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sexta-feira, julho 31, 2015

O Nosso 14

Devo dizer que a equipa inicial foi dentro do esperado e não merece grandes criticas.
Podia ter jogado este ou aquele em vez de aquele ou aqueloutro mas sempre dentro disto e num esquema táctico que se previa assim.
Apenas merece alguma discordância o teimar-se no erro, que vem de Rui Vitória, de jogar com Tomané em cunha e Valente no flanco quando parece evidente que ao contrário seria bem mais proveitoso.
Quanto ás exibições individuais:
Douglas: Sem culpa nos golos esteve  bem no restante(pese embora algumas saídas "tremidas") com destaque para bela intervenção logo aos dois minutos.
Arrondel: Dois bons cruzamentos mas algumas dificuldades a defender. Parece-me claro que o lugar será disputado entre Bruno Gaspar e Pedro Correia.
Moreno: Procurou ser o primeiro organizador de jogo mas sem grande sucesso. A defender denotou dificuldades nos cruzamentos.
João Afonso: Tal como Moreno revelou intranquilidade nos muitos cruzamentos dos austríacos. No lance do penalti o árbitro foi enganado pela simulação do avançado.
Luís Rocha: Defensivamente cumpriu sem problemas mas a atacar apenas se viu na primeira parte. A partir daí,provavelmente por instruções recebidas, pouco subiu. E foi pena porque é um jogador de pendor ofensivo.
Cafu: A defender cumpriu sem problemas de maior. Ainda tentou rematar de meia distância mas sem sucesso.
Bruno Alves: O que se lhe pedia?Circulação de bola, apoio a Cafu no controle da intermediária, ajuda a Arrondel a fechar o flanco direito e um posicionamento de grande rigor táctico quando a equipa atacava. Penso que cumpriu. Sem brilhantismo (na noite de Innsbruck alguém brilhou?)mas com eficiência.
Montoya: Tem qualidade mas ainda está na fase de aprendizagem do que é o futebol europeu. A sua substituição pecou por tardia até porque ao sair para o intervalo denotava evidentes problemas físicos.
Alex: Por ele passou o melhor futebol do Vitória. A passar, a rematar, a criar espaços. Uma exibição de bom nível.
Tomané: Mais do mesmo. Emparedado entre os centrais, numa luta inglória, apenas teve uma oportunidade de visar a baliza. Quando descaiu par ao flanco viu-se mais. Mas o tempo já era pouco.
Valente: Tão longe da baliza é evidente que perde rendimento. Não regateou esforços, ajudou a defender, mas é óbvio que o seu lugar é na área.
Tozé: Trouxe dinamismo à equipa e capacidade de remate de meia distância. Marcou o golo depois de um belo passe de Alex e parece ser , de momento, a melhor alternativa para a posição 10.
Dourado: Apenas uma oportunidade mas em que revelou o instinto de área. É reforço!
Licá: Entrou a 30 segundo do fim numa substituição absolutamente inexplicável.
Porque não se reforça o ataque a 30 segundos do fim nem se queima tempo quando se está a perder com um adversário inferior e já encostado ás cordas.
Assis, Pedro Henrique, Bouba e Vigário não foram utilizados.

O melhor em campo: Alex

Depois Falamos

quinta-feira, julho 30, 2015

Decepcionante

Confirmou-se aquilo que já se sabia.
O Altach é uma equipa banal, naturalmente melhor que o Pampilhosa,o Académico de Viseu ou o Chaves, mas inferior à  maioria das equipas que o Vitória vai defrontar na Liga e na Liga Europa se continuar em prova.
A questão é que perante um adversário fraco, até no apoio dos adeptos que deixaram o estádio quase vazio, o Vitória fez uma exibição muito aquém do que se exigia (mas infelizmente perto do que se temia...) e chegou a colocar em risco a permanência na competição quando o árbitro anulou o que seria o 0-3 que nos poria à beira do abismo.
Quando aos 4 minutos de jogo o Altach já tinha disposto de duas boas oportunidades de golo percebeu-se que ou o Vitória pegava no jogo ou este podia tornar-se bem mais complicado do que seria suposto face ao valor das equipas em confronto.
E a verdade é que o Vitória reagiu bem e teve também ele duas oportunidades de golo (uma num grande remate de Alex que merecia melhor sorte)e pensou-se que a partir daí o domínio do jogo mudaria.
Puro engano.
Até ao final da primeira parte houve um equilíbrio que se pensava...impossível com oportunidades de golo junto de ambas as balizas e o ultimo reduto vitoriano a tremer várias vezes quando o adversário recorria a cruzamentos para o coração da área.
O 0-1 ao intervalo não era injusto mas em bom rigor talvez o empate fosse mais aceitável.
Pensou-se que ao intervalo o Vitória rectificaria processos e até procederia a alterações na equipa mas nem uma coisa nem outra se confirmaram.
O inicio da segunda parte foi de...pesadelo.
O 0-2 num penalti "cavado" pelo avançado austríaco que enganou o árbitro e logo a seguir o tal lance em que o fora de jogo evitou que o marcador se volumasse e atingisse números que poderiam ser impossíveis de recuperar.
No entretanto já o Vitória tinha operado a primeira substituição trocando Montoya por Tozé que teve o reflexo positivo de tornar a equipa mais agressiva ofensivamente dado o dinamismo que Tozé trouxe  e que o colombiano nunca tinha conseguido transmitir.
A entrada de Dourado e o golo de Tozé ,quase em simultâneo, materializaram uma subida de produção vitoriana e o golo do empate começou a rondar a baliza austríaca num remate de Bruno Alves e num golpe de cabeça do avançado brasileiro após excelente cruzamento de Arrondel naquela que terá sido uma das melhores jogadas do Vitória.
Mas o resultado não se alteraria e agora o Vitória terá de no seu estádio dar a volta à eliminatória e conseguir o apuramento para o play off.
Mas para isso terá de jogar mais, jogar melhor e melhorar a eficácia na hora do remate.
Depois Falamos

