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segunda-feira, março 31, 2014

O Silêncio

Defendo, porque acredito, que quem em cada momento está à frente dos destinos do Vitória (e da SAD) tem o direito de escolher as estratégias que acredita melhores para o cumprimento dos objectivos a que se propõe e para os quais recebeu mandato.
Estratégias financeiras, desportivas e de comunicação.
E no final de cada mandato, seja da direcção do clube seja da administração da SAD, serão avaliados por quem de direito.
Sócios e accionistas.
O que não obsta a que cada um de nós, sócio ou accionista ou sócio/accionista,tenha a sua opinião e a vá exprimindo ao sabor dos acontecimentos.
É estratégia actual, definida por quem tem legitimidade para isso, que o Vitória não se pronuncia sobre arbitragens ou outros atropelos de que o clube e as suas equipas sejam alvo por ser entendimento que não é esse o melhor caminho para defender os interesses do clube.
Respeito.
Mas discordo.
Hoje por palavras e ontem por actos.
Não contesto a legitimidade de quem a tem para proceder dessa forma.
Mas não posso deixar de dizer, por ser essa a minha convicção, que essa estratégia não tem resultado minimamente na defesa dos nossos interesses e o Vitória é hoje o clube mais fácil de prejudicar em Portugal e nos vários campeonatos e modalidades que o clube disputa porque quem nos prejudica sabe que o faz impunemente e sem contestação.
Só este fim de semana, e perante um silêncio que enquanto vitoriano não aceito, o Vitória foi prejudicadissimo em Alvalade(futebol), em casa frente ao Maia(basquetebol)e viu a sua equipa de voleibol ser apedrejada na saída do jogo com o Atlântico da Madalena em Gaia.
É demais.
Porque me parece que se generaliza um ambiente de falta de respeito à instituição Vitória Sport Clube em todas as frentes desportivas em que compete.
E por isso acho que a direcção do clube/administração da SAD vão muito a tempo de mudarem de estratégia e entrarem de caras e sem medo na "guerra mediática" que faz a realidade do nosso desporto em geral e do futebol em particular.
No plano dos princípios concordo que era melhor não ter de ser assim.
Na prática, e a manter-se este estado de coisas, receio bem que a situação se agrave para o nosso lado se não formos capazes de "combater" vigorosamente em todos os cenários.
Definitivamente não podem ser apenas os adeptos a incomodarem-se com este estado de coisas e a reagirem pelos meios que tem ao seu alcance.
Depois Falamos

domingo, março 30, 2014

Bebé

É um jogador que me agradou desde o primeiro jogo em que o vi.
Um Vitória-Benfica de pré temporada.
Para quem vinha das divisões inferiores, sem qualquer experiência no primeiro escalão, revelava logo uma desenvoltura e um futebol desinibido que só podiam significar que estava ali um grande jogador em potência.
Com a camisola vitoriana só o vi mais duas vezes e em jogos particulares.
Na Póvoa com o Varzim e em Santo Tirso com o Tirsense naquele que foi o seu ultimo jogo pelo Vitória antes da ida para o Manchester United numa transferência que espantou o mundo do futebol.
O resto da história é conhecido.
Um primeiro ano no United com algumas apariçoes na primeira equipa, a que se seguiu um empréstimo ao Besiktas e uma grave lesão ao serviço da selecção sub 21 que significou um ano perdido.
O ano passado o MU emprestou-o ao Rio Ave, onde recomeçou a carreira digamos assim com algum sucesso, mas é esta época em Paços de Ferreira que Bebé está a aparecer no nível que é o dele.
Grandes exibições, grandes golos, um talento imenso a confirmar-se e a chamar as atenções do mundo do futebol a começar pelo próprio Manchester United que o olha com um interesse cada vez maior.
Fisicamente poderoso, dotado de excelente técnica , é na capacidade de remate que faz a diferença.
Remate forte e colocado, com ambos os pés, uma noção perfeita do espaço da baliza e uma habilidade especial para a marcação de livres que ajuda a confirmar o seu talento goleador.
Um jogador espectacular e que aos 23 anos tem uma grande carreira para fazer.
Pena que a selecção de Portugal seja treinada por quem é.
Neste momento e nas posições em que joga não vejo muitos que lhe façam concorrência.
Depois Falamos

P.S. O homem que está por trás do jogador também promete ser um sustentáculo para uma grande carreira.
Esteve apenas dois meses no Vitória mas quando há duas semanas nos marcou um golo recusou-se a festejar por respeito ao clube que lhe abriu as portas do mundo do grande futebol.
É de Homem!

Sujinha, Sujinha,Sujinha

É o que se pode dizer da vitória do 14 do Sporting sobre o 11 do Vitória hoje em Alvalade.
Aquilo a que os sportinguistas gostam de chamar pejorativamente uma vitória "à Porto", ou seja, um triunfo alicerçado nos favores do "sistema" que Bruno de Carvalho tanto diz combater mas sobre o qual não se pronuncia quando lhe serve os intuitos.
Hoje, conforme se temia, o árbitro algarvio foi o "tarefeiro" de serviço para evitar ao país futebolistico mais uma semana de choraminguice desatinada do presidente leonino.
Árbitro fraco, quem em termos técnicos quer na falta de coragem para ser isento,mostrou logo ao que vinha num lance em que marcou um livre perigosissimo contra o Vitória e amarelou Moreno quando nem falta era.
Depois foi um permanente inclinar de campo a favor dos leões.
Expoentes máximos dessa viciação da verdade desportiva foi a cobardia em não mostrar segundo amarelo a Slimani(novamente por simulação)e deixar passar em claro uma autentica agressão de Adrien a Marco Matias sem sequer assinalar falta quanto mais mostrar o correspondente cartão vermelho.
É verdade que há um lance em que a bola é introduzida na baliza vitoriana  e é assinalado fora de jogo (eventualmente mal mas ainda não vi a repetição) mas também o golo leonino me deixa algumas duvidas.
Quanto ao jogo jogado diria que o Vitória fez uma boa exibição, controlou largos períodos do jogo,mas esteve mais uma vez perdulário na hora de finalizar e isso paga-se caro como se tem visto nas ultimas jornadas.
Faz alguma impressão, mas também atesta alguma qualidade da equipa, que em seis jogos com os três primeiros tenha sofrido cinco derrotas por 0-1 o que comprova bem que a diferença para os primeiros lugares podia ser menor do que aquilo que na realidade é.
Mas fico convicto que nos cinco jogos em falta podemos perfeitamente alcançar o quinto lugar.
Depois Falamos

