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segunda-feira, dezembro 30, 2013

2013

Quando um ano caminha para o seu fim é tradiconal fazer-se um balanço do bom e do mau, do que gostamos e do que não gostamos, do que consideramos grandes acontecimentos e grandes figuras que se destacaram ao longo dos 365 dias passados.
Foi assim que decidi escolher duas personalidades e dois acontecimentos(é um critério como outro qualquer) como aqueles que mais me marcaram ao longo deste ano que agora finda.
Comecemos pelas personalidades.
A eleição do Papa Francisco é um momento marcante de 2013 com reflexos nos próximos anos.
O carisma, a humildade e simplicidade deste "Papa do Povo" levam a Igreja para os melhores momentos de empatia com os fieis, só comparáveis ao pontificado de João Paulo II nos seus momentos mais altos, e alargam o seu âmbito de influência para fora do âmbito da Fé. Mas há muito para fazer para que a Igreja católica possa reassumir um papel que já teve e perdeu.

Há homens que são grandes em Vida e também na hora da morte.
Nelson Mandela foi um deles.
Exemplo de tolerância, de perdão, de integração racial a sua partida deixa um vazio imenso em África e no mundo de quem ele foi durante anos uma das grandes referências de Estadista e acima de tudo de Humanista.
Num mundo onde já não há personalidades com a sua dimensão só os próximos anos nos dirão em termos definitivos quanta falta vai fazer.
Quanto aos dois acontecimentos são de natureza bem diversa.
O histórico triunfo no Jamor, pondo termo a 90 longos anos de espera por um grande titulo nacional, foi um momento que ficará para sempre na memória de todos os vitorianos.
Jogando com as suas "armas", trilhando um caminho muito próprio em que foi pioneiro da aposta consequente na formação, o Vitória provou que pode ser tão bom como os melhores. Para já numa prova a eliminar; no futuro, mantendo o rumo e aumentando a verdade desportiva no nosso futebol, em provas de regularidade como o campeonato.
Não há guerras boas.
Mas as guerras civis são as piores de todas.
Porque lançam famílias contra famílias, amigos contra amigos, parte de uma sociedade contra a outra.
A guerra na Síria é um exemplo disso com todo o seu cotejo de mortos, feridos e desaparecidos.
E com o horror adicional do uso de armas químicas que é o passo de loucura anterior ás armas nucleares.
Em 2013 intensificou-se e vai por caminhos cada vez mais mortíferos, mais perigosos e mais aterradores perante uma comunidade internacional manietada pelos interesses das potências mais fortes.
Até ao dia em que seja tarde para por fim a uma barbárie que pode incendiar toda a região e não só...
Foram estas as "minhas" personalidades e os "meus" acontecimentos.
Depois Falamos.

sábado, dezembro 28, 2013

Referências

É comum nos dias de hoje referir-se que os partidos tem falta de referências, como no passado,em que os militantes se reviam e encontravam razões para reforçarem os seus laços com os partidos e o seu fervor militante.
É assim com todos os partidos e também com o PSD.
Que teve grandes referências no passado, muito também por força da intensidade com que se vivia a política e da capacidade de atracção que esta tinha ( e perdeu quase por completo) para os melhores valores, mas que no presente vive com algum deficit nessa matéria.
Pessoalmente admirei imenso lideres como Sá Carneiro e Cavaco Silva e militantes ilustres e exemplares como foram Eurico de Melo, Nuno Rodrigues dos Santos, Mota Pinto ou Fernando Nogueira.
 Entre muitos outros.
Mas também me habituei a admirar outro tipo de referências.
Menos mediáticas, mais "invisíveis", mas sem cujo trabalho nenhum líder do PSD teria tido o sucesso que teve e alcançado as vitórias que alcançou.
De Francisco Sá Carneiro a Pedro Passos Coelho.
A fotografia retrata duas dessas referências.
De quem, ainda por cima, tenho a honra de ser amigo.
Zeca Mendonça e José Luís Fernandes.
Um na área da comunicação social e outro na organização de campanhas(entre muitas outras tarefas que desempenharam no partido) trabalharam com todos os líderes desde Sá Carneiro até Passos Coelho com um profissionalismo exemplar e uma dedicação ao PSD sem reservas nem restrições.
E isso explica que num meio tão propicio à intriga , aos diz que disse, ás jogadas de bastidores sempre presentes na alta direcção de um partido politico tenham sabido merecer a confiança de todos os líderes face á forma exemplar como sempre souberam interpretar o seu estatuto de funcionários do partido.
Aprendi muito com ambos.
Com o Zeca Mendonça (um extraordinário contador de histórias cujas "Memórias", se as escrever é claro, serão um tremendo êxito) aprendi muito em termos de relações com a comunicação social com tudo de complexo e delicado que isso encerra ao nível exigentissimo a que ele trabalha acompanhando lideres do PSD.
Com o José Luís Fernandes, um excepcional organizador e director no terreno de campanhas eleitorais, aprendi isso mesmo, a organizar campanhas!
E ele sabe muito !
São para mim duas referências.
Tão importantes como outras referências que o PSD teve e...vai tendo.
Depois Falamos

P.S: A fotografia foi "pescada" na página de facebook do José Luis Fernandes.
Sem pedido de autorização prévio.
Mas sei que ele não leva a mal.

