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sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Fecho do Mercado

Sou do tempo em que no futebol não existiam estas "modernices" de abertura do mercado de transferências em Janeiro para os clubes poderem "retocar" os seus planteis contratando e vendendo jogadores ao sabor do que lhes parece melhor.
Dantes era diferente.
Começava o campeonato e o treinador sabia que podia contar com todos os jogadores do plantel formado no defeso ao longo de toda a prova sem poder reforçar sectores ou ver-se privado de jogadores fundamentais precisamente  a meio da prova.
Naturalmente que isso permitia um trabalhou com outra profundidade na assimilação de processos de jogo, no desenvolvimento de tácticas e estratégias, no poder ensinar aos jogadores,com tempo, alguns aperfeiçoamentos individuais a que há sempre lugar.
Mas o tempo andou.
E de há anos a esta parte há a reabertura do mercado em Janeiro.
Que tem vantagens e inconvenientes.
Vantagens para jogadores quer porque podem ir para clubes com melhores contratos quer porque podem procurar onde jogar com mais assiduidade se pouco utilizados nos clubes onde estão.
Vantagens para os clubes, especialmente para os que tem poder de compra,porque podem reforçar as suas equipas e simultâneamente livrarem-se de jogadores que não estão a corresponder ás expectativas.
Vantagens para os treinadores, especialmente aqueles que estão nos tais clubes com poder de compra, porque podem reforçar as suas equipas em fases cruciais das competições.
Vantagens para os empresários porque é outra época de "facturação".
Mas também há inconvenientes.
Porque a reabertura de mercado fortalece quem já é forte e enfraquece quem já é fraco.
Porque a chegada de novos jogadores, e a sua integração num grupo já formado e com as competições em andamento, nem sempre se faz da melhor forma e pode desunir balneários até então unidos.
Porque a saída de jogadores essenciais a meio das provas pode enfraquecer as equipas e cercear aspirações que até então pareciam possíveis.
Porque nalguns casos obriga os treinadores a refazerem grupos, alterarem estratégias, redefinirem modelos de jogo.
Com estas e outras vantagens e estes e outros inconvenientes a verdade é que os clubes, jogadores, treinadores e...adeptos tem de saber lidar com a realidade que é a abertura do mercado em Janeiro e as transformações (para melhor ou para pior) que sempre produz nas equipas.
Creio é que há pelo menos duas alterações que deviam ser feitas a esta época de transferências:
Diminuí-la para duas semanas para os efeitos de instabilidade não serem tão duradouras.
E a UEFA determinar que em todas os países debaixo da sua alçada o dia de fim de mercado seja o mesmo.
Porque uns países fecharem a 31 de Janeiro, outros a 28 de Fevereiro e outros ainda a 15 de Março cria factores de desiquilibrio entre clubes que são inaceitáveis.
Depois Falamos.

quinta-feira, fevereiro 26, 2015

As Escolhas

Foto: DN
Notícia hoje o Diário de Noticias que PSD e CDS terão iniciado a negociação dos nomes que vão integrar as listas de candidatos a deputados nas próximas eleições legislativas.
O que significa, desde logo, que irão coligados ao acto eleitoral!
É uma boa  e uma má noticia em simultâneo.
Boa porque significa haver finalmente uma decisão quanto ao assunto sendo claro que a ida ás urnas em coligação potencia os resultados eleitorais face ás especificidades do método de Hondt e ao acréscimo de confiança dos eleitores face a um entendimento entre os dois partidos do governo.
Má porque começar a negociação pela "mercearia" transmite sinais errados ao país para além de inevitavelmente introduzir no processo, logo no seu inicio, factores de crispação (veja-se o que se passa em Santarém) que poderão complicar outros aspectos do acordo.
É certo que as "Jornadas pelo Crescimento", que se vem desenrolando em todos os distritos do continente por iniciativa conjunta dos dois partidos, são um sinal positivo que se transmite do acordo e da vontade em prolongar a coligação para lá das eleições legislativas.
Mas isso devia conduzir a uma comunicação formal dos dois partidos sobre a renovação do acordo, negociação das bases programáticas e do futuro programa de governo, deixando as escolhas de nomes para uma fase posterior.
Sendo certo que as listas de candidatos(e os respectivos cabeças de lista !!!) serão peça muito importante no resultado eleitoral face à forma como os eleitores vão olhar, com um rigor critico cada vez maior, para os nomes que lhes vão ser propostos.
Nos quais não deverão constar fenómenos de "paraquedismo", deputados "invisíveis" ou cedências inter partidos que desmobilizem as bases do maior partido e empurrem indecisos para a abstenção ou votos de protesto em fenómenos de ocasião como o partido de Marinho Pinto.
Todos sabemos que é um processo delicado que obrigará a cedências de parte a parte de molde a que ambos os partidos encontrem mais sinais de satisfação do que de descontentamento no resultado final das negociações.
Mas tendo sempre em vista que o mais importante,e aquilo que realmente interessa, é vencer as eleições.
Depois Falamos.

P.S Parece nada ter a ver com o atrás escrito mas tem.
A auditoria à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa mandada efectuar pelo ministro (do CDS) Mota Soares foi um péssimo sinal.
Que o PSD não deverá esquecer nos próximos meses.
Porque em politica não há coincidências!

