anos de vida política, com tantas experiências acumuladas, com tanta coisa inacreditável a que já assisti acho difícil indignar-me com alguma coisa que suceda na política portuguesa  pese embora as ultimas semanas terem sido férteis em motivos para isso.
Mas na passada semana ao ler a revista "Sábado" confesso que ainda me surpreendi e indignei.
A referida revista perguntou aos 230 recém eleitos deputados o que pensavam sobre a providência cautelar dos advogados de Sócrates ( e incrivelmente despachada favoravelmente pela Justiça que temos) que visava impedir os orgãos de comunicação social do grupo Cofina de publicarem noticias sobre o caso em que Sócrates é arguido.
Não é uma questão menor.
Tem a ver com direitos, liberdades e garantias e mais especificamente com liberdade de imprensa.
Liberdade em suma.
Ao contrário do que seria expectável, e que seria os 230 eleitos repudiarem essa medida que coarta a liberdade, assistimos ao vergonhoso resultado que a seguir se discrimina:
158 deputados não responderam à pergunta. Como se o assunto fosse menor e não lhe devesse ser dada qualquer importância.
58 recusaram responder com o argumento de que não se queriam pronunciar sobre o assunto.
8 (todos do PSD) manifestaram-se, honra lhes seja feita, contra essa decisão censória.
6 (5 inevitavelmente do PS e 1 inacreditavelmente do PSD) manifestaram-se de acordo com a censura dos tribunais.
Já nem vou falar da CDU das "amplas liberdades", nem do BE que se julga acima da moral comum e censura tudo e todos mas se cala num caso destes, tão pouco do PS a quem o assunto incomoda- e muito- e que se dividiu entre os 5 defensores da censura e os restantes que se calaram que nem ratos.
Mas admira-me muito (e desilude-me imenso) que no meu partido apenas oito deputados tenham tido a frontalidade e a coragem de assumirem uma posição de repudio quanto à censura.
E por isso digo que nesta matéria me senti bem representado, enquanto cidadão, por Carlos Abreu Amorim, Firmino Pereira, Pedro Pinto,Duarte Marques,Ulisses Pereira,Sérgio Azevedo, Maria João Ávila e Carlos Páscoa.
Pelos outros não.
E tenho muita pena disso!
Depois Falamos.

O Bom Futebol

Poucas actividades geram tantas paixões, tantas desavenças, tantas controvérsias como o futebol.
Divide países, divide regiões, divide famílias , gera rivalidades tremendas, origina fanatismos bem dispensáveis.
Tudo porque é uma modalidade apaixonante, que gera entusiasmos desmedidos, que é transversal a sociedades, estados económicos, idades e religiões.
Ao longo dos anos tem sido muitos os maus exemplos que o futebol tem dado desde a violência entre adeptos à corrupção de dirigentes e praticantes e até uma guerra entre dois países já se verificou por causa do futebol.
Mas depois há o reverso da medalha.
Quando é hora da solidariedade o futebol sabe ser solidário como quase mais nada ou mais ninguém.
Esta semana houve mais uma prova disso por causa dos actos terroristas em Paris.
Quando em todos os jogos de selecções registados nos dias seguintes houve inequívocas provas de solidariedade para com as vitimas e de claro repúdio quanto aos actos de terror praticados por minorias fanáticas e sem qualquer apreço pelo valor da Vida.
O maior exemplo de solidariedade foi, sem sombra de dúvidas, o dado em Wembley no Inglaterra-França com um estádio inteiro a cantar a "Marselhesa".
Mas em toda a Europa o futebol soube dizer "presente".
E há que registá-lo porque é merecedor desse reconhecimento.
Depois Falamos