Carteira e "Cantera"


Publiquei este artigo na edição de hoje do jornal Record

Quis um bom destino que na época passada as três principais competições do futebol nacional tivessem vencedores a Norte.
E se o FCP campeão já não é uma novidade a conquista da Taça de Portugal e da Taça da Liga pelos dois principais clubes minhotos é uma novidade absoluta e representa uma saudável descentralização do poder futebolístico dentro das quatro linhas.
Vitória e Sporting de Braga, por esta ordem os dois grandes clubes do Minho, conseguiram as conquistas inéditas para ambos da taça de Portugal e da taça da liga respectivamente.
Chegaram, porém, a essas conquistas por caminhos diferentes.
O Vitória apostando na formação e o Braga na contratação.
De alguma forma reeditando o clássico antagonismo espanhol entre a “cantera” do Barcelona e a “carteira” do Real Madrid.
O Vitória apostou na formação por convicção, plasmada no seu projecto desportivo, e por necessidade face à tremenda crise financeira que o assolou nos últimos anos.
O Braga, com outras disponibilidades financeiras, foi pelo caminho da contratação de jogadores “feitos” (alguns internacionais) o que lhe garantia à partida um sucesso mais imediato.
O mesmo em relação a treinadores.
O Vitória apostando na estabilidade e na competência do trabalho de Rui Vitória, até pela sua predisposição para lançar jovens, e contratando Luiz Felipe para treinar a equipa B face ao percurso feito pelo técnico nos escalões jovens e pela sua capacidade em “fazer” jogadores e formar homens.
Foram duas apostas ganhas.
O Braga, com preocupações mais imediatas de sucesso, pode dar-se ao “luxo” de trocar todos os anos de treinador da sua equipa A apostando por norma em profissionais já com carreiras consolidadas como José Peseiro que conduziu a equipa á vitória na taça da liga.
Ambos os clubes venceram.
Pelos caminhos mais diversos que é possível imaginar.
O Vitória formou, ganhou, vendeu, continua a apostar nos jovens.
O Braga comprou, ganhou, vendeu, continua a comprar.
O futuro dirá quem tem (mais) razão.
Eu aposto no Vitória!

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Campeões!

Nunca fui um entusiasta do basquetebol.
Embora gostasse de ver as transmissões da NBA (mas também quem não gostar de basquetebol aquele nível não gosta de desporto!) não ligava positivamente nenhuma ás provas nacionais nem nunca a prática da modalidade me tinha atraído nos meus tempos de juventude.
As minhas modalidades eram o futebol e o andebol.
A primeira porque quase todos os jovens gostam dela e a segunda pela forte tradição que tem em Guimarães e pelo facto de na minha juventude frequentar meios a ela muito ligados.
Foi, aliás, a única modalidade que joguei enquanto atleta federado.
A minha primeira ligação ao basquetebol, e muito esporádica, foi na fundação do BCG de que cheguei a fazer parte do primeiro conselho fiscal.
Mas não era a minha "praia" decididamente.
Só em 2008 voltei a "olhar" para o basquetebol com a alegria e o deslumbramento de ver o Vitória (que tinha, e bem, "absorvido" o BCG) vencer a taça de Portugal frente ao F.C.Porto, então uma potência na modalidade, enquanto a equipa vitoriana estava na II divisão!
Não há coincidências nem acasos no basquetebol.
É uma modalidade onde ganha quem joga melhor e uma equipa da II divisão ganhar ao FCP uma final revelava um trabalho extraordinário de preparação da equipa e de mentalização dos jogadores.
De lá para cá nunca mais  perdi o basquetebol do Vitória de vista.
E habituei-me a apreciar e valorar o magnifico trabalho do Fernando Sá ( a quem chamo de há muito o Mourinho do basquetebol) construindo e reconstruindo equipas, sem orçamentos comparáveis ao dos adversários, sempre com um discurso mobilizador e uma qualidade de treino e de direcção da equipa que não tem paralelo em Portugal.
Assim se explica, a titulo de exemplo, que nos três últimos encontros com o Benfica (clube hegemónico na actualidade do basquetebol) o Vitória tenha ganhos dois de forma clarissima.
A final da taça de Portugal e o jogo da primeira volta do actual campeonato em que esteve sempre á frente do marcador de principio a fim.
Perdeu a final da supertaça, por quatro pontos, mas com uma exibição magnifica de garra e pundonor que levou a equipa a entrar no ultimo período a vinte pontos do adversário e a pouco segundos do fim perdia apenas por dois pontos (uma posse de bola) e quase conseguia vencer.
Mas é justo, para além de Fernando Sá e dos jogadores como é evidente, destacar outras pessoas que trabalham diariamente para que o basquetebol vitoriano seja um sucesso.
António Lourenço, Pedro Guerreiro e Fernando Monteiro (entre outros que trabalham num anonimato ainda maior)são um trio de responsáveis a quem o clube muito deve por todos estes sucessos que o basquetebol tem trazido ao Vitória e que promete continuar a trazer.
Esta época o Vitória está a fazer uma excelente liga alternando o comando da mesma com o Benfica cujo orçamento para a modalidade é cerca de vinte vezes superior!
Ganhá-la é muitíssimo difícil para não dizer impossível.
Mas há uma coisa que seremos certamente.
Campeões no querer, na ambição, na garra, no respeito pela camisola.
E se ficarmos em segundo lugar, e portanto vice campeões, seremos os verdadeiros campeões da realidade do basquetebol português que não comporta megalomanias orçamentais em casa superior ao milhão de euros como o do nosso principal adversário.
Hoje sou um entusiasta da modalidade.
Graças ao basquetebol do Vitória.
Depois Falamos

quinta-feira, dezembro 26, 2013

Um Sítio Mágico

Associa-se à quadra natalícia uma aura de magia e de encantamento que vem das histórias que se contam, das lendas do menino Jesus e do Pai Natal, da felicidade das crianças ao abrirem os seus presentes deslumbradas ao verem os seus pedidos realizados.
Mas há outras formas de magia.
E sítios mágicos espalhados pelo nosso Portugal mais profundo.
Este, por exemplo, retratado na fotografia.
Um sitio onde se conjuga História, cultura, gastronomia, degustação de vinhos, qualidade de atendimento, alojamentos de topo e uma vasta gama de formas de passar o tempo desde a piscina (no Verão...) a excursões , práticas desportivas ou apenas o saborear um esplêndido vinho do Douro olhando para a enorme lareira do restaurante.
Este sitio existe.
Na velha e história aldeia de Marialva, à sombra do castelo, ficam as "Casas do Côro" que mais não são do que antigas habitações recuperadas e  transformadas agora em excelentes alojamentos turísticos.
Ah...e outra coisa:
Na aldeia o silêncio é uma benção para quem está farto de ruídos urbanos.
Conheço (muito) poucos sítios neste país tão agradáveis como este para passar um fim de semana de descanso ou meia duzia de dias destinados á descoberta do muito que ali (e em redor) existe para descobrir.
Depois Falamos