P.S. A entrada de Licá,aos 92 minutos, foi um momento inexplicável do jogo.
Porque se a ideia era reforçar o ataque fico preocupado porque a 30 segundos do fim é evidente que isso não ia ter qualquer resultado.
Se a ideia era queimar tempo, com um resultado desfavorável e um adversário quase encostado ás cordas, então fico ainda mais preocupado.

O Regresso

O Vitória regressa hoje ás competições europeias, das quais tem sido cliente mais ou menos regular desde 1969, defrontando os austríacos do Altach na terceira pré eliminatória de acesso à Liga Europa.
Nos tempos que correm e fruto do aparecimento de novos Estados, por força do desmembramento da União Soviética, e da extinção da Taça das Taças a Europa do futebol viu-se reforçada com mais clubes o que obriga a eliminatórias de acesso ás fase de grupos (na Liga Europa mas também na Liga dos Campeões) com tudo que isso encerra de incerteza.
No caso das equipas portuguesas, este ano Vitória e Belenenses, as incertezas prendem-se com o seguinte:
A necessidade de iniciar a pré temporada muito mais cedo, com eventuais consequências em fases mais avançadas da época, até à necessidade de defrontar adversários de quem nunca se ouviu falar passando pela indefinição dos planteis dado estarmos em plena época de funcionamento do mercado.
Mas são as regras e por isso há que seguir em frente.
No caso vitoriano calhou uma modesta equipa austríaca, sem qualquer tradição europeia, que nem no seu estádio pode jogar por este não reunir as condições necessárias a jogos de competições europeias de clubes pelo que parece claro que o Vitória é franco favorito na eliminatória.
Acresce que este adversário se estreia nas competições europeias e em termos nacionais ainda dois anos atrás andava pela segunda divisão de que é frequentador habitual.
Naturalmente que é um adversário que tem de ser respeitado, perante o qual não podem ser dadas quaisquer facilidades, mas o que se espera é ver o Vitória assumir o jogo e mostrar que é de outro patamar e tem outro gabarito.
Acredito que assim acontecerá e que no regresso a Guimarães trará um triunfo na bagagem e a eliminatória perfeitamente definida.
Depois Falamos

quarta-feira, julho 29, 2015

Um Triunfo Natural

Antes de mais devo dizer que Luís Duque pelo que fez nos meses que dirigiu a Liga merecia ter vencido as eleições e continuar a liderar o organismo.
Mas nisto de eleições nem sempre ganha quem merece e muitas vezes, como no presente caso, vale mais uma campanha bem feita (com tudo que isso encerra) do que o trabalho feito no cumprimento de um mandato para que se tinha sido escolhido num quase consenso.
Dito isto há que reconhecer que a vitória de Pedro Proença nada tem de surpreendente.
Percebeu-se nas ultimas semanas que a par da recandidatura de Duque vinha sendo construída, com grande discrição, uma alternativa que pudesse reunir os descontentamentos que sempre existem com os que pretendiam um novo equilíbrio de forças no seio da Liga.
E para quem conhecer a forma como o Porto se movimenta nestas questões do poder do futebol cedo se tornou fácil perceber que uma alternativa em que Pinto da Costa apostasse teria sempre grandes possibilidades de vencer.
Porque já não sendo o FCP a "fortaleza inexpugnável" de outros tempos é ainda assim uma força poderosa e liderada por um homem que sabe muito de futebol quer do jogado quer do praticado nos bastidores.
Se a isso juntarmos o apoio da grande "eminência parda" do nosso futebol, o sempre presente Joaquim Oliveira, percebe-se que a candidatura opositora a Luís Duque estava a mexer-se em todos os tabuleiros decisivos.
Natural por isso que a candidatura de Proença tenha ganho apoios diversos na 1ª liga (12 clubes ao que se diz) e na 2º liga.
A que o apoio da APAF, e é preciso ser muito palerma para não perceber o que esse apoio significava em termos de "sugestão", deu o empurrão decisivo para um triunfo que tem de ser aceitar como perfeitamente natural.
Resta dizer que Proença pode vir a fazer um bom mandato, até pela enorme experiência que tem do futebol nacional e internacional, mas para isso terá de unir a Liga em volta da sua liderança e do projecto que apresentou.
E isso pode não ser fácil.
Depois Falamos

