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domingo, agosto 31, 2014

Convincente

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos
O melhor elogio que se pode fazer aos comandados de Rui Vitória, no jogo frente ao Belenenses, é que tendo jogado quase 70 minutos em inferioridade numérica..não se deu por isso.
Na verdade o Vitória fez no Restelo mais uma exibição convincente.
Uma equipa sólida e dinâmica, jogadores com grande disponibilidade física e mental, um fio de jogo e uma atitude em campo que correspondem plenamente à responsabilidade de vestir aquela camisola tão especial.
Não vou entrar em comparações, até pela injustiça de que se poderiam revestir, com anteriores equipas lideradas por Rui Vitória mas não posso deixar de dizer que esta é provavelmente a que joga melhor futebol.
Porque joga para a frente, com os olhos na baliza adversária, com ambição e alegria postas ao serviço do colectivo.
Três jogos, três triunfos(dois fora de casa), nove golos marcados e apenas um sofrido são números inequívocos comprovando a valia da equipa e a postura com que entrou na Liga 2014/2015.
Com todo o respeito por Gil Vicente e Penafiel ontem era o jogo mais difícil até ao momento.
E o Vitória passou o teste com absoluto mérito reforçado pela enorme contrariedade que foi a injusta expulsão de Plange ainda a primeira parte ia a meio.
A equipa reagiu com dois golos e uma serenidade no controle do jogo admirável numa equipa tão jovem e ainda em fase de construção.
E com o detalhe, francamente agradável e que no passado era motivo de algumas criticas, de se comprovar no Restelo o que já se tinha visto em Barcelos e no jogo em Guimarães:
Há um aturado, e bem feito, trabalho de laboratório nos lances de bola parada.
Que tem dado excelentes resultados.
Destaques?
Terceiro jogo consecutivo a marcar três golos.
Três golos marcados por jogadores portugueses.
Uma exibição magistral de André André que soube "herdar" a braçadeira de capitão do lesionado Moreno e liderar a equipa rumo a um triunfo totalmente justo.
Bela resposta de João Afonso estreando-se como titular e "dizendo" a Rui Vitória que pode contar com ele.
Comprovação no acerto de fazer regressar Defendi tal a segurança que dá aos processos defensivos.
Erro grave do jovem árbitro Fábio Veríssimo na expulsão de Plange (amarelo sim vermelho nunca) numa exibição globalmente positiva e equilibrada.
E, finalmente, um monumental atestado de estupidez passado por André e Tomané a Paulo Bento e por Cafu a Rui Jorge.
Se estes três jogadores não cabem nas selecções é porque as selecções estão mal dirigidas.
O que nem é novidade.
Depois Falamos

sexta-feira, agosto 29, 2014

Ridicula!

O ocupante do lugar de seleccionador nacional revelou hoje a convocatória para o jogo com a Albânia que dá inicio á fase de apuramento para o Europeu de 2016.
E numa única coisa estou de acordo.
Fez bem em não convocar Cristiano Ronaldo poupando-o da vergonha de jogar "nesta" selecção.
Como ainda ontem ouvi CR7 a dizer que está totalmente recuperado,e na melhor forma num prazo de uma semana, só pode ser mesmo para não o fazer cair no ridículo.
O resto...é mais um episódio na saga da incompetência consentida (pela FPF) que marca o trajecto deste "seleccionador".
Que , felizmente para ele, não tem de dar satisfações a ninguém e por isso pode seleccionar ao sabor dos interesses e não do mérito dos jogadores.
Vamos a nomes.
Ruben Vezo ? Porquê?
Paulo Oliveira fez duas grandes épocas no Vitória e nunca teve a honra de uma chamada para um jogo particular que fosse.
Pedro Tiba?
No Setúbal fez uma época interessante mas daí a ser seleccionável ia uma certa distância não fora já ter feito dois jogos por uma das "plataformas logísticas" de Jorge Mendes.
Bruma?
Depois de uma época quase parado por lesão que fez agora para merecer?
Ricardo Horta? Quem? Fez umas "graças" em Setúbal, foi para Málaga e é chamado sem ter provado nada .
Ivan Cavaleiro? Outro que joga numa "plataforma logística" e só isso pode justificar a chamada.
O resto?
Além do protegido André Almeida, um jogador banalissimo que nem no clube é titular, lembrou-se agora de Adrien e Antunes e continua esquecido de Danny o que já nem admira.
Do Vitória ninguém.
Nem na pré convocatória o que já roça a perseguição a um clube onde jogou e que sempre o tratou bem.
E é preciso dizer claramente que face a estes convocados jogadores como André André, Tomané e Hernâni bem podem sentir-se prejudicados por esta embirração do "seleccionador" em relação ao clube.
Que pese embora nos dois últimos anos ter lançado mais jovens jogadores portugueses do que qualquer outro clube nunca mereceu qualquer atenção do "seleccionador" nem que fosse o dignar-se aparecer no D. Afonso Henriques para assistir a um jogo que fosse.
Por mim já de há muito decidi que não voltarei a ir a um estádio ver a selecção (e no passado era "cliente" assíduo) enquanto o lugar de seleccionador de Portugal continuar usurpado por um sujeito que se não fossem os amigos andava a treinar na II liga se algum clube o quisesse.
Basta!
Depois Falamos

P.S. "Plataformas logísticas" são aqueles clubes que Jorge Mendes usa para transitar jogadores de um lado para outro (nomeadamente da América do Sul para a Europa mas não só...), ao sabor dos interesses que aparecem,e que ás vezes nem a camisola do clube chegam a vestir tal a velocidade a que se processam os negócios.