Prendas de Natal

Não sou um entusiasta do Natal.
Bem pelo contrário estou sempre ansioso porque passe rapidamente uma quadra que de tão comercial, de tanta festa "forçada", de tantos rituais desnecessários se torna maçadora e entediante.
Mas é a minha opinião apenas e respeito imenso a de todos aqueles que vivem o Natal de outra forma.
Confesso, contudo, que gosto de dar e receber prendas.
Acho que toda a gente gosta.
E ao longo dos anos nunca tive razão de queixa, bem pelo contrário, dado que tenho recebido muitas e todas com significado próprio.
E acredito que aquelas que dou também terão um significado para quem as recebe.
Este ano não fugiu á regra.
O ultimo cd dos "Il Divo", livro, gravata, camisolas, uma caneca do Vitória, uma caneta Parker tudo prendas muito do meu agrado.
Mas aquela que a fotografia documenta foi a mais original de todas.
Um cão de peluche.
Oferecido pelo meu filho e pela minha nora e exactamente igual ao que ofereceram ao pai dela e sogro dele.
Até o nome que deram aos cães de peluche é o mesmo.
"Salvador".
Foi de facto uma prenda que apreciei imenso.
O resto da história...é assunto de família.
Depois Falamos

FPF vs LPFP

Nos anos 70 passou na RTP. e em grande parte das televisões, uma série de enorme sucesso chamada "Homem Rico, Homem Pobre" que narrava as venturas e desventuras de dois irmãos a quem a vida corria de forma bem diferente.
Tendo nos principais papeis Peter Strauss (Rico) e Nick Nolte (Pobre) assistia-se ao sucesso do irmão rico a quem tudo corria bem (dinheiro, influência, carreira politica) e ao insucesso do irmão pobre a que tudo corria mal em quase todos os aspectos.
Ao relembrar esta série vem irresistivelmente a comparação com a actual situação de FPF e LPFP.
Á FPF ("homem rico") tudo corre bem.
Fruto de uma excelente gestão a Federação tem sucessos desportivos através das selecções, chorudos contratos publicitários, patrocinadores para as suas competições, a responsabilidade de organizar um evento com a dimensão da final da próxima Liga dos Campeões.
Tem feito por merece-lo.
Nomeadamente através da organização exemplar de eventos sob a sua alçada como, por exemplo, a ultima final da Taça de Portugal porventura a melhor organizada de sempre.
E por isso hoje a FPF é uma entidade de sucesso.
Á LPFP ("homem pobre") tudo parece correr mal.
Clubes em dissidência com o presidente que ajudaram a eleger e que hoje, fruto das sucessivas promessas falhadas, querem destituir.
Público em debandada dos estádios, com médias de assistência em queda, pese embora a competitividade que a actual liga está a demonstrar.
Falta de patrocinadores, ao contrário do passado relativamente recente, para a taça da liga que corre o risco de chegar á final sem prémios para atribuir.
Missão a que está destinada, gerir o futebol profissional, em falha continua com boa parte dos clubes a já nem perderem tempo a falar com a Liga por manifesto convencimento de que não vale a pena.
Patrocinadores do campeonato, como ZON ou Sagres, a reduzirem fortemente o investimento ou até a cancelaram-no.
E por isso a LPFP vive numa realidade de completo insucesso
A que a saída de Fernando Gomes (e seus mais próximos colaboradores) para a FPF ajuda a explicar mas apenas parcialmente.
Porque hoje o problema da LPFP, para além de Mário Figueiredo,é a redefinição do que é a sua missão e o que devem ser os seus objectivos de trabalho e de realização.
E por isso, para que o "homem pobre" deixe de o ser não basta substituir o presidente.
É preciso os clubes, todos os clubes sem amuos nem ressentimentos, sentarem-se a uma mesa e definirem antes do mais que que Liga querem e para que querem a Liga.
Porque é da sua sobrevivência enquanto clubes que estarão, em ultima análise, a tratar.
Depois Falamos

"Missão Crescer"

