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quarta-feira, janeiro 29, 2014

O "Meu" Congresso

Fui ao meu primeiro congresso do PSD em 1983 como delegado eleito pela JSD distrital.
Numa sala do hotel Montechoro, em Albufeira, no Algarve.
Outros tempos eram de tal modo que eu e grande parte dos delegados eleitos pelo distrito de Braga fizemos a viagem para o congresso num autocarro alugado pela distrital que saiu do campo da vinha (em Braga) de madrugada e chegou ao Algarve a meio da tarde!
Outra forma de viver o partido.
De lá para cá, nos 31 anos seguintes, apenas não estive em dois congressos.
O de 1985 na Figueira da Foz e o de 1992 no Porto.
No primeiro caso por ter sido na altura em que nasceu o meu filho mais novo e no segundo já nem sei bem porquê.
Ao todo estive em 23 congressos.
Como delegado, como observador, como participante.
Não estarei no próximo.
Por absoluta falta de vontade em lá estar e por ver com uma preocupação cada vez maior alguns caminhos que o PSD vai trilhando como, por exemplo, o de um centralismo totalmente contrário aos seus genes e que leva a que seja o quinto(nos últimos seis) congresso no distrito de Lisboa.
È a fase visível de um centralismo que tem outros centralismos bem mais graves por detrás.
O que me levaria, em teoria, a ter interesse em ir a um congresso neste momento?
Meia dúzia de coisas.
Uma profunda remodelação nos orgãos dirigentes com a entrada de gente mais velha, mais experiente e mais sensata.
A aprovação da revisão do programa reforçando a matriz social democrata do PSD.
A inclusão na moção de estratégia de uma proposta séria da revisão das leis eleitorais com a introdução de círculos uninominais, a eleição uninominal do presidente de câmara e a participação dos presidentes de junta nas assembleias municipais sem direito a voto.
A aprovação de um calendário credível para a implementação da reforma das reformas, a regionalização, conforme previsto na Constituição.
Reformulação profunda dos estatutos e regulamentos do partido conferindo mais poder ás bases nomeadamente na escolha de deputados e candidatos a autarquias.
Compromisso interno de introduzir a limitação de mandatos para deputados (três mandatos no máximo) e dirigentes nacionais do partido (dois mandatos) e a absoluta proibição de membros do governo e titulares de orgãos de soberania(deputados) exercerem cargos executivos no partido em qualquer escalão.
Coisa pouca mas que me levaria ao congresso com todo o gosto.
Mas como nada disto vai acontecer, temo que bem pelo contrário, assistirei via televisão.
Com saudades de um PPD que já não existe e de um PSD que teima em ir não existindo...
Depois Falamos

terça-feira, janeiro 28, 2014

Escândalo!

Tenho amigos benfiquistas, portistas e sportinguistas.
Que quando "toco" no clube deles me "acusam" logo de ser simpatizante de um dos outros dois,
 Então entre benfiquistas e portistas é automático.
Quando a verdade é bem outra. Sou adepto de um clube que está farto de ser prejudicado nos jogos com esses três, no tratamento discriminatório da imprensa, na perseguição de que é alvo pelas instâncias disciplinares do futebol.
Sei que ser vitoriano tem um preço.
Ganhar menos, aparecer menos na comunicação social, ser prejudicado em lances que decidem jogos e o alarido ser muito menos que num lançamento de linha lateral marcado ao contrário a um dos três filhos do sistema.
É um preço que os vitorianos não se importam de pagar.
Mas pagar é uma coisa e calar outra bem diferente.
Nos jogos de fim de semana da taça da carica há um grande polémica em volta de um dos jogos ter começado dois minutos depois do outro e já se pedem inquéritos, ministério público, não sei a própria ONU não terá de ser chamada a mediar o problema!
Quando o grande escândalo, aquele que põe a nu muitas das todas as podridões do nosso futebol, foi noutro jogo.
Não pela arbitragem ,não pela cronometragem ou qualquer outro problema passado no relvado do Restelo.
Mas pelo simples facto de aquele jogo não poder ser ali.
O regulamento da taça da liga é claro.
Quando uma equipa não puder utilizar o seu recinto por interdição disciplinar ou falta de condições do terreno de jogo(precisamente o motivo que levou o SLB a mudar  para o Restelo) então o desafio   terá de ser disputado em casa do adversário.
Neste caso em Barcelos.
Tal só seria superável se ambos os clubes mais a liga concordassem, por escrito e com dez dias de antecedência, na mudança de local.
A história é tragicamente diferente.
O Benfica resolveu poupar o relvado e decidiu jogar no Restelo.
A LPFP fazendo tábua rasa do próprio regulamento autorizou de imediato sem, um e outro, terem a elementar atitude de atempadamente avisarem o Gil Vicente.
E só quando este fez barulho ( e recordo que a dois dias do jogo o presidente gilista ainda punha a hipótese de falta de comparência) é que se dignaram dar-lhe uma explicação e pedir a anuência.
O Gil Vicente, que tinha toda a razão do mundo, acabou por anuir e lá apareceu no Restelo para fazer o jogo provavelmente por se lembrar bem do jeito que lhe vão dando os jogadores que o SLB lhe empresta ou lhe compra!
O regulamento das competições existe para todos e a todos tem de ser aplicado por igual.
Neste caso existiu uma violação grosseira, indesmentível e gravíssima do regulamento.
Provando que no futebol há filhos e enteados, há compadrios, há uma direcção da Liga absolutamente incompetente e cuja única estratégia é a de sobreviver a qualquer preço fazendo qualquer tipo de frete.
Á beira disto, e do que isto demonstra, os dois minutos do"Dragão" são uma brincadeira de crianças mas que dá imenso jeito para desviar as atenções do escândalo do Restelo.
E a comunicação social, como sempre atenta,veneradora e obrigada colabora de forma vergonhosa no silenciamento do que se passou porque os benefícios ao clube da Luz não são noticia nem dá jeito que se fale desses assuntos.
Pobre futebol português.
Depois Falamos

P.S. Falo disto com esta indignação precisamente por ser adepto de um clube que o ano passado foi brutalmente castigado pelas instâncias disciplinares, com jogos á porta fechada, por incidentes idênticos a outros que nos estádios de Benfica, Porto, Sporting e Sporting CB não mereceram idêntica punição.
Os vitorianos podem ser enteados do sistema, mas não são nem nunca serão cobardes ou mudos!