Liga dos Campeões

O que nos diz, numa primeira análise, o sorteio de ontem da Liga dos Campeões
Globalmente e em relação aos clubes portugueses.
Há uma primeira curiosidade.
O triplo encontro entre ingleses e alemães nos grupos E, F e G.
O facto de apenas no grupo A estarem quatro campeões nacionais enquanto no E estão três.
A curiosidade de Portugal ter três equipas e seis treinadores na fase de grupos.
São grupos que de forma geral tem claros favoritos ao apuramento com duas claras excepções:
O grupo C, para mim o mais equilibrado de todos, e o E considerado o grupo da "morte" tal o potencial das equipas que dele fazem parte.
Previsões ?
No grupo A claramente Atlético de Madrid e Juventus.
No B Real Madrid e Liverpool naquela que me parece a mais fácil previsão.
No C Zenit e Bayer Leverkusen.
No D Arsenal e Borussia Dortmund.
No E (o tal) Bayern e Manchester City
No F Barcelona e PSG
No G Chelsea e  Schalke 04
No H Porto e Atlético de Bilbau.
Curiosamente esta sondagem feita aos leitores do jornal espanhol "Marca" dá quase o mesmo resultado.
Com o Mónaco no lugar do Zénit e o Sporting no lugar do Schalke 04 .
Quanto ás equipas portuguesas não estou especialmente optimista.
O Porto, em condições normais, passará e terá no Atlético de Bilbau o maior adversário.
O Shakhtar, fruto da guerra na Ucrânia, é uma equipa "desfeita" e que terá de jogar bem longe de Donetsk enquanto o Borisov não parece ter gabarito para estas andanças.
O Benfica da época passada passaria com maior ou menor dificuldade.
Mas a equipa deste ano é mais fraca como se tem visto.
E depois tem dois azares.
Nos três adversários dois deles são treinados por técnicos portugueses.
Ou seja o Benfica não tem segredos para André Vilas Boas e Leonardo Jardim.
A que acresce o facto de no Zénit jogarem Garay, Witsel e Javi Garcia que conhecem perfeitamente o clube e ainda Hulk especialista em dar "desgostos" ao SLB.
Tal como no Mónaco jogam Ricardo Carvalho e João Moutinho também eles muito habituados a venceram o clube da Luz.
O calendário também não ajuda.
Começa com o Zénit na Luz  e depois tem dois jogos seguidos fora.
Pode acontecer mas duvido muito que o Benfica se apure.
Quanto ao Sporting, de regresso à Champions, as coisas são claras.
O Chelsea é de outra galáxia  e tudo se decidirá nos dois jogos com o Schalke 04 partindo do principio de que não haverá "baldas" nas duas partidas com o Maribor.
Acontece que mesmo que os leões equilibrem os jogos com os alemães acho estes mais capazes de roubarem pontos aos ingleses e assim decidirem o apuramento a seu favor.
Mesmo assim acho que o SCP tem mais hipóteses do que o vizinho do outro lado da rua.
Mas tem de fazer quatro jogos "perfeitos" e com o Chelsea ser "atrevido".
São previsões.
Nada como deixar a bola rolar.
Depois Falamos

quinta-feira, agosto 28, 2014

A Bactéria

A linguagem do futebol é, já se sabe, muito "sui generis" nos termos que emprega e nas figuras de estilo que vai criando com o decorrer dos anos.
Ainda nos últimos dias entrou em cena mais uma.
A bactéria!
Argumento passado para a comunicação social para justificar o péssimo estado do relvado do estádio D. Afonso Henriques no jogo entre o Vitória e o Penafiel.
Bactéria muito resistente, aliás, porque tanto quanto me lembro é a terceira época consecutiva em que o relvado, outrora dos melhores do país, se apresenta naquele estado impróprio para consumo.
Em 2012/2013, fruto da forma como se encontrava no final da época anterior, teve de ser sujeito a uma intervenção, que se supunha regeneradora e que obrigou a que a equipa B fizesse os seus três primeiros jogos na Póvoa de Varzim.
A verdade é que nunca chegou a ficar bem.
Poder-se-ia pensar que a responsabilidade teria sido de a intervenção não ser a mais adequada mas é claro que a culpa está noutro lado.
Culpa da bactéria está bom de ver.
A época passada, mesmo com a equipa B "desterrada" para o complexo, o relvado no inicio da época estava muito fraco e não houve emenda que lhe valesse ao longo da temporada pese embora nalguns jogos apresentar mais areia do que algumas praias neste verão.
Bactéria de qualidade está-se mesmo a ver.
Este ano, mesmo com a equipa B "desterrada" para Moreira de Cónegos e a adiar jogos, depois de mais de três meses sem futebol encontra-se como a fotografia documenta.
Mais uma vez a bactéria mostra a sua raça!
Fantástica bactéria que demonstra uma resistência inaudita num país de clima temperado e que tem empresas a instalarem relvados nalguns dos melhores clubes do mundo!
A verdade é que o raio de acção da bactéria parece já extravasar o relvado e causar danos colaterais.
Cadeiras sujissimas? A bactéria?
Holofotes fundidos? A bactéria?
Marcador electrónico avariado? A bactéria?
Altifalantes em modo DJ a impedirem que se fale com quem está ao lado? A bactéria?
Aspecto de sujidade por todo o lado? A bactéria?
Casas de banho degradadas e sujas? A bactéria?
Já sei que os fundamentalistas do costume, aqueles que não distinguem a critica fundamentada e construtiva da calúnia e do insulto, se vão indignar todos porque para eles há dogmas no Vitória.
Para mim o único dogma no clube é o próprio clube.
E por isso digo, agora num tom mais sério, que os associados do Vitória que pagam cotas e compram lugares anuais(ou não compram lugares mas pagam bilhete e são tão vitorianos como os outros) tem direito a serem exigentes.
Porque pagam para verem os espectáculos e tem direito a que eles se desenrolem num palco adequado e a assistirem em condições de conforto compatíveis.
E compete a quem dirige responsabilizar-se porque assim seja.
E responsabilizar-se não é atirar culpas para cima da pobre da bactéria...
Depois Falamos

P.S Admito que quem vai ao futebol com convite para a bancada ou até para camarotes com direito a croquete seja menos exigente do que quem paga para assistir.
Não podem é ser exigentes em relação à exigência dos que pagam!