Primeiros Indicadores

Jogadas as partidas da 1ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões o que pode dizer-se desde já?
Em primeiro lugar destacar a qualidade do futebol praticado que nada tem a ver com qualquer outra competição a nível de clubes do futebol mundial.
É outro "patamar".
Depois a gloriosa incerteza, que é o verdadeiro "sal" do futebol ,quanto ás equipas que vão apurar-se para os quartos de final.
É evidente que há tendências e favoritos, muito em especial o Mónaco depois da concludente vitória em Londres face ao Arsenal, mas certezas não há nenhuma porque a este nível e face aos resultados verificados são perfeitamente possíveis reviravoltas.
Jogo a jogo:
Depois do empate em Paris o Chelsea é favorito mas de uma equipa onde entre outros joga um "monstro" chamado Ibrahimovic tudo é possível. 
O Barcelona realizou em Manchester , na primeira parte, talvez a sua melhor exibição da época e em Nou Camp é claramente favorito a continuar em prova. Tem, porventura, o melhor trio atacante do futebol mundial alimentado pela genialidade de Iniesta mas do outro lado estará uma equipa recheada de grandes jogadores e que já poderá contar com Yaya Touré. Favoritismo catalão mas...
O Bayer Leverkusen venceu (1-0) na primeira mão mas este Atlético de Madrid de Simeone é capaz das maiores proezas. Penso que o mais provável é verificar-se uma reviravolta e o Atlético seguir em frente.
Juventus e Borussia Dortmund protagonizam um dos duelos de resultado mais incerto. O 2-1 de Turim abre espaço para todas as hipóteses embora os italianos mereçam leve favoritismo.
O Real Madrid , a par do Mónaco, é uma quase certeza na próxima eliminatória depois do triunfo forasteiro por 2-0. Seria um quase escândalo a não passagem dos campeões europeus em titulo.
O empate do Bayern em casa emprestada do Shaktiar Donetsk foi uma das pequenas surpresas desta primeira mão porque se esperava que os pupilos de Guardiola tivessem regressado da Ucrânia com um triunfo. Mas em Munique certamente que a lei do mais forte vai prevalecer.
O triunfo expressivo do Mónaco em Londres (3-1) deixa a eliminatória praticamente resolvida porque seria precisa uma noite perfeita do Arsenal para o impedir. E este Arsenal de perfeito tem muito pouco!
Em condições normais também o Porto carimbará o seu passaporte para os quartos de final. Traz de Basileia um resultado animador (1-1) e salvo um qualquer "apagão"  resolverá o assunto com maior ou menor dificuldade.
Por isso prevejo que nos quartos de final teremos as seguintes equipas e confrontos conforme escalonamento já decidido:
Chelsea vs Bayern, Real Madrid vs Porto, Barcelona vs Juventus e Atlético de Madrid vs Mónaco!
Será assim?
Depois Falamos

terça-feira, fevereiro 24, 2015

Campeões



Devo dizer que em quase 50 anos a seguir o Vitória raramente tive tanto orgulho numa equipa, num treinador e num trabalho como aquele que vem sendo desenvolvido no basquetebol vitoriano nos últimos quase dez anos.
E esse trabalho tem rostos bem definidos.
Na direcção da modalidade o de Pedro Guerreiro como líder de uma equipa de seccionistas discretos, competentes e extremamente dedicados ao clube.
Na direcção técnica aquele que é de longe o melhor treinador português e cuja permanência no Vitória é um "milagre" anualmente repetido que muito se deve ao gosto que Fernando Sá ganhou pelo nosso (e dele) clube e ao sonho de ver o Vitória ser campeão nacional.
E vai conseguir!
A equipa não é só a deste ano mas num sentido mais global todas as equipas que Fernando Sá comandou nestes nove anos e que já nos deram duas taças de Portugal, um troféu "António Pratas" e um vice campeonato nacional entre outros triunfos de menor relevo.
Mas o que mais agradeço, enquanto vitoriano, a Fernando Sá é para além das grandes alegrias desportivas que nos tem proporcionado o conseguir alimentar-nos um sonho sem limites nem receios.
Ele quer ver o Vitória ser campeão nacional e admite-o com frontalidade, coragem e rejeitando totalmente qualquer vassalagem à lógica dos chamados "grandes" de que enferma o nosso desporto e a nossa comunicação social.
Costumo dizer que Fernando Sá é o Mourinho do basquetebol de tal forma está avançado no treino, na concepção de jogo, na capacidade de tirar "tudo" dos seus jogadores, na forma de descobrir e moldar talentos.
Mas também na forma de comunicar.
De transmitir ambição, de manifestar convicção, de elevar a fasquia até ao limite.
De entender o clube que treina, os adeptos para quem fala, o ADN Vitória na sua plenitude.
Como pode um vitoriano não ter imenso orgulho nele quando o ouve dizer("à Mourinho") que quer ser campeão com o Vitória este ano e se tal não for possível será para o ano?
Sou do tempo em que a contratação de José Maria Pedroto para o futebol revolucionou por completo o clube e fê-lo dar um salto em frente.
Acredito que Fernando Sá, no basquetebol, está a ter um efeito idêntico na revolução de mentalidades que está a fazer e no mostrar todos os dias que o primeiro passo para ganharmos é acreditarmos que podemos ganhar.
E esse efeito terá de ser transversal e estender-se a todas as modalidades incluindo o futebol.
Não tenho nenhuma duvida em afirmar que José Maria Pedroto e Fernando Sá foram os dois treinadores mais importantes para o Vitória nestes 50 anos de memórias que tenho do clube.
Pedroto não ganhou troféus mas mudou mentalidades, resstruturou o futebol, lançou as bases dos sucessos que viriam depois.
Fernando Sá ganha troféus, revoluciona mentalidades, transmite ambição e permite-nos sonhar.
Lidera em todas as frentes.
E como é bom termos lideres que nos fazem sonhar!
Depois Falamos.