Pólo Aquático

Sempre achei o pólo aquático uma modalidade engraçada, relativamente pouco desenvolvida em Portugal,  que me atraia por alguma espectacularidade própria dos seus jogos.
Confesso que até dois ou três anos atrás nunca tinha visto um jogo ao vivo limitando-se os meus contactos com a modalidade a alguns jogos televisionados especialmente nos Jogos Olímpicos.
Reconheço que o facto de ter sido praticante de andebol na minha juventude e de o pólo aquático ser uma espécie de andebol jogado dentro de água também manteve sempre a chama do interesse acesa e me levou a esse televisionamento atrás referido.
Mas um dia o Vitória criou a sua secção de pólo aquático.
E aí a modalidade passou a ser das "nossas" , daquelas a que quando não se vai ao jogo se procura saber o resultado, a evolução da classificação e tudo o mais.
E passei a ver jogos ao vivo.
Poucos, é verdade, mas ainda assim um número decente para um vitoriano que tem uma visão ecléctica do clube e que sabendo que o futebol é "Rei" também sabe da importância do ecletismo para a afirmação do clube e para a reciprocidade de serviços com a comunidade que o envolve.
E se mais vezes não vou, para além da disponibilidade não ser infinita (antes fosse),isso prende-se essencialmente com dois factores:
Por um lado o pólo aquático tem os horários mais estranhos de todas as modalidades que se praticam no clube não por responsabilidade da secção mas sim por organização federativa.
Bastará atentar neste exemplo: o ultimo jogo que fui ver foi numa 6ª feira com o inicio às 22.30h !!!
A outra é uma razão profundamente pessoal.
Uma velha sinusite, companheira de vida, que se dá muito mal com o ambiente aquecido dos recintos onde se disputam os jogos.
E quanto a isso não há volta a dar porque tem de ser assim mesmo.
Piscina aquecida tem esse inconveniente.
Quanto ao resto confirmei ao vivo o que já sabia pela televisão.
O pólo aquático tem mesmo jogadas espectaculares , jogos muito bem disputados, e é uma modalidade a que se assiste com muito agrado e até entusiasmo.
Especialmente sem sinusite.
Depois Falamos

Coerência.

Tenho a maior das simpatias, até porque reconheço a urgência de que se revestem, pelas medidas de regeneração que alguns presidentes de clubes/SAD pretendem introduzir no futebol português de molde a melhorarem a sua competitividade e reforçarem uma verdade desportiva tantas vezes tratada aos...pontapés.
Nesse particular tem-se distinguido Bruno de Carvalho e Júlio Mendes respectivamente presidentes do Sporting e do Vitória.
Que são as face mais visíveis de muitos outros que apoiam o movimento.
Mas em relação ao presidente leonino, que me parece homem corajoso e bem intencionado, há uma coisa que não posso deixar de dizer:
Tem de se preocupar mais com a coerência e "abafar" um pouco a paixão clubistica.
Ou por outras palavras: não pode à segunda feira propor a regeneração do futebol e á terça recorrer a velhas práticas para contestar (neste caso sem razão) o que não lhe agrada.
Refiro-me à polémica, tão portuguesa e tão sem sentido, sobre a diferença de dois minutos com que terá começado atrasado o Porto- Marítimo em relação ao Penafiel-Sporting.
Toda ela apenas e só porque no ultimo minuto de jogo o FCP chegou ao triunfo através de uma grande penalidade (bem assinalada) que lhe valeu o apuramento para as meias finais da taça da "carica" deixando de fora o Sporting.
Eu percebo bem a frustração de quem esteve a um minuto do apuramento.
Mas daí a cabalas e teorias da conspiração é completamente fora de propósito.
Aliás se alguma responsabilidade existe no desfasamento ela é da Liga e de mais ninguém.
Porque tendo delegados em ambos os estádios bastaria que entre eles sincronizassem as indicações aos árbitros para inicio das partidas e recomeços após os intervalos num e noutro lado.
A partir daí qualquer diferença horária teria apenas a ver com as incidências dos jogos e tempos de compensação ajuizados pelos árbitros.
É o que acontece, por exemplo, na Liga dos Campeões com jogos simultâneos em vários países e até com diferentes fusos horários.
Mas a LPFP deve achar isso muito complicado...
Por isso espero que o movimento regenerador se concentre no essencial e deixe por uma vez estes comportamentos e atitudes tão típicos daquilo e daqueles que querem regenerar.
Depois Falamos

Confusão...

Confusão minha é claro.
Eu explico.
Amiga minha, geralmente bem informada, disse-me a meio da passada semana que o líder do PSD vinha a Braga na sexta feira dia 24.
Achei natural.
Afinal no sábado 25 disputavam-se as directas para a eleição do presidente do partido e tendo Pedro Passos Coelho visitado vários distritos para apresentação da sua moção de estratégia achava lógico que viesse ao distrito de Braga.
O único onde o PSD subiu nas ultimas autárquicas convém não esquecer.
Mas rapidamente ela me esclareceu que PPC vinha a Braga mas para um encontro com militantes da JSD!
Fiquei confuso admito.
Então ele era candidato a líder do PSD ou da JSD ?
Quando ainda por cima o actual líder da JSD, natural de Braga e deputado por este circulo eleitoral, lhe tinha feito recentemente um enorme favor(segundo algumas perspectivas que não a minha...) não me parecia nada lógico que PPC lhe disputasse o lugar.
É verdade que ele, PPC, já não tem idade para ser líder da JSD mas confesso que nos últimos tempos tenho visto tanta coisa estranha no partido que já não digo nada...
E confuso, admito, disse à minha amiga que ela é que devia estar a fazer confusão e que certamente o líder do PSD viria a Braga apresentar, isso sim, a sua moção aos militantes do partido.
Que seria o mínimo dos mínimos face à enorme injustiça que foi a não marcação do congresso para Braga como seria da mais elementar justiça e bom senso politico.
Militante no distrito, membro da assembleia distrital e autarca na assembleia municipal de Guimarães fiquei na expectativa de um convite para a sessão.
O convite nunca chegou.
Nem a mim nem a muitos outros militantes com responsabilidades maiores ou menores no PSD.
Soube pela comunicação social, à boleia da enésima sessão de vaias a Passos Coelho, que ele tinha vindo a Braga exactamente no contexto que a minha amiga me tinha referido.
Para um encontro com jovens da JSD.
Fiquei num permanente estado de confusão desde essa altura.
Tão confuso que até me esqueci de algumas coisas que tinha para fazer no sábado ao fim da tarde...
Sem prejuízo para mim ou para quem quer que seja diga-se de passagem!
Depois Falamos

P.S. O estado de confusão já passou.
A perplexidade é que não!

sábado, janeiro 25, 2014

Sugestão de Leitura


É um livro arrasador aviso desde já.
Escrito por três homens de esquerda, outro aviso que fica, e daí insuspeitos de serem perigosos fascistas ou saudosos do colonialismo como alguns teimam em chamar a 500 anos de presença portuguesa em terras de África.
Feitos estes dois avisos importa dizer alguma coisa sobre o livro.
Que trata, essencialmente ,do brutal enriquecimento de José Eduardo dos Santos e respectiva família bem como do circulo próximo de dirigentes do MPLA.
Ao longo das 130 páginas de investigação aparecem nomes que nos soam familiares aos ouvidos:
José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos, Manuel Vicente, António Mosquito, Bento Kangamba, José Leitão. Kopelipa, João de Matos entre outros.
E o que mais nos interessa a nós , portugueses, é a abordagem exaustiva que o livro faz á influência e poder do capital angolano em Portugal, os aliados portugueses dos negócios chorudos daqueles que se auto intitulam "empresários angolanos" (o verdadeiro nome é outro e vem no Código Penal e afins), a posição que eles detém nos principais grupos económicos nacionais.
E , já agora, a cada vez maior submissão de áreas estratégicas da nossa economia ao dinheiro que vem de Angola.
Um livro que se lê de uma penada.
E que nos dá , a todos e pelas mais diversas razões, muito para reflectir.
Depois Falamos

quinta-feira, janeiro 23, 2014

"Panteonar"