Nani e Quaresma

Nani e Quaresma são dois dos mais talentosos jogadores da sua geração como todos sabemos.
Mas são também dois jogadores cujas carreiras não atingiram até agora  a dimensão que o seu talento fazia prever.
Ambos foram "feitos" nas escolas do Sporting mas depois os seus caminhos seguiram destinos bem diferentes.
Quaresma saiu,talvez demasiado jovem, para o Barcelona onde esteve apenas suma época sem nada de especial a assinalar pelo que regressou a Portugal rumo ao Porto.
E aí sim assinou quatro temporadas de grande qualidade juntando três títulos nacionais(mais taças e supertaças) ao que já tinha ganho em Alvalade e mostrando toda a qualidade do seu futebol.
Depois saiu rumo ao Inter.
Onde ganhou títulos (até uma champions) mas jogando relativamente pouco e longe de ter na equipa a preponderância que tinha no Dragão.
Ainda foi emprestado ao Chelsea(uma Taça de Inglaterra) ,regressou a Milão, e exilou-se na Turquia onde apenas ganhou uma taça em dois anos.
Fez um ano "sabático" no Al Ahli do Dubai antes de regressar ,em Janeiro, ao "seu" clube para tentar relançar a carreira.
Teve,contudo, o azar de apanhar o pior Porto da década e o regresso esteve longe de ser aquilo que ele teria previsto pese embora ter sido dos melhores jogadores numa equipa sem rumo.
Esta época foi promovido a capitão de equipa e despromovido para o banco nos primeiros jogos o que obviamente não lhe terá agradado e fez azedar(ao que parece) a sua relação com Lopetegui.
Acontece que o próprio treinador, deliberadamente ou não, também tem as suas responsabilidades nisso porque aquela ideia do o colocar em campo a dois minutos do fim (em Lille) soou a provocação embora possa ser apenas a forma de o treinador olhar a equipa.
Denota, em qualquer das hipóteses um atraso do treinador na percepção do que é o FCP e de quem é o jogador junto dos adeptos do clube.
Seja como for Quaresma parece ser, hoje, uma bomba de relógio no balneário do Porto.
Nani é um caso diferente mas uma conclusão não muito diversa.
Saiu do Sporting muito jovem e fez sete épocas seguidas no Manchester United onde se é verdade que revelou o seu talento é igualmente verdade que nunca conseguiu uma afirmação plena como titular e jogador fundamental da equipa.
Especialmente nos dois últimos anos em que foi perdendo espaço e se começou a falar insistentemente da sua saída.
Veio agora emprestado para o Sporting.
Recebido como um herói leonino (esquecidas as suas afirmações de há um ano atrás em que rejeitava liminarmente o seu regresso a Portugal por se achar demasiado bom para isso)fez disparar as expectativas e ambições dos adeptos leoninos que ao verem o regresso de um dos "filhos pródigos" passaram a olhar para o clube como um forte candidato ao titulo.
Infelizmente para eles não é nem vai ser.
Porque nem Nani é um jogador para arrastar uma equipa atrás dele (será sempre um excelente lugar tenente mas nunca um comandante) nem o seu inicio foi o melhor com aquele assomo de vedetismo de querer marcar o penalti contra o Arouca em detrimento de Adrien que é o habitual marcador.
E falhou!
E por isso, por razões diferentes de Quaresma no Porto, acho que Nani também corre o risco de se transformar numa bomba relógio em Alvalade.
Menos no balneário e mais nas bancadas e no próprio clube e no espelho de aumento em que Bruno Carvalho gosta de ver a sua equipa.
Depois Falamos

domingo, agosto 24, 2014

Pequenas Notas (*)

                                 
                                 
                                 
                                 
                                 
Fotos: www.vitoriasc.pt / João Santos
 *
O relvado do estádio D. Afonso Henriques está num estado inaceitável.
Uma vergonha para o clube e uma injustiça para a equipa que merece bem melhor tapete para o futebol que está a jogar.
Dizem ,na imprensa, que é uma bactéria.
Será.
Mas é uma bactéria muito resistente porque é o terceiro ano consecutivo que isto acontece.
Em 2012/2013 a equipa B até fez os primeiros jogos na Póvoa devido ao estado do relvado.
O ano passado estava mal no inicio de época e nunca chegou a estar com a qualidade que já teve num passado não muito distante.
Agora este descalabro. Num relvado que teve três meses de "férias" e está agora pior que no fim  da época.
Se os responsáveis pelos relvados, de cima a baixo, não são capazes de resolverem o problema...Mudem-nos.
Não façam é da bactéria o bode expiatório!

**
No jogo com o Penafiel o Vitória utilizou catorze jogadores.
Nove portugueses (Moreno, Cafu,André, Tomané, Alex, Hernâni, João Afonso, Bruno Alves e Caiado) e cinco estrangeiros (Douglas, Defendi, Plange, Traoré e Bernard) numa proporção que nos honra e mostra que o Vitória continua no caminho certo.
Formação e futebolistas portugueses a que acrescem estrangeiros que sejam mais valias.
E Douglas, Defendi e Bernard são claras mais valias enquanto Plange e Traoré estão a ter as oportunidades necessárias a provarem se são ou não.