sábado, fevereiro 21, 2015

O Nosso 14

Não há muito mais a adiantar, depois do que escrevi na análise do jogo, sobre o conjunto de equívocos que terão impedido o Vitória de sair de Paços de Ferreira com um triunfo que esteve ao seu alcance e que não chocaria com a verdade dos 90 minutos.
O plantel está mais fraco, já o sabemos, mas mesmo assim o conjunto de soluções ao dispor de Rui Vitória permitem mais do que aquilo que a equipa tem dado.
"Bastará" apostar nos jogadores "certos".
Individualmente:
Assis: Não teve uma noite feliz. O primeiro golo é muito de sua responsabilidade, não por ter escorregado mas porque a saída pareceu precipitada, e no segundo desfez bem o cruzamento mas não teve sorte no ressalto da bola. No resto teve a segurança habitual.
Bruno Gaspar: Um jogo de grande coragem e espírito de sacrifício. Diminuído desde os primeiros minutos por uma lesão no ombro fez das tripas coração e nunca fraquejou.
Josué: Uma exibição com grande sentido prático e sem complicar. No primeiro golo parecia estar em condições de neutralizar a jogada mas a saída precipitada de Assis consumou o evitável.
João Afonso: Já escrevi anteriormente que me parece num momento menos bom de forma. O lance nos instantes iniciais apenas o confirmou. Depois recompôs-se e não comprometeu. Mas aquele centro da defesa está a "pedir" alguma experiência.
Breno: Cumpriu sem comprometer. Continua o processo de adaptação.
Bouba: Lutou muito sem regatear esforços. Não se lhe podia pedir mais neste jogo mas ele ainda fez um golo pleno de oportunidade.
André: Um "mouro" de trabalho no meio campo e o regresso aos golos convertendo um penalti.
Bernard: O estado do relvado não indiciava um jogo muito propício para as suas caracteristicas. Não foi! Substituído sem surpresa.
Otávio: Titular surpresa em nada justificou a escolha. Como ele temos vários na equipa B. E se considerarmos que a sua titularidade significou a ida de Alex para o banco a surpresa ainda é maior.
Ivo Rodrigues: Outra titularidade surpreendente e outra exibição longe de preencher os padrões mínimos para quem é considerado reforço.
Tomané: O melhor vitoriano na noite de ontem. Lutador, generoso, foi uma dor de cabeça para a defensiva pacense. Merecia o golo.
Cafu: primeira opção de RV a sua entrada revelou-se acertada pela capacidade de luta que deu à equipa e pela forma como contagia os colegas com a garra que põe em todas as jogadas.
Sami: Entrou a substituir Ivo e pode dizer-se que não estranhou o relvado alagado, as más condições atmosféricas, nem a impossibilidade de jogar futebol de boa qualidade. Exibição ao nível das protagonizadas nas duas jornadas anteriores. Não esteve lá!
Valente: Esperava-se que fosse titular até porque as más condições do relvado apontavam para um futebol mais directo e aí a sua "ratice" na área podia ser decisiva. Foi ultima opção mas ainda "agitou" o jogo com o seu inconformismo sem que,contudo, tivesse oportunidade de visar a baliza.
Douglas, Moreno, Zitouni e Alex não foram utilizados.
Cinco jornadas da segunda volta e apenas três pontos em quinze possíveis são um alerta poderoso para a necessidade de mudar algumas coisas na equipa e na forma de jogar.
E uma delas será avaliar, com profundidade, se os três emprestados do FCP estão a dar ao plantel aquilo que seria legitimo esperar ou se pelo contrário apenas estão a minar a coesão do balneário pelo privilégio de "chegarem, verem e ...jogarem".
É que até ao momento nenhum deles mostrou o rendimento exigível a quem quer ser titular da equipa A do Vitória.
E todos três já o foram.
Depois Falamos

Complicou-se...

Ganhar em Paços de Ferreira era muito importante em ordem a poder manter a candidatura ao quarto lugar até pela expectativa de que o Nacional possa atrasar o outro candidato.
Mas não foi possível e se as coisas começam a complicar-se relativamente a esse objectivo até pode ser uma jornada positiva em termos de defesa do quinto lugar caso outros jogos nos corram de feição.
E não foi possível por duas razões fundamentais.
Uma que tem a ver com o estado do relvado e que impossibilitou que se jogasse futebol na maior parte do tempo com notório prejuízo para o Vitória que era a equipa mais tecnicista e que portanto teve maior dificuldade em impor o seu jogo.
A outra tem a ver com a própria equipa vitoriana.
Que entrou intranquila (como é possível uma amarelo aos 50 segundo de jogo sem que nenhum pacense tivesse tocado na bola?),que intranquila continuou como ficou patente no primeiro golo sofrido, e que intranquila acabou ao sofrer um segundo golo em condições algo caricatas.
E para essa intranquilidade terá contribuído a forma como Rui Vitória mexeu mais uma vez no onze fazendo sair da equipa quatro titulares no jogo anterior , fazendo regressar André (naturalmente)  estreando como titulares Otávio e Ivo Rodrigues e apostando (bem) em Tomané que foi dos melhores jogadores da equipa.
Pelo caminho "desapareceram" Alex (porquê?) Álvez (que nem para o banco foi!) Cafu e Sami que viriam a entrar no decorrer do jogo.
Claro que uma equipa que por razões conhecidas já se vira amputada de titulares indiscutiveis denota dificuldades em "digerir" tantas alterações porque os automatismos e a assimilação de processos de jogo não se fazem em dois dias e muito menos quando há uma percentagem elevada de jogadores utilizados que acabam de chegar ao clube.
E a verdade, que contradiz alguns discursos, é que o aumento das opções ao dispor do treinador não tem tido nenhuma correspondência em termos de resultados dado que nos últimos nove pontos possíveis fizemos...um!
Problema de confundir quantidade com qualidade.
Em suma um resultado que noutras circunstâncias até poderia ser interessante nestas acaba por ser algo comprometedor face aos objectivos.
Há que mudar de paradigma.
Porque nesta segunda volta ainda não ganhamos, levamos três empates(dois deles com equipas do fundo da tabela) e duas derrotas, em quinze pontos possíveis fizemos três.
É francamente mau.
E se face ao grande objectivo,que é o apuramento para a Liga Europa, ainda não está nada perdido a verdade é que estamos numa espiral de resultados negativos a que urge por cobro rapidamente.
Cosme Machado fez um trabalho regular num terreno que complicou a vida a todos os intervenientes.
Depois Falamos

sexta-feira, fevereiro 20, 2015

quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Sugestão de Leitura

Desde que tomei conhecimento do lançamento deste livro que tinha curiosidade de o ler.
Afinal é uma biografia de alguém que conheço há muitos anos, de quem fui colega no Parlamento e que sempre se posicionou na vida pública de uma forma muito própria e dando mostras de ser uma pessoa de valores e convicções.
E é!
Na passada semana consegui juntar o útil ao agradável.
Aproveitando uma sessão de lançamento do livro, em Viana do Castelo, para além de o ter comprado ouvi duas interessantes intervenções da autoria do meu amigo António Carvalho Martins (que fez a apresentação da obra) e do próprio Rui Rio que encerrou a sessão.
Quanto ao livro está dividido em duas partes.
Na primeira trata-se da biografia propriamente dita onde são descritos os principais passos da vida pessoal, politica e profissional do biografado sem a preocupação de descer a pormenores e feita através do depoimento de várias dezenas de pessoas .
Na segunda há lugar a uma longa entrevista feito pelo biógrafo e em que Rui Rio expõe o seu pensamento sobre os mais diversos temas da actualidade politica, económica e social.
Um livro que se lê com muito interesse.
Depois Falamos

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Tudo Vitória!