Imagem : Panteão Nacional (com photoshop)

Estava o país das homenagens e honrarias posto em sossego, esperando a habitual cascata de medalhas do 10 de Junho, quando repentinamente morre Eusébio da Silva Ferreira (que na sua juventude trabalhava em golos como mais ninguém) provocando uma emoção e um sentimento de pesar em todo o país de que só escapou aquela minoria de idiotas que não consegue perceber que há alturas em que a cor das camisolas não interessa.
Perante o falecimento de Eusébio, e entre as várias homenagens que lhe foram prestadas, surge a ideia de os seus restos mortais virem a ser transladados para o Panteão Nacional como forma de realçar o enorme contributo que ele deu para a imagem de Portugal no mundo.
Ideia que mereceu apoio consensual de todos os partidos parlamentares (mesmo com aquele triste episódio dos "custos" de que alguém falou sem fazer a mínima ideia do que estava a falar) mas que provocou um sobressalto nalgumas figuras da chamada esquerda invejosa.
Aquela que só gosta das honrarias para ela própria.
E então, horrorizados pela ideia de um futebolista ir para o Panteão, desataram numa busca frenética de figuras do seu agrado que também pudessem "panteonar" (aí está um contributo para enriquecer a já rica língua portuguesa) de imediato.
E foram aparecendo as sugestões.
De Sophia de Mello Breyner Andersen a Raul Rego imagine-se.
E lá chegaram à inevitável ideia de homenagearem o 25 de Abril de 1974 "panteonando" Salgueiro Maia!
Devo dizer que se algum capitão de Abril merece essa homenagem é precisamente Salgueiro Maia.
Que fez a revolução na linha da frente, onde o risco existia de facto, e depois voltou para o quartel e nunca quis nada que não fosse continuar a sua carreira militar.
Mas essa eventual transladação deve obedecer a dois requisitos fundamentais:
Ser uma homenagem do país, e não apenas de alguns gurus de esquerda, a Salgueiro Maia e ao próprio 25 de Abril.
Merecer o acordo prévio da família do homenageado cuja opinião é a única que deve contar na decisão final.
Porque, não respeitando estes dois princípios, vai ser preciso um "Panteão" como o da imagem acima generosamente aumentado em altura pelas maravilhas do photoshop (não sei o autor, "pesquei" a imagem na página de facebook de António Nogueira Leite)para satisfazer a "fúria" "panteonante" de alguma esquerda que por aí anda...
Depois Falamos

quarta-feira, janeiro 22, 2014

Rafael Crivellaro

A história de Rafael Crivellaro no Vitória é a tipica história de um "patinho feio" a quem sendo dado tempo e oportunidades acaba por se transformar num belo "cisne".
Chegou ao Vitória sensivelmente três anos atrás.
Vinha doutro futebol, de outro clima, de outros hábitos e teve dificuldade em adaptar-se de imediato pelo que fez poucos jogos e sem saliência especial.
Nesse tempo ainda não havia equipa B e por isso na época seguinte foi emprestado ao Trofense da II liga onde, aí sim, começou a mostrar alguns lampejos da enorme qualidade que já então se lhe adivinhava.
No inicio da época passada voltou ao Vitória.
Sem espaço na equipa A foi colocado na B (o que profissionalmente aceitou com tristeza mas sem azedume) onde Luiz Felipe se encarregou de o moldar ás exigência competitivas de um clube com as ambições e a história do Vitória.
Deu-lhe oportunidades de jogar, ora a titular ora a suplente utilizado, ensinou-o, elogiou-o, repreendeu-o e passou-lhe algumas "broncas" como só se passam a jogadores que se sabe poderem dar mais do que aquilo que estão a dar.
Crivellaro ouviu, aprendeu, evoluiu.
Em Janeiro de 2013 Rui Vitória deu-lhe uma oportunidade na equipa A, contra a Naval 1º de Maio, na taça da liga.
E ele correspondeu com um dos melhores golos que me lembro de ver no estádio D.Afonso Henriques!
A partir daí nada foi como dantes.
Voltou a jogar pela B mas sendo opção várias vezes utilizada na equipa A onde foi progressivamente ganhando o seu espaço e convencendo Rui Vitória de que o seu contributo, pelas caracteristicas únicas no plantel, podia ser muito útil.
No Jamor, a 26 de Maio naquela a que chamo desde então a mais bela tarde vitoriana, Crivellaro deu a prova definitiva de que podíamos contar com ele ao mais alto nível.
Recordaremos sempre, todos, a genialidade do seu passe para Soudani que nos aproximou das escadarias do estádio rumo á tribuna de honra.
Este ano Rafael Crivellaro integrou, com toda a justiça, a equipa A.
Onde tem vindo a dar mostras (em Olhão foi um belo exemplo) de ter as tais caracteristicas que fazem a diferença.
Com a bola no pé define na perfeição.
Sabe quando é tempo de passar, de rematar, de acelerar o jogo ou de segurar a bola.
E no ultimo passe, vulgo assistências, é simplesmente genial.
Soudani ou Tomané que o digam.
Nunca será um jogador para defender com intensidade ou para andar atrás da bola embora tenha vindo a melhorar bastante nesses aspectos.
Mas o Crivellaro que "interessa" ao Vitória é o "outro".
O Rafael Crivellaro com a bola no pé e a cabeça no ar sempre em busca da melhor solução.
E como esse não há outro jogador no Vitória (e muito poucos no nosso futebol) o que aos 24 anos de idade promete muito e bom para o futuro.
Depois Falamos

P.S: Por trás do jogador há sempre o homem. E também a esse o Vitória pode bem estar grato.
Sei do que falo!