***
No ultimo jogo oficial do Vitória da época passada, o Vitória B- Benfica de Castelo Branco que garantiu a subida à II liga, participaram oito(!!!) jogadores que fizeram parte da ficha de jogo do Vitória-Penafiel.
Moreno e Tomané(que foram dar um..."pezinho" à equipa B para ajudar à subida) Bernard, Cafu, Alex , Hernâni e Bruno Alves que alinharam pela nossa equipa e João Afonso que jogou pelo adversário.
Que melhor prova do que dever ser uma correcta articulação entre equipa A e B.
É assim que deve ser.

****
Foi com particular satisfação que assisti à estreia de Bruno Alves pela equipa A.
Uma oportunidade que merecia há muito tempo e a certeza de que é mais um produto das nossas escolas que está perfeitamente à altura dos desafios que Rui Vitória entenda colocar-lhe.
Digo e repito, com algum conhecimento de causa, que Bruno Alves é (a par de Douglas) o jogador que nestes dois últimos anos mais jogos fez com um alto nível de rendimento jogando sempre entre o bem e o muito bem.
Espero que esta oportunidade seja apenas a primeira de muitas.

*****
Nem me admiro porque já não vale a pena.
Mas divirto-me a ver o destaque que a imprensa escrita e televisiva dá ao aparecimento de Ruben Neves, ao regresso de Nani ou à décima novela de verão protagonizada por Luisão e que acaba sempre com o espertalhão a ver o ordenado aumentado.
Quando o grande facto futebolistico deste inicio de temporada é um jovem ganês, de nome Bernard, que vem do CNS e brilha a grande altura pelo que joga e pelo que marca ao serviço do Vitória na 1ª liga.
Só em Portugal. Só com esta imprensa!

Depois Falamos

P.S. Uma equipa com tantos portugueses e alguns deles jovens numa fase de fulgurante afirmação (como Hernâni) devia merecer a atenção do seleccionador nacional nem que fosse vendo-a jogar ao vivo.
Mas em boa verdade falar disso e desse é mesmo perder tempo.

sexta-feira, agosto 22, 2014

Bonito!

Segundo jogo, segunda vitória.
Seis golos marcados e um sofrido.
Bonito.
Especialmente porque é uma equipa que joga bom futebol, que gosta de ter a bola,que joga com alegria e os olhos sempre postos na baliza do adversário.
Afinal aquilo que nós adeptos gostamos e valorizamos.
No jogo de hoje, em que Douglas teve uma noite tranquila, o Vitória fez três golos, teve uma bola na trave e outras oportunidades de golo que não se concretizaram umas vezes por demérito nosso e outras por mérito do guarda redes penafidelense como naquela espantosa defesa a remate de João Afonso.
Rui Vitória manteve a equipa inicial de Barcelos, e bem, mas depois com as vicissitudes do jogo estreou mais dois jogadores na primeira equipa.
João Afonso (ainda na primeira parte devido a lesão de Moreno) e Bruno Alves no lugar de Alex e ambos cumpriram em pleno "garantindo" ao seu treinador que tem ali duas soluções perfeitamente merecedoras de confiança.
A eles soma-se a curiosidade, com significado, de o terceiro suplente utilizado (Caiado) também ser português o que atesta bem o papel de relevo do clube na aposta nos futebolistas portugueses e na defesa do futebol nacional.
Numa equipa que esteve bem ao longo de 90 minutos há ,contudo, dois jogadores que merecem destaque:
Bernard e Hernâni.
O jovem médio ganês, de apenas dezanove anos, fez o seu terceiro golo (em Barcelos foi com o pé direito e hoje com o pé esquerdo e a cabeça) e mais uma exibição em que deixou bem vincada a qualidade do seu futebol.
É um talento a despontar e uma bela carreira pela frente em perspectiva.
Hernâni fez mais um esplêndido jogo pondo a cabeça em água à defesa adversária.
Pela direita, pela esquerda, em velocidade ou em dribles fez algumas jogadas de grande qualidade coroadas com as assistências para o segundo golo de Bernard e especialmente pela classe com que pôs a bola na frente de Tomané para o terceiro golo vitoriano.
É um extremo "à antiga", daqueles que vai para cima dos adversários e ganha a linha com facilidade, e certamente que ao longo do campeonato vai marcar vários golos e dar muitos outros a marcar aos colegas.
Há algumas pessoas em Guimarães que devem estar a engolir em seco perante "este" Hernâni tal a descrença que manifestaram em relação a ele no passado.
Em suma continuo a entender que não há razões para euforias mas estou certo que Rui Vitória está a montar uma equipa que nos vai dar muitos momentos de satisfação e algumas alegrias ao longo da época.
Estou a gostar deste Vitória.
Depois Falamos

P.S. Até custa falar de algo tão fraco face a momentos tão bons que a equipa nos está a dar.
Mas aquele relvado é indigno da equipa , do estádio e do clube.
Ao fim de três meses sem futebol era exígivel um tapete em muito melhores condições.

Atenção PSD...