Um pouco à boleia de algumas reflexões sobre a falta de público nos estádios, que se repercute inevitavelmente nas receitas dos clubes (cotas, bilhetes, lugares anuais, merchandising, etc) alinhavo agora algumas ideias sobre a forma como o Vitória pode de alguma forma combater esse fenómeno e lançar bases sólidas para um crescimento cada vez mais sustentado.
Não são ideias novas.
Ao longo dos anos, aqui e noutros espaços, tenho-as escrito como forma de dar um modesto contributo reflexivo para uma instituição que não se pode dar ao "luxo" de deixar de pensar no seu destino médio/longo prazo.
O Vitória tem de crescer.
Isso é imperativo.
E tem de crescer para fora do concelho de Guimarães (arrepia-me ás vezes ver o seu confinamento à cidade apenas) captando adeptos e associados noutros pontos do país começando pelos concelhos vizinhos por razões de evidente empatia.
Mas esse crescimento para fora do concelho tem de começar, para ter alicerces sólidos, dentro do próprio espaço concelhio.
Apostando fortemente nos vitorianos do futuro.
Infantários, escolas do ensino básico e secundário, universidade do Minho tem de ser áreas estratégicas de crescimento associativo dando sequência ao que o clube já vem fazendo mas reforçando a aposta e criando formas imaginativas de atrair os jovens ao futebol.
É nestas faixas etárias, apenas e só, que se devem verificar a oferta de bilhetes para jogos oficiais.
Porque é aqui que o assistir a um jogo pode fidelizar um jovem ao clube para toda a vida.
Depois é preciso aumentar a ligação entre clube e comunidade.
Férias desportivas para crianças até certa idade, apoio escolar a filhos de associados, descontos associados ao cartão de sócio, condições atractivas para as famílias comprarem lugares anuais, a bomba de gasolina (com descontos para os sócios) à muito prometida mas ainda não instalada entre outras medidas de incentivo à vida associativa.
E depois partir à conquista de Portugal.
Não por ganharmos muitas vezes nem por termos muitos troféus.
Mas pelo clube que somos e pelo conceito que temos de participação na vida desportiva.
Aquilo a que podemos chamar a nossa "mística".
E que assenta, sucintamente, nos seguintes parâmetros:
  1. Somos um clube formador no futebol e nas modalidades.
  2. Valorizamos o atleta português.
  3. Temos adeptos únicos que bastas vezes são um espectáculo dentro do espectáculo. Fazer parte deles é um privilégio.
  4. Profunda ligação à História de Portugal, à cidade berço e ao primeiro Rei. Enquanto outros tem como símbolo animais nós temos D.Afonso Henriques.
  5. Somos um clube cujos adeptos são apenas e só pelo Vitória.
  6. Valor único de cada titulo conquistado no futebol e nas modalidades com especial saliência para voleibol e basquetebol. Sem favores e com imenso mérito.
  7. Conceito de "clube diferente" respeitado e admirado por muitos e temido por outros tantos.
  8. Ecletismo como imagem de marca. Mais de uma dezena de modalidades e competitivos em todas elas. Com um aproveitamento cada vez maior dos atletas formados no clube.
  9. Parceiro social da comunidade em que estamos inseridos permitindo a prática desportiva a muitos milhares de jovens ao longo dos anos.
  10. Primeiro clube de alta competição, em Portugal, que teve a seriedade de olhar para a sua realidade e viver dentro das suas possibilidades. Um exemplo que todos terão de seguir.
Em traços muito gerais, e deixando a "porta aberta" para muitas outras variáveis, penso que é por caminhos como este que deve ser pensado, estruturado e construído o Vitória que vamos deixar aos que vierem a seguir.
Honrando o legado dos que nos trouxeram até aqui.
Depois Falamos.

P.S. O jovem cuja fotografia ilustra este texto é o Afonso.
Filho,sobrinho e neto de três amigos meus.
E já um grande vitoriano!

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Público

Escrevi recentemente sobre a perturbação que deve causar no mundo do futebol a debandada,cada vez mais evidente,de público dos estádios em vários campeonatos europeus.
De Espanha a Itália , passando por França, e com especial incidência em Portugal.
Onde semana após semana, com raras excepções, se vêem estádios com cada vez menos espectadores.
Do meu ponto de vista tal deve-se a 10 razões fundamentais que alinharei de seguida sem a mínima preocupação de as hierarquizar por ordem de importância.
  1. Qualidade (ou falta dela) do futebol que se pratica. Regra geral abaixo do exígivel para uma competição profissional. Incluindo as inaceitáveis perdas de tempo por tudo e por nada.
  2. Verdade(ou falta dela) desportiva em que ninguém acredita a não ser os directamente beneficiados pelos favores dos poderes ocultos no futebol. A discrepância de tratamento entres os chamados grandes e os outros é chocante.
  3. Excesso de televisão. Quase todos os jogos de campeonato são televisionados e torna-se tentador,especialmente no inverno, optar pelo sofá e ver vários jogos de enfiada.
  4. Preço dos bilhetes. Nalguns casos absurdamente caros para a qualidade do espectáculo e para as condições de conforto de muitos estádios. Um destes dias num jogo do Vitória B fora de casa (campeonato nacional de seniores) vendiam-se bilhetes a 8 euros!
  5. Constantes quezílias entre dirigentes dos principais clubes, sempre pelos mesmos motivos, que tiram credibilidade à "industria" futebol e cansam as pessoas de verem sempre as mesmas ladainhas.
  6. Horário dos jogos. Face ás transmissões televisivas praticam-se horários pouco convidativos e com o inconveniente de estarem sempre em alteração. É impossível planear a alguns dias de distância um fim de semana.
  7. Falta de condições de alguns estádios. Exceptuando os do euro 2004( e mais um ou outro como o Restelo) a maioria dos estádios são velhos, desconfortáveis e pouco convidativos a assistir a um jogo com condições mínimas.
  8. O futebol tem hoje má imagem. Pela falta de verdade desportiva, pelas negociatas quem torno dele se fazem, pela falta de Honra que lhe está associada, por ter dirigentes a nível internacional como Blatter ou Platini que só o descredibilizam.
  9. A violância nos estádios e acessos, especialmente nestes, continua a fazer parte do menu dos principais jogos da Liga. E isso afasta as familias do futebol.
  10. A televisão mete-nos pela casa dentro, várias vezes por semana, jogadores como Ronaldo, Messi, Ibrahimovic, Aguero, Bale e tantos outros de classe mundial. Quando se chega ao estádio os "nossos" não jogam como os da televisão. E isso desmotiva.
Estas são, do meu ponto de vista, dez das principais razões pelas quais os nossos estádios parecem cada vez ...maiores.
Algumas podem ser combatidas de forma relativamente rápida.
Outras demoram mais tempo e exigem reformas sérias nos estádios, nas competições, na LPFP.
E nas mentalidades.
Porventura a reforma mais difícil.
Depois Falamos