No nosso futebol já há pouca coisa que suscite uma admiração por aí além.
Nem sequer a reiteradas, e pelos vistos interminável, guerra de palavras (e ao que se vê de mais algumas "coisas") entre os presidentes do Benfica e do Sporting que parecem mais preocupados em degladiarem-se do que em contribuirem para a resolução dos reais problemas do nosso futebol.
São de uma irresponsabilidade chocante.
Até porque este clima de conflitualidade permanente, e exacerbada, apenas contribui para dar um péssimo exemplo aos adeptos dos dois clubes e levá-los para confrontos que vão para além da habitual troca de insultos e provocações entre os mesmos e, em especial, das respectivas claques.
Um dia, que já esteve mais longe, vai acontecer algo de muito grave (basta ver a escalada de provocações das ultimas semanas) e depois quero ver quem assume a responsabilidade, pelo menos moral, do que vier a suceder.
Porque hoje(mas vem de trás) a nível desses dois clubes e do congénere a norte existe a perigosa "filosofia" de que as claques, ou pelo menos algumas delas, são o braço armado dos dirigentes e usadas para todas as "guerras" externas e algumas internas.
É um assunto que deve merecer a preocupação séria das autoridades do país porque casos similares noutros países tem tido trágicas consequências.
Mas apesar de tudo há coisas que ainda admiram.
Como a "embirração" de alguns responsáveis do Vitória com a mais antiga das claques do clube.
 Os "Insane Guys".
Com mais de vinte anos de apoio continuo e valoroso ao Vitória os Insane sempre ocuparam o mesmo espaço na bancada nascente superior do nosso estádio e independentemente do seu variável número de membros sempre se fizeram ouvir no apoio ás nossas equipas,
Tal como os "White Angels" ,que de há muito se localizaram no topo sul superior,ou a mais recente das claques (Suspeitos do Costume) que optou pela bancada nascente inferior os Insane deixaram-se estar onde sempre estiveram.
Do meu ponto de vista com vantagem para o apoio à equipa que tinha três claques em três locais distintos do estádio.
Esta época quem manda no assunto decidiu que as claques tinham de ficar todas juntas no topo sul inferior.
Decidiu no que não tinha de decidir mas é apenas a minha opinião.
"White Angels" e "Suspeitos do Costume" decidiram aceitar a decisão directiva e ninguém os pode censurar por isso como é evidente.
Foi a sua respeitável opção.
Os Insane não aceitaram e decidiram manter-se onde sempre estiveram.
Estão no seu pleno direito como é igualmente evidente.
Até porque sendo todos sócios do clube, e com lugar anual comprado,tem o inalienável direito de assistirem aos jogos nas respectivas cadeiras.
Infelizmente na direcção do clube há quem não entenda isso.
E tem sido um ano em que ao invés do que fazem com as duas outras claques, a quem apoiam e incentivam a assistir aos jogos em casa e fora, para os Insane tem sido só problemas e obstáculos para além das tentativas de os impedirem de apoiar o clube com bandeiras e tarjas.
Como sempre fizeram.
Tenho esperança que ainda reine o bom senso e seja reconhecido a cada claque o direito de estar onde entenda ser o melhor sítio para apoiar as nossas equipas da forma como entender melhor.
Na certeza de que os Insane, que já estavam onde estão quando alguns destes directores chegaram ao clube, continuarão a estar no seu posto muito depois de quem agora lhes dificulta a vida se ter ido embora dos orgãos sociais do Vitória.
E,quem sabe, do próprio estádio como tantos no passado que só conhecem o clube quando tem acesso ao camarote presidencial!
Depois Falamos.

Como é Possível?

O problema da violência doméstica, que sempre existiu, está agora (e muito bem) na agenda mediática merecendo de quase todos os partidos com representação parlamentar um esforço sério de criar legislação que puna severamente os agressores e defenda as vitimas.
E se digo quase todos é porque a desonrosa excepção vem do...PS.
Exactamente.
Do PS de António Costa, o partido mais demagogo, populista e desavergonhado do actual quadro parlamentar para quem na caça desenfreada ao voto vale tudo mesmo que seja num curto espaço de tempo dizer uma coisa e o seu contrário.
De que aliás o próprio Costa tem sido, naturalmente, um permanente exemplo de falta de coerência!
Mas nesta questão da violência doméstica a demagogia socialista foi para lá do imaginável.
Quando os outros partidos estão preocupados com as vitimas o PS preocupa-se com os agressores.
E considera que uma das formas de combater a violência doméstica é a Segurança Social providenciar apoio ao agressor para atribuição de uma habitação!
Confesso que é preciso ler várias vezes a posição socialista para acreditar que um partido que quer ser poder sofre de semelhante falta de vergonha!
Dos perdões fiscais a um clube desportivo a dar casas a agressores, de apoios ao Syriza a piscar de olhos ao "bloco central", para o PS vale tudo desde que o tudo renda votos.
E não é difícil imaginar que se um dia António Costa fosse primeiro ministro (hipótese simplesmente aterradora)vê-lo-íamos em futuro congresso do PS já não a protagonizar aquele número, eticamente lamentável,de ler o nome de mulheres vitimas de violência doméstica mas sim a anunciar com ar de pregoeiro o nome dos agressores contemplados com a "casa da sorte" como prémio pelas agressões cometidas.
Afinal para o PS de António Costa tudo são votos.
Sejam das vitimas sejam dos agressores!
Há é que tentar fazer o pleno.
Depois Falamos