sábado, março 29, 2014

Vamos a Eles

O Vitória joga hoje a primeira de seis finais com vista ao seu apuramento para a liga Europa.
Em teoria, frente ao Sporting, será o seu jogo mais difícil desses seis não só pelo valor do adversário como também pelo "choradinho" sem fim à vista que o seu presidente tem feito em volta das arbitragens e de outros aspectos que caracterizam o nosso futebol.
Ao entrar no relvado o Vitória tem de estar preparado para isso.
Mas também mentalizado do seu próprio valor e na certeza de que o adversário sendo uma boa equipa está muito longe de ser uma equipa perfeita e sem qualquer ponto fraco.
Será muito importante que o "melhor" Vitória apareça desde o primeiro momento, saindo logo em busca do resultado que lhe interessa e não atrás do "prejuízo" como tantas vezes tem acontecido.
Importante será defender bem ( e os dois retratados são essenciais para isso) e atacar de forma eficaz tentando não desperdiçar golos atrás de golos como aconteceu face ao Gil Vicente na jornada anterior para desespero de todos.
Com o Sporting CB a receber o Benfica e o Nacional o Porto o Vitória sabe que em condições normais o(s) ponto(s) que arrecade lhe permitirão encurtar distâncias para quem vai à sua frente e relançar a sua candidatura europeia.
Mesmo com um árbitro de quem não temos boas recordações, como o é Nuno Almeida, acredito que o Vitória pode voltar de Alvalade com um bom resultado.
Depois Falamos

sexta-feira, março 28, 2014

Opção Clara

No confronto Oeste-Leste que vem da II guerra mundial tenho opçoes claras.
Prefiro a América à Rússia.
Prefiro o "pior" presidente americano ao "melhor" ditador russo.
Prefiro a democracia à ditadura.
Vem isto a propósito da anexação da Crimeia pela Rússia onde Vladimir Putin, no melhor estilo e argumentação hitleriana, chamou "seus" aos territórios de um país independente ao arrepio das leis internacionais e do respeito entre nações soberanas.
No que em nada se distinguiu, em boa verdade, dos seus antecessores Estaline ou Brejnev.
Nunca se pode esquecer que com a Europa debaixo de uma guerra de agressão da besta nazi o ditador Estaline celebrou um pacto de não agressão com Hitler e ao abrigo dele apossou-se da Polónia!
Aliás, ainda hoje, a assembleia geral das Nações Unidas condenou essa ocupação e a farsa de referendo montada pelos russos  pela expressiva votação de 100 contra 11!
Naturalmente que nestas alturas, e face à impossibilidade de defenderem o indefensável, aparecem sempre uma vozes de esquerda a tentarem colocar no mesmo plano América e Rússia ("já que os nossos fazem asneiras vamos realçar as asneiras dos outros") citando o Vietname, o Iraque ou o Kosovo como prova de guerras injustas travadas e/ou apoiadas pelos americanos e em que essas opiniões vesgas equiparam os dois países.
A América não é nada inocente em muitas guerras que travou, mandou travar, ou apoiou e em que procurou antes do mais defender os seus interesses ainda que também ele atropelando as leis internacionais.
Mas a ultima a poder dar-lhe lições de moral é a Rússia e os seus desastrados defensores.
Até porque na América os presidentes ganham e perdem eleições e não me recordo de um único ditador russo que tenha perdido uma eleição.
Uma que fosse!
São muitas e variadas as vantagens de imperfeita democracia americana sobre a perfeita ditadura russa.
Mas há ainda uma diferença história que fará a diferença para todo o sempre:
No final da II Guerra Mundial a Rússia (então chamada União Soviética)apoderou-se pela força de metade da Europa(como se vê pelo mapa)e nela instaurou ditaduras de partido único que demoraram mais de 40 anos a serem derrubadas.
Os únicos territórios que a América deixou ocupados na Europa, depois de terem dado contributo decisivo para derrotar o nazismo e o seu painel de imensos horrores, foram os dos cemitérios onde ficaram sepultados muitos milhares de soldados americanos que deram as suas vida para ajudarem a libertar a Europa do terror e da ditadura.
Parecido não é?

Por isso me rio, e rirei sempre, daqueles que tentam comparar América com Rússia em questões de liberdade e democracia.
E que hoje tem o português, e não o alemão, como língua oficial muito por força da intervenção americana na II guerra mundial.
Não tem nada a ver uma realidade com outra.
Depois Falamos

quarta-feira, março 26, 2014

Barrientos

Confesso que é um jogador pelo qual tenho um certo fascínio.
Porque pressinto ali um talento imenso, que ás vezes se deixa entrever, mas que tarda a explodir na sua plenitude e a fazer de Barrientos um dos jogadores mais destacados da Liga portuguesa.
Chegou ao Vitória muito jovem ainda vindo do Racing de Montevideu e a sua adaptação não foi fácil como é mais ou menos sabido.
Outra cultura, outro continente, outra competição, uma série de novidades que o impediram de chegar, ver e vencer.
O que em bom rigor quase ninguém faz!
Mas foi fazendo o seu caminho
Na primeira época esteve em trinta e quatro jogos e não marcou, na segunda em 28 e marcou por quatro vezes com aquele célebre bis face ao Sporting CB que nos projectou para o Jamor.
Este ano tem sido o da aposta mais consistente em Barrientos.
Quase sempre titular, quando fica no banco é por norma chamado ao jogo, tem-se vindo a afirmar na equipas fruto da maturidade que os anos lhe vão trazendo mas a jogar num lugar (extremo esquerdo)que com toda a franqueza não me parece ser aquele em que o seu rendimento mais pode ser exponenciado.
Quando procura terrenos interiores, mais próximos da área e do ponta de lança, fazendo uso da sua notável capacidade de acelerações bruscas e de uma técnica individual toda "sul americana" é que deixa vir ao de cima todo o seu talento e faz a diferença.
Até porque conjuga isso com uma clara facilidade de remate.
Não sou nem serei nunca treinador como é evidente.
Mas vejo regularmente futebol há mais de 45 anos e tenho por isso a presunção de saber alguma coisa e de reconhecer a qualidade de um jogador.
E por isso acho, e acharei sempre, que Barrientos a jogar atrás do ponta de lança e trabalhando bem a sua capacidade de definir (se finta, se passa, se remata) que é ainda o seu "calcanhar de Aquiles", tem tudo para ser um jogador de topo e um dia dar o salto para um campeonato de outra envergadura.
Espero, esperando não desesperar, é que todo esse talento venha ao de cima ainda com a nossa camisola vestida.
Depois Falamos.