O semanário "Sol" avança hoje com a noticia da disponibilidade de António Guterres para se candidatar à presidência da republica em 2016.
É uma espécie do segredo mais mal guardado da politica portuguesa!
Claro que ainda vai haver uns desmentidos, uns períodos de reflexão, uma análise da situação politico-económica até ao dia, lá para a Primavera de 2015 , em que Guterres anunciará de viva voz a candidatura.
Para mim é evidente que ele será candidato.
E isso é uma boa noticia para o PS e para Portugal.
Para o PS porque depois de meses e meses de enxovalhamento da própria imagem,com a inenarrável campanha interna entre Seguro & Costa, é excelente poder apresentar um candidato com o perfil do ex primeiro ministro.
É a primeira boa noticia para os ocupantes do largo do Rato em muito tempo.
Para Portugal também é bom.
Porque significa que à esquerda vai estar um candidato moderado, europeísta, conhecedor das instância internacionais e da alta politica.
Para além de em termos pessoais ser sério, inteligente e possuidor de uma cultura muito acima da média.
Não fui, obviamente, um apreciador da sua acção global enquanto primeiro ministro mas reconheço-lhe muito mais vocação para PR, precisamente por algumas das razões que não fizeram dele um bom PM (o diálogo...a necessidade de reflectir e voltar a reflectir antes de decidir...), do que para exercer funções executivas.
É um potencial ganhador.
Porque faz quase o pleno do PS  e entra com relativa facilidade noutros eleitorados à direita e até à esquerda.
E essa é uma razão fundamental para o PSD olhar para as presidenciais com redobrada preocupação.
Embora a grande prioridade sejam as legislativas de 2015 o partido tem de fazer opções em matéria presidencial que não prejudiquem o primeiro objectivo mas que tornem passível de ser vencida a eleição presidencial.
E isso significa escolher bem em tempo útil.
Porque "invenções" nessa matéria (como a escolha de Fernando Nobre para presidir ao Parlamento) terão como inevitável resultado uma fragmentação do eleitorado laranja e uma vitória de Guterres logo na primeira volta.
Depois Falamos.

P.S. Para se mais claro: o candidato a apoiar pelo PSD ( e desejavelmente pelo CDS) tem de ser alguém que motive o eleitorado da área do governo e não um factor de desânimo.
Que teria óbvia implicação no próprio resultado das legislativas!

quinta-feira, agosto 21, 2014

Descubra as Semelhanças



Assis e Douglas tem entre eles várias semelhanças.
São brasileiros.
São guarda redes.
Jogam no Vitória.
São óptimos profissionais e excelentes pessoas.
Haverá seguramente outras semelhanças que beneficiam estes dois profissionais vitorianos e que deixo ao cuidado dos leitores descobrirem.
Há, contudo, uma que me parece bem dispensável.
São o que "resta" dos dezoito jogadores que Rui Vitória convocou para a final do Jamor há pouco mais de um ano atrás.
É verdade.
Desses dezoito restam os dois guarda redes.
O "resto" tudo o "vento" levou.
Transferidos, dispensados, contratos não renovados, fim de carreira (Alex) , de tudo aconteceu aos 18 magníficos da mais bela tarde vitoriana.
É uma gestão desportiva de altíssimo risco e que não permite a estabilidade necessária à obtenção de resultados condizentes com as aspirações dos adeptos e as tradições do clube.
Dir-me-ão que há razões fortes para que as coisas sejam assim.
Não vou entrar nessa discussão embora saiba, como é óbvio, que houve alturas em que para salvar os "dedos" foi preciso deixar ir alguns "anéis".
A única coisa que pretendo realçar com esta publicação é que a debandada dos nosso "heróis" do Jamor, mais as saídas de jogadores contratados posteriormente e que nem "aqueceram" os lugares(Maazou, André Santos, Russi) , condicionam brutalmente o trabalho de Rui Vitória que se vê obrigado a construir todos os anos uma equipa nova em vez de consolidar processos de jogo com um plantel mais estável e obter os consequentes resultados.
E isso tem de ser levado em consideração quando se avalia o trabalho do treinador e os resultados da equipa.
Depois Falamos.

P.S. Em tempo: André André também esteve no Jamor e ainda está no clube.
Mas não altera em nada o essencial do que foi escrito.

quarta-feira, agosto 20, 2014

Simbolismo

Esta fotografia retrata o presidente do Estados Unidos, Barak Obama, no decurso de uma visita oficial ao Senegal.
Mais propriamente na deslocação que fez á ilha Goreia e a estas ruínas de um edifício do qual milhões de africanos embarcaram rumo a uma vida de escravatura na América naquela que terá sido uma das mais trágicas migrações forçadas de toda a História da humanidade.
Hoje em tributo a esses milhões de vidas a ilha e a fortaleza de onde partiam os escravos são património da Humanidade.
O que realça o simbolismo brutal desta fotografia.
Porque retrata o longo caminho percorrido entre a expedição de negros para uma vida de escravatura na América e o dia em que um negro regressa a esse local como presidente dos Estados Unidos da América.
Ou seja o homem mais poderoso da Terra.
Depois Falamos

Incompreensível e Inaceitável.