quarta-feira, novembro 18, 2015

Mais Indicações

Embora o Luxemburgo não seja propriamente um adversário talhado para os seus adversários mostrarem todo o seu potencial (também já não é tão fraco como anos atrás) tem a vantagem de proporcionar jogos ideais para alguns jogadores mais jovens se "habituarem" ao peso da camisola da selecção nacional.
Terá sido essa uma das razões que levaram Fernando Santos a mudar dez jogadores em relação ao particular com a Rússia permitindo que a maioria dos jogadores utilizados somasse mais alguns minutos pela selecção.
Que dizer do que se viu?
André André, o único "sobrevivente" no onze inicial do jogo com os russos, parece solidificar uma candidatura aos 23 que vão a França porque além do que joga e faz jogar também parece perfeitamente entrosado na selecção e até marca golos.
E os outros que alinharam de início?
Em condições normais Anthony Lopes, José Fonte e  Danilo também devem ter passaporte para terras gaulesas embora no caso do guarda redes a concorrência de Eduardo e Beto não possa ser ignorada.
Mas o jogar num dos grande clubes de França pode ajudar.
Vieirinha enfrenta a dura concorrência de Cédric, João Pereira, Bosingwa, Cancelo e Nélson Semedo mas mesmo assim creio que terá boas hipóteses de marcar lugar para o Europeu. É jogador de selecção há muito (ontem foi o capitão de equipa) e oferece várias solução dada a sua polivalência.
Raphael Guerreiro, um jogador de que gosto particularmente pela forma como se entrega ao jogo, também tem algumas hipóteses de ser convocado pese embora pareça estar atrás (mal do meu ponto de vista) do quase sempre lesionado Coentrão e de um Eliseu que como lateral não convence.
Já Luís Neto me parece mais difícil vir a integrar o lote final. 
Tem para o centro da defesa a concorrência do seu parceiro de ontem (Fonte) e essencialmente dos "clássicos" Pepe, Bruno Alves e Ricardo Carvalho todos eles com lugar marcado nos 23 finais salvo lesão como é óbvio.
E há,ainda, Paulo Oliveira.
Rúben Neves e Rafa, pese embora o seu valor, creio que dificilmente serão opção para este Europeu mas são valores seguros para os próximos anos da selecção face à sua juventude e ao indiscutível talento que possuem.
Restam Bernardo Silva e Lucas João.
O primeiro tem mais hipóteses que o segundo mas tem de render bem mais do que rendeu no jogo de ontem que lhe correu francamente mal. 
Mas creio que como Rúben e Rafa ainda não será este o seu europeu.
Quanto a Lucas João, candidato à posição mais débil da selecção (ponta de lança) , há que dizer que teve uma boa movimentação, ganhou muitos lances pelo ar o que é importante, mas na hora de rematar teve um falhanço à...Éder.
A rever mas parece-me difícil que tenha direito ao "bilhete".
Nos suplentes utilizados há várias situações:
William Carvalho e Nani vão de certeza, João Mário e Gonçalo Guedes tem boas hipóteses de irem, Nélson Oliveira é difícil...mas pode ir até porque tecnicamente é o melhor dos pontas de lança já utilizados por Fernando Santos e aquele que melhor joga sozinho na frente e Ricardo Pereira não irá quase de certeza absoluta.
Porque foi o menos utilizado nestes dois jogos e porque o facto de no clube o utilizarem a lateral (erro que já vem de trás...) lhe retira a possibilidade de ser opção como extremo que é o lugar onde o seleccionador, e muito bem, gosta de o utilizar.
Mas seguramente que também ele fará parte do futuro desta selecção.
Talento não lhe falta.
A seis meses da convocatória definitiva ainda muita coisa pode acontecer.
Desde as indesejáveis lesões e abaixamentos de forma ao desejável aparecimento de outros talentos que possam discutir um lugar nos 23 definitivos.
E na selecção de sub 21 há dois ou três jogadores a baterem à porta da selecção A!
Especialmente um jovem e talentoso ponta de lança chamado André Silva.
Depois Falamos

terça-feira, novembro 17, 2015

O Novo "Desporto"