P.S: Claro que o próximo passo de Pedro Proença (e dos seus apoiantes) será a conquista da FPF.
Mas isso é mais lá para diante...

segunda-feira, julho 27, 2015

O Plantel

Terminada a longa "novela" Bernard e antes que a "novela" Josué tenha o seu desfecho que é possível dizer sobre o plantel com que o Vitória A vai enfrentar as quatro competições em que estará envolvido ao longo de 2015-2016?
Seguramente que face ao seus actuais componentes (mas 31 de Agosto ainda vem muito longe...) o clube tem um excelente grupo de jogadores que permitem prever  uma época de sucesso e de grande ambição.
Na baliza é a tranquilidade absoluta.
Douglas,Assis e Miguel Oliveira dão totais garantias.
A defesa parece bem composta.
Quatro centrais, com os consagrados Josué, João Afonso e Moreno e o reforço Pedro Henrique de quem se espera seja uma mais valia, Na B,à espreita, ainda estão Dénis e Lima Pereira.
Se Josué sair será "obrigatório" voltar ao mercado. E mesmo com ele um"xerife" seria sempre bem vindo.
Nas laterais situação diferentes; á direita com Bruno Gaspar e Pedro Correia (mais Arrondel) não haverá problemas mas à esquerda apenas Luís Rocha dá para já totais garantias.
Breno...não sei e Dalbert...veremos.
No meio campo não há problemas.
Para a posição seis temos Cafu e Bouba mais Moreno que também faz o lugar.
Para a posição oito, a de André André, temos João Pedro,Bruno Alves e o reforço Tozé que garantem um lugar bem preenchido.
Para a crucial posição dez, em volta da qual gira o futebol ofensivo, temos Montoya a dar excelentes indicações e Otávio que já conhece os cantos à casa e pode ser uma alternativa. Tal como João Pedro.
Na frente grande expectativas.
Na posição de ponta de lança puro temos dois nomes.
Henrique Dourado, um reforço que desperta imensa expectativa, e Areias dois "matadores" com instinto de área.
Como segundos pontas de lança , que não jogam em cunha mas aparecem a finalizar, temos o goleador Valente e Tomané que faz todas as posições da frente de ataque,
Nos flancos boas opções.
Alex, Licá, Vigário e o referido Tomané dão muitas opções ao treinador sendo ainda de considerar Ricardo Gomes (pessoalmente não o acho um extremo) em quem Evangelista parece apostar bastante.
Em suma um excelente plantel.
Que a manter-se (31 de Agosto...tão longe...) permitem ao Vitória assumir-se como principal candidato ao quarto lugar,a uma presença na fase de grupos da Liga Europa, e a disputa com ambição da taça de Portugal e da taça da Liga.
É o plantel perfeito?
Não há planteis perfeitos.
Mas dentro da nossa realidade é um excelente plantel.
A que acrescentaria, se possível, o tal "xerife" para a defesa.
Mas se Josué ficar...já não se pode pedir mais.
Depois Falamos.

domingo, julho 26, 2015

Ufa !

Hoje o Grande Prémio da Hungria  foi um bom dia para a Fórmula 1.
Porque, caso raríssimos nos últimos dois anos, os Mercedes de Hamilton e Rosberg nem ganharam a corrida nem sequer tiveram lugar no pódio.
Num GP  conhecido pelas dificuldades de ultrapassagem assistiu-se a um triunfo de Sebastien Vettel, provavelmente o mais talentoso piloto da actualidade, em Ferrari seguido pelos dois Red Bull Renault de Kvyat e Ricciardo enquanto os pilotos Mercedes tiveram de se contentar com um sexto (Hamilton, que devido a um despiste na primeira volta se atrasou bastante) e um nono (Rosberg) lugares.
Em dez grandes prémio da corrente temporada foi apenas a segunda vez que um piloto Mercedes não venceu (a anterior tinha sido na Malásia com outra vitória de Vettel) o que mostra bem o domínio da marca alemã no campeonato.
Espera-se que este triunfo da Ferrari em Huanguoring signifique um maior equilíbrio para o que resta de temporada dando à Fórmula 1  a emoção e a incerteza de que ela tanto precisa como modalidade que atraia a atenção e o interesse de milhões de adeptos em todo o mundo.
Depois Falamos