terça-feira, fevereiro 17, 2015

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

O Livro e o Autor

Vivemos em tempos difíceis.
Pelas razões que todos conhecem mas também por outras, que tendo a ver com a intrínseca forma de ser dos portugueses (dos quais a invejazinha é caracteristica sempre presente), tem sido exacerbada por alguma forma de fazer comunicação social em que o "sangue" é mais importante que a "cura" e em que o problema merece sempre mais destaque do que a respectiva solução.
Naturalmente que nesse âmbito dizer mal do Presidente da República, dos governos, dos deputados, dos partidos e dos políticos em geral é uma forma de entretenimento amplamente praticada por uma vasta gama de portugueses ao arrepio de conceitos de justiça e até de verdade.
Cometendo o erro maior de meter tudo e todos no mesmo saco como se fossem todos iguais e por igual pudessem ser avaliados.
Não são.
E hoje importa aqui destacar um eurodeputado que tem feito um trabalho destacado no parlamento Europeu em que é coordenador do PPE na comissão do Orçamento ( e agora relator da mesma comissão relativamente ao "Plano Juncker) mas também no país muito em especial nos quatro distritos do norte (Braga, Viana, Bragança e Vila Real) onde é presença assídua nas mais diversas instituições e eventos.
Palestras, debates, reuniões, visitas fazem parte do seu programa de actividades todos os fins de semana ao longo de todo o ano.
Pois para além de toda essa actividade o eurodeputado José Manuel Fernandes também edita livros e publicações sobre temas europeus com informação tão vasta quanto completa e de leitura extremamente fácil.
É o caso da "Agenda para o Minho-Pela Nossa Terra" em que junta à agenda para 2015 (que ocupa a segunda parte do livro)uma parte inicial com cerca de 200 páginas com vasta informação sobre os distritos de Braga e Viana do Castelo para além de temas europeus relevantes.
É o quinto ano em que a publicação é editada e desta vez a sua apresentação pública foi em Guimarães, no grande auditório da Universidade do Minho, onde cerca de 300 pessoas seguiram com atenção as intervenções do Professor Carlos Bernardo (que apresentou a obra), do autor e do ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, que encerrou a sessão.
Presidentes de câmara(Guimarães, Famalicão, Esposende,Vila Verde, etc) , autarcas de vários municípios de Braga e Viana, deputados da Assembleia da República , dirigentes de vários partidos, dirigentes associativos, entre muitas outras pessoas naquilo que foi o reconhecimento de que de facto os políticos não são todos iguais.
Porque há aqueles cujo mérito é transversalmente reconhecido até para lá das naturais diferenças partidárias.
E quando assim é a imagem da democracia e das instituições fica a ganhar.
Depois Falamos.

P.S. O que aqui se disse sobre o autor do livro poder-se-ia igualmente dizer do ministro Jorge Moreira da Silva.
Um dos melhores ministros deste governo e daqueles que é reconhecido, até em termos europeus, como extremamente competente e perfeitamente conhecedor da área que tutela.

A Máquina e os Parafusos

Uma equipa de futebol não é uma máquina.
E um jogador não é um parafuso!
Numa máquina tiram-se oito parafusos, metem-se outros oito e a máquina continua a funcionar exactamente da mesma forma e com o mesmo rendimento.
Numa equipa de futebol não.
Porque se os parafusos são todos iguais os jogadores de futebol são todos diferentes!
Por isso é muito mais fácil "avariar" uma equipa do que uma máquina sendo muito mais fácil reparar uma máquina do que uma equipa.
"Consertar" uma equipa que funcionava bem e à qual retiraram peças essenciais é muito mais complexo do que consertar uma máquina à qual seja necessário substituir algumas peças.
Até porque para consertar uma máquina basta ir a um armazém buscar as peças necessárias.
E para consertar uma equipa é preciso ir a vários sítios, escolher bem e ter a "sorte" de as novas"peças" encaixarem na perfeição.
E convém recordar que o sector de Formação de um clube não é uma linha de montagem industrial.
Nas linhas de montagem fabrica-se o que se quer, para o que se quer e nas quantidades que forem precisas.
Na Formação nem sempre é possível responder no imediato ás necessidades da equipa principal.
Uma equipa não é uma máquina nem um jogador é um parafuso.
Futebol não é engenharia!
Olhá-lo como se fosse apenas pode conduzia a avarias graves.
Depois Falamos

P.S. Quando numa equipa, na janela de mercado de Janeiro, se movimentam VINTE jogadores (12 entradas e oito saídas) isso não é futebol .
Nem sequer engenharia!
É , para sermos tolerantes, uma balbúrdia inexplicável e uma falta de linha de rumo preocupante.

Dia Mundial da Rádio

Na passada sexta feira comemorou-se o dia mundial da rádio.
Numa homenagem bem justa aquele que foi durante muitos anos o mais importante meio de comunicação à escala planetária especialmente antes do advento da televisão.
Mesmo com esta, mesmo com  a Internet, mesmo com as redes sociais a verdade é que a rádio , cuja "morte" é anunciada de tempos a tempos, não perdeu o seu espaço e a sua influência através de uma capacidade de se reinventar que merece ser assinalada.
E uma dessas formas de reinvenção, e aquela que hoje quero aqui recordar, foram as chamadas rádios piratas surgidas nos anos 80 e que atingiram a sua máxima expressão na primeira metade dos anos 90 altura em que cativavam uma parte importante do auditório radiofónico.
Também porque a primeira delas a ganhar estatuto foi a TSF na qual se inspiraram muitas das outras.
Em Guimarães, trinta anos atrás, o fenómeno radiofónico "rádio pirata" também teve um grande impacto e conquistou significativas quotas de audiência através das duas rádios que então surgiram e marcaram toda uma geração de colaboradores.
Primeiro a Rádio Fundação, ainda hoje em actividade, e na primavera de 1986 a Rádio Guimarães (que saudades...) que se manteve activa até à legalização das rádios altura em que não tendo obtido alvará cessou a actividade.
Ficou então Guimarães com as duas rádios ainda hoje em actividade: A Fundação e a Santiago surgida de uma cisão na Rádio Guimarães.
Fui dos primeiros colaboradores da Rádio Guimarães, colaborei ( e ainda colaboro tantos anos depois) na Fundação e ao longo dos anos também tive vários espaços de colaboração com a Santiago nomeadamente em programas de índole desportiva e política.
De todas as três, das pessoas que nelas conheci e com quem nelas trabalhei, guardo as melhores recordações.
A rádio é um "bichinho" que cria tal habituação que acredito que nunca me livrarei dele.
Nem quero!
"Je suis Rádios Locais".
Depois Falamos

