Num jogo de elevado grau de dificuldade, até pela pressão (do"sistema" e da Comunicação Social) de fazer do SLB imediatamente campeão, o Vitória enfrentava condicionalismos diversos que impediam Rui Vitória de apresentar o seu "onze" ideal digamos assim.
E já nem falo dos condicionalismo que vem de Janeiro, porque desses já se falou noutras oportunidades, mas apenas dos resultantes do jogo anterior que deixou o Vitória sem três habituais titulares devido a dois castigos cirúrgicos e a uma lesão.
Mas quem não tem cão...caça com gato e foi isso que o Vitória fez.
Assim:
Douglas:Os primeiros vinte minutos faziam prever tarde difícil. Mas acabou por não ser e naquilo que apareceu...Douglas resolveu.
Plange: Não é lateral de raiz e chamado a substituir Bruno Gaspar teve o verdadeiro azar de apanhar pela frente aquele (Gaitan) que é de longe o melhor jogador do SLB. E nos primeiros minutos deu-se por isso. Depois Plange recuperou,acertou melhor as marcações e "sobreviveu" a uma tarde que ameaçava ser de pesadelo.
João Afonso: Ausente há quase três meses regressou num jogo de tremendo grau de dificuldade e dificilmente deixaria de se dar por isso. Nos tais 20 minutos iniciais "tremeu" face aos envolvimentos atacantes do adversário e ás trocas posicionais entre os pontas de lança. Depois recompôs-se e fez um bom resto de jogo.
Moreno: Também ele, "capitão" e jogador mais experiente da equipa, não escapou ao desacerto inicial. Depois subiu de rendimento e jogou dentro do seu normal. Mas ,mesmo assim, não foi o Moreno do "costume".
Luis Rocha: Se a Plange tocava Gaitan a Luís Rocha tocou Salvio. Um excelente extremo capaz de criar problemas a qualquer defesa. E criou. Mas o lateral vitoriano, neste jogo o defesa de melhor e mais uniforme rendimento, soube resolvê-los a contento até porque Valente foi um bom apoio. Atacou menos que o habitual mas compreende-se. Acaba a época dono do lugar. Como devia ter sido desde que Traoré saiu.
Josué: Apareceu a trinco lugar onde não está rotinado mas depressa lhe apanhou o jeito. E fez um grande jogo quer a trinco quer recuando para ajudar os centrais na marcação aos dois pontas de lança adversários. A ele se deve,em boa parte, o domínio territorial do Vitória nessa zona nevrálgica do jogo. É hoje um dos jogadores mais valorizados do plantel.
André: Previa-se jogo de grande trabalho e André trabalhou muito. Ele e Josué ganharam,claramente, a batalha de meio campo a Fejsa e Pizzi. Saiu lesionado,no que terá sido o seu ultimo jogo no DAH como jogador do Vitória, e não merecia isso.
Otávio: Surgiu no lugar de Bernard e teve um desempenho interessante. Sabe ter a bola, sabe jogar,teve iniciativas interessantes a sair para o ataque mas definiu as jogadas quase sempre mal. Bem substituído numa altura em que andava a "pedir" o segundo amarelo.
Sami: Melhor a defender (ajudando Plange) do que a atacar fez um jogo de grande empenho em que não regateou esforços.
Tomané: Mais uma vez emparedado (e que "paredes"...)entre os centrais adversários fez um jogo importante do ponto de vista táctico quer pressionando o ultimo reduto encarnado quer segurando a bola e dando tempo à equipa para subir. Percebeu-se que ia ter poucas oportunidades de rematar mas mesmo assim ainda fez o remate mais perigoso do Vitória perto do fim.
Valente: Descaído sobre a esquerda foi o primeiro a arrastar a equipa para a frente depois dos tais 20 minutos de algum sufoco. Arrancadas poderosas intranquilizando a defesa adversária, dois remates com algum perigo mas também uma fase final do jogo em que talvez por cansaço se agarrou demasiado à bola insistindo em dribles sem sucesso. de que resultaram duas perdas de bola que podiam ter corrido muito mal.
Bruno Alves: Entrou (premonitóriamente?) a substituir André e esteve em muito bom plano. É um jogador com lugar marcado no Vitória das próximas épocas.
Alexandre Silva: Ainda júnior estreou-se num jogo de alto nível e não acusou a responsabilidade. Foi uma opção algo surpreendente (saiu Otávio) numa altura em que Bouba pareceria a opção mais lógica. Mas talvez RV, percebendo o nervoso miudinho do SLB, tenha tentado reforçar o ataque para ganhar o jogo. Se foi isso...fez bem.
Álvez: Entrou tarde porque quer Valente quer Tomané (que foi o que saiu) já estavam com as "pilhas" gastas. E se tem entrado mais cedo podia ter sido mais útil porque a defesa do Benfica já estava com algumas dificuldades.
Assis, Arrondel,Bouba e Gui não foram utilizados.
Empatar com o Benfica, depois de também o ter feito com o Porto e ganho ao Sporting, significou uma época de invencibilidade caseira face aos candidatos ao titulo o que é sempre de assinalar.
Pena os "deslizes" com Belenenses e Vitória FC que impediram a invencibilidade total e, domingo saberemos, talvez a conquista de um quarto lugar que esteve tanto tempo à nossa mercê.
Depois Falamos