sexta-feira, julho 24, 2015

Bernard

Este texto pode ser um pouco polémico mas esse, como se sabe, é o lado para que durmo melhor.
Analisando a saída de Bernard do ponto de vista estritamente desportivo (o financeiro não pode ser avaliado porque não é conhecido!) creio que a SAD do Vitória fez bem em vender o jogador neste inicio de época e antes de se iniciarem as competições.
Por várias razões.
Bernard é um jovem talentoso, a quem se adivinha um elevado potencial, mas ainda não é um grande jogador e tem ainda algum caminho a fazer para um dia lá chegar.
Em termos de futebol de topo é uma promessa mas não uma certeza.
Alimentar mais tempo o "romance" da sua saída, e mantê-lo como opção para o plantel, teria apenas o efeito de impedir o treinador de estruturar a equipa com os jogadores com que de facto pode contar enquanto Bernard continuaria com um pé dentro e outro fora( e a cabeça totalmente fora) como aconteceu durante grande parte da ultima época.
Em que apenas a sua prematura promoção a "pérola" e a obsessão de o vender mal fosse possível justificaram que tenha sido titular durante todo o campeonato quando em boa verdade esteve longe de o justificar em parte desse tempo.
Ficar com ele esta época seria mais do mesmo.
Apostar num jogador que não estava com a cabeça no clube, forçar uma titularidade "pró venda" que apenas serviria para "agitar" o balneário, e comprometer o sucesso desportivo com a expectativa do sucesso financeiro de uma eventual grande transferência.
E se como chegou a ser alvitrado nalguma imprensa a estratégia passasse por vendê-lo e ficar com ele mais um ano seria ,ao fim e ao cabo, ter mais um emprestado e disso já o Vitória usa e abusa como é sabido.
Foi melhor assim.
Bernard seguirá o seu caminho (espera-se que rumo a uma carreira de grande sucesso) e o Vitória poderá apostar em jogadores que estão no clube e que poderão ser valorizados com vista a uma futura grande transferência.
Como João Pedro ou Montoya por exemplo.
Uma nota final para dizer que apreciando muito o potencial de Bernard nunca vi nele as qualidades que alguns ,com manifesto exagero, gostam de lhe atribuir considerando-o um dos melhores jogadores que passou pelo clube!
E os do meu tempo ,ou ligeiramente mais novos, lembrar-se-ão de outro jovem africano que chegou ao clube com vinte anos e nele fez uma carreira extraordinária durante uma década.
N'Dinga Mbote é o seu nome.
E embora não goste de comparar jogadores com uma diferença de trinta anos não posso deixar de dizer que tomáramos todos que aos vinte anos Bernard jogasse o que jogava N´Dinga.
Depois Falamos

P.S: Para os mais distraídos relembro que esta concordância com a venda de Bernard se restringe ao vector estritamente desportivo.
O financeiro será avaliado um dia que se saibam os números da transferência.

quinta-feira, julho 23, 2015

Sugestão de Leitura

Li com muito interesse este livro de Miguel Relvas e Paulo Júlio.
Desde logo porque versa um assunto, o poder local, pelo qual sempre tive e continuo a ter muito interesse.
Mas também porque sendo escrito pelos dois maiores responsáveis pela reforma da administração local, provavelmente a mais profunda reforma levada a cabo por este governo, tinha a natural curiosidade de conhecer a perspectiva "por dentro" dos seus autores.
Devo dizer que o livro correspondeu ás expectativas.
Uma excelente primeira parte traçando a evolução do poder local e dos seus orgãos  ao longo da História, com especial enfoque a partir do século 19, até chegar a uma actualidade que "exigiu" que fosse feita a reforma.
E uma segunda parte em que explica como foi feita a reforma, os apoios e as oposições, o percurso que os seus impulsionadores (Ministro e Secretário de Estado) tiveram de fazer até conseguirem levar a bom porto as suas propostas.
Tem ainda como anexos o "Documento Verde da Reforma da Administração Local" e a "Lei Eleitoral das Autarquias" que são documentos de consulta sempre interessante.
Em suma um livro que vale a pena ler.
Especialmente para quem se interessar por estas coisas do Poder Local.
Depois Falamos.

quarta-feira, julho 22, 2015

Novos Equipamentos

O Vitória e a Nike estabeleceram uma parceria que atinge este ano o seu terceiro e ultimo(?) ano de duração e que será ou não renovada para os anos futuros no decorrer da época desportiva que agora se inicia.
Fui,desde há muitos anos, um entusiasta da vinda da Nike (a maior marca de artigos desportivos do mundo)para o Vitória e por isso acompanhei com redobrado interesse estes três anos de parceria na expectativa de que os nossos equipamentos correspondessem plenamente ao significado e potencial do seu fabricante.
Três anos depois, e três equipamentos apresentados, não posso dizer que estou desiludido mas não atingi o grau de satisfação que esperava atingir.
Vejamos:
No primeiro ano fiquei desiludido.
Talvez fruto de negociações tardias os equipamentos eram...banais daqueles que são fabricados em série para venda ao público em tudo quanto é lugar.
Apenas as camisolas de guarda redes tinham um "cheirinho" Nike.
O resto era pura desilusão.
No segundo ano passou-se do 8 ao 80:
Os melhores equipamentos que a Nike fez para o Vitória.
Correspondendo ao tradicional, camisola branca e calção preto, com umas meias originais e bem conseguidas e uma camisola principal muito bonita.
O segundo equipamento era também ele bonito, dentro do tradicional, e os equipamentos de guarda redes eram também muito bonitos.
Foi o ano em que a Nike correspondeu plenamente ás expectativas.
Este ano que dizer?
Deixando de lado esta miserável apresentação, negação total do que deve ser um marketing agressivo e competente, em que os jogadores vestiram as camisolas por cima das suas roupas não trajando calções e meias e ignorando os equipamentos dos guarda redes pode dizer-se o seguinte:
A camisola do primeiro equipamento é bonita, embora não tanto como a da época anterior, regressa-se ao calção branco e ás meias lisas dentro de um equipamento que também é comum no clube.
Não é uma desilusão, longe disso, mas sinceramente esperava-se algo diferente.
E, pessoalmente, preferia que se mantivesse o calção preto.
O segundo equipamento é francamente bonito, inovador em relação aos tradicionais segundos equipamentos, e estou certo que será um sucesso de vendas o que é sempre importante.
Os equipamentos de guarda redes, um dos quais é verde pelo que se viu a Douglas e Assis em Istambul, é que esperam por posterior apresentação
Em suma três anos de ligação que não sendo três anos de deslumbramento foram,ainda assim, três anos em que a parceria foi no minimo satisfatória em termos dos equipamentos apresentados.
Ficando o senão de, por razões que não conheço,nunca ter existido um terceiro equipamento precisamente um segmento em que a Nike costuma "brilhar".
Pode ser que no futuro, a manter-se a ligação, ainda venhamos a ter um desses equipamentos totalmente diferentes que a Nike apresenta noutros clubes.
Depois Falamos