Há em Portugal um novo "desporto" que conta já com um razoável número de praticantes em especial na "grande Lisboa" mas também noutros ponto do país.
Chama-se qualquer coisa como "tiro ao Cavaco".
E consiste em criticar o presidente da República por tudo mas geralmente por nada!
É essencialmente praticado por uma esquerda ressabiada que nunca lhe perdoou as cinco vitória eleitorais (e quatro por maioria absoluta, marca de que mais nenhum político português sequer se aproximou) em eleições de âmbito nacional, por uma direita "chique" que não lhe "desculpa" as origens humildes e o ter-se feito na vida à sua custa e por comentadores politicamente correctos que vão para as televisões dizer aquilo que julgam que as pessoas querem ouvir.
Mas não querem.
Porque Cavaco Silva é Presidente da Republica porque foi eleito duas vezes, em ambas à primeira volta, com mais de 50% dos votos e infligindo estrondosas derrotas a Mário Soares e Manuel Alegre verdadeiros ícones de uma esquerda que por aí anda.
E esse eleitorado não se evaporou nem deixou de existir.
E embora quase ninguém diga que votou em Cavaco (eu votei sempre, de 1985 a 2011 e se fosse hoje votava outra vez) a verdade é que ele ganhou.
Agora, a propósito de uma inegável crise política de que Cavaco não tem qualquer culpa e António Costa tem a culpa toda, já se critica o PR por demorar na solução da tal crise que outro criou mas ele tem de resolver.
Porque por Cavaco ,e pelo portugueses que votaram maioritariamente nessa solução, Portugal já tinha um governo em plenitude de funções.
Se não tem a responsabilidade é exclusivamente de António Costa e do PS que negaram valores, princípios e a própria tradição do Partido Socialista.
Esse é o facto indesmentível.
E no âmbito desse "tiro ao Cavaco" inserem-se as recente criticas pela sua deslocação à Madeira no contexto de uma visita há muito calendarizada.
Como se a Madeira não fosse Portugal e o Presidente se tivesse ausentado para o estrangeiro o que, aí sim, poderia merecer alguma critica.
Estar em Lisboa, no Funchal, no Porto, em Guimarães, em Beja,em Ponta Delgada, em Viana do Castelo é exactamente a mesma coisa.
Estamos no século 21, há telemóveis e internet, os contactos que o PR entende fazer não tem de ser obrigatoriamente presenciais e no palácio de Belém.
Nem quero imaginar o que diriam todos esses comentadores se Cavaco Silva, em plena crise política, tivesse ido uma semana de férias.
Como fez...António Costa!
Depois Falamos

P.S. Cavaco Silva não é infalível (longe disso) nem insusceptível de ser criticado.
Eu próprio o tenho feito neste blogue.
Mas uma coisa são os comentadores que criticam quando é de criticar e elogiam quando é de elogiar e outra bem diferente os que criticam sempre. 
De forma cega e obstinada.

sábado, novembro 14, 2015

Indicações

Jogos particulares são jogos particulares, a Rússia é sempre um adversário difícil já sabemos, mas do desafio de hoje que Portugal perdeu 0-1 ficaram algumas indicações para o futuro que podem ser importantes.
As mais positivas terão a ver com os jogadores que Fernando Santos "ganhou" com vista ao Europeu do próximo ano e que poderão vir a complementar muito bem a dezena de indiscutíveis que em condições normais (leia-se ausência de lesões) terão luar marcado nos vinte e três selecionados para a competição.
Hoje Fernando Santos , e bem, não utilizou neste jogo (nem vai utilizar terça feira com o Luxemburgo) alguns desses jogadores com lugar marcado.
Ronaldo, Moutinho, Coentrão,Ricardo Carvalho, Danny, Quaresma à cabeça.
Porque deles já sabe o que pode esperar.
E deu oportunidades a outros alguns , salientando-se que quatro(Gonçalo Guedes,Ricardo Pereira,Lucas João e Rúben Neves) foram estreia absoluta na seleção A, o que é sempre de salientar.
Conclusões?
Nelson Oliveira, de regresso depois de dois anos de ausência, confirmou talento e pode muito bem ser uma opção para França até porque a sua forma de jogar "casa" bem com a utilização de Ronaldo nos espaços em que este gosta mais de jogar.
André André é claramente outro jogador a disputar um lugar nos 23 agora que Fernando Santos finalmente descobriu quem tirar para o chamar à seleção. Depois de três anos em grande plano no Vitória a ida para o Porto foi o "suplemento" necessário a convencer o selecionador. É jogador para França. Já todos o sabíamos, ainda bem que FS se juntou ao grupo dos esclarecidos!
Cédric é outro caso de um jogador candidato. A ida para Inglaterra fez-lhe bem e hoje parece-me ser primeira opção para o lugar de lateral direito.
Quanto aos estreantes o tempo de utilização ,em três dos casos, foi escasso.
Ricardo, Rúben Neves e Lucas João tiveram muito pouco tempo em campo para mostrarem fosse o que fosse e duvido que "este" seja o Europeu deles. Mas chegarem à seleção é um forte estimulo e gostei,particularmente, de ver Ricardo a estrear-se pelos A de Portugal.
Usando, de forma desinibida, a camisola sete. Que tem "dono"...
E, nota positiva para FS, jogando no seu lugar de extremo.
Finalmente Gonçalo Guedes.
Muito me admiro se não for a França.
Com apenas 18 anos é dos que não engana.
Talento, desinibição em campo, "atrevimento", um grande jogador que Rui Vitória está a "fazer" e que, desconfio, vai dar muito ao futebol português.
É daqueles que entusiasma!
Por isso não sendo nunca uma derrota um bom resultado pode dizer-se que este jogo deixou boas indicações,algumas promessas e uma certeza.
Valeu a pena.
Depois Falamos