P.S: Barrientos ,para além das qualidades futebolisticas, é um excelente profissional e um óptimo rapaz.
E isso merece ser realçado.

terça-feira, março 25, 2014

2014-2015

Deixando de lado as noticias e contra noticias que invadem o universo vitoriano sobre quem será o treinador, e o presidente, na próxima época deixo aqui uma visão muito pessoal do que seria (se fosse eu a definir) o plantel vitoriano na próxima temporada.
Afinal um exercício de "treinador de bancada" de que todos temos um pouco.
Essa definição vou fazê-la, como agora parece ser moda, por posições numéricas no terreno.
Para a posição 1: Douglas e Assis.
Para a 2 :  Amorim e Pedro Correia
Para a 3: Paulo Oliveira e Josué
Para a 4: Moreno e um REFORÇO.
Para a 5: Luís Rocha e Gonçalo
Para a 6: Olimpio, André Santos e Cafu
Para a 7: Marco Matias e Hernâni
Para a 8: André André e Bruno Alves
Para a 9: Tomané, Russi e um REFORÇO
Para a 10: Crivellaro e Barrientos
Para a 11: Alex e um REFORÇO.

Quinze jogadores portugueses, seis estrangeiros e três reforços portugueses ou estrangeiros ou portugueses e estrangeiros.
Com nove jogadores oriundos da formação.
Numa segunda linha de reforço, jogando na B mas com um pé na A, teríamos:
Os guarda redes Miguel Oliveira e André Matos.
O defesa lateral Pedro Lemos.
Os médios João Pedro, Fábio Vieira e Bernard.
O avançado Areias que, se calhar, até pode ser já aposta para  a primeira equipa. Aos golos que tem marcado na B e à qualidade das exibições não é favor nenhum. .
Entre outros que entretanto revelassem valor para serem aposta a qualquer momento.
Ficam ainda três interrogações:
Kanu ,Dinis e Tiago Almeida.
Qualquer um com qualidades para jogar na primeira equipa.
Falta saber se, por razões várias, com condições para isso.
É um exercício teórico repito, de um treinador de bancada, mas coerente com aquilo que sempre defendi em relação ao que deve ser o projecto desportivo do Vitória.
Aposta nos portugueses, aposta na formação  e aquisições mínimas e "cirúrgicas" de jogadores que sejam verdadeiros reforços.
Depois Falamos

André Santos

Foi o reforço para esta época que mais me entusiasmou.
Dele tinha a imagem de duas belas épocas em Leiria seguidas por outras duas de bom nível em Alvalade onde "ameaçava" ser um dos esteios da renovação da equipa leonina.
Depois, bem , depois apareceu um empréstimo ao Deportivo da Corunha que me pareceu em contra ciclo a um jogador que estava em plena afirmação mas como se tratava do Sporting, useiro e vezeiro em fazer e desperdiçar talentos, acabei por nem me admirar por aí além.
Pelo meio já o jogador tinha sido internacional A por duas vezes o que reforçava a ideia de que seria um jogador a aproveitar pelos leões.
Não foi.
E esta época ingressou no Vitória criando forte expectativa nos adeptos face á valia que se lhe reconhece e ao invulgar que é, nos tempos que correm, um jogador deste nível vir para Guimarães.
A primeira metade da época não lhe correu bem.
Jogando em posições mais adiantadas do que aquele que é o seu espaço natural dificilmente André Santos conseguiu arrancar uma exibição de "encher o olho" e confirmar as credenciais com que vinha rotulado.
Aqui e ali bons períodos de jogo ,mas não mais do que isso, o que lhe foi valendo regulares passagens pelo banco e uma crescente desconfiança dos adeptos na sua real valia face à inconsistência das suas exibições e ás expectativas que não cumpria.
Nas ultimas semanas  Rui Vitória devolveu-o á sua verdadeira posição, como médio mais recuado no triângulo do meio campo, e André Santos apareceu finalmente a jogar ao nível que todos lhe sabíamos possível mas que estava a custar a aparecer.
Bem a defender, certeiro na marcação, excelente na circulação de bola  quando a equipa começa a construir os seus movimentos ofensivos é agora o jogador dinâmico que trouxe uma real mais valia ao nosso sector intermediário.
Em boa hora apareceu.
Porque nestes seis jogos em que vamos disputar o acesso à liga Europa é muito bom ter um jogador desta qualidade a atravessar o seu melhor momento de forma em toda a época e "ansioso" por mostrar o seu real valor de forma continuada.
Alvalade, no próximo sábado, será já uma boa oportunidade para confirmar essa subida de rendimento de André Santos.
Num palco onde ele terá, de certeza absoluta, muito gosto em o fazer!
Depois Falamos

segunda-feira, março 24, 2014

Fanatismos...