terça-feira, julho 21, 2015

Democracia Interna?

Não andam famosos os tempos, dentro de PSD e PS, para o exercício daquilo que deve ser uma verdadeira democracia interna no que à escolha de deputados concerne.
Nos socialistas assiste-se ao ajuste de contas internos com os adeptos do líder deposto, António José Seguro, com alguns daqueles que lhe eram mais próximos a serem "varridos" das listas de deputados e substituídos em vários casos por ilustres desconhecidos.
As recentes votações de listas , nas federações de Porto e Braga, são um bom exemplo do mau estar instalado.
Mas ,ao menos, as listas são votadas!
No PSD assiste-se ao insólito face ao que era prática corrente no partido de há muitos anos a esta parte.
Foi aprovado pela direcção nacional um calendário de escolha, apertadissimo nos prazos e omisso quanto a questões essenciais, que impede que a escolha e aprovação das listas tenha a abrangência partidária desejável e necessária.
Vejamos:
A 17 de Julho reuniram as assembleias distritais para aprovarem o perfil dos candidatos.
Como se sabe nestes perfis cabem genericamente todos que tenham mais de 18 anos, a 4ª classe e não estejam na cadeia!
A 20 de Julho reuniram as comissões politicas de secção para indicarem ás respectivas distritais os nomes dos candidatos.
A 24 de Julho as comissões politicas distritais indicam à comissão politica nacional as respectivas listas para posterior aprovação (e ás vezes alteração) das mesmas nos orgãos respectivos.
A 30 de Julho a comissão politica nacional e o conselho nacional aprovam as listas.
Falta neste calendário qualquer coisa não falta?
Pois falta.
Falta as assembleias de secção aprovarem os nomes a enviar ás distritais e as assembleias distritais aprovarem as listas enviado aos orgãos nacionais!
Ou seja falta as bases do partido poderem pronunciar-se sobre os seus candidatos a deputados.
Não sei a quem interessa este calendário, esta forma quase sigilosa de fazer listas, este ostracismo a que as bases são votadas num processo tão importante.
Ao PSD não é de certeza!
Mas daqui a uns dias lá virá o apelo ao trabalho, ao empenhamento, à participação dos militantes numa campanha eleitoral que se sabe difícil como se esses mesmos militantes ( e a sua opinião) tivessem sido considerados devidamente em todo o processo.
É evidente que as distritais e as secções não tem qualquer responsabilidade nesta triste calendarização porque face aos prazos que lhe foram impostos não podiam fazer mais do que fizeram.
Mas há seguramente responsáveis.
Que podendo ter feito as coisas com os prazos necessários a assembleia de secção e assembleias distritais poderem ser ouvidas preferiram que não fossem.
Eles lá saberão porquê.
No PSD não era tradição temer a opinião das bases, o debate das listas, a democracia interna.
Espero que não passe a ser.
Depois Falamos.

segunda-feira, julho 20, 2015

Três Notas

Vi com natural interesse o jogo entre Fenerbahce e Vitória que ser viu de apresentação da equipa turca aos seus adeptos e simultâneamente foi o mais sério teste à equipa vitoriana antes de iniciar a sua participação na Liga Europa no próximo dia 30.
E dele deixo três notas.
A primeira para registar que jogos como este são sempre bem vindos porque obrigam a equipa a dar o máximo face à valia do adversário o que permite, naturalmente, que a boa forma chegue mais depressa do que em joguinhos com equipas de escalões inferiores.
É melhor em jogos de preparação perder com o Fenerbahce do que ganhar ao Pampilhosa.
Em segundo lugar, e sabendo-se que só estamos a dez dias da Liga Europa mas ainda a uns "terríveis" quarenta dias de fecho do mercado, não fará muito sentido dar o que se viu no sábado como definitivo.
Ainda assim há dois lugares na equipa que ainda precisam de uns ligeiros retoques partindo do principio que para lá de Bernard não sairá mais ninguém:
Um defesa central tipo "xerife" (que até pode ser Pedro Henrique) porque mesmo sabendo-se da ausência de Josué a verdade é que falta ali mais qualquer coisa e um ponta de lança (que pode ser Henrique Dourado se se confirmar a sua vinda) que dê expressão goleadora ao jogo da equipa.
A terceira nota é para o futebol praticado pelo Vitória que não deslumbrando, nem tal era expectável por várias razões a maior das quais a altura da época em que estamos, teve períodos muito agradáveis por força das boas exibições de Bernard, Montoya e Alex em especial.
E se considerarmos que ainda ficaram em Guimarães, para lá do já citado Josué, os reforços Tozé,Licá,Otávio,o lesionado Bruno Gaspar e o não convocado Bruno Alves creio que há boas razões para olhar esta época com optimismo.
A ver vamos...
Depois Falamos