domingo, dezembro 22, 2013

Marco Matias

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

A continuidade, ou não, de Marco Matias no Vitória é um dos assuntos que domina a actualidade do clube e traz os adeptos preocupados com o desfecho do caso.
Em minha opinião, de adepto, o MM é um jogador que interessa ao clube e nele se deve manter caso seja possível chegar a um acordo que satisfaça as duas partes e não saia daquilo que tem sido a linha de orientação financeira posta em prática desde Abril de 2012.
Como jogador ( e pessoa) Marco Matias interessa.
Excelente profissional, tem evoluído continuamente como jogador e é hoje além de um bom extremo também um marcador de golos.
Leva 5 na Liga, e esteve lesionado algumas semanas, e é o melhor marcador português do campeonato á frente de jogadores que são pontas de lança de raiz.
Acresce a isso o ser uma excelente pessoa, humilde e trabalhador, que contribui para um bom ambiente de balneário e incapaz de arranjar problemas com quer que seja.
Resta a questão financeira.
O jogador fruto da evolução verificada e do rendimento evidenciado tem, naturalmente, as suas ambições salariais agora diferentes das que tinha quando assinou pelo Vitória.
O clube reconhecendo tudo isso tem, contudo, as suas limitações financeiras (bem conhecidas de todos) que só lhe permitirão ir até um certo ponto para não ter de abrir excepções na sua politica salarial.
O que se deseja, atendendo ao valor do jogador (e á sua componente humana)e ao papel importante que tem na equipa,é que as duas partes encontrem um ponto de entendimento que permita a Marco Matias continuar a jogar no Vitória por mais algum tempo.
E sendo jovem, com valor reconhecido, ainda terá muito tempo para no futuro se transferir para outro clube que lhe possa pagar salários a outro nível.
Depois Falamos

Coligação?

Em recente entrevista à TVI, Pedro Passos Coelho (primeiro ministro e líder do PSD) defendeu que os dois partidos coligados no governo devem apresentar-se em coligação nas eleições legislativas a realizar em 2015.
Na moção de estratégia que vai levar ao congresso do CDS, Paulo Portas(líder do partido e vice primeiro ministro) defende que o natural é os partidos apresentarem-se de forma autónoma ao eleitorado.
Uma "sintonia" que de tanto brilho quase fere a vista...
Percebo,contudo, as motivações de ambos.
Passos Coelho, ciente do desgaste do governo face ás politicas praticadas, quer aproveitar até ao tutano todos os benefícios que o método de Hondt dá às coligações para tentar uma nova vitória eleitoral.
Do meu ponto de vista, e sem qualquer motivação partidária, creio que tem razão.
Paulo Portas tem uma perspectiva diferente.
No mínimo quer subir o preço da coligação na tentativa de arrecadar para o seu partido maiores proveitos na distribuição de lugares nas listas de deputados e não só.
Penso que escolhe muito má altura para estes "jogos florais" perante um país saturado dos partidos (não só dos do poder diga-se de passagem) e farto destas jogadas de "mercearia" entre parceiros de coligação.
Se for isso, apesar de má estratégia, ainda vá que vá.
Mas acho que a jogada do líder do CDS se tem como mínimo o atrás exposto visa mais longe.
Visa o máximo.
Que é ficar em situação de no pós eleições estar em condições de se aliar com quem ganhe.
Seja o PSD seja o PS.
Na verdade uma estratégia de manter o poder independentemente do parceiro.
E, a continuarem por este caminho divergente quanto à estratégia eleitoral, isso não augura nada de bom ao ano e meio que resta de coligação quer no seio do governo quer na forma como normalmente os militantes do PSD (que tem um congresso em Fevereiro...) reagem a um líder do CDS que toleram mas de que nunca gostaram.
Talvez entenderem-se de uma vez por todas não fosse má opção...
Depois Falamos

sábado, dezembro 21, 2013

Positivo e Negativo

Foto: www.vitoriasc.pt / João Santos

Comecemos pelo positivo.
Um excelente triunfo, por números claros, sobre um adversário ao qual os vitorianos tem um prazer especial em ganhar face ao acinte que os adeptos da Académica nos destinam devido a acontecimentos do século passado.
Nos últimos quatro jogos do campeonato o Vitória venceu três e empatou um, fez dez pontos, marcou sete golos e não sofreu nenhum.
E esse é outro dos destaques positivos.
Quarto jogo consecutivo na Liga sem sofrer golos, uma eficácia defensiva notável, de uma defesa extremamente jovem e que tem no guarda redes Douglas o elemento mais experiente.
Boas exibições de Barrientos, André André, Freire numa equipa que durante uma hora esteve globalmente num plano bastante aceitável.
Mas também houve aspectos negativos que importa corrigir.
Uma meia hora final de inaceitável displicência, uma equipa a jogar com lentidão, a maior parte dos jogadores a passarem a bola para trás cada vez que a recebiam.
Perdas de tempo injustificáveis ( e nesse aspecto o Douglas tem abusado um bocadinho...) a ganhar por três golos e face a um adversário reduzido a 10 unidades desde a primeira parte.
E esse é outro ponto a merecer reflexão.
A Académica, mesmo com dez, dominou alguns períodos da partida perante um Vitória que por vezes deu a sensação de já estar de férias natalícias e que não tirou o partido que podia ter tirado da inferioridade numérica dos "estudantes".
E depois as substituições.
Que não trouxeram nada de novo á equipa que com as entradas de Malonga, Tiago Rodrigues e Plange baixou o ritmo, deu aqui e ali a sensação de mal "arrumada", chegou a irritar os adeptos pela forma como se estava a exibir.
E fiquei com pena( mas é uma reflexão pessoal nada mais) que estando tanto tempo em vantagem numérica o Vitória não tenha aproveitado para experimentar a utilização simultânea de dois pontas de lança (Tomané e Russi) que hoje não foi uma solução necessária mas no futuro pode ser.
Em conclusão mais três pontos preciosos que permitem á equipa continuar na luta pelo 4º lugar e ir a Braga na próxima jornada com a moral em alta.
Quanto ao árbitro provou, uma vez mais, aquilo que em Guimarães já sabemos há muito tempo.
Não tem qualidade para arbitrar num campeonato profissional.
Não cometeu nenhum erro com influência no resultado mas fartou-se de cometer pequenos erros com prejuízo para o espectáculo.
Depois Falamos

Uma Só Via


Ás vezes aparecem-nos velhas imagens que nos trazem magnificas recordações.
Este cartaz do PSD/JSD do final dos anos 70 foi dos primeiros (e unicos) que o partido e a sua organização de juventude fizeram com um conteúdo ideológico e não eleitoral.
Colei e ajudei a colar muitos.
Num tempo em que o PSD, por ser social democrata, era atacado e difamado por outros que no futuro tudo fizeram para ocupar o nosso espaço ideológico mas que nesse tempo eram convenientemente marxistas e ainda não tinham metido o socialismo na gaveta.
E tenho pena que o PSD , partido social democrata de centro esquerda, tenha permitido ser empurrado para a direita e até tratado como partido de direita quando a sua matriz ideológica foi sempre a social democracia.
Espero que os trabalhos de revisão do programa do partido, á longo tempo em curso, permitam o reposicionamento definitivo do partido na sua área ideológica.
A social democracia.
Com total rejeição de liberalismos e neo liberalismos que ás vezes parecem pairar sobre a rua de s. Caetano à Lapa.
Depois Falamos.