sábado, fevereiro 14, 2015

O Nosso 14

Este intróito vale para todas as apreciações que  faça aos jogos do Vitória até final da presente época pelo que não voltarei a repeti-lo.
E nele tenho de dizer, em coerência com o que tenho escrito no ultimo mês e meio, que a reabertura do mercado significou um claro enfraquecimento qualitativo da equipa do Vitória cujas consequências só mais para diante será possível conhecer.
Transformou-se uma equipa claramente candidata ao terceiro lugar numa equipa que provavelmente terá de defender o quinto, com unhas e dentes, para não ficar arredada da Europa na próxima época.
Se é verdade que contratando á dúzia se derem mais opções(?) ao treinador é igualmente verdade que dessas opções(?) se aproveita um (Valente) porque todos os outros, sem excepção, são inferiores aos que já cá tínhamos mesmo depois da "sangria" verificada.
Ou seja mais jogadores e pior plantel!
Saíram titulares indiscutiveis como Hernâni, Traoré e Defendi (até se lesionar em Outubro), jogadores que tinham claramente lugar neste plantel (então agora...) como Crivellaro, Barrientos e Amorim e os que entraram não os substituem nem de perto nem de longe.
Já só se engana quem quiser enganar-se.
Quanto ao jogo de ontem as exibições individuais:
Assis: Mais uma bela exibição transmitindo segurança e alardeando classe. Sem culpas no golo ainda evitou outros quer com defesas de difícil execução quer saindo primorosamente da baliza para jogando com os pés efectuar cortes preciosos. Ele e Douglas formam uma das melhores duplas de guarda redes da Liga. Tivessem outros sectores da equipa esta qualidade.
Bruno Gaspar: O Porto tem os melhores extremos do nosso campeonato, Agora reforçados com Hernâni.Por isso qualquer lateral tem vida difícil perante a equipa portista. Ganhou e perdeu lances mas em termos ofensivos,uma das suas melhores caracteristicas, pouco se viu. Compreende-se.
Josué: "Capitão", por ausência de André, "vestiu" bem a pele e foi sempre dos mais inconformados procurando sacudir a pressão do Porto no primeiro período. Partilha com João Afonso a responsabilidade nalguns lances perigosos no coração da área.
João Afonso: "Tremeu" em algumas jogadas face à qualidade de jogadores como Jackson, Quaresma e Oliver o que o levou a lances que nele são pouco habituais. Parece num momento menos bom.
Breno:O mesmo que se disse em relação a Bruno Gaspar. Com a agravante de ter menos experiência o que se traduziu em maiores dificuldades face a Quaresma, Danilo e o outros que lhe apareceram.
Bouba:Ainda longe da forma que patenteava antes da lesão. Jogo muito discreto. Bem substituído.
Cafu: Formou com Assis a dupla de melhores jogadores vitorianos. Uma exibição cheia de "alma", de garra sem se intimidar pelo adversário (bem pelo contrário...) ou pelo ambiente. Na primeira parte fez o unico remate vitoriano desse período. A camisola 26, outrora de Flávio Meireles, assenta-lhe que nem uma luva. Tal como o ex capitão e actual director joga com amor ao clube.
Bernard: Parece em subida de forma. Na primeira parte não se viu, como quase todos, mas na segunda já teve jogadas ao seu nível vendo-se alvo de sucessivas faltas para o travarem. E como esta equipa precisa de um "grande" Bernard depois da sangria de que foi alvo.
Sami: Sempre respeito, e respeitarei, todos aqueles que vestem a nossa camisola independentemente da sua qualidade futebolistica. Mas durante o tempo que esteve em campo (que é bem diferente de estar em jogo !) confesso que me interroguei sobre se o seu nome não devia ser...Sumi! É que ninguém o viu.
Alvez: O mais inconformado dos avançados vitorianos fartou-se de lutar com os centrais do Porto e ainda teve tempo para ajudar em lances defensivos. Num deles de forma providencial. A rematar é que não teve grande hipóteses. Apenas um remate sem grandes problema para Fabiano.
Alex: Todos os treinadores gostam de jogadores assim, Bons tecnicamente, disciplinados tacticamente e capazes de fazerem vários lugares. Não teve grandes oportunidades para brilhar ofensivamente mas a defender foi um bom apoio para os laterais.
Gui: Primeira opção de Rui Vitória voltou a provar que ainda está "verde" para estas andanças. Teve, no tempo de descontos, a melhor oportunidade do Vitória em todo o jogo mas passou a bola ao guarda redes!
Zitouni: Percebeu-se a intenção. Melhorar a posse e circulação de bola. E teve algum efeito porque com ele em campo o Vitória equilibrou as operações a meio campo. É um jovem talentoso que tem feito por merecer as oportunidades.
Tomané: Entrou com 82 minutos de atraso e pouco tempo teve para participar no jogo. É difícil de perceber como fica no banco para Sami ser titular ou Gui primeira opção.
Douglas, Moreno, Otávio e Valente não foram utilizados.
Da equipa que começou a época, por razões várias,restavam no onze titular no "dragão"   Cafu, Bernard e Alex.
Não há milagres!
Por muito que este ou aquele nos queiram convencer que depois de Janeiro temos chuva no nabal e sol na eira!
Depois Falamos.

sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Triunfo Justo.