Não tinha ideia que fosse assim.
Embora já desconfiasse por experiências anteriores.
Eu só tenho um clube.
Vitória Sport Clube.
Mas depois, noutros países, tenho simpatia por alguns clubes pelas mais diferentes razões e sem que isso colida minimamente com o "meu" clube.
Em Espanha simpatizo com Barcelona e Atlético de Bilbau.
Em Inglaterra com Liverpool e Newcastle embora com Mourinho no Chelsea também simpatize com esse clube.
Em Itália o Nápoles e o Milan.
No Brasil o Corinthians.
Na Argentina o Boca Juniores.
Mas são simpatias que não me aquecem nem arrefecem e confesso que vivo os resultados desses clubes com um fair play que não consigo ter para com os insucessos do Vitória.
Só que agora, vá-se lá saber porquê, andam pelas redes sociais uns fanáticos do Real Madrid completamente incapazes de aceitarem derrotas e reconhecerem méritos e que na defesa do seu(vá-se lá saber porquê) clube não tem limites na argumentação.
Um fanatismo tão ridículo quanto absurdo.
Que vai até aos estafadissimos argumentos da arbitragem tão em voga nas discussões domésticas a três cores...
E se calhar do lado do Barcelona passa-se o mesmo.
Eu simpatizo com o Barcelona mas não detesto o Real Madrid.
Especialmente nestes tempos em que lá joga Ronaldo.
E se ontem o resultado tivesse sido ao contrário, e podia ter sido, de certeza que não ia para as redes sociais insultar os festivos adeptos do clube de Madrid.
A verdade é que as redes sociais são campo fértil para a malcriadice, a estupidez e a calúnia.
Bem como para o surgimento de uma geração de heróis do teclado".
Boa sorte.
Continuarei a gostar do Barcelona e a trocar ideias com quem gosta do Real Madrid e o faz de forma civilizada.
Os outros, os que levam para Espanha os comportamentos que em Portugal caracterizam o "diálogo" entre portistas e benfiquistas, esses vão ter de arranjar outro poiso.
Na minha página de facebook entrei em regime de tolerância zero para quem não sabe debater civilizadamente ideias diferentes.
Depois Falamos

Arrogância e Cobardia

Li atentamente a entrevista do chefe dos árbitros ao Record.
E deixo já aqui uma declaração de interesses: Considero que Vítor Pereira não tem o mínimo de condições para exercer eficazmente a função que vem desempenhando miseravelmente à anos a esta parte.
É habilidoso(como já o era enquanto árbitro) subserviente ao poder e de uma arrogância que não tem qualquer cabimento
É, do meu ponto de vista, um dos expoentes do "sistema" que inquina a verdade desportiva dos nossos campeonatos.
Independentemente disso, que já não é pouco, tem razão em muito do que diz sobre as pressões a que os árbitros estão sujeitos com uma intensidade cada vez maior.
Infelizmente, sinuoso como uma enguia, não diz o mais relevante.
Que uma solução para isso será os árbitros apitarem melhor, com mais isenção, sem tanto temor a certas camisolas e emblemas.
Refiro-me concretamente a Benfica, Porto e Sporting.
E depois o que está na origem dessas pressões.
Isso não tem coragem VP de dizer.
Porque a esmagadora maioria delas(diria mais de 98%) vem precisamente desses três clubes.
Através dos seus presidentes e treinadores.
Ou dos "braços armados" que tem na SIC/RTP/TVI  naqueles ridículos programas em que só esses clubes tem assunto e em que um venerável(na maior parte dos casos) painel de "cromos repetidos" gasta horas e horas por semana a falar dos árbitros.
As pressões sobre os árbitros vem daí.
Não dos outros clubes cujo espaço mediático todo junto deve ser 1% do de cada um desses três.
Mas isso não denuncia VP.
Porque corria o risco de lá ir o lugar e a excelente remuneração que aufere.
Pobres árbitros ,digo-o sem qualquer ironia, entregues a este "sistema" e aos seus serventuários.
Depois Falamos

P.S: A resposta de Vitor Pereira a Bruno de Carvalho (". o Sporting terá árbitros estrangeiros quando jogar nas competições europeias...") até teria piada se dita por um humorista ou qualquer outra pessoa.
Dita pelo presidente dos árbitros é mais uma manifestação da tal inqualificável arrogância que o devia incapacitar para o exercício destas funções.

domingo, março 23, 2014

Muito Grave!

Das duas uma:
Ou é mentira e tem de ser desmentida de imediato.
Mas mesmo mentira alguém a pôs lá.
Ou é verdade e aí o caso é muito mais grave.
Rui Vitória está em final de contrato, ao que se sabe não foi convidado a renovar , e portanto é normal que como profissional de futebol procure clube para a próxima época.
Ainda que esse clube seja o Sporting CB.
O que não é nada normal é que estando os dois clubes a disputar um lugar europeu, e com um escaldante encontro na última jornada convém não esquecer, a seis jogos do fim apareça uma noticia que fragiliza tremendamente o treinador do Vitória.
A quem os adeptos mais fervorosos não deixarão de cobrar qualquer erro, qualquer resultado menos bom, qualquer opção técnica ou táctica que deixarão de ser más opões ou erros involuntários para passarem a ser favorecimentos ao clube que vai treinar na próxima época!
É tremendamente injusto e Rui Vitória é, estou certo disso, um grande profissional que honrará o Vitória até ao ultimo dia e que cá esteja.
Mas as coisas são o que são!
Bastará lembrar o que se passou com o treinador Paulo Sérgio.
E por isso ou a noticia é de imediato desmentida ou os vitorianos passarão a ter de viver durante meses(?) com dois tabus.
O do Presidente e o do Treinador.
É muito preocupante.
Mas a noticia não aparece por acaso no jornal da Olivedesportos e numa altura em que quem a pôs (sendo verdadeira ou falsa) sabe bem os problemas que vai causar ao Vitória nesta fase do campeonato e em que a equipa não ganha à cinco jornadas.
E quem foi?
O mistério não é grande.
A SAD do Vitória nada tem a ganhar, bem pelo contrário, com uma noticia destas.
Aumenta um "ruído", que já não é pequeno, em volta do clube e de opções várias de que se vem falando nas ultimas semanas.
Rui Vitória muito menos.
Conhecendo o clube e os adeptos sabe bem que uma suspeita de transferência para o "inimigo" desbarata o capital de prestigio que ainda mantém junto dos vitorianos e passa a "persona non grata" de um momento para o outro.
Então esta noticia, neste jornal, nesta altura critica só pode ter um responsável.
Quem?
A quem compensa o "crime"?
"Elementar meu caro Watson"!
Aquele a quem o Vitória estendeu a mão e na primeira oportunidade(como eu sempre disse)nos espetou mais uma faca nas costas!
Exactamente.
O senhor presidente do Sporting CB!
O que a confirmar-se tudo isto merece que em próxima AG do Vitória seja aprovado um definitivo corte de relações com o SportingCB enquanto presidido por tal personagem.
Já lhe demos demasiadas oportunidades.
E ingenuidade não faz parte do ADN Vitória.
Depois Falamos