P.S. Apenas uma estranheza. Que é a de não entender porque razão não são nestes jogos dadas oportunidades aos guarda redes suplentes. Especialmente a Anthony Lopes que tão bem tem jogado no Lyon. E Rui Patrício até denotou algumas dificuldades fisicas...

O Mundo com França

Ópera de Sidney
City Hall, S.Francisco
Senado, Cidade do México
World Trade Center, Nova Iorque

sexta-feira, novembro 13, 2015

Sexta Feira 13

Hoje é sexta feira 13.
O que para os supersticiosos, aqueles que acreditam que o 13 dá azar, é um dia aziago porque junta o número "maldito" com um dia da semana em que acreditam que ele é particularmente nocivo.
Crendices.
Pessoalmente não acredito em superstições, em dias de azar, em bruxas e bruxarias e todo esse cotejo de fenómenos que apelam à mais grosseira das ignorâncias e que remete directamente para o obscurantismo da Idade Média.
Sorte, azar, muita sorte ou muito azar depende das nossas atitudes, das nossas opções, do que fazemos ou deixamos de fazer e não de fenómenos místicos e maquinações ocultas feitas por entes que não conhecemos.
Quando vivia o futebol mais de perto deparei com um mundo de superstições que só não são de gargalhada porque ,infelizmente, há casos em que condicionam o próprio rendimento de equipas e atletas face à crendice nesses fenómenos da bruxaria e da superstição.
Tive até em algumas conversas com "crentes" dessas charlatanices oportunidade de lhes dizer (admito que com grande espanto de alguns) que a minha cedência à superstição no futebol só ia até à convicção de que marcar golos dá sorte e sofre-los dá azar!
Ironia como é óbvio.
Quanto a bruxas e bruxos, adivinhos e endireitas, não acredito em nada disso.
E tenho pena que haja ,em pleno século 21, quem ainda acredite e contribua para a manutenção desses fenómenos de pura charlatanice.
Bruxas só nos contos infantis, na banda desenhada, nos filmes da Disney (especialmente a madrasta da Branca de Neve) e nada mais.
Por isso hoje ,sexta feira 13, é um dia como os outros.
E para quem acertar na chave do euro milhões (jackpot de 129 milhões de euros) até será um dia melhor que os outros!
Acho até que se me saísse o jackpot passaria a considerar as sextas feiras 13 como dias de imensa sorte.
Qual azar qual carapuça.
Depois Falamos.

P.S. Ok, ok.
Confesso que quando vejo na televisão a líder do "Bloco de Esquerda" me lembro sempre daquela velha máxima galega: " No creo em brujas, pero que las hay,las hay"!