terça-feira, janeiro 21, 2014

Ronaldo & Cavaco

Uma certa esquerda, preconceituosa, sectária e arrogante anda com muito azar.
Ela e os que por ela escrevem em blogues, facebook, jornais ou comentam nas televisões.
Primeiro por causa de Eusébio e o Panteão.
Pelo facto de a morte de um homem simples, futebolista (que horror...) de profissão, ter unido um país num luto imenso como nunca um politico ou um intelectual de esquerda tinha conseguido até hoje.
Depois a ideia de o colocarem no Panteão fez essa esquerda estremecer de horror.
Um futebolista no Panteão? Um lugar que devia ser destinado apenas a esquerdistas de marca registada.
Escritores que ninguém lê, cineastas cujos filmes ninguém vê, músicos que ninguém ouve ou dramaturgos com as salas ás moscas ainda vá.
Mas um futebolista? Que horror!
Ainda mal refeitos desse abalo eis que assistem a nova investida dos "Átilas" do futebol.
Cristiano Ronaldo, português de gema, é eleito o melhor futebolista mundial (pela segunda vez!!!) e é noticia em todo o mundo com um destaque que nunca um desses intelectualoides que essa esquerda venera teve ou alguma vez terá.
Que horror.
Português, rico, bem sucedido, o melhor do mundo.
Se se admite pensam esses intelectualoides esquerdistas
Ainda mal digerida a "bola de ouro" já a pobre esquerda preconceituosa e sectária tinha de assistir a outro horror na sua forma pequena de ver o mundo.
O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva ( o politico que essa esquerda mais odeia talvez porque a esmagou com quatro maiorias absolutas algo que nenhum politico de esquerda, em Portugal, jamais conseguiu) condecora Cristiano Ronaldo.
O tal rico, bem sucedido, que teve a ousadia de ser o melhor do mundo sendo português.
Inadmissível.
Ainda se fosse Sampaio que honra lhe seja feita sempre assumiu ser um adepto do futebol, ou até Soares o ignorante em futebol e amnésico em boa educação, mas a quem essa esquerda transformou em ícone recente ainda se admitia.
Mas Cavaco, ao lado de Ronaldo, para todo o mundo ver e os portugueses apreciarem o gesto e a condecoração?
Que horror!
Pobre esquerda.
Vale-lhe apenas uma consolação que é também a sua imagem de marca.
Em miserabilismo não há quem os bata.
Aí são dos melhores do planeta.
Depois Falamos.

P.S. Eu sei que há gente que não pertence a essa esquerda que também pensa assim.
Mas complexos de esquerda é o que mais há por aí...
Basta ver o que se passa no Parlamento em matérias de polémica recente!

Directas...

Na próxima sexta feira o PSD tem eleições directas para a liderança.
Perante uma indiferença nunca vista por parte dos militantes, pese embora um simulacro de campanha feito pelo líder com a visita a dois ou três distritos (a Braga não veio talvez por ter sido o único em que o PSD subiu nas ultimas autárquicas...), o que sendo normal quando o partido está no poder não deixa de ser um indicio preocupante do "estado" de desânimos nas hostes laranjas pela dimensão que desta vez assume.
De facto, e sendo eu um defensor do modelo "directas" para a eleição do presidente do partido, quando se está no poder torna-se evidente que o líder/primeiro ministro concorre sozinho porque ninguém com o juízo todo iria por em causa a estabilidade governativa (ainda por cima em momentos tão delicados) com uma candidatura á liderança.
O que transforma as eleições num pró forma em que os únicos pontos de interesse são mesmo quantos militantes vão votar e qual a percentagem da reeleição de Pedro Passos Coelho.
Razão pela qual se teria tornado útil que tivessem sido encontrados factores adicionais de motivação e interesse para esta eleição de molde a que os militantes se sentissem motivados para participarem no acto eleitoral.
Não foi essa a opção de quem lidera.
E por isso sexta feira lá teremos o pró forma.
Confesso que me preocupa, enquanto militante, este estado de anemia politica em que vejo o partido mergulhado.
Em que as pessoas em vez de aparecerem, debaterem, aplaudirem e contestarem como sempre aconteceu ao longo dos quase 40 anos de vida do PSD preferem...desistir.
Ficarem em casa.
E o congresso de Fevereiro, ainda por cima com o "péssimo" aperitivo de uma moção de estratégia cuja notoriedade advém de maus motivos, ameaça ser o mais enfadonho da história do partido.
Salvo se PPC quiser fazer aquilo que nunca foi feito... no seu tempo.
Cortar a direito, renovar profundamente a direcção, dar sinais claros de que  em 2015 o grupo parlamentar será drasticamente remodelado.
Entre outras coisas...
Depois Falamos

Com Papas e Bolos...

Nunca fui grande admirador de Jesualdo Ferreira enquanto treinador de futebol.
Pareceu-me, isso sim, que teve sempre bons "padrinhos" que lhe proporcionaram uma carreira bem acima do que os méritos demonstrados fariam prever.
Nomeadamente nas selecções jovens por onde andou anos e anos sem grandes resultados práticos ou como adjunto no Benfica e no Bordéus à boleia do seu amigo Toni.
Como treinador principal é o que se sabe.
Torrense, Silves, Atlético,Rio Maior, Académica, Estrela da Amadora, Alverca, FAR Rabat(Marrocos), Málaga(Espanha), Sporting CB ( o clube onde esteve mais tempo),Panathinaikos(Grécia), Sporting onde chegou com uma função e acabou com outra e Benfica onde entrou para a história ao ser eliminado pelo Gondomar na Luz para a Taça de Portugal!
Elos comuns?
Não ganhar nada e ser despedido em quase todos!
Dirão os mais atentos que falta aqui o Porto.
Onde não foi despedido e onde ganhou os seus únicos títulos como treinador principal.
Até nisso há coerência.
Porque normalmente o Porto não despede treinadores e ganhar títulos,lá, qualquer um ganha
Mas também não aprecio Jesualdo Ferreira na vertente comunicacional que traduz a sua maneira de ser.
Acho-o arrogante e numa permanente ansiedade de dizer aquilo que quem lhe paga gosta de ouvir.
Foi por isso que sem surpresa o ouvi, em conferência de imprensa antes do ultimo Sporting CB-Vitória, dizer que a grande rivalidade entre os dois clubes era mais coisa do passado porque agora os rivais do clube que treina são os chamados grandes.
Disse-o para agradar a quem adora ouvir depreciar o Vitória mas fazendo-o deu uma prova imensa do que é a sua ignorância quanto aos dois clubes, as duas comunidades, as duas massas adeptas.
Porque esta rivalidade nunca se alimentou da disputa de lugares ou de palmarés nas provas porque se assim fosse coitado do clube dele à beira do Vitória.
É uma rivalidade histórica, com mais de mil anos, da qual os clubes são hoje a face mais visível e mediática mas nos quais ela está longe de se esgotar.
Por mim Jesualdo Ferreira pode perfeitamente continuar a tentar provocar-nos.
Enquanto para o fazer tiver de olhar para cima, por mim, está perfeito.
Depois Falamos

P.S. Há um velho ditado no qual JF devia meditar:
"mais vale estarmos calados e pensarem que somos tolos do que abrirmos a boca e terem a certeza"!