Se os jogos só tivessem meia parte, neste caso a segunda, o Vitória podia ter regressado a Guimarães com um ponto e razoavelmente satisfeito com a exibição produzida.
Mas tem duas.
E na primeira o Vitória pura e simplesmente não existiu!
Uma exibição difícil de comentar tão pobre foi, jogando um futebol de equipa "pequena, e conseguindo em 45 minutos rematar uma vez (Cafu) e por alto à baliza de um Porto que por seu turno marcou um golo, falhou mais dois e viu Assis negar-lhes outros tantos.
Chegou a ser preocupante a forma como o meio campo vitoriano não conseguia pegar na bola, trocá-la e organizar jogadas de ataque com um mínimo de consistência.
A ausência de André explica alguma coisa mas está muito longe de explicar tudo.
O intervalo marcou a diferença radical entre ambas as partes.
O Vitória apareceu com outra atitude, outra agressividade em busca da bola, e nos três primeiros minutos da segunda parte atacou mais do que em todos os 45 minutos iniciais.
E embora o sinal mais fosse sempre do Porto o jogo foi muito mais equilibrado e o Vitória também teve as suas oportunidades embora não tivesse conseguido convertê-las e apanhasse dois ou três sustos que a brilhante exibição de Assis impediu que se transformassem em algo de pior.
Na hora de mexer na equipa constatou-se que a "manta" está cada vez mais curta depois de uma reabertura de mercado em que a equipa ficou claramente mais fraca, ao contrário do que alguns discursos oficiais querem fazer crer, e por isso as substituições operadas (Tomané entrou tardíssimo)nada contribuíram  para a melhoria da produtividade da equipa.
Pelo que se pode considerar que o triunfo do Porto foi justo em especial pela primeira parte em que foi a unica equipa a jogar futebol.
Das exibições individuais falar-se-á noutra publicação mas não posso deixar de salientar a excelência da exibição de Assis.
Anda pelas redes sociais alguma gente que lhe devia pedir desculpa do que sobre ele escreveram.
Quanto ao árbitro creio ter cometido apenas um erro assinalável ao marcar falta por um suposto atraso de Josué para Assis que este recolheu com as mãos.
Não sendo sequer certo que Josué tenha sido o ultimo a tocar na bola se o foi não houve intencionalidade.
No resto nada de especial a apontar-lhe registando-se que disciplinarmente teve um critério igual para as duas equipas.
Depois Falamos

Memórias com o FCP

A propósito do jogo de hoje vem-me à memória jogos passados, com este adversário, e que marcaram de alguma forma a minha trajectória enquanto vitoriano.
Desde logo porque foi contra o Porto que vi o meu primeiro jogo do Vitória.
Ainda na Amorosa, na bancada retratada na fotografia, com o deslumbramento próprio de um miúdo de cinco anos que ia pela primeira vez ao futebol.
Depois outras memórias com o mesmo adversário.
Como a daquele jogo de 1971, ultima jornada do campeonato, em que o Vitória foi ás Antas a precisar de pontuar para não descer de divisão.
90 minutos de intensa aflição mas o 0-0 final foi um alívio para os muitos vitorianos presentes com a manutenção assegurada.
Em 1975 dois jogos inesqueciveis para a Taça de Portugal.
Com as Antas e o Municipal interditados disciplinarmente houve que procurar outro local para o jogo.
Foi escolhida a Póvoa de Varzim e o estádio poveiro terá registado das suas maiores lotações de sempre tantos os vitorianos e portistas que lá acorreram.
Um jogo espectacular que terminou com um 3-3, depois de constantes alternâncias no marcador, que remeteu a decisão para um jogo de desempate, no 1º de Maio em Braga.
Aí depois de um jogo com muitos golos, mas  longe da espectacularidade do anterior, em que o Porto chegou a 3-0 e o Vitória conseguiu ainda chegar ao 2-3, consumar-se-ia o apuramento dos portistas.
No ano seguinte em duas semanas dois jogos em Guimarães.
Primeiro para o campeonato que terminou com o triunfo vitoriano por 2-1.
O Porto não gostou, reagiu com alguma sobranceria, e prometeu desforra para oito dias depois em jogo para os 1/4 final da Taça.
Estádio a abarrotar e novo triunfo do Vitória por 2-1!
Rumo a uma final disputada nas...Antas e dada pelo famigerado Garrido ao Boavista.
E por falar em Taça como não recordar a final de 1988, perdida com o Porto, num estádio do Jamor longe de estar cheio e com um Vitória a concluir uma época cheia de desilusões e problemas.
Um 0-1 que saldou um jogo pouco interessante e em que o Vitória podia ter feito melhor perante um adversário que era campeão europeu em titulo.
Um salto até 1996 e uma visita ás Antas na segunda volta do campeonato.
Ambiente de grande tensão, depois de na primeira volta terem ocorrido incidentes que correram mundo com a claque do Porto a invadir o relvado antes do jogo e a ser dele expulsa pelas claques do Vitória, e portanto natural contenção dos adeptos vitorianos.
Vi o jogo no alto da arquibancada das Antas rodeado, pensava eu, por portistas dado que na entrada das equipas não se tinha ouvido em todo o estádio qualquer aplauso ao Vitória antes pelo contrário.
Os próprios portistas conversando entre eles gozavam com o facto de os vitorianos terem tido medo de irem ás Antas depois do acontecido no jogo da primeira volta.
Com alguns minutos decorridos chegaram as claques do Vitória, sob rigorosas medidas de segurança, e debaixo de uma vaia atroadora dos adeptos da casa.
O Porto adiantou-se no marcador mas passados poucos minutos o Vitória empatou num penalti convertido por Edinho.
E foi então que se ouviu um clamor de "gooolo" vindo de vários sectores do estádio, perante grande irritação dos portistas,que provou que embora "à paisana"havia muitos vitorianos espalhados pelas bancadas.
O Vitória acabaria por vencer por 3-2, com golos de Ricardo Lopes e Zahovic, e na altura do terceiro golo "descobri" que na própria arquibancada havia muitos adeptos tais as manifestações de júbilo então já irreprimiveis. 
A ultima memória de hoje vai para a final da Taça de 2011.
E aquela terrível derrota por 6-2 que fez milhares de vitorianos saírem do Jamor, muitos antes do fim do jogo, acabrunhados por uma derrota por números impensáveis e inaceitáveis.
Mal sabíamos que dois anos depois voltaríamos para a mais bela tarde vitoriana de sempre!
Memórias de alguns dos muitos jogos que vi entre Vitória e Porto disputados, nestes casos, em Guimarães, Porto, Braga, Póvoa de Varzim e Oeiras.
Espero que o de hoje entre para as boas memórias destes confrontos entre os dois clubes.
Depois Falamos