P.S. E a JSD pode, e deve, ter um papel importante nessa estruturação ideológica.

Ganhar!

Um Vitória-Académica é um jogo com pergaminhos.
Não é um clássico nem tão pouco um jogo entre rivais porque a Académica não é nossa rival.
Aliás é curiosa uma tendência que anda por ai de nos arranjarem rivais em todo o lado e ás vezes clubes que, com todo o respeito, não tem dimensão nem palmarés para rivalizarem connosco.
É por isso um jogo entre dois clubes tradicionais do nosso futebol, com a agradável curiosidade de se tratarem dos dois últimos vencedores da Taça de Portugal, que ao longo dos anos tem travado duelos interessantes e com alguma história.
Quis o destino e quiseram os homens que há mais de vinte anos os dois clubes se tenham visto envolvidos no célebre caso N'Dinga que contribuiu para esfriar as relações entre as duas entidades e criar alguma inimizade entre as massas associativas.
Hoje isso está ultrapassado.
E um Vitória-Académica ou vice versa é sempre um jogo com interesse de duas equipas que representam duas cidades e dois concelhos com História e que permitem que nas visitas a Coimbra os vitorianos façam sempre uma das deslocações mais massivas de cada época até porque a ida a Coimbra é (quase) sempre via...Mealhada.
Hoje, no D. Afonso Henriques, encontram-se uma vez mais.
O Vitória na luta pelo quarto lugar e a Académica a fazer um campeonato tranquilo, sem aspirações europeias nem receios de descida, pelo que estarão reunidas as condições para um bom jogo de futebol.
Especialmente se o "apitador" nomeado não estragar as coisas.
Claro que o Vitória é favorito, claro que ganhar é o único resultado que nos interessa.
Até porque em casa, frente aos seus adeptos, o clube tem feito um percurso menos positivo do que nos jogos fora onde tem estado francamente bem.
Por isso, e perante uma moldura de público que se deseja compatível com a grandeza do Vitória, espera-se que a despedida do ano de 2013 se faça com um triunfo.
Depois Falamos

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Velhos? Os Trapos!

O nosso futebol é "sui generis" em muitas coisas de que tenho falado neste espaço com alguma regularidade.
Uma delas, e das mais penosas do ponto de vista humano e desportivo, é a rapidez com que os adeptos "envelhecem" os jogadores uma vez atingido o patamar dos trinta anos.
Os adeptos e a imprensa, manda a verdade dizê-lo, já que aos jogadores nessa faixa etária costumam apelidar de veteranos o que na linguagem futebolistica significa pouco mais (ou melhor) do que pré reformado !
Pessoalmente, e depois de mais de quarenta anos a ver futebol, tenho a certeza consolidada de que a idade de um jogador se vê apenas pelo rendimento em campo e nunca pelo bilhete de identidade que é aquilo que de mais enganador existe.
Até porque o futebol está cheio de jogadores "velhos" aos vinte anos e jovens aos trinta e muitos face à forma como encaram a profissão e se entregam á sua prática.
Porque sendo verdade que o avançar dos anos retira algumas faculdades é igualmente verdade que dá a experiência e o "savoir faire" que compensam a referida perda.
Javier Zanetti e Ryan Giggs, os jogadores retratados no cromos acima reproduzidos que retratam os últimos vinte anos das suas carreiras,jogam no Inter de Milão e no Manchester United dois colossos do futebol mundial.
Tem ambos 40 anos e não são guarda redes.
Mas jogam mesmo.
Com regularidade.
Menos vezes que no auge das carreiras mas ainda assim fazendo dezenas de jogos por ano e com elevado rendimento sem o qual, aliás, não integrariam essas equipas.
Em Portugal já teriam sido postos de lado há muito tempo por serem "velhos" como tantos outros o foram prematuramente com perda para as suas carreiras e para o futebol nacional que se viu privado dos seus talentos e da mais valia que constituíam.
E por isso é tempo de os clubes, de forma firme  e pedagógica, iniciarem uma revolução de mentalidades que leve as pessoas a avaliarem os desempenhos dos jogadores exclusivamente pelo que mostram em campo e deixarem de considerar o bilhete de identidade como critério.
Convençamos-nos todos que um jogador que seja um bom profissional, que interiorize que o seu corpo é a sua ferramenta de trabalho e o preserve nesse sentido, e que seja poupado a lesões muito graves pode perfeitamente jogar até aos 36 ou 37 anos (no mínimo) sem perda de rendimento.
Depois Falamos

quinta-feira, dezembro 19, 2013

Tribunal Vaidoso

O Tribunal Constitucional declarou, por unanimidade, a inconstitucionalidade da chamada convergência de pensões.
É uma decisão legitima tomada por quem de direito.
Sendo certo que vai ao contrário do que se vai fazendo por essa Europa fora nestas matérias, e ao arrepio também do que tem sido as posições dos partidos do arco do governo, mas isso não lhe retira qualquer legitimidade em decidirem como decidiram.
A partir daqui cada um assumirá as suas responsabilidades.
O TC declarou a inconstitucionalidade da norma.
O Governo terá de encontrar alternativa para a poupança de cerca de 400 milhões de euros que a medida supunha e provavelmente mais gravosa para os contribuintes.
Nós, contribuintes, pagamos a "factura" em qualquer dos casos!
Agora aquilo com que não posso concordar, e já não é a primeira vez que tal se verifica, é com a insuportável ânsia de protagonismo e a vaidade sem travão de que os senhores juízes dão provas ao fazerem conferências de imprensa para anunciarem decisões em "prime time" televisivo.
De um tribunal esperam-se decisões não espectáculo.
A bem da Justiça.
E por isso discordo totalmente desta exibições de pequenas(enormes desconfio...) vaidades pessoais que levam os juízes do TC  a não perderem uma oportunidade de se exibirem nas televisões ocupando espaços e modos de comunicação que em bom rigor nada tem a ver com a seriedade,circunspecção e reserva que se espera de um Tribunal Constitucional.
Depois Falamos