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Amidó Baldé

Há jogadores que nos marcam.
Pela capacidade futebolistica, pela qualidade humana, pelo profissionalismo de que dão mostras quando vestem a nossa camisola.
Amidó Baldé é um deles.
Chegou ao Vitória, de forma quase "clandestina" porque nunca o nome apareceu como possível reforço, e desde o primeiro momento mostrou uma vontade imensa de jogar pelo nosso clube.
E essa vontade foi decisiva para que as negociações com o seu empresário e o seu advogado chegassem a bom porto.
E desde o primeiro momento demonstrou a sua humildade e vontade de ser útil.
Lembro-me bem de me ter dito, numa das primeiras conversas, que se fosse preciso jogar pela equipa B o faria sem qualquer problema porque estava em Guimarães para ajudar o Vitória onde fosse preciso.
É difícil não gostar de uma personalidade assim e de atitudes tão profissionais como esta.
E depois demonstrou outra qualidade.
Um autêntico "viciado" no trabalho.
Treinar, voltar a treinar, dar sempre o máximo e uma enorme vontade de aprender e melhorar.
Também me recordo de me ter dito que precisava muito de trabalho especifico de ponta de lança porque tinha noção de que tinha aspectos a melhorar e não descansaria enquanto não o fizesse.
Depois...depois o resto da história é conhecido.
Conquistou os adeptos com exibições, golos, humildade e o orgulho imenso que demonstrava em vestir a nossa camisola.
No final da época saiu para o Celtic.
Um grande clube, com condições financeiras que o Vitória não podia igualar, a prova de que a Europa do futebol está atenta (mais que Paulo Bento mas isso nem é novidade) aos jovens talentos vitorianos.
Hoje noutra equipa, noutra realidade, Amidó Baldé continua a ser um vitoriano.
Presente nas redes sociais comentando a actualidade vitoriana, falando do Vitória e do gosto que teve em o representar em quase todas as entrevistas que dá.
Esteve cá apenas um ano.
Mas é daqueles que fica com o Vitória para sempre.
Um dos "Nossos".
Depois Falamos

P.S. E quem sabe se um dia Amidó Baldé não volta a vestir a nossa camisola com o número 17.
O mundo dá tantas voltas...

domingo, janeiro 19, 2014

Qual Será?

Sem ser parte minimamente interessada no desfecho da Liga parece-me interessante, agora que se iniciou a segunda volta, uma análise ás possibilidades de cada um dos três candidatos ao titulo nacional neste momento especifico da prova.
Registando, desde já, a boa novidade do SCP regressar a sestas lides e a má novidade de nela não estarem mais clubes entre os quais um que me dispenso de dizer qual é.
A 31 de Dezembro, antes da reabertura do mercado de transferências que pode ter grande influência no resultado final desta equação, parecia-me que o Benfica era o principal favorito a vencer a Liga.
Porque tinha, do meu ponto de vista, melhor plantel e provavelmente melhor equipa que os concorrentes face a um Porto excessivamente confiante na abordagem à prova e a u Sporting em que a excelência do treinador supria as óbvias lacunas do plantel.
Hoje, a dez dias do encerramento do mercado, o panorama parece-me diferente.
O Benfica está mais fraco, o Porto mais forte e o Sporting na mesma.
Os encarnados mais fracos fruto da saída de Matic, jogador essencial da equipa, e para cujo lugar parece que o clube não tem substituto á altura.
Claro que se a seguir forem Garay e Rodrigo, para mais com a longa lesão de Cardozo, creio que o Benfica poderá dizer adeus ás suas possibilidades de ganhar o campeonato.
É óbvio que os significativos encaixes financeiros permitirão ir ás compras mas o que está em causa é a saída de jogadores entrosados e a entrada de jogadores que vão demorar o seu tempo a chegarem lá.
O Porto está mais forte é inegável.
Porque juntou à "descoberta" de Carlos Eduardo (longos meses perdido na equipa B)que deu outra qualidade de jogo à equipa a contratação de Quaresma.
Que não precisa de periodo nenhum de adaptação porque conhece os cantos à casa.
E sobre Quaresma sou taxativo: a jogar o seu normal é o melhor jogador português a seguir a Cristiano Ronaldo.
E no jogo de hoje com o Vitória de Setubal já deu boas indicações.
Resta o Sporting.
Que não vendeu (apenas emprestou o suplente Rinaudo) nem comprou até ao momento.
E por isso está na mesma o que significa mais possibilidades frente ao velho rival mas menos em despique com azuis e brancos.
Tem uma vantagem.
Longe das competiçoes europeias e da taça de Portugal tem menos desgaste.
Mas o plantel continua curto para aspirar ao titulo.
A não ser que faça agora algo semelhante ao que fez em 2000 (salvo erro) quando em Janeiro foi buscar André Cruz, César Prates e MPenza e ganhou o campeonato.
Por isso, neste momento, acho que o Porto é o principal favorito.
Mas a 31 de Janeiro fecha o mercado e logo se verá como estão os candidatos no balanço final de aquisições e saidas.
Depois Falamos

Desastres!

Parece difícil alguma coisa correr bem ao PSD nestes tempos difíceis.
Agora a propósito das presidenciais.
Na moção de estratégia que Passos Coelho vai levar ao congresso do partido o perfil traçado para o candidato presidencial a apoiar pelo PSD parece ter sido feito de propósito para excluir Marcelo Rebelo de Sousa que é, de longe, o nome da área social democrata com mais hipóteses de as eleições presidenciais.
É pelo menos essa a opinião do Expresso, do Diário de Notícias e de vários comentadores de politica nacional.
Assim sendo,como estratégia, é um desastre.
E só prova que Passos Coelho e o seu reduzido circulo de conselheiros não aprenderam nada, mas mesmo nada, com as autárquicas.
Nomeadamente com as ofertas de Sintra e Gaia ao PS.
Mas a um desastre tinha de se suceder outro.
E hoje, no seu comentário televisivo, Marcelo enfiou a carapuça até ás orelhas e anunciou que não será candidato por falta de apoioo do partido.
Sui generis.
Porque ou lhe deu jeito arranjar um pretexto para não ser ou então tem medo de dar o passo em frente sem o "calor" do apoio da direcção do partido porque os dos militantes, esse, não lhe faltaria seguramente.
Não de todos mas de um número certamente significativo.
Além do mais, ao que consta, as candidaturas presidenciais não são candidaturas partidárias.
Claro que durante este ano de 2014 ainda se vai passar muita coisa, muita água vai correr debaixo das pontes, muito dito vai ser desdito.
Mas que o PSD começa mal o processo das presidenciais isso é inegável.
Depois Falamos