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

A Narrativa

Pelos vistos não é só na Síria e no norte do Iraque que existem "combatentes" do auto denominado "estado islâmico" dispostos a levar a Jihad a todo o lado e levarem à frente da Jihad todos os que se lhe oponham.
Numa pacata terra portuguesa chamada Guimarães, e em torno do seu clube mais representativo, há também alguns "jihadistas" cujo furor persecutório em relação aos que com eles não partilham a fé cega em relação à SAD do Vitória pede meças ao radicalismo dos verdadeiros islamistas.
E se lá usam o Corão como justificação para tudo por cá a narrativa, que serve de libelo acusatório contra os que ousam discordar disto ou daquilo, assume outros contornos.
E manifesta-se abundantemente em comentários em blogues (especialmente daqueles que eles consideram inimigos) , em comentários nas páginas de facebook ou na participação em fóruns diversos em que há sempre pelo menos um (ás vezes mais) "Jihadista" de serviço ao que os "hereges" vão escrevendo num acompanhamento verdadeiramente profissional.
A argumentação desses servos da "fé" assenta essencialmente em quatro pontos.
1) O "Jihadista" de serviço começa por esclarecer que não votou nesta direcção. Há que mostrar independência!
2) Mas o "Jihadista" vê-se  "obrigado" a reconhecer que fizeram um excelente trabalho. Essencialmente porque ganharam a taça de Portugal em futebol e diminuíram o passivo. E isso justifica a "conversão" do outrora ateu.
3) Por isso o "Jihadista"considera que quem ousa criticar apenas está a destabilizar e a contribuir para fortalecer os inimigos da "fé". Se tem ou não razão isso é questão menor...
4) Finalmente o "Jihadista" não resiste ao que ele (pobre diabo)acha a provocação suprema. Quem critica tem de se candidatar ás eleições como forma de expiar os seus "pecados". 
E di-lo com a arrogância néscia de quem nunca se candidatou a coisa alguma, no âmbito do objecto da "fé", pela simples razão de que nunca ninguém o convidou para nada dada a sua irrelevância.
Manda a verdade que se diga que os "Jihadistas" em causa não são muitos nem incomodam mais que o zumbido de uma melga em noite de Verão.
São meia dúzia feitos à imagem e semelhança daqueles para quem escrevem e que gostam de os ler.
Por mim podem continuar.
Eu também continuarei.
Escrevendo e opinando sobre o Vitória como faço à mais de 30 anos.
Criticando quando entender criticar e elogiando quando os elogios forem merecidos.
Dando ideias e sugestões para um Vitória maior e melhor.
Como clube, no futebol e nas modalidades.
Mais forte, mais ganhador,mais respeitado.
Depois Falamos

P.S. Hoje o JN noticia que a anterior equipa médica do Vitória pede 500.000€ de indemnização ao clube.
O Guimarães Digital noticia que Defendi pode estar de saída para a China precisamente pelo mesmo valor.
E o Record noticia que a FIFA condenou o Vitória a pagar 450.000€ de multa ao anterior clube de Maazou.
Coitados dos "Jihadistas que devem estar indecisos sobre o alvo da próxima "Fatwa". 
Aos jornais ou ao autor do blogue em que se fala do assunto?
Nem vale a pena apostar qual será a opção deles...

terça-feira, fevereiro 10, 2015

Empréstimos por Empréstimo...

Sou, como é sabido, completamente contra o Vitória receber jogadores emprestados por outros clubes com os quais disputa provas.
Por várias razões mas essencialmente porque é andar a trabalhar para os outros salvo se houver uma opção de compra por valores razoáveis.
E por isso encaro com o maior cepticismo este empréstimo de três jogadores do Porto, por um período de quatro meses, que do meu ponto de vista nada vem acrescentar em termos qualitativos a um plantel onde o clube tem jogadores claramente superiores aos agora recém chegados.
Temo, até, que a chegada a uma terça e imediata utilização na quarta e domingo seguintes na equipa A tenha gerado um sentimento de profunda frustração em jovens da equipa B que não só não ficam a dever nada aos emprestados como ainda asseguram à equipa em que jogam uma classificação melhor que aquele que ocupa a equipa de onde eles vieram.
Mas é apenas a minha opinião de adepto.
A outros cabe decidir.
E a decisão passou por em Janeiro serem contratados doze jogadores (com pelo menos seis dos quais emprestados)dos quais três oriundos do FCP.
E aqui cabe dizer o seguinte.
O FCP levou Hernâni por um preço desconhecido mas seguramente muito em conta ao que se sabe.
E se realmente tivesse a mínima intenção de ser útil ao Vitória, mesmo impondo empréstimo de jogadores, então que nos emprestasse um que realmente viesse trazer valor acrescentado à equipa.
E esse um teria de ser o Ricardo.
Cujo empréstimo traria à equipa mais do que vai trazer o lote de três.
Porque é um excelente jogador, porque é "da casa"e se integraria sem qualquer problema ou atrito, porque substituiria bem Hernâni e porque qualquer adepto (mesmo os que como eu são radicalmente contra empréstimos) o acolheria de braços abertos face a tudo que já deu ao nosso clube.
E UM jogador, especialmente o Ricardo, ainda se aceitaria.
Agora três é que não.
Mas o FCP, como sempre, apenas se preocupou com o seu interesse e quis lá saber do interesse do Vitória e dos objectivos que o clube tem.
Goste-se ou não é legítimo que procedam assim.
Já o fizeram um ano atrás com Abdoulaye.
Como legítimo seria o Vitória ter dito que não e recusar fazer negócio com essas imposições.
Lá saberão , aqueles que decidem na nossa SAD, porque aceitaram as condições em que o negócio foi feito e não lhes nego a legitimidade que tem para isso.
Eu como adepto não gostei.
E acho que o rendimento da equipa vai reflectir isso.
Depois Falamos.

P.S: Em boa verdade o Porto também lucraria com o empréstimo de Ricardo.
Impediria que Lopetegui o continuasse a "estragar" com a teimosia de querer fazer de um excelente extremo um lateral como os outros.
Mas isso são contas de outro "rosário".
E com esse podemos nós bem.