A triste história conta-se em poucas palavras.
O antigo hospital de Cabeceiras de Basto foi transformado a expensas da Misericórdia local numa unidade de cuidados continuados com capacidade para 31 camas e serviços diversos.
Um investimento de dois milhões de euros, parte dele com recurso a financiamento bancário, a que a Misericórdia meteu ombros respondendo a um desafio lançado pela ARS/Norte (ou seja o Estado) em 2006 afim de integrar a unidade num plano de expansão da rede de cuidados continuados.
O edifício está pronto desde 2012!
Há dois anos.
Mas fechado.
Porque a ARS/Norte (ou seja o Estado) continua a não dar luz verde á sua abertura.
Nada o justifica.
Nem as estafadas questões orçamentais nem a discordância do actual governo em relação a planificações feitas pelo anterior governo nesta área.
A unidade está pronta e há utentes a necessitarem dela com uma urgência que não contempla mais atrasos nem querelas politicas sem sentido em volta do assunto.
As pessoas, sim pessoas, que precisam deste tipo de unidade estão numa fase final da sua vida em que um dia é muito tempo e um ano o infinito.
Argumentar que a recente abertura de uma unidade idêntica no antigo hospital de S. Marcos em Braga, com a consequente oferta de camas, torna menos urgente a abertura desta unidade é "brincar" com os idosos de Cabeceiras de Basto e com as suas famílias de quem parece quererem desterrá-los num fase da vida em que os familiares assumem particular importância.
Ou, pior ainda, vir-se dizer que a planificação feita pelo anterior governo nesta área foi errada porque a maioria dos idosos se encontram em Lisboa e no Porto é fazer uma demonstração grosseira e inaceitável de ignorância sobre a  da realidade do país.
Bastará consultar as estatísticas para perceber que a região de Basto tem uma preponderância,em crescendo, de cidadãos idosos face a razões que todos conhecemos e que não vale a pena citar aqui.
Esta é uma questão urgente e de cuja resolução os deputados eleitos pelo distrito de Braga não se podem demitir ou passar ao lado.
Nas ultimas legislativas votei, como sempre, no PSD.
Que elegeu nove deputados neste distrito.
E esses nove deputados tem a obrigação de serem parte activa, empenhada e interessada na resolução imediata deste assunto.
Depois Falamos

P.S. Resta acrescentar, como se já fosse pouco, que a recusa de abertura da Unidade põe em causa a sustentabilidade financeira (por causa dos encargos do empréstimo) da Misericórdia de Cabeceiras de Basto e consequentemente os valiosos serviços que presta à comunidade.

segunda-feira, agosto 18, 2014

Filho ou PPR?

O futebol e a modalidade desportiva mais popular em todo o mundo.
Praticado por milhões e seguido por milhares de milhões ele é fonte de atracção para imensas crianças que desde a mais tenra idade se habituam a ouvir falar de futebol, de clubes e dos principais jogadores que nos seus sonhos infantis esperam poder imitar um dia.
Mas o futebol é também negócio.
De milhões.
E perigoso se não for bem gerido nas expectativas que gera nas crianças, mas também nos pais e famílias.
Hoje, para além da formação desde sempre existente nos clubes,proliferam as "escolinhas" de jogadores onde as crianças praticam desporto e simultâneamente aprendem os princípios básicos do futebol que mais tarde lhes poderão servir(ou não) para darem outros passos na modalidade.
No futebol, a partir dos seis anos de idade (ás vezes menos), não há problemas de oferta para quem o julgue poder ter como opção de vida futura.
De forma clara ou mais ou menos oculta existe toda uma "industria" vocacionada para alimentar sonhos de crianças (e expectativas dos pais) no sentido de que um dia poderão ser como o Ronaldo ou o Messi se derem os passos certos nesse sentido.
E se o facto de as crianças acreditarem nisso não é particularmente grave porque ter sonhos faz parte da infância muito pior é existirem pais que entranham essa convicção e depois, em nome dela, se tornam os piores "carrascos" da infância e adolescência dos seus filhos.
Porque muitas vezes, e muito mais que as próprias crianças, se convencem que os filhos vão ser grandes jogadores e ganharem muito dinheiro que proporcionará a toda a família um futuro abastado e sem preocupações.
Um PPR (Plano Poupança Reforma) em forma de bola de futebol.
E em nome disso exigem aos filhos, pressionam os seus treinadores, chateiam os dirigentes dos clubes e das "escolinhas" quando eles não conseguem ver o "Ronaldo" que tem pela frente.
É um problema que não cessa de crescer.
O dos pais, virados empresários de jogadores, que não cessam de negar uma infância e uma juventude normal aos seus filhos em nome de um sonho que na esmagadora maioria dos casos não terá nunca pernas para andar e corre o sério risco de acabar em pesadelo.
Porque "Ronaldos" e "Messis" há dois, depois existem um dezena de jogadores excepcionais, umas dezenas de jogadores muito bons e umas centenas de bons jogadores.
A partir daí é a banalidade.
No talento e no salário.
E para chegar a esse patamar, mesmo o das centenas, há centenas(mas de milhares) que o tentam mas não conseguem nunca.
Acho que toda a gente, mas muito especialmente os que sabem o que é o futebol, lúcida e sensata tem a obrigação de fazer uma pedagogia insistente em volta deste tema.
Um filho não é um PPR.
E o talento para ser um jogador de eleição não se compra nem faz.
Pode aperfeiçoar-se,é verdade, mas nasce com os predestinados para isso.
Deixemos as crianças serem crianças, preocupemos-nos em lhes dar a educação e o ensino que serão as suas ferramentas fundamentais para enfrentarem a Vida, e aqueles que tiverem de ser futebolistas profissionais que o sejam quando já tiverem essas ferramentas asseguradas.
Já todos conhecemos demasiadas desgraças em torno de sonhos insensatos e ambições desmedidas.
Depois Falamos.