Lista Complexa

Com o congresso do CDS já realizado e o do PSD a aproximar-se não custa admitir que a questão que mais preocupa os dois partidos, no âmbito estritamente partidário, é a composição da lista conjunta para as eleições europeias.
Conjunta pela primeira vez diga-se de passagem.
E sua elaboração é de uma delicadeza que não vale a pena esconder.
Sendo certo, pela dimensão dos partidos, que os dois primeiros lugares serão do PSD cabe ao CDS o terceiro lugar.
E é aqui que começam os problemas.
O cabeça de lista, tudo o indica, será Paulo Rangel o que a confirmar-se é uma boa escolha por parte de Passos Coelho.
O número dois será um ex autarca do PSD (pelo menos os indícios apontam nesse sentido) provavelmente Fernando Ruas embora existam outras possibilidades menos prováveis como os candidatos derrotados no Porto e em Lisboa.
O que significa que o primeiro nome do CDS será o terceiro da lista.
E terá de ser uma mulher.
O que em si não é problema porque os centristas tem dois bons nomes para o lugar.
Assunção Cristas, mas não me parece porque saídas do governo para as listas europeias seriam um péssimo sinal, e Teresa Caeiro o nome mais provável.
E aqui reside o problema.
Que fazer de Nuno Melo o anterior cabeça de lista?
Que dificilmente aceitará passar dessa posição para quinto ou sexto lugar, mesmo numa lista conjunta, e ainda menos ser o segundo nome do CDS num tempo em que a sucessão de Portas parece voltar a ser assunto no largo do Caldas.
Claro que se o PSD tivesse uma ex autarca com  a notoriedade e peso suficiente para ser número dois da lista o problema estaria resolvido.
E até tem.
Berta Cabral.
Mas que sendo secretária de estado da defesa tem o mesmo óbice de Assunção Cristas.
E a coligação, Passos e Portas em especial, tem um problema bicudo para resolver.
Passos para escolher entre ex autarcas, sabendo que seja qual for a opção terá ganho a inimizade dos não escolhidos, e Portas para não desprestigiar Melo.
Claro que no primeiro caso a solução pode não passar por um ex autarca mas a inimizade, neste caso de todos os interessados, está garantida.
Sendo certo que no segundo caso Portas nunca deixará cair Melo e por isso vai atirar para o parceiro da coligação o ónus da escolha do número dois que é neste momento o "nó górdio" do problema.
Um assunto a seguir com natural curiosidade.
Depois Falamos.

PS. Antes que o meu muito bem informado amigo ZPF mo venha recordar eu adianto já.
Há demissões na vice presidência do grupo parlamentar, e consequente afastar do envolvimento directo nas trapalhadas do referendo à co-adopção, que podem ser um contributo para a resolução deste problema.
E a auto afastada até poderá ter de fazer o enorme "sacrifício" de aceitar ir para Bruxelas como número dois da lista.
Dir-me ão que não tem notoriedade e peso politico para isso.
É verdade.
Mas também não tinha para ser número dois pelo Porto nas ultimas legislativas...e foi!
E, de resto, Bruxelas até fica mais perto de Madrid do que de Lisboa...

sexta-feira, janeiro 17, 2014

A Noite de Crivellaro

Foto: www.maisfutebol.iol.pt
Antes de mais, e porque inteiramente justo, há que realçar um triunfo sem mácula do Vitória que foi a melhor equipa ao longo dos 90 minutos mesmo quando uma (entre várias) decisão inacreditável de Paulo Baptista reduziu a equipa a 10 elementos quando ainda faltavam 35 minutos para serem jogados.
Hoje gostei muito deste Vitória.
Com garra, dominando o adversário, marcando cedo mas continuando sempre a procurar o golo deu uma resposta muito positiva após a tristonha exibição rubricada no mais recente municipal do concelho vizinho do qual saíra com uma merecida derrota.
A equipa reagiu bem ás mudanças introduzidas por Rui Vitória (Abdoulaye, Addy, Moreno e Crivellaro) e ficou a dever a si própria a marcação de mais golos em várias situações criadas junto da baliza adversária em que avulta um remate ao poste de Tomané.
Destaques merecidos:
Crivellaro autor de uma excelente exibição coroada com uma magnifica assistência para o golo de Tomané e autor de belas jogadas e passes de grande qualidade. Apenas lhe faltou o golo, que bem merecia, mas que esteve perto de conseguir em dois remates bem perigosos.
Tomané marcou o golo do triunfo, teve o citado remate ao poste e deu "água pela barba" aos defensores algarvios.
Barrientos que fez uma segunda parte em excelente nível, jogando e fazendo jogar, e tomando conta da "batuta" especialmente após a saída de Crivellaro.
Foram os melhores, numa equipa onde não houve piores, e na qual Moreno foi um capitão à altura das responsabilidades dando o exemplo na entrega e no espírito de sacrifício.
Agora, fruto dos "magníficos" calendários do nosso futebol, a Liga volta a a parar para a disputa de mais uma eliminatória da taça da "carica" numa altura em que esta equipa precisava era de jogar para consolidar a recuperação.
Nota final para uma arbitragem horrível de Paulo Baptista sonegando um penalti por falta sobre André André, expulsando Abdoulaye sabe-se lá porquê e enganado-se (sempre contra nós!) nalgumas decisões menores nomeadamente transformando cantos em pontapés de baliza.
De facto Pedro Proença tem razão.
O nosso futebol não merece os árbitros que tem.
Merece bem melhor.
Mas os três pontos, esses, já vem no nosso autocarro a caminho de Guimarães.
Depois Falamos

P.S Tão "bons" como o trio de arbitragem só os comentadores da sport tv.
Ignorantes, tendenciosos (contra nós) e incompetentes até dizer basta.

Não e Não!

Não.
Não sou a favor da adopção ou da co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo por razões de consciência, de valores que perfilho, de princípios em que acredito.
Acredito que qualquer criança precisa de um Pai e de uma Mãe.
Que na sua diversidade se completam.
Sou pois contra estas modernices de uma esquerda que sem causas politicas se vira para as" causas fracturantes" como forma de afirmação mas sou ainda mais contra quem não sendo de esquerda tem complexos de...esquerda e a ela se junta nestes assuntos.
Mas democraticamente aceito que outros pensem de forma diferente.
Não sou dono da "verdade" nem reconheço a ninguém esse estatuto.
Não.
Não concordo minimamente com aquilo que o meu partido fez hoje no Parlamento aprovando sozinho um referendo que não tem razão de ser, que demonstra cobardia perante a responsabilidade de decidir, que traduz uma enorme falta de autoridade politica de quem manda.
Posto perante a questão de votar as leis o PSD só tinha dois caminhos.
Votava favoravelmente ou votava contra porque nestes assuntos a abstenção é a pior das cobardias.
E assumia a responsabilidade politica e moral do seu voto.
Mandar a JSD apresentar uma proposta de referendo foi uma imoral fuga ás responsabilidades e o tentar atirar para terceiros a responsabilidade de decidir.
Claro que o PSD ficou sozinho nesta inacreditável votação.
Porque mesmo o CDS, que algumas vezes tenho criticado mas a quem neste caso dou razão, se pôs de fora de semelhante atrocidade politica.
Que provavelmente será chumbada pelo Tribunal Constitucional ou, no limite, merecerá uma gaveta bem funda no palácio de Belém.
"Quo Vadis" PSD?
Depois Falamos.