RTP...Vergonha Nacional

Há muitos anos atrás, juntamente com outros entusiastas da comunicação, estive envolvido em projectos de "televisões piratas" no concelho de Guimarães.
A "Tv Covas" e a "Televisão Regional de Guimarães"que tiveram vida efémera mas muito divertida enquanto durou.
Sem meios, com milhentas dificuldades das legais às operativas, ainda assim ia-se fazendo qualquer coisa com um auditório interessado naquela autêntica maluqueira com emissões ao fim de semana e á segunda feira se bem me lembro.
E tenho a certeza que mesmo artesanal como era nunca deu "barraca" semelhante á da RTP ontem na transmissão da final do mundial de futebol de praia.
Foi demasiado mau para uma televisão profissional e com veleidades a serviço público.
Interromper a transmissão a segundos do fim do jogo para meter publicidade durante largos minutos impedindo os telespectadores de verem o apito final e a imediata festa portuguesa foi muito mau.
Regressar à emissão passados minutos para dar uns momentos da entrega das medalhas à Rússia e voltarem á publicidade, e a um inicio atabalhoado do telejornal com a própria pivot atarantada com a confusão, foi péssimo,
E não perderem por escassos segundos a entrega do troféu de campeão mundial ao capitão da equipa portuguesa, mas não dando em directo a subida ao palco dos jogadores, foi o corolário de um momento vergonhoso da RTP.
Absolutamente vergonhoso e sem desculpa de qualquer espécie.
A que não faltaram os habituais comentários lacaios e subservientes dos comentadores de serviço aos clubes "donos disto tudo".
Porque o facto de metade da selecção portuguesa jogar no Sporting de Braga nunca foi referido.
Mas houve tempo para com a bajulice do costume referir que no público se viam adeptos com camisolas do Benfica,do Porto e do Sporting!
Um nojo ao nível do nojo da transmissão.
Depois Falamos.

P.S. Sim. A ausência de representantes do governo numa final destas, jogada em Portugal e com Portugal a disputar o titulo, foi simplesmente lamentável.
E sem desculpa também.

domingo, julho 19, 2015

81

Francisco Sá Carneiro nasceu faz hoje 81 anos.
Infelizmente morreu vai para 35 anos, assassinado num atentado ao avião em que seguia, deixando no país e no PSD um vazio imenso que em muitos aspectos nunca foi totalmente preenchido por todos quantos exerceram as funções que ele desempenhava à altura da sua morte.
É hoje um exercício especulativo, que em boa verdade não leva a nada porque nada altera, pensar o que poderia ser Portugal (e o próprio PSD) se FSC não tivesse morrido e permanecesse na politica activa por mais algumas décadas.
Pessoalmente creio que viveríamos num país bastante melhor mas é apenas a minha opinião.
Do que não tenho duvida nenhuma é de que passados 35 anos do seu assassinato ainda hoje o Estado democrático não disse de uma vez por todas, com clareza e sem sofismas, quem foram os autores do atentado, quem foram os mandantes e quem foram os cúmplices do que se passou.
É uma vergonha para o Estado ,e para todos os governos desde 1980 até 2015, que as circunstâncias da morte de um primeiro ministro e de um ministro da defesa não tenham sido cabalmente esclarecidas e posto fim a um caso que nunca o teria ter sido se a Justiça tivesse funcionado célere e competente desde aquela noite fatídica de 4 de Dezembro de 1980.
Portugal e os portugueses mereciam bem melhor que a cortina de silêncio e cumplicidades que ao fim de 35 anos ainda não permitiram uma Verdade definitiva.
Depois Falamos.