Falhanço

Falhanço é o termo mais adequado, do meu ponto de vista, para caracterizar a presidência de Mário Figueiredo na Liga Portuguesa de Futebol Profissional(LPFP).
Falhanço na credibilidade, falhanço na missão, falhanço na vertente financeira.
Eleito ao vencer uma disputa eleitoral com António Laranjo, para muitos o grande favorito das eleições, muito com base em demagógicas promessas de ultima hora feitas a alguns clubes mais sensíveis a esse tipo de argumento, a verdade é que rapidamente se percebeu que não ia poder cumprir aquilo que prometera.
Nomeadamente alargamentos imediato da 1ª liga.
E face ás promessas falhadas a credibilidade do actual executivo da LPFP e do seu presidente começou a cair a pique.
A que desavenças por motivos fúteis, como a publicidade atrás das balizas, nada ajudaram.
Ao ponto de Mário Figueiredo, outrora presença frequente nos estádios, começar a entrincheirar-se na sede da Liga e deixar de frequentar os palcos presidenciais de muitos dos recintos em que se disputam jogos das ligas profissionais.
Depois falhou na missão.
De fortalecer a liga, de aumentar as receitas para os clubes, de centralizar a negociação dos direitos televisivos ao invés da actual negociação caso a caso.
Mas  como se isso já não bastasse assiste-se agora á debandada dos patrocinadores.
A taça da liga não tem, neste momento, patrocínio.
A ZON, um dos principais patrocinadores do campeonato, anunciou a sua saída enquanto a Sagres comunica uma significativa redução das verbas a investir.
Com o público a fugir dos estádios e os patrocinadores das provas da LPFP a falência da actual liderança já é apenas uma questão de muito pouco tempo.
Pena que Mário Figueiredo não queira prestar um serviço ao futebol saindo pelo próprio pé.
Poupava-se tempo, evitavam-se chatices, começava-se a regeneração da LPFP mais depressa.
Mas de uma forma ou de outra a mudança é inevitável.
Depois Falamos

Honestidade


Perder um telemóvel é uma grande chatice!
São os contactos, a agenda, as fotografias ,os sms, as notas, as musicas e tudo o mais que se vai metendo nessa caixinha que domina o mundo.
Hoje aconteceu-me isso.
Fugindo a sete pés de uma chuvada impiedosa nem dei por ela que o telemóvel decidira por conta própria "emancipar-se" e ir dar uma volta.
Claro que quando dei por ela fiquei muito pouco satisfeito.
E pese embora a certeza de o ter perdido num percurso relativamente curto a verdade é que voltando a percorrê-lo já não o encontrei.
Que grande chatice pensei para com os meus botões.
Porque para além do aparelho e respectivos conteúdos ainda tinha de ir pedir novos cartões (é...tem cartão gémeo) , participar á policia e pedir uma declaração que permitisse ás operadoras procederem ao bloqueio legal do telemóvel.
Eis senão quando recebo um telefonema de pessoa amiga que por sua vez tinha recebido uma chamada de alguém que tinha encontrado o aparelho e deixara um número de contacto.
Liguei para esse número e combinei ir buscar o telemóvel a um restaurante("Transmontano" de seu nome) onde a pessoa que o encontrara trabalhava.
Assim fiz.
Encontrei um jovem creio que na casa dos 18/20 anos que ao encontrar o aparelho caído na rua se deu ao trabalho (que nunca lhe poderei agradecer) de tendo conseguido descobrir a quem o telefone pertencia telefonar para os números onde lhe parecia mais provável que o recado me pudesse ser dado.
E assim foi.
Um belo exemplo de honestidade.
Que merece ser citado.
Depois Falamos

91 Anos

O Vitória está a comemorar os seus 91 provectos anos de idade.
Quase um século.
E como é tradicional o ponto alto das comemorações, num tempo em que a contenção financeira não dá para muito mais, centra-se na entrega dos emblemas de 25(prata) e 50 anos(ouro) de filiação clubistica premiando os associados que dessa forma mantiveram um vinculo associativo sem falhas.
Estando cada vez mais perto o dia em que pela primeira vez será entregue o primeiro emblema de diamante assinalando os 75 anos de filiação ininterrupta.
Tem sido norma nos ultimo anos, e bem, entremear a cerimónia com momentos musicais como o retratado na fotografia com a actuação do guitarrista vimaranense Manuel de Oliveira.
Já estive em muitas dessas cerimónias quer como associado quer como dirigente do clube.
Mas há duas que ficarão para sempre na minha memória.
A de 1983 e a de 1997.
A primeira porque foi a sessão em que meu avô (ao tempo sócio número 20) recebeu o seu emblema de ouro, que guardo religiosamente, e simultâneamente entregou a proposta de sócio do meu filho mais velho e seu primeiro bisneto.
Éramos, nesse tempo, quatro gerações de associados na família!
A de 1997 porque tendo o grato prazer (e honra)de presidir à comissão que organizou as comemorações dos 75 anos do Vitória recebi, por feliz coincidência de datas, na sessão solene o meu emblema de 25 anos de sócio.
Tendo feito questão de o receber das mãos do senhor Antero Henriques da Silva Júnior, ex presidente do clube, que a ele presidia quando fui proposto para sócio e pessoa porquem tenho imensa consideração e estima.
Para o momento ser ainda mais inolvidável falta referir que na mesma sessão entreguei ao senhor Antero o seu emblema de 50 anos de filiação associativa.
Memórias gratas de um passado que recordo com saudade mas que revivo todos os anos por esta altura.
Depois Falamos