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Touro da Osborne

Foi durante muitos anos uma imagem familiar a quem viajava por estradas e auto estradas da nossa vizinha Espanha.
O touro da Osborne.
Publicitava um brandy da empresa Osborne e este gigantesco painel publicitário, com cerca de catorze metros de altura, era preferencialmente colocado no topo de montes e colinas de molde a ficar recortado contra o horizonte e oferece ruma imagem de grande impacto visual.
Com o passar dos anos e a aplicação de regras mais restritivas à afixação de publicidade em lugares visiveis das estradas os touros foram sendo retirados até que em algumas comunidades são decretados como bens culturais e repostos embora sem qualquer publicidade.
Actualmente existem cerca de 90 distribuídos por todo pais , excepto na Catalunha onde os excessos autonomistas levaram grupos organizados a derrubarem-nos por entenderem ser um símbolo de ...Espanha, muito menos do que nos anos 60 e 70 do século passado.
O retratado na imagem é meu particular "conhecido" dado já por ele ter passado várias vezes.
Quem circula na auto estrada (e no sentido) Saragoça-Barcelona vê-o numa  colina do lado esquerdo,altaneiro e imponente, indiferente ao passar dos anos, das modas publicitárias, dos exageros securitários e das querelas politicas que levaram a que alguns "familiares" fossem derrubados
Faz, para sempre assim espero, parte da paisagem.
Depois Falamos

Ronaldo e os Simpson

Não sei o que pensarão desta série muitos dos leitores deste blogue.
Eu gosto.
E já tenho dado belas gargalhadas a ver os seus episódios muito por força dessa extraordinária figura de banda desenhada que é Homer Simpson cujo humor é absolutamente corrosivo e proporciona excelentes momentos de critica mordaz.
Regularmente são convidados a participar em episódios da série figuras de grande notoriedade sendo para elas criados bonecos especiais e nalguns casos aparecendo a voz do próprio retratado.
Pois num episódio especial, patrocinado pela Nike, até Cristiano Ronaldo foi visitar a casa dos Simpson e  meteu a bola por baixo das pernas ao Homer.
É apenas uma curiosidade mas não deixa de dar uma imagem da dimensão planetária da figura do jogador português.
Depois Falamos

Nem 8 nem 80

Quem tem uma página no facebook, como é o meu caso, tem a opção de decidir muitas coisa sobre os conteúdos que vão nela aparecer.
Desde logo o que escreve, as fotos e vídeos que publica, os comentários que faz, a quem permite a possibilidade de ver e por aí fora.
Há imensas opções, "á la carte", que permitem ao autor da página moldá-la de acordo com aquilo quer e escolher os amigos e "amigos" que quer ter.
A partir daí é opção pessoal.
Desde aqueles que fazem da página uma "casa dos segredos" ou "um big brother" em que tudo mostram, tudo expõe e sobre tudo escrevem desde  as questões mais irrelevantes ás declarações de amor e ódio ou à morte de familiares próximos como ainda recentemente me deparei (chocado confesso) no perfil de um amigo facebookiano".
É uma opção que respeito embora me faça muita impressão a irresponsabilidade com que alguns pais expõe os filhos menores a um mediatismo que nada tem de positivo. Até porque o facebook é frequentado por muita gente nada recomendável com praticantes de pedofilia à cabeça.
Mas não há 80 sem oito.
E a segunda imagem retrata-os.
Aqueles que andam por esta rede social sem se identificarem de forma minimamente credível.
Sem fotografia, nalguns casos com nomes claramente falsos , sem referências minimamente informativas e depois pedem "amizade".
Mas como se pode ser amigo, ainda que numa mera rede social, de alguém que não se sabe quem é nem quer que se saiba?
Gosto muito do facebook.
Nele tenho encontrado e reencontrado amigas e amigos que sem ele estariam perdidos num qualquer limbo criado pelo tempo e pelo espaço.
Mas com limites.
E a rejeição dos anónimos é o primeiro desses limites.
Em função de uma facebbok mais "saudável", mais transparente, mais verdadeiro
Depois Falamos

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Um Dia Laranja

Confesso que quase tenho "vergonha" de escrever isto, mais que não seja por solidariedade com o que vou vendo noutras secções pelo país fora, mas a verdade é que em Guimarães o PSD/JSD estão numa "boa onda".
Coesos, unidos, com os objectivos bem definidos e protagonistas claramente identificados para os próximos quatro anos de combate politico a uma maioria socialista que embora sendo maioria já não é o que era!
O passado sábado foi um claro exemplo disso.
Durante toda a tarde o partido reuniu em volta de uma mesa um conjunto de actuais e ex dirigentes, actuais e ex deputados,actuais e ex vereadores, ex governadores civis, ex presidente de câmara, dirigentes da JSD, actual e ex lideres parlamentares na assembleia municipal para além de outras personalidades ligadas à história do partido em Guimarães.
Foram horas e horas de excelente debate, sem agenda, sobre o futuro do partido (recordando o passado e analisando o presente é claro) contribuindo para que o líder André Coelho Lima e a sua comissão politica recolhessem um conjunto variado de opiniões e perspectivas.
Foi uma sessão proveitosa como há muitos anos não me lembro de ver.
Logo a seguir, num restaurante da freguesia de S. Lourenço de Sande (num extremo do concelho) foi o jantar de tomada de posse da nova comissão politica da JSD presidida pelo Tiago Laranjeiro.
Cerca de 300 jovens ( e alguns menos jovens na idade mas jovens no espírito) estiveram presentes numa sessão que serviu também para juntar em volta do Tiago Laranjeiro e do André Coelho Lima um conjunto de ex presidentes da concelhia da JSD (conforme a fotografia documenta) mostrando simbolicamente a união entre passado,presente e futuro.
De salientar também, na boa tradição do PSD/JSD de antigamente, a presença de dirigentes distritais e nacionais da Jota bem como representações de praticamente todas as concelhias do distrito.
Dá gosto ver a força e determinação com que estão o PSD e a JSD de Guimarães tão pouco tempo depois da derrota nas autárquicas.
Diria até que nos meus quase 39 anos de "casa" ( a completar no próximo dia 21 ) nunca vi o partido em Guimarães tão determinado, tão mobilizado, tão unido.
Assim...dá gosto fazer politica.
Depois Falamos.

P.S: Houve algumas ausências, quer de tarde quer à noite, por impossibilidades pessoais de alguns dos convidados.
Mas que estarão presentes, certamente, em próximas iniciativa.
Bem como outras pessoas que venham a ser convidadas.
Os bons exemplos contagiam!