quinta-feira, novembro 12, 2015

ADN



O que levará quatro cidadãos, praticantes em três desportos diferentes, a exibirem símbolos do Vitória em momentos tão relevantes das suas carreiras desportivas?
Na conquista da taça de Inglaterra, do ATP de Valência, do campeonato da Alemanha e no campeonato nacional de ralis.
Jogando por outros clubes que não o Vitória ou praticando modalidades em que o Vitória não compete.
A resposta é simples de dar, fácil de entender para os "nossos", mas continua a suscitar admiração e espanto em muitos dos outros.
Chama-se ADN Vitória e é aquilo que torna os vitorianos diferentes de todos os outros adeptos em Portugal.
O orgulho no nosso emblema e na figura de D. Afonso Henriques.
A profunda identificação entre o clube e o concelho em que está sediado.
O sermos orgulhosamente vitorianos rejeitando bi clubismos e preferindo as derrotas do Vitória aos triunfos de clubes que nada nos dizem.
A inabalável convicção de que tudo que ganhamos foi por mérito próprio e a certeza que se não ganhamos mais foi por que não nos deixaram por meios ilícitos.
O sabermos que o ecletismo é uma marca identitária do nosso clube e através dele se alicerça o nosso crescimento em palmarés, em títulos e na captação de novos adeptos para o nosso clube.
O constatarmos que há muitos que não gostam de nós, nos detestam até, por sermos como somos e amarmos o nosso clube da forma intensa que o país conhece.
O termos enorme orgulho em Guimarães ser uma cidade livre de "feitorias coloniais" (leia-se casas de outros clubes) ao contrário do que acontece com a generalidade das cidades portuguesas em que o clube local é o segundo ,terceiro ou até quarto clube.
Tudo isso, e muito mais, faz parte do ADN Vitória.
E por isso os gestos de Pedro Mendes, João Sousa, Fernando Meira e Pedro Meireles causarão estranheza a muitos mas são para nós, vitorianos, perfeitamente normais.
Afinal que vitoriano não gosta de associar o Vitória aos seus próprios êxitos ?
Depois Falamos.

quarta-feira, novembro 11, 2015

Puro Bond

Que grande filme.
Na melhor tradição dos filmes de "James Bond"!
Emoção num inicio de filme trepidante como é hábito, suspense, um vilão na melhor tradição "bondiana",o reaparecer de uma organização criminosa que vem doutros tempos, mulheres bonitas, carros fantásticos e acção. Muita acção!
Esta série de quatro filmes protagonizados por Daniel Craig (um dos melhores Bond de sempre) tem a originalidade de existir uma ligação entre os quatro filmes com personagens e situações a entrecruzarem-se entre eles fazendo de "Casino Royale", "Quantum of Solace", "Skyfall" (provavelmente o melhor dos quatro) e "Spectre" uma longa história com traços comuns.
O que não acontecia noutros filmes de 007 com histórias independentes umas das outras e com raríssimas repetições de personagens.
Mas "Spectre" é também um filme com alguns laivos de saudosismo.
Desde a "ressurreição" da sinistra organização "Spectre" ,e do seu temível chefe Ernst Blofeld (a que nem falta o tradicional gato branco), à reaparição do mítico Aston Martin DB5 possivelmente o mais popular de todos os carros usados por James Bond.
Quanto aos actores há que dizer que Daniel Craig tem mais um excelente desempenho naquela que poderá ter sido,esperemos que não, a sua ultima aparição como James Bond e Christoph Waltz compõe um Blofeld ao nível do feito no passado por Donald Pleasense ou Telly Savalas mas sem chegar ao extraordinário desempenho de Javier Bardem como  "Silva" (em Skyfall) naquele que é em minha opinião o melhor inimigo de Bond dos 24 filmes oficiais e do extra oficial "Nunca mais digas nunca".
Mónica Bellucci tem uma participação demasiado curta e Léa Seydaux é uma "Bond girl" ao nível do esperado embora o final do filme seja ,nessa matéria, diferente do habitual abrindo portas a especulações diversas sobre o futuro próximo de 007.
Ralph Fiennes sucede a Judi Dench como "M", situação que resulta de "Skyfall" e Ben Whishaw é um "Q" da nova geração mas sem chegar,ainda, ao desempenho de John Cleese e muito menos de Desmond Llewelyn que está para "Q" como Sean Connery para Bond.
E ,sim, Naomie Harris compõe uma excelente "Moneypenny" muito mais participativa e interessante do que a composta por Lois Maxwell em quase todos os filmes da série.
Em suma (mais) um excelente filme de James Bond.
Venha o próximo.
Depois Falamos.

terça-feira, novembro 10, 2015

Gestão...