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Números

Com 13 jornadas decorridas ensaia-se aqui uma análise à carreira do Vitória no campeonato assente apenas em números.
Que não traduzem exibições, arbitragens, sorte ou azar e outros fenémnos imensamente subjectivos.
Números são números.
Frios e objectivos
E que nos dizem então os números?
Que em 13 jogos ganhamos seis, empatamos dois e perdemos cinco.
É positivo.
Marcamos treze golos e sofremos dez o que nos torna a terceira melhor defesa da prova.
Se os golos marcados não são nada de especial a eficácia defensiva é notável atendendo á juventude dos defesas e ao resultado anormal com o Setúbal (nesse jogo sofremos 40% dos golos encaixados) que a não ter acontecido nos permitiria ter uma das melhores defesas de todos os campeonatos europeus.
Fizemos 20 pontos em 39 possíveis o que também tem de se considerar como positivo embora nada de "outro mundo".
Desses 20 pontos fizemos sete em casa (fraco) e 13 fora (muito bom) o que parece indicar que a equipa se sente melhor a jogar em campo alheio.
Com efeito em casa vencemos Olhanense e Maritimo (normal), empatamos com Belenenses( mau) e perdemos com Setúbal(muito mau), Benfica e Sporting .
Fora vencemos Rio Ave, Paços de Ferreira, Estoril e Arouca (excelente), empatamos com Nacional (bom) e perdemos com Porto  e Gil Vicente(mau) o que traduz um excelente percurso longe do nosso estádio.
Em bom rigor a derrota caseira com o Setúbal e forasteira com o Gil Vicente foram os resultados menos conseguidos e que nos impedem de estarmos neste momento isolados no quarto lugar da classificação.
Friamente creio que a manter-se a notável eficácia defensiva e melhorando a capacidade concretizadora o Vitória pode assumir sem receio a candidatura ao quarto lugar.
Para isso será excelente concluir a primeira volta com mais duas vitórias.
Bem agradáveis por sinal.
Depois Falamos

Sugestão de Leitura

Napoleão Bonaparte é uma figura histórica pela qual sempre tive o maior interesse.
Não sei porquê mas desde sempre  me fascinou o seu percurso desde a Córsega natal até à remota ilha de Santa Helena onde terminou os seus dias.
Li várias biografias sobre ele mas confesso que nenhuma me agradou particularmente.
Até esta de Steven Englund.
Justamente considerada a melhor biografia de sempre sobre Napoleão.
Que se lê de uma penada e com um interesse em crescendo.
Recomendo a quem goste de biografias e especialmente a quem se interesse por Napoleão.
Um homem que por boas e más razões mexeu com toda a Europa.
De Portugal à Rússia.
Depois Falamos

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Tomané

Tomané é o jogador do momento na equipa do Vitória.
Por várias razões.
Pela qualidades das exibições, pela evolução de que dá provas, pelos golos que marca , pela entrega em campo, pela humildade e por ser mais um produto da nossa formação.
E não é um "produto" vulgar.
Porque é ponta de lança.
E se há posição do terreno em que a formação "devia" à equipa principal um jogador é precisamente essa.
Ao longo dos anos a formação deu jogadores que se afirmaram em todas as posições, mesmo num tempo em que a aposta na "prata da casa" era residual, mas para esse lugar tão especial nunca um oriundo das camadas jovens se tinha afirmado.
É certo que houve Artur Jorge, o mais prometedor de todos que o Vitória não aproveitou mas passou a carreira quase toda na segunda divisão a marcar golos atrás de golos, e até Armando que seguiu um percurso idêntico.
Porque para os outros lugares é fácil fazer uma equipa.
Nuno Espirito Santo, Costeado, Fernando Meira, José Alberto Torres, Laureta, Pedro Mendes, Abreu, Romeu, Pedras, Castro, Tito, Flávio Meireles e tantos outros que vestiram a nossa principal camisola.
Mas ponta de lança...é que não.
Tomané pode ser o primeiro ponta de lança formado no clube a afirmar-se na equipa principal e no futebol português ao mais alto nível.
Pode...
Mas tem um caminho para fazer e é preciso não nos esquecermos que tem apenas 21 anos e este é apenas o seu segundo ano no futebol profissional.
Há que dar tempo e ter paciência.
Porque embora tenha feito o seu primeiro jogo pela equipa A em 2010 (era ainda júnior) pela mão de Manuel Machado, num jogo em Olhão na primeira jornada da época 2010/2011 em que entrou a 20 minutos do fim, a verdade é que nessa época não voltou a ser chamado á equipa.
No ano seguinte foi emprestado ao Limianos onde não teve uma época feliz muito por força de uma lesão que demorou a recuperar.
O ano passado na equipa B teve a sua primeira época de profissionalismo a sério e foi um dos jogadores que mais se destacou quer como ponta de lança quer jogando no flanco direito (com uma elevada taxa de cruzamentos o que é notável dado não ser um extremo de raiz) e aparecendo na área a fazer uso do seu excelente jogo de cabeça.
Fez quatro golos o que não sendo excelente é aceitável face aos condicionalismos e ao ter jogado muitas vezes como extremo.
Este ano está mais concretizador.
Dois golos na liga, um na liga europa, outro na taça da liga e mais dois na equipa B são números já muito interessantes até porque disputou "apenas" 19 jogos e muitos deles incompletos.
Acredito que Tomané pode fazer fazer uma excelente carreira no Vitória e no nosso futebol.
Tem as qualidades, a motivação, o sentido profissional necessário a isso.
Mas temos de lhe dar tempo repito.
E não lhe exigir que aos 21 anos seja um goleador "feito".
Até porque as suas qualidades permitem-lhe jogar em mais do que uma posição no ataque.
Depois Falamos