O Croquete

O croquete é um salgadinho muito comum nas mesas portuguesas.
Seja nos restaurantes como aperitivo, seja nas casas de cada um até como forma de aproveitar sobras, seja no futebol como forma de fidelizar determinados adeptos.
É verdade.
No futebol.
Acontece que recentemente, num estudo mandado fazer sabe-se lá por quem, se veio a apurar que o consumo exagerado de croquetes tem efeitos secundários extremamente nocivos.
Especialmente nos croquetes do futebol!
Que levam a perturbações de vária ordem nos cinco sentidos de que goza ao ser humano.
Na visão leva o "croqueteiro militante" a só ver o que a sua imaginação lhe permite escondendo-lhe algumas evidências que sem o croquete lhe entrariam pelos olhos dentro.
Na audição a perturbação é de tal ordem que só lhe permite ouvir aquilo que lhe interessa. Provoca até acessos de irritação perante coisas que não gosta que lhe sejam ditas.
No olfacto o vicio pelo croquete é de tal forma que até o mais nauseabundo dos odores lhe cheira a perfume barato.
No paladar o sabor passa para segundo plano porque o que importa é que os croquetes não faltem nunca. Em quantidade e nos dias certos.
No tacto o "croqueteiro" quando se atira à mesa até de olhos fechados consegue agarrar o croquete porque a habituação é de tal ordem que até a tactear chega lá.
São efeitos secundários verdadeiramente nocivos.
Que com a ingestão continuada, e cada vez mais viciosa do croquete, leva a perturbações ainda mais sérias que podem ir da amnésia à ingratidão ou da deslealdade a um seguidismo bacoco face ao "dono" dos croquetes.
Ao que parece a única solução para este sério problema de saúde pública ,nos frequentadores de determinados sectores dos estádios de futebol, é mesmo um corte radical com o vício e o abandono do croquete como meio de afirmar um estatuto que só o estado de alienação a que o croquete leva permite ser encarado como real.
Nuns casos, os menos graves mas raros, é o próprio viciado que por sua livre iniciativa se afasta do vicio e tenta ir aos estádios apenas e só para ver o seu clube tantas vezes deixado ao "abandono" face a prolongadas estadias em volta dos croquetes.
Esses ainda tem recuperação.
E podem, um dia, normalizada a sua relação com o croquete voltarem a ter presença regular nos tais locais de vício.
Sabendo que não podem abusar.
Os outros, os furiosos do croquete sempre no limiar de uma overdose croqueteira, esses na impossibilidade de reconhecerem o vicio sozinhos precisarão de ajuda de terceiros que nunca poderá deixar de passar pelo seu afastamento definitivo dos locais de consumo de croquete.
Falta porém saber se esse afastamento definitivo não significará também o seu desinteresse pelos seus clubes e pelas idas aos estádios...
As teias que os croquetes tecem...
Depois Falamos

terça-feira, janeiro 14, 2014

Diogo Lamelas

Foi com alguma tristeza que soube da saída de Diogo Lamelas do Vitória.
É o que há de mais normal no futebol a entrada e saída de jogadores, quer nos inícios de época quer na reabertura do mercado, fruto das necessidades dos clubes e da própria aspiração dos jogadores a jogarem com mais regularidade ou a conseguirem melhores contratos.
Esta época Diogo Lamelas foi pouco utilizado, as opções do treinador raramente passaram por ele, e naturalmente que prestes a completar 24 anos o jogador entendeu dar um novo rumo á sua carreira afim de poder jogar com outra regularidade.
Para o Vitória, dentro das restrições financeiras em que continua mergulhado, foi a oportunidade de emagrecer a folha salarial com um atleta que não estava no lotes dos indispensáveis do técnico da equipa B.
Normal portanto.
Tenho pena, contudo, por várias razões.
Desde logo porque Lamelas chegou ao Vitória, ainda menino, em 1999, e fez onze épocas consecutivas na formação antes de ser emprestado uma época ao Lousada e duas ao Amarante.
No regresso, para a equipa B, reassumiu a braçadeira que já tinha sido sua nos escalões de formação e foi um capitão verdadeiramente exemplar com o qual tive o gosto de trabalhar durante alguns meses e me habituei a admirar pelo respeito natural que os colegas lhe dedicavam.
Um verdadeiro líder de balneário!
Regularmente utilizado na época passada, fruto de um valor futebolistico que existe mas que nem sempre é reconhecido muito por força de quem confunde talento com tamanho, este ano deixou de contar e termina mais um ciclo no Vitória.
Para Diogo Lamelas a equipa B chegou tarde.
E compreendo que prestes a fazer 24 anos tenha , de comum acordo com o clube, decidido dar outro rumo á sua carreira.
Mas tenho pena.
Porque o Diogo é, da cabeça aos pés, um Homem com o ADN Vitória.
E esses nunca deviam partir.
Depois Falamos

Uma Capa Vergonhosa

A capa de hoje do Record, e a forma de fazer jornalismo que ela revela, só tem uma qualificação:
Vergonhosa.
Não confundo o jornal, e quem nele trabalha, com quem episodicamente exerce cargos cujo poder lhes permite parirem aberrações como esta que envergonha o Record e quem nele trabalhando tem do jornalismo um conceito de isenção e independência bem diferente.
Sei bem, a titulo de exemplo, o esforço brutal que a redacção do Porto (onde trabalham excelentes jornalistas e fotojornalistas de quem tenho, nalguns casos, a honra de ser amigo)faz para contrariar este ridículo centralismo lisboeta, esta subserviência ao noticiário em função de um clube, esta parolice sem fim.
No dia em que o português Cristiano Ronaldo é consagrado como melhor futebolista do mundo (coisa que ao que parece não sucede todos os dias ...)os responsáveis pela capa do jornal não acharam melhor ideia do que atirar CR para um canto superior e fazer grande destaque da hipotética contratação pelo Benfica(por quem havia de ser...) de um jogador português que é suplente no Zenit da Russia e que é chamado á nossa selecção com alguma regularidade.
Vergonhoso, parolo e lamentável.
Nem no dia da Bola de Ouro conseguiram deixar de dar ao clube dos que decidem a primeira página o principal destaque a exemplo do que fazem nos restantes 364 dias do ano aliás.
Estão ao nível da revista "Mística" ou do extinto jornal do Benfica.
Nem mais nem menos.
Gente que tem este conceito de jornalismo, gente que subordina o jornal em que tem posições de responsabilidade ao seu fervor clubistico, gente que não tem vergonha nem noção do ridículo é gente perigosa.
Porque quem faz isto...faz qualquer coisa em termos de beneficiar o seu clube e discriminar todos os outros!
Depois Falamos

P.S: Coisa parecida só "A Bola" quando no dia seguinte à conquista da medalha de ouro no triplo salto por Nelson Évora, nos Jogos Olímpicos de Pequim, um feito extraordinário para o nosso desporto deu o grande destaque da capa a um qualquer jogador acabado de chegar para o...Benfica!

A Fotografia.

De todas as fotografias que vi sobre a gala da FIFA para atribuição da "Bola de Ouro 2013" esta foi a que me agradou mais.
Por várias razões.
Por "aquela" bola de ouro ser de Ronaldo.
Por nela figurarem dois "monstros" do futebol , ambos de língua portuguesa, que contribuíram e contribuem para o mediatismo planetário da modalidade a níveis anteriormente impensáveis.
Pela presença no palco do pequeno Cristiano (não me lembro de ver outro galardoado fazer-se acompanhar por um filho(a) num momento tão marcante) dando um toque de ternura à cerimónia.
E quase dá, levando o assunto para a brincadeira, para adivinhar o que cada um pensa.
Ronaldo "...Gostava de ser no século 21 o que Pelé foi no século 20..."
Pelé "...Gostava de ter a idade do filho de Ronaldo e uma carreira para fazer nos tempos actuais...".
Cristiano "... Vou ser melhor que o meus pai e o Pelé e ganhar muitas bolas destas...".
Brincadeiras...
Depois Falamos