Esta fotografia, que me apareceu casualmente na net, suscitou uma reflexão que partilho de seguida.
Dela constam o treinador de guarda redes Luís Esteves e os dois guarda redes da nossa equipa A Douglas e Assis.
O que "resta" dos magníficos do Jamor em termos de jogadores e equipa técnica.
Todos os outros, no curtíssimo espaço(para um plantel de futebol profissional) de dois anos, saíram do Vitória.
Vamos recordar?
Transferidos: Ricardo, Baldé, Soudani, Tiago Rodrigues, Paulo Oliveira, André André.
Fim carreira: Alex
Não renovaram: Adoua, Marco Matias.
Dispensados: Crivellaro, Barrientos, N´Diaye, Kanu,Leonel Olímpio,Addy,João Ribeiro
Da equipa técnica:
Rui Vitória, Arnaldo Teixeira, Sérgio Botelho e Paulo Mourão foram para o Benfica e Nélson Oliveira continua no Vitória mas sem funções em termos de equipa técnica.
Dos jogadores que foram transferidos,e atendendo exclusivamente ao seu valor, era suposto que tivessem gerado proventos suficientes para pagar o passivo e ainda sobrar dinheiro para continuar a reforçar a equipa de molde a corresponder aos anseios dos adeptos e à História e tradição do clube.
Como se sabe a realidade é bem diferente.
Entre os que não renovarem e os que foram dispensados há alguns, não todos, que tinham claramente lugar no actual plantel e dariam à equipa uma mais valia em termos de qualidade que lhe permitira seguramente fazer um campeonato bem melhor do que aquele a que assistimos.
Em termos de equipa técnica , ressalvando-se o caso de Luís Esteves um treinador de guarda redes do melhor que há na Europa e que permanece no clube, todos os outros saíram e deixaram um vazio que ainda não foi preenchido por mais que alguns ingenuamente tentem fazer crer o contrário.
E por isso, sem branquear as responsabilidades de Armando Evangelista e Sérgio Conceição na péssima temporada que o Vitória está a fazer, há que dizer que a maior responsabilidade nos insucessos já ocorridos (eliminação na liga Europa, na taça de Portugal e na taça da Liga aos pés de equipas que nos são inferiores)e naquele que vai ocorrendo (candidatura a um lugar europeu cada vez mais tremida) é da gestão desportiva do clube/SAD.
Gestão...ou falta dela.
Depois Falamos.

P.S: É pena, para o Vitória, que tantas declarações e entrevistas garantindo que tudo está no melhor dos mundos e afagando egos que não param de crescer não tenha qualquer correspondência nos resultados desportivos.
E o problema já não está só no futebol.

segunda-feira, novembro 09, 2015

O PREC do Costa

 
Agora , num tempo em Portugal parece querer andar quarenta anos para trás por culpa de um ambicioso sem vergonha nem escrúpulos chamado António Costa, parece-me interessante recordar alguns dos símbolos ( através de cartazes e autocolantes) dos tempos do "outro" PREC, o de 1975.
O PREC em que PSD,PS, CDS e os militares moderados do Conselho da Revolução estavam do lado do Estado de Direito, da democracia e da liberdade e o PCP e os grupelhos que deram origem ao Bloco de Esquerda estavam do outro lado.
Do lado em que estava a extrema esquerda revolucionária, os militares afectos ao COPCON, os Otelos, Rosas Coutinhos e Vascos Gonçalves, todos aqueles que queriam instalar em Portugal uma ditadura à imagem e ao exemplo da deles querida União Soviética.
Foi um tempo em que homens de coragem como Mário Soares, Sá Carneiro, Freitas do Amaral, Ramalho Eanes e Jaime Neves (entre tantos e tantos outros)disseram não à tentação totalitária da extrema esquerda e conquistaram uma liberdade que chegou a estar seriamente em risco fruto da acção dessas forças totalitárias.
PCP e os tais grupelhos (PSR,UDP) que deram origem ao actual Bloco de Esquerda estavam do outro lado do muro. 
Literalmente do outro lado do Muro.
Esse muro, político e ideológico, que a maior facção do PS liderada por um desavergonhado António Costa agora ultrapassou no sentido errado quer política, quer ideológica, quer temporalmente juntando-se aos derrotados do 25 de Novembro e enterrando (quiçá definitivamente)o património histórico do PS.
Portugal está hoje dividido em dois blocos claramente separados pela fronteira da ética.
De um lado os que ganharam eleições, tem direito a governar e não o vão fazer porque uma "golpada" os vai impedir.
Do outro os que acham que a batota legítima, o "vale tudo" faz lei,a coerência é um detalhe sem importância, a soma de derrotados dá um vencedor.
A seu tempo os portugueses dirão quem está certo.
E nesse dia os batoteiros perceberão,finalmente, que o crime não compensa.
Depois Falamos.