sexta-feira, julho 17, 2015

Serenamente

Serenamente, e até com alguma pedagogia, é preciso dizer o seguinte.
A massa associativa do Vitória não é um rebanho de carneiros forçada a seguir um pastor sob a vigilância de alguns cães de guarda.
Tudo isto em sentido figurado como é óbvio.
E digo isto face ao que constato na minha e noutras páginas de facebook, bem como no meu blogue e nalguns fóruns onde se discute a actualidade do clube, em que qualquer critica ou divergência a decisões da direcção/administração da SAD atrai de imediato as invectivas (ás vezes bem malcriadas) de alguns pseudo guardiões do vitorianismo que de imediato "excomungam" da fé vitoriana aqueles que não pensam como eles.
A ladainha é conhecida.
Para uns é a "obrigação" de se candidatarem para fazerem melhor como se ter opinião obrigasse a candidaturas fosse ao que fosse.
Depois é o resto que se conhece de sobejo.
"Vitorinos", "bota abaixo", destabilizadores", "críticos de café", "rebaixadores" de nível, "negativistas" e mais algumas acusações que me dispenso de citar.
O Vitória não é nada disso.
Sempre fomos uma massa associativa vibrante, apaixonada, aqui ou ali até excessiva, "única" na forma de sentir o clube mas nunca fomos um corpo amorfo e sem opinião.
Pelo contrário acredito que uma das razões da nossa grandeza foi precisamente essa capacidade de discutirmos sempre tudo que diga respeito ao clube ,ás suas equipas e técnicos e naturalmente aos seus dirigentes.
Tendo a capacidade de sabermos estar unidos no essencial.
Por isso tivemos durante muitos anos assembleias gerais com muitas centenas, ás vezes milhares, de presenças e com muitas dezenas de intervenções que levaram a debates intensos que ás vezes se prolongavam noite dentro e mostravam divergências profundas na apreciação de assuntos do nosso clube.
E no dia seguinte lá estávamos todos no estádio a puxar para o mesmo lado.
Isso é o Vitória.
Um clube "vivo" e com adeptos interessados e participativos no debate das suas questões!
Que sabem distinguir o acessório do essencial e apesar das divergências sabem que há sempre um tempo e um momento de convergir.
Assim foi, assim é e assim deve continuar a ser no futuro porque isso faz parte do nosso ADN e sem isso nunca seríamos como somos.
E nós, vitorianos, gostamos de ser assim
Por isso aqueles que, nuns casos por excesso de "zelo" e noutros por razões nada do interesse do Vitória, sonham em transformar a nossa massa associativa num "rebanho" obediente ao "pastor" e temeroso dos "cães de guarda" é melhor desistirem dessa absurda pretensão.
Dá muito menos trabalho, e serve muito melhor o Vitória, aprenderem a viver com as salutares divergências de opinião.
Estamos no século 21 e vivemos em democracia caso alguns deles ainda não tenham reparado.
Depois Falamos

Totobola

Nunca fui muito de jogos de sorte e azar.
Ao ponto de nem à porta de casinos gostar de passar porque nunca tive qualquer ilusão de que é um negócio em que só ganha o dono do...negócio.
E aqueles que esporadicamente conseguem grandes prémios mais não são do que a excepção que confirma a regra.
Mesmo assim, e durante muitos anos, fui jogando no totobola porque achava piada ao jogo dado dele constarem os clubes de uma modalidade de que gosto quase desde que me lembro de gostar de alguma coisa!
E recordo-me até de uma vez,lá pelo final dos anos 70, ter conseguido fazer um "treze" (sem usar apostas multiplas!!!) o que me encheu de satisfação pelo acerto dos prognósticos mas não de dinheiro porque o prémio ganho foi á volta de quatro contos.
Nessa semana quase todos os apostadores devem ter acertado...
Depois apareceu o totoloto e o totobola perdeu prioridade (para mim e para muitos)e o euro milhões foi o golpe de misericórdia num jogo outrora tão popular.
Hoje não me passa pela cabeça jogar no totobola.
Nem tanto por os os prémios serem quase insignificantes, embora a possibilidade de os ganhar seja muitíssimo maior que no euro milhões ou no totoloto, mas essencialmente porque o totobola se baseia em competições nacionais em cuja verdade desportiva acredito cada vez menos.
Especialmente na 1º e 2ª Liga.
E se tentar adivinhar o resultado de um jogo já não é fácil, pelo menos na maioria dos jogos, que dizer quando a esse palpite tem de se acrescentar a "adivinhação" da influência de "mantos protectores" e outros expedientes com que o "sistema" vicia a verdade das provas.
Por isso disse um adeus definitivo ao totobola.
Prefiro o euro milhões.
Os prémios são bem melhores,embora estatisticamente muito mais difíceis, e nesse jogo o sorteio é mesmo sorteio (não como o sorteio de uma Liga que todos conhecemos)e acredito que os números e estrelas não saem debaixo de qualquer manto protector.
Depois Falamos.