Recessão

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Que dizer?
Mais um resultado frustrante, mais dois pontos perdidos, um apuramento europeu a tremer por todos os lados.
Uma segunda volta de quase terror em que em 27 pontos possíveis (até agora) fizemos apenas 8 , nos últimos 15 apenas dois, nos últimos seis apenas um.
Dois jogos em casa, seguidos e com adversários dos mais fracos da liga(Paços de Ferreira e Gil Vicente), renderam apenas um parco ponto.
A seguir vamos a Alvalade e recebemos o Estoril.
No jogo de hoje a verdade é que o Vitória até nem jogou mal, dominou por completo a partida e foi a única equipa a querer ganhar para isso construindo várias oportunidades de golo que foi falhando de tal forma que levou os adeptos ao desespero.
O Gil, como era de esperar, veio jogar fechado na rectaguarda e ensaiando uns tímidos contra ataques que só por duas vezes levaram o perigo até á baliza vitoriana mas aí estava Douglas que resolveu com a eficiência habitual.
De resto só deu Vitória.
Especialmente nos últimos vinte minutos quando Rui Vitória alterou o sistema táctico passando a jogar com dois pontas de lança(Tomané e Russi) a equipa criou várias oportunidades que nuns casos pelo mérito do guardião gilista e noutros pelo demérito dos rematadores vitorianos não acabaram no golo que a equipa tanto merecia.
A verdade é que não marcamos.
E no campeonato mais fraco dos últimos anos, com um domínio que já não se verificava há muitos anos dos chamados grandes em relação aos três primeiros lugares, o Vitória está em risco de desperdiçar um apuramento europeu que podia ter sido muito mais fácil do que no inicio da época se previa.
Quanto aos jogadores:
Douglas ,como lhe é habitual, fez bem feito o que tinha para fazer.
Olimpio, a lateral direito face ás lesões de Amorim e Pedro Correia, fez uma exibição regular.
Paulo Oliveira jogou com a classe habitual.
Moreno fez  apenas a primeira parte sem nada a apontar de negativo.
Luís Rocha fez uma boa exibição e cada vez acho mais que se perdeu demasiado tempo com Addy.
André Santos muito bem no seu lugar. Exibição sem mácula.
André André como sempre a "formiguinha" incansável do meio campo rubricou boa exibição.
Crivellaro fez os 90 minutos e foi ,como quase sempre, um jogador esclarecido e bom a definir lances.
Marco Matias esteve inconstante e alternou boas iniciativas com os habituais períodos de ocaso.
Tomané trabalhou muito. ganhou imensos lances no ar e no chão,mas não teve oportunidades de golo.
Barrientos melhor quando veio ao meio procurar jogo do que a actuar como extremos que não é.
Os suplentes:
Josué entrou bem e fez uma exibição segura.
Malonga falhou dois golos que desesperaram os adeptos mas deu alguma profundidade ao jogo.
Russi (na foto) nos vinte minutos em campo movimentou-se bem, criou problemas na área à defesa gilista quer em tabelas quer segurando a bola, e ainda criou uma excelente oportunidade que o guarda redes do Gil Vicente negou com uma defesa apertada. A sua escassa utilização é um dos mistérios desta época.
Estamos em recessão.
De resultados(mais), de exibições(menos), de uma linha de rumo que nos leve a um apuramento europeu que podia ter sido fácil.
Sim.
Fácil.
Bastava termos ganho em casa os jogos que eram claramente de ganhar.
Gil Vicente, Paços de Ferreira, Nacional, Setúbal.
Assim...está muito mais complicado.
Depois Falamos

P.S É claro que em fins de Março todas as indefinições que rodeiam a próxima época também não ajudam a melhores resultados.

sexta-feira, março 21, 2014

Sorteios...

Hoje a UEFA fez rolar as bolas no sorteio dos quartos de final da liga dos campeões e da liga Europa com dezasseis equipas, em teoria as melhores da Europa esta época, a darem os últimos passos rumos ás finais de Turim e Lisboa.
Começando pela prova rainha são quatro jogos muito interessantes, se são, mas nenhum "escaldante".
Em teoria avançarão para as meias finais o Barcelona, Real Madrid, Chelsea e Bayern que me parecem as equipas mais fortes mas pode haver um ou dois jogos a fugirem ao que parece lógico.
Nesses casos apostaria no Borussia e no PSG dado não me parecer que "este" Manchester United e o Atlético de Madrid possam superar Bayern e Barcelona.
Mas nesta fase, e a este nível, nunca se sabe.
A curiosidade de Mourinho, se passar, poder encontrar de seguida o Bayern de Guardiola, o Real Madrid de Casillas,Pepe,Sérgio Ramos e mais alguns "amigos" que por lá deixou, ou o mais "odiado" de todos os adversários o Barcelona.
A ver vamos.

A Liga Europa teve um sorteio macio para os clubes portugueses.
Só um cataclismo afastará o Benfica das meias finais e o Porto bastar-lhe-à não facilitar para poder seguir em frente dado que AZ Alkmaar e Sevilha são claramente inferiores aos seus adversários portugueses.
Nos outros dois jogos o favoritismo da Juventus é esmagador face ao Lyon (que venceu o grupo do Vitória sem ter convencido ser superior à nossa equipa) e o Valência também é favorito mas é um favoritismo muito mais ligeiro face a um Basileia (outro velho conhecido do Vitória) que tem andado pla Champions com algum destaque.
Pode muito bem dar-se a curiosidade de Benfica e Porto, que ainda tem quatro jogos para disputarem entre eles nas competições internas (1 na Liga, 2 dois na taça de Portugal e 1 na taça da liga), se encontrarem nas meias finais.
E isso significaria seis(!!!) jogos entre as duas equipas no espaço de mês e meio!
Com a curiosidade extra de dois deles poderem ser arbitrados por árbitros...estrangeiros.
Ou, melhor ainda, podem até encontrar-se na final.
Certo, certo, é que em condições normais haverá pelo menos uma equipa portuguesa em Turim no jogo derradeiro.
Muito mal seria se assim não fosse.
Depois Falamos