domingo, agosto 17, 2014

Bela Estreia

Fotos: www.vitoriasc.pt / João Santos

O Vitória entrou com o pé direito na liga 2014/2015.
Numa deslocação a Barcelos, onde não vencia há dez anos, e privado de um apoio muito maior dos seus adeptos por uma daquelas "Fiuzices" em que o nosso futebol é fértil a equipa vitoriana deu uma resposta à altura e conseguiu um triunfo justo e categórico.
Alinhando com seis portugueses num onze inicial (e um trio atacante totalmente nacional composto por Alex-Tomané-Hernâni) do qual faziam parte vários jogadores que na temporada passada alinharam quase sempre pela equipa B( Cafu-Bernard-Hernâni-Alex) o Vitória mandou no jogo e procurou sempre a baliza adversária com uma determinação que importa realçar.
Fez três golos em jogadas de bola corrida, podia ter feito mais, e foi sempre superior a um adversário que vai ter de melhorar muito caso não queira na próxima época jogar com a nossa equipa B.
Em termos individuais há nomes a salientar.
Hernâni que fez dois golos e mostrou ter potencial suficiente para se fixar como titular e ser um dos bons extremos da Liga.
Defendi num regresso que trouxe serenidade , confiança e qualidade ao sector defensivo.
E Bernard.
Que sigo com particular atenção desde os juniores ,vi o ano passado fazer grandes exibições (e golos) pela equipa B ,e assumiu a titularidade da A com o à vontade dos predestinados.
Tem 19 anos,e muito trabalho pela frente , mas uma qualidade que não engana e fará dele um jogador de elite se continuar a evoluir como o tem feito nestes últimos anos.
Comparo-o a outro africano que durante dez anos nos encantou a todos pela qualidade e regularidade das suas exibições.
N'Dinga.
Ainda hoje o jogador que disputou mais jogos de campeonato pelo Vitória.
Pois Bernard pode ser o N'Dinga do século 21.
Tem tudo para isso.
Não se pode é exigir-lhe tudo de uma vez.
Foram,para mim, os maiores destaques numa equipa que esteve globalmente muito  bem.
Na exibição e na atitude.
Depois Falamos.

P.S. Começar com um triunfo categórico é bom mas não dá para embandeirar em arco e muito menos para euforias absolutamente prematuras.
Porque foi o primeiro de 34 jogos e o adversário,em boa verdade,é fraquinho.

sexta-feira, agosto 15, 2014

Liga 2014/2015

Começa hoje o principal campeonato do futebol português.
Num palco clássico e com um jogo que promete ser interessante entre Porto e Marítimo.
Mas é uma liga que arranca cheia de interrogações.
A começar pela própria LPFP sem direcção eleita, com processos em tribunal, sem patrocinadores para as provas e sem qualquer credibilidade no actual momento.
Mas também interrogações, e muitas, sobre a forma como a crise no BES vai afectar o futebol português e em especial os clubes altamente devedores desse banco agora que previsivelmente vão ser chamados a pagarem o que devem e não a substituírem créditos por novos créditos como vinha sucedendo.
Um parêntesis para dizer que hoje vi uma entrevista do presidente do Benfica dizendo,muito satisfeito e orgulhoso, que o clube não será afectado pelo BES porque tem cumprido as suas obrigações e é um bom cliente dado nos últimos dez anos ter pago a esse banco mais de 200 milhões de euros (quarenta milhões de contos!!!) só em juros.
Há gestões que não entendo mesmo. Quarenta milhões de contos em juros...
Voltando ao início da Liga que é o tema deste post.
Em Portugal, como noutros países, há a péssima regra de o mercado só fechar a 31 de Agosto em vez de, como seria lógico, fechar com o inicio do campeonato o que permitiria definir desde logo o plantel de cada concorrente sem o risco de sofrerem alterações com o campeonato já iniciado.
Assim nos próximos quinze dias ainda vamos ter muitas movimentações o que impede que se tenha,desde já, uma visão clara do potencial de cada equipa e daquilo a que pode aspirar.
Mesmo assim não será arriscado prever que o Porto é o principal candidato ao titulo face à valia do seu plantel e que Benfica (com um plantel enfraquecido em relação à temporada finda mas claro que a crise do BES nada tem a ver com isso)e Sporting serão os seus principais oponentes como quase sempre.
Depois...os do costume também.
Vitória, Braga, Marítimo, Nacional, Estoril(?) disputarão os lugares europeus e os restantes jogarão para não descer.
Dificilmente será diferente deste o panorama da Liga 2014/2015.
Depois Falamos

quarta-feira, agosto 13, 2014

Um Galinheiro Vazio

Barcelos tem sido ao longo dos anos (quando o Gil Vicente está na 1ª liga o que nem sempre acontece...)palco tradicional de grandes deslocações de adeptos vitorianos.
Mesmo quando o clube local jogava no autêntico galinheiro que era o estádio "Adelino Ribeiro Novo".
Entretanto mudaram de galinheiro.
E tem de há anos a esta parte um estádio bonito e funcional ( "Cidade de Barcelos"), onde se vê relativamente bem futebol, e por isso o acompanhamento de vitorianos aos jogos em Barcelos até terá aumentado.
É perto, é um clube com quem o Vitória mantém um bom relacionamento,que quase não tem adeptos porque os barcelenses dividem-se entre Porto e Benfica ( e alguns por um clube cujo nome nem vale a pena dizer)e por isso o Gil Vicente- Vitória do próximo sábado prometia ser jogo de casa cheia.
1ª jornada, natural expectativa dos adeptos em verem as equipas, tempo de férias, muitos emigrantes que teriam a possibilidade de ver o Vitória antes do regresso ao trabalho, muitos vimaranenses nas praias entre Vila do Conde e Esposende.
Pareciam estar reunidas todas as condições para o futebol ter algo que lhe é essencial:
Público.
Mas há Fiuzas no futebol.
E o presidente do Gil Vicente, bem conhecido por algumas "xico espertices" que tem protagonizado ( de que eleição de Mário Figueiredo para a Liga foi a pior de todas), resolveu entrar em cena com mais uma das suas habilidades.
Talvez por estar habituado ao galinheiro onde jogam e aos galo que tem no emblema achou que os adeptos do Vitória são a "galinha dos ovos de ouro" à custa dos quais ia encher os cofres e toca a pôr os bilhetes a um preço que não faz sentido nos tempos que correm.
Ainda para mais com o jogo a ser televisionado.
Enganou-se
Porque se eles são galos nós não somos galinhas.
E por isso vai ter o estádio vazio (o que nem o admirará muito porque é o mais normal) mas vai ter os vitorianos à porta a apoiarem a equipa da parte de fora e a protestarem contra o estado a que chegou o futebol português.
Há adeptos, e nesse aspecto os vitorianos e as claques do clube já deram sobejas provas disso, que são muito melhores do que o futebol em que infelizmente o seu clube tem de competir.
E sábado vamos prová-lo mais uma vez.
Depois Falamos.