quarta-feira, julho 15, 2015

Natural

Ter memória não faz mal a ninguém e até ajuda a evita que se cometam algumas injustiças.
Todos, ou quase, nos lembramos como estava a Liga Portuguesa de Futebol Profissional uns largos meses atrás na sequência da catastrófica presidência de Mário Figueiredo recheada de principio a fim de controvérsia e quezílias.
Desacreditada, clubes uns contra os outros, submersa em dividas e com processos eleitorais dos quais resta a memória de uma vergonha sem fim. 
Foram várias as tentativas de solucionar a crise, avançaram e recuaram várias candidaturas, e finalmente a maioria dos clubes entendeu-se em volta da candidatura de Luís Duque que acabou por ser eleito presidente com um largo consenso em seu torno.
Nestes meses de mandato conseguiu alguns resultados interessantes e que importa sublinhar.
Conseguiu o patrocinio da NOS e da Samsung ao campeonato da 1º Liga.
Para a Taça da Liga manteve a TVI e conseguiu agora o patrocínio dos CTT que será um parceiro de referência e de prestigio para uma prova que bem precisa de ganhar credibilidade.
Manteve o patrocínio da "Sagres" que chegou a estar em risco fruto da desastrosa gestão que o antecedeu.
Fez a reforma estatutária (razão pela qual há agora novas eleições) dentro de um prazo muito mais rápido do que se supunha possível o que abona em favor da forma como vem gerindo a instituição com dinâmica e capacidade de criar abrangência em volta de temas importantes.
E contribuiu para um ambiente de acalmia e entendimento entre os clubes como há muito não se conhecia no nosso futebol.
Foi a presidência perfeita?
Não.
Porque manteve uma estranha passividade perante o que se vem passando de grave na arbitragem preferindo virar as costas ao assunto do que insistir no seu exaustivo apuramento.
Porque mantém um sorteio aberrante do campeonato consagrando o principio de filhos e enteados.
Porque a proposta, que a AG da FPF aprovará ou não, de sorteio dos árbitros não serve o futebol nem evita a suspeição ao contrário do que parecem supor os seus autores.
A competência não se sorteia!
Mas mesmo com esses óbices parece-me que a recandidatura de Luís Duque é natural e serve bem o futebol e a Liga num tempo que não será seguramente fácil para os clubes por razões bem conhecidas de todos.
Depois Falamos.

P.S O facto de o Porto não apoiar a recandidatura é a excepção que confirma a regra.
E a reiterada certeza de que no "Dragão" os consensos incomodam.

terça-feira, julho 14, 2015

segunda-feira, julho 13, 2015

Inversão de Valores

Se há coisa que me choca no futebol de hoje, e já aqui escrevi sobre isso mais que uma vez, é o fenómeno profundamente negativo daquilo a que se pode chamar os "pais-empresários" e que vão proliferando como cogumelos por Portugal e não só.
"Pais-empresários" são aqueles que tem como primeira prioridade para os seus filhos não a educação, não a formação profissional, não um futuro dentro daquilo para que estão vocacionados (e que pode nada ter a ver com desporto) mas sim a sua transformação em jogadores profissionais de futebol susceptiveis de celebrarem grandes contratos e ganharem imenso dinheiro.
São pais que olham para os filhos como autênticos PPR que lhes vão garantir, a eles pais, um futuro sem preocupações e uma reforma dourada.
Conheço imensos casos assim.
Gente que não olha a meios para impor os seus filhos como jogadores mesmo que seja necessário pisar e atropelar todos aqueles que apareçam como obstáculos ao acesso a esse pote de milhões que é o profissionalismo acham eles.
Sejam os directores que não fazem aos meninos os contratos que os pais acham que eles merecem, sejam os treinadores que não os põe a jogar com a regularidade que entendem obrigatória, sejam os próprios colegas de equipa que não lhes passam a bola tantas vezes como os "pais-empresários" exigem que aconteça.
Conheço, e lidei enquanto dirigente do Vitória com vários pais desses, e uma coisa posso garantir.
São tudo menos bons pais, amigos dos filhos e bons conselheiros para as suas vidas.
São, isso sim, bastas vezes os maiores responsáveis pela infelicidade dos filhos, pelo avolumar das suas frustrações, pelo insucesso das suas vidas profissionais.
É o preço da ganância.
Depois Falamos

P.S. As recentes declarações dos pais do "trintão"Iker Casillas são apenas um exemplo extremo de até onde pode chegar a insanidade !

domingo, julho 12, 2015

Iker Casillas

A contratação de Iker Casillas pelo Porto é naturalmente uma boa notícia para o futebol português para além de ser uma excelente opção do clube que o contratou.
É bom para o futebol português porque a vinda para a nossa Liga de um jogador com o extraordinário palmarés de Casillas contribui para a valorização e visibilidade do nosso campeonato onde nunca jogou ninguém com tantos e tão valiosos títulos a nível mundial.
Casillas "traz" com ele um titulo mundial e dois europeus a nível de selecção e três ligas dos campeões (entre muitos outros titulos) a nível de clube.
É excelente para o Porto porque contratou um dos melhores guarda redes do mundo colocando entre os postes das suas balizas um autêntico "monstro" do futebol que dará seguramente aquelas redes uma segurança e uma qualidade que não conheciam desde o fim de carreira de Vítor Baía.
Mas traz muito mais para além da valia desportiva.
Trará publico aos estádios , patrocinadores ao clube e uma visibilidade em termos europeus e mundiais que terão naturalmente uma importante repercussão económica que ajudará a rentabilizar financeiramente a contratação.
Nunca tendo gostado do Real Madrid sempre admirei a qualidade de Casillas a quem vi ao longo dos anos realizar extraordinárias exibições que valeram ao clube madrileno triunfos e titulo importantes ao longo dos anos em que teve ao seu serviço este extraordinário guarda redes.
Dele espero nesta nova etapa duas coisas:
Que dê ao futebol português o tal acréscimo de qualidade e visibilidade de que tanto precisa e que se estreie na Liga com... uma derrota!
O calendário explica porquê.
Depois Falamos.

P.S. A forma cínica como o Real Madrid tratou a saída de Casillas é apenas mais uma razão para não gostar desse clube. Enorme no historial mas muito pequeno ao nível de quem o dirige.