Inverno

Foto: www.nationalgeographic.com

Leituras

Esta biografia de João Paulo II estava à quase três anos em lista de espera.
Por uma ou outra razão ia ficando adiada para data mais conveniente ultrapassada por biografias mais urgentes ou por outros temas de maior interesse no momento.
Mas chegou agora a sua vez.
E com metade das suas 350 páginas já lidas pode considerar-se, sem exagero, um magnifico retrato de uma das mais fascinantes( e importantes) figuras dos últimos 100 anos que teve uma importância decisiva na História da Europa e do mundo no pós "guerra fria".
Se alguém respondeu cabalmente á célebre pergunta de Estaline "...mas quantas divisões (exércitos bem entendido) tem o Vaticano ?..." foi João Paulo II.
Que ganhou "essa" guerra sem precisar de dar um único tiro!
E agora que a igreja católica, depois dos tempos austeros e de ortodoxia de Bento XVI, voltou a ter no Papa Francisco um pontífice extremamente popular é sempre tempo de recordar aquele que como ninguém até ele soube abrir a Igreja ao mundo e percorrer os caminhos de uma evangelização adaptada aos tempos.
João Paulo II.
Depois Falamos

quarta-feira, março 19, 2014

Tostões e Milhões

Deixando um pouco de lado, embora as coisas acabem por se interligar, as questões puramente desportivas do Vitória que vão das renovações de contratos ás aquisições passando pelos apuramentos europeus e afins reflictamos um pouco sobre as questões financeiras.
Não vou alinhar nesta reflexão pela óptica do "choradinho" porque para além de me parecer inadequado estou certo que não é compatível com o prestigio e grandeza do nosso clube.
A avaliar por declarações de responsáveis, agora confirmadas por entrevista do accionista Mário Ferreira, há problemas de tesouraria (de dimensão desconhecida) que poderão inclusive levar a um empréstimo de um milhão de euros ao clube por parte do referido accionista.
Aliás, e pela boca do presidente do clube e da SAD, já tinha sido referido em Dezembro passado serem necessários três milhões de euros de receitas extraordinárias para assegurar uma época desportiva sem problemas para a SAD e assegurando que esta cumpria para com o clube os pagamentos acordados.
Ao que se sabe não se verificaram essas receitas (leia-se vendas de activos) e o Vitória está novamente, fazendo fé no que se vai sabendo pela imprensa (e não só) , com problemas financeiros de alguma relevância e que preocupam naturalmente quer os responsáveis, quer os associados, quer os accionistas.
Abro aqui um curto parêntesis desportivo (mas não só...) para reiterar a minha surpresa como num cenário desta gravidade se trata com tanta ligeireza o apuramento europeu e as importantes receitas que dele podem advir.
Adiante...
A esse problema financeiro latente junta-se, porém, outro que ameaça agravar-se nos próximos tempos e que consiste na "desertificação" (para o que nos é habitual porque tomaram outros a nossa "desertificação"...) das bancadas com a consequente perda de receitas de cotização e por aí fora.
É a crise, é a emigração, são as exibições da equipa, é o que quiserem,
Seja o que for é um problema.
Com implicação financeira e implicação associativa.
E por isso defendo, cada vez mais (mas já o defendo há mais de dois ou três anos), que o Vitória tem de dar uma resposta inteligente a esse problema
Sinceramente só vejo uma resposta.
Que também pode ajudar, não sei é em que dimensão, a minorar o problema financeiro.
E essa solução passa , no imediato (leia-se próxima época), por descer o valor das cotas, descer o preço dos lugares anuais, criar incentivos ás famílias para adquirirem cadeiras e "premiar" os associados que de uma só vez paguem as cotas do ano inteiro.
Acredito que se isso for bem feito, com um marketing agressivo e sedutor, o que se perde na descida das cotas e dos lugares anuais será recuperado com vantagem no número de lugares que se vão vender e na manutenção das cotas em dia pela esmagadora maioria dos associados.
Hoje, nos tempos de crise que todos vivemos, o Vitória não se pode dar ao "luxo" de procurar nas soluções tradicionais (aumentos dos preços) a resposta para alguns dos seus problemas financeiros.
Pela simples razão de que esse tipo de "cura" ,neste caso, "mata" o doente.
Depois Falamos

P.S. No "post scriptum" volto ao desporto para reiterar uma verdade por demais conhecida: A unica maneira de o futebol gerar receitas é ter boas equipas, jogar bem, ganhar titulos(se possivel), valorizar jogadores, atrair patrocinadores, mobilizar os adeptos e vender merchandising.

Mistério

Gosto de uma boa história de mistério.
Em livro ou no cinema.
Li as obras completas de Agatha Christie, de George Simenon, de Conan Doyle entre muitos outros autores de livros policiais e de mistério.
Gosto de um bom filme ou série televisiva sobre assuntos inexplicáveis.
Fui espectador fiel dos "Ficheiros Secretos" uma verdadeira série de culto que durante anos proporcionou aos seus telespectadores grande momentos de suspense televisivo.
Vejo programas de investigação no "National Geographic", no "Discovery", no "Canal História".
Leio com muito interesses sobre temas como ovnis, civilizações extra terrestres, aspectos não explicados das civilizações incas e maias entre outros assuntos em que o mistério predomina e a Verdade vai sendo descoberta aos poucos e poucos na certeza de que nalguns dos casos ainda existe muito para descobrir.
Até sobre o famoso "triângulo das Bermudas" já li alguma coisa.
Mas quando os mistérios da vida real implicam o desaparecimento sem deixar rasto, até ao momento, de mais de 300 pessoas como aconteceu há quase duas semanas no voo da Malásia Airlines entre Kuala Lumpur e Pequim aí já não acho piada nenhuma.
Embora seja um mistério quase assombroso
Com tanta tecnologia, tantos satélites espiões, tanto equipamento de detecção, tantos radares, tanta informação que os aviões em voo debitam via rádio é quase inacreditável como o avião desapareceu sem deixar rasto.
Procurado por aviões, helicópteros, barcos, sistemas de rastreio e sabe-se lá que mais de 26 (vinte e seis!) países a verdade é que o avião desapareceu.
Na melhor tradição das histórias de mistério do "triângulo das Bermudas".
Falta saber se algum dia aparecerá...
Depois Falamos

P.S. O facto comprovado dos telemóveis de alguns passageiros continuarem a chamar nos dias seguintes ao desaparecimento, pese embora as explicações pouco convincentes das operadoras telefónicas, apenas contribui para adensar as interrogações.

segunda-feira, março 17, 2014

"Réu" Vitória?