P.S. Ficaria satisfeito se soubesse que o Vitória nem sequer levantou os convites destinados aos seus orgãos sociais.
Não devem ser só os adeptos a indignar-se, e a reagirem, contra os atropelos que nos são feitos.

2015 - Os Círculos Eleitorais

A extensa, complexa e desactualizada Constituição da Republica Portuguesa que para alguns devia funcionar para a nossa democracia como o Alcorão para os muçulmanos tem perdida lá pelo meio uma disposição aprovada em 1976 mas que certamente por falta de tempo de todos os Parlamentos desde então eleitos nunca foi cumprida.
A que institui as regiões administrativas.
Criadas, e bem, para Madeira e Açores mas sucessivamente adiadas, e mal, para o resto do país.
E é curioso como todos os juízes que passaram pelo palácio Ratton nunca se tenham lembrado de exigir aos sucessivos governos e maiorias parlamentares que dessem andamento ao que a Constituição preconiza.
Eufemisticamente os governos, todos sem excepção, preferem adiar a regionalização constitucional substituindo-a por aquilo a que chamam descentralização administrativa e que nunca ninguém soube exactamente o que era, de onde vinha e para onde ia!
Bastará lembrar a instituição em 2002/2003 das áreas metropolitanas e das áreas inter-municipais para se perceber na plenitude onde quero chegar.
Adiar, maquilhar, deixar estar.
Num post anterior defendi a criação dos círculos uninominais como forma de restaurar o prestigio do Parlamento junto dos cidadãos e um incentivo à maior participação dos mesmos nos actos eleitorais.
Naturalmente que essa alteração do sistema pressupõe o fim dos actuais círculos eleitorais, de raiz distrital, e a sua reformulação para a divisão do país em 230 círculos uninominais a eleger cada um o seu deputado.
O que naturalmente obrigaria ao agrupar de concelhos mais pequenos num circulo eleitoral com interesses e afinidades comuns( o que pressupõe em muitos casos a junção de concelhos pertencentes a diferentes distritos) para poderem eleger um deputado enquanto concelhos maiores teriam mais que um deputado como é óbvio.
Digamos que em função dos inscritos nas ultimas legislativas (9.429.024), e a sua divisão por 230 eleitos, faria que cada circulo eleitoral tivesse um mínimo 40.995 eleitores inscritos para a eleição do seu respectivo deputado.
Uma substancial melhoria em relação à actualidade em termos de identificação entre eleitos e eleitores e avaliação do trabalho dos primeiros por parte dos segundos.
E um passo importante, pelo que significa em termos de fim da lógica dos distritos, para a tal instituição das regiões administrativas de que andam todos muito esquecidos ao que parece.
Depois Falamos

terça-feira, agosto 12, 2014

2015 - O Sistema Eleitoral

Na velocidade certa, pese embora alguns "aceleras"que por aí andam, as eleições legislativas de 2015 vão-se perfilando no horizonte do próximo ano com toda a importância de que se revestem.
Este post não é sobre a "banha da cobra" ao serviço de um populismo execrável, que sempre aparece com especial incidência nos períodos pré eleitorais, a que se convencionou chamar redução do número de deputados.
Eu sei que a alguns lideres (e a alguns comentadores políticos...) é um assunto agradável, porque popular na "espuma" de que se reveste, mas é "peditório" para que não dou.
Creio que 230 deputados é um número equilibrado, dentro da média europeia, e por isso a sua redução não só não faz sentido como apenas contribuiria para afastar ainda mais eleitos de eleitores por razões tão fáceis de perceber que nem vale a pena perder tempo com elas.
São do senso comum!
A mim preocupa-me,isso sim, a forma como são eleitos os deputados e a identificação entre eles e quem os elege.
E por isso considero que o actual sistema eleitoral está esgotado, e deixou de fazer sentido, a partir do momento em que a crescente abstenção demonstra um afastamento irreversível (se algo não for feito) de um número cada vez maior de portugueses dos actos eleitorais.
E o que tem de ser feito (houvesse coragem...) é instituir de uma vez por todas os círculos uninominais em que cada cidadão sabe exactamente o deputado em que está a votar e tem por isso a possibilidade de ao longo do mandato acompanhar o seu trabalho no Parlamento e no circulo eleitoral.
Uma verdadeira aproximação entre eleitos e eleitores.
Círculos uninominais para os 230 deputados, bem entendido, e não como alguns defendem um circulo nacional para a "nobreza" partidária acantonada em Lisboa e círculos uninominais para os "plebeus" do pais real.
Uma só eleição e um só sistema eleitoral para todos os eleitos.
Que pode e deve ser acompanhada, isso sim, por um segundo boletim de voto que permita ao eleitor escolher o partido que quer no governo e que pode perfeitamente não ser o partido do deputado em que se vota no circulo respectivo.
Acredito que essas simples reformas contribuiriam muito mais para levar os abstencionistas de volta ás urnas do que discursos grandiloquentes, mas ocos de conteúdo, sobre a "banha da cobra" da redução do número de deputados.
É a minha opinião.
Depois Falamos