Não posso dizer que conheço muito bem Rui Vitória.
Direi que o conheço razoavelmente fruto de umas horas de conversa em viagens para e no regresso de jogos, em estágios, e em várias reuniões ao longo dos meses que desempenhei funções no clube.
E a ideia que tenho dele, para além de uma excelente impressão pessoal que não conta para o efeito desta publicação, é a de ser um treinador moderno, actualizado, estudioso, culto e possuidor de uma saudável ambição.
É também um profissional exemplar de uma lealdade inexcedível à entidade patronal e de um espírito de colaboração raro nos tempos de hoje.
Por isso considero injusto que se queira transformar Rui Vitória no réu da actual crise de resultados do clube.
Se concordo com todas as suas decisões?
Não. Não concordo.
Se gosto de algumas exibições que a equipa faz?
Não. Não gosto.
Se o modelo de futebol praticado em bastas ocasiões é aquele que mais gosto de ver?
Não. Não é.
Se considero que tem aproveitado devidamente todos os recursos postos ao seu dispor?
Não. Não considero.
Se acho que faz sempre os discursos mais mobilizadores?
Não. Não acho.
Mas isso com RV ou com qualquer treinador porque dentro de cada adepto há...um treinador!
Mas vamos aos factos.
Rui Vitória chegou a Guimarães em Setembro de 2011 (dois anos e meio atrás) para substituir Manuel Machado que entretanto apresentara a sua demissão.
Encontrou um plantel feito a meias pelo treinador e pelo presidente, desequilibrado, com um balneário...difícil e no qual apareceram quase de imediato problemas de salários em atraso.
Foi um ano difícil mas ninguém o ouviu queixar-se.
Fez o seu trabalho.
Desse tempo restam no clube apenas cinco(!!!) jogadores.
Douglas (ao tempo suplente de Nilson) ,Leonel Olimpio, Barrientos (acabado de chegar) Dinis e Crivellaro que viriam a ser emprestados só regressando posteriormente ao clube.
Cinco...e passaram apenas dois anos e meio.
Quando a actual direcção entrou em funções(Abril de 2012) a preparação da época seguinte levou a profundas transformações no plantel como é sabido.
Saíram muitos jogadores, alguns de referência, e entraram aqueles que foi possível fazer entrar.
Alguém ouviu RV queixar-se?
Não. Não ouviu.
Aceitou o que lhe deram e trabalhou de cara alegre(ás vezes sabe Deus...e sei eu algumas coisas) sempre com uma atitude positiva e uma lealdade inatacável aquilo que a direcção lhe dizia que tinha de ser.
Ganhou a Taça de Portugal.
Sabendo que a equipa que jogou a final já estava desfeita.
O ataque (Soudani-Baldé-Ricardo) ou estava todo vendido ou a caminho disso, Tiago Rodrigues idem, Adoua ia sair por não querer renovar e Alex, João Ribeiro, N'Dyaie por esta ou aquela razão também estavam de partida.
Já para nem falar de jogadores titulares como Defendi ou Toscano que já tinham saído em Janeiro de 2013.
Pelo caminho convocou,para jogos oficiais, 23 jogadores da equipa B doze dos quais jogaram efectivamente por períodos maiores ou menores de tempo.
Convenhamos que não é fácil.
Uma vez mais de cara alegre aceitou o plantel que lhe deram para esta época.
Jogou a supertaça com uma equipa debilitada, sem reforços que só chegaram depois, e não arranjou desculpas para a derrota.
E não era difícil fazê-lo.
De lá para cá o que se sabe.
Um bom campeonato em jogos fora, menos bom em casa, mas uma luta consistente pelos lugares europeus até chegar à fatídica janela de mercado de Janeiro em que perdeu de uma só vez um central titularissimo e a sua primeira opção para o lugar na impossibilidade (que se verificou algumas vezes) de esse titular jogar.
A par disso o Vitória foi o único candidato à Europa que não fez uma única contratação nessa época.
Alguém o ouviu queixar-se?
Não me parece.
Continuou com uma atitude positiva mas um discurso cada vez mais cauteloso quanto a objectivos por razões tão fáceis de compreender que me dispenso de as repetir.
Saltam á vista.
Façamos aqui um ponto de ordem:
Em dois anos e meio Rui Vitória teve, mas já não tem, entre outros os seguintes 23(um plantel...) jogadores:
Nilson-Adoua-Bruno Teles-Anderson Santana-João Paulo-Defendi-N´Dyaie-Freire-Abdoulaye-Alex-Pedro Mendes-Nuno Assis-João Alves-Toscano-William-Faouzi-Edgar-Maranhão-Targino-Ricardo-Soudani-Baldé-João Ribeiro.
Em dois anos e meio!
Sejamos claros: É uma brutal injustiça fazer de Rui o "Réu" desta crise de resultados.
Tem as suas responsabilidades é claro.
Porque umas vezes comete erros,outras  faz opções que não se justificam, aqui e ali adopta estratégias de jogo que não resultam.
Como qualquer treinador.
Mas a verdade é que nunca teve a oportunidade de trabalhar com um plantel estável e estabilizado.
É um permanente "tapar de cabeça" descobrindo os "pés" ou vice versa.
Por isso sem querer "branquear" algumas responsabilidades de Rui Vitória no mau momento da equipa creio ser justo dizer que essas responsabilidades não o diminuem nem lhe retiram, do meu ponto de vista, o imenso crédito de que justamente desfruta junto da maioria dos vitorianos.
Até porque não se esconde e dá a cara semanalmente em defesa de estratégias e orientações que não são as suas mas aquelas que a SAD lhe determina.
Ou há alguém que acredite que um treinador jovem e ambicioso como RV é não gostaria de em cada oportunidade poder dizer(como Marco Silva do Estoril) que lidera uma equipa candidata à liga Europa e ao quarto lugar(ou mais do que isso) no campeonato?
Claro que gostaria.
Mas Rui Vitória é sensato e inteligente e por isso não o diz porque sabe que lhe faltam os meios para assumir, de caras, uma candidatura dessas.
E é tão solidamente leal à sua entidade patronal que assume sozinho o ónus de um discurso "antipático" e de uma estratégia que não é a sua.
E isso, desfavorecendo-o profissionalmente, apenas reforça a convicção que é um homem de carácter com quem se pode contar nos bons e especialmente nos maus momentos.
Depois Falamos

P.S: Com todas as atenuantes evocadas não deixo de considerar que com os recursos humanos ao seu dispor o Rui Vitória podia, aqui e ali, por a equipa a jogar um bocadinho melhor!
E tenho a certeza que ele sabe isso.

domingo, março 16, 2014

Desgostos...

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Foi um fim de semana quase completamente aziago paras as principais equipas do Vitória.
E não fora o golo de Areias, neste remate que o João Santos retratou oportunamente, e teria sido totalmente aziago mesmo.
No futebol derrotas na equipa A, nos juniores e nos juvenis.
No basquetebol e voleibol derrotas das principais equipas de cada modalidade frente a um adversário comum no caso o Benfica.
"Salvou-se" a equipa B.
E com toda a justiça, diga-se de passagem, porque recebendo o líder Freamunde os jovens vitorianos protagonizaram uma exibição muito agradável a que só um punhado de excelentes defesas do guarda redes Rui Nereu (conhecido de outras andanças) impediu que correspondesse o que seria um justíssimo triunfo.
Por seu turno o guarda redes vitoriano, Miguel Oliveira, teve uma tarde descansada a que só o golo dos "capões" trouxe alguma perturbação.
Um empate final a saber a pouco e que deixa a formação vitoriana cada vez mais longe da subida que os jogadores bem merecem e os adeptos bem desejam.
No jogo de hoje gostei particularmente de alguns jogadores.
Cafu imperial no domínio do meio campo.
Alex, primeiro como extremo e depois como lateral,fez uma grande exibição e fartou-se de criar lances de perigo pelo seu flanco.
Bernard muito bem a levar a equipa para o ataque.
Russi não marcou mas trabalhou muito e muitas vezes bem.
E Areias que entrando na segunda parte marcou um excelente golo num lance em que a sua qualidade de ponta de lança foi bem visível.
De salientar ainda o regresso de Gonçalo depois de largas semanas ausente por lesão.
É uma equipa com qualidade, que tem vários jogadores a caminho da A e que podia estar a discutir a subida de divisão se a sorte a e a gestão desportiva do plantel aqui e ali tivessem ajudado a isso.
Assim...parece-me difícil.
Mas a esperança é a ultima a morrer....
Depois Falamos


Tranquilamente...ou Talvez Não!

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Tranquilamente direi o seguinte:
Hoje em Fafe ,como centenas de vitorianos, vi o Vitória perder com o SLB (equipa que tem meios humanos e financeiros bem superiores) depois de um jogo em que deu tudo que tinha para voltar á final da taça de Portugal de basquetebol.
Saí triste pela derrota mas orgulhoso com a equipa.
Que foi entusiasticamente apoiada pelos adeptos durante todo o jogo porque viam nela aquilo que nos identifica: Garra, pundonor, atitude,ambição, espírito de conquista.
Podem não ganhar mas dão tudo para o tentar.
Não fui ao fim da tarde ao nosso pavilhão ver o Vitória 0-Benfica 3 em voleibol pelo que não posso comentar. Embora os parciais demonstrem que a nossa equipa deu luta.
Fui à noite ao estádio.
De onde saí triste com a derrota e sem orgulho no que vi.
Não vou falar do jogo que, embora verdade, foi uma espécie de revisão da matéria dada.
Apenas salientarei três coisas.
A atitude de grande respeito de Bebé ao não festejar o golo.
A confirmação de que Bruno Paixão (sem qualquer influência no resultado diga-se desde já) é um péssimo árbitro, como aliás o foi durante toda a sua carreira, e só isso explica que num jogo fácil tenha feito tanta asneira a maior das quais foi seguramente dar quatro minutos de desconto num jogo que devia ter tido uns dez sem qualquer favor.
A satisfação por ver o nosso quarteto defensivo formado por quatro jogadores feitos no clube:
Amorim-Paulo Oliveira-Moreno e Luís Rocha.
Concluindo:
O Vitória é um clube exigente e com uma História que obriga a exigência.
Os vitorianos são adeptos que dão tudo que tem (e ás vezes o que não tem...)pelo seu clube e isso dá-lhes o direito de serem exigentes.
Quem quer dirigir, treinar ou jogar no Vitória (seja qual for a modalidade mas em especial no futebol)sabe que tem de viver com a exigência de vestir aquela camisola e usar aquele símbolo.
Discursos ( ou a falta deles) em sentido contrário dão sempre, mas sempre mesmo, más consequências.
Afastar a pressão (termo maldito...) de lutar pela Europa no caso da A,ou de subir de divisão no caso da B, está a dar muito mau resultado em ambas as  equipas.
Já para não falar nos adeptos que começam a questionar-se sobre quais os objectivos de uma e de outra se não são a Europa nem a subida.
Mais do que os resultados conjunturais preocupa-me o efeito devastador que discursos errados (ou a falta de discurso) estão a ter no ânimo dos vitorianos.
Hoje no fim do jogo não foram dois nem três os adeptos que me abordaram na saída do estádio desabafando que esta época não voltam lá porque estão fartos de sofrerem, sofrerem,sofrerem.
Alguns até iam mais longe dizendo que assim não voltam a comprar lugares anuais.
E por aí fora...
Claro que são estados de alma muito influenciados pela derrota acabada de sofrer.
Mas não podem ser desvalorizados e muito menos ignorados.
A "Nação Vitoriana" está...frágil e algo desorientada.
E as médias de assistência no estádio são,apenas, um dos indicadores disso.
É preciso mudar de atitude, de discurso, e traçar metas claras e objectivas enquanto é tempo e nada está definitivamente perdido.
Metas de acordo com aquela que é a nossa ambição de sempre.
Porque o que está em causa não são pessoas.
É mesmo a nossa identidade.
Depois Falamos