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quinta-feira, junho 27, 2013

Sistema Político

Publiquei este artigo na edição de hoje do jornal "Povo de Guimarães".

A crise económica que Portugal atravessa, e da qual apenas os mais optimistas veem o fim, tem várias sequelas para além das que incidem directamente sobre a qualidade de vida das pessoas e as levam a um desespero cada vez maior perante a sequência de más noticias que sobre elas se tem abatido nos últimos anos.
Uma delas, e com indiscutível importância, é a cada vez maior insatisfação dos cidadãos perante a política, os políticos, os partidos e as próprias instituições da democracia como é o caso emblemático do Parlamento.
Estando essa insatisfação nos dias de hoje corporizada no governo de Passos Coelho, muito por força de erros cometidos é verdade mas também originada em situações que lhe são anteriores, creio que seria redutor pensar que esse descontentamento tem apenas a ver com este governo e estes governantes e não com algo de muito mais amplo e que tem a ver com o próprio sistema politico e o funcionamento das instituições.

E nessa perspectiva creio que faria bem a Pedro Passos Coelho descer da sua “torre de marfim” e olhar humildemente para realidade tal como a António José Seguro libertar-se da sua “corte de Galambas” e disponibilizar-se para com outros partidos (e muito especialmente com o PSD) iniciar uma reforma séria e estruturada do sistema politico que na sua versão actual está mais que esgotado.
Porque a verdade dos factos, por mais que doa (e a mim enquanto militante do PSD dói),é que os cidadãos estão fartos “destes” partidos e “destas formas de fazer política.
Hoje contestam o governo de Passos Coelho como ontem contestaram o de José Sócrates e amanhã contestarão o de António José Seguro se lá chegar.
Porque as pessoas, os cidadãos comuns que não se alimentam do poder concentrado em volta do terreiro do paço, querem é soluções concretas para os seus (muitos) problemas e estão fartas de promessas não cumpridas, de ilusões rapidamente desfeitas de fazerem sacrifícios em prol do futuro quando tem é de viver no presente.
Julgo que antes de assistirmos nas nossas ruas aquilo que vimos em algumas “primaveras africanas” e vemos agora no Brasil os partidos do chamado “arco do poder” tem a obrigação de se entenderem em volta de algumas reformas essenciais e que contribuam para que as pessoas possam gradualmente voltarem a ter alguma confiança nos seus agentes políticos e as suas instituições.
Para além de um debate que importa fazer sobre se o semi presidencialismo é o sistema que melhor serve os interesses do país (eu acho que não mas não vou discutir isso agora) ou se se deveria optar por um sistema parlamentar puro ou um presidencialismo sem reservas, creio ser fundamental a alteração das leis eleitorais para que elas correspondam melhor aquilo que são as exigências dos tempos que correm.
Sinteticamente:
Entendo que o Presidente da República deverá ser eleito para um único mandato de sete anos, sem possibilidade de reeleição, que lhe permita manter um comportamento uniforme do primeiro ao último dia em que ocupe o palácio de Belém.
Como se sabe os primeiros mandatos de Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva foram bastante diferentes dos segundos.
Em termos de Parlamento, a instituição cuja imagem aparece mais degradada aos olhos dos cidadãos por razões que seria fastidioso estar a enumerar, sou de há muito (mais propriamente desde que fui deputado) defensor de uma radical mudança na forma de eleger os 230 deputados.
Abominando a “banha da cobra” da redução do número de deputados que me parece servir as piores intenções de denegrir a importância do parlamento defendo, isso sim, a sua eleição em círculos uninominais que permitam uma perfeita identificação entre eleitores e eleitos (bem como a avaliação pelos primeiros do trabalho dos segundos) e a consequente valorização do trabalho dos parlamentares e do próprio Parlamento.
Admito que numa fase de transição se pudesse optar por um sistema misto, por exemplo durante duas eleições, em que existissem círculos uninominais e um circulo nacional de molde a assegurar a representatividade dos partidos menores hoje presentes no parlamento mas sempre tendo como objectivo a instituição de círculos uninominais para a eleição de todos os deputados.
Finalmente entendo que em termos de eleições autárquicas o presidente de câmara devia ser eleito encabeçando a lista para a assembleia municipal mas com absoluta liberdade de escolha e substituição dos vereadores sem estar restrito á referida lista.
Tal como o primeiro-ministro escolhe os seus ministros e secretários de estado.
Sendo certo que num sistema desse género não defendo a limitação de mandatos dada a ligação directa e umbilical entre o presidente eleito e quem o elege.
Aliás limitações de mandatos para presidentes de câmara sem serem acompanhadas por idêntica medida para vereadores, deputados (no actual sistema), dirigentes sindicais e afins é uma discriminação completamente inaceitável e que apenas desprestigia a democracia.
Está na mão dos actuais dirigentes partidários entenderem-se em volta de reformas tão essenciais quanto inadiáveis sob pena de serem os primeiros a “pagar” se não tiverem a coragem de as fazer!

P.S. As prováveis vitórias das candidaturas independentes de Guilherme Aguiar (Gaia), Marco Almeida (Sintra) e Guilherme Pinto (Matosinhos) será não só a confirmação do atrás escrito como também o ultimo aviso aos partidos.

segunda-feira, junho 24, 2013

Feliz Aniversário

Este ano comemora uns respeitáveis 75 anos o mais mitológico de todos os super heróis criados em BD ao longo do século 20.
O Super Homem.
"Nascido" em 1938, num tempo em que o mundo vivia dias perigosos que viriam a dar origem ao mais devastador conflito de todos os tempos(pelo menos assim se espera..), a figura criada por Joe Shuster e Jerry Siegel aparecia de alguma forma como um meio de realçar valores americanos e de aumentar uma auto estima que ainda estava seriamente abalada pela grande depressão de 1929.
Rapidamente se tornou um figura com populridade a nível mundial quer através da edição de revistas próprias(foi a primeira figura da BD a ter direito a isso) quer através de programas de rádio, séries e de televisão e filmes realizados para o grande ecrã que tiveram nos protagonizados por Christopher Reeve os mais de maior popularidade.
Depois desses filmes,o primeiro dos quais foi um fenómeno de audiências em todo o mundo, Super Homem regressou em 2006 com um abordagem diferente ao personagem que não conheceu um êxito de bilheteira mas é indiscutivelmente um marco  e prepara-se agora a estreia (muito aguardada diga-se de passagem) de "Homem de Aço".
75 anos depois, fazendo jus ás suas caracteristicas, pode dizer-se que o Super Homem está para durar a caminho dos seus 100 anos.
E eu, que tive nele um dos meus melhores "amigos" de infância e adolescência através das centenas de revistas que li (muitas ainda a preto e branco e editadas pela  empresa brasileira EBAL) e ainda conservo religiosamente guardadas, serei sempre um fan do Super Homem e continuarei a seguir as suas aventuras na defesa do planeta Terra e dos que nele vivem.
Afinal é essa a mensagem mais importante que os criadores do Super Homem quiseram passar ao criarem o personagem.
Depois Falamos

sábado, junho 22, 2013

E Depois?

A três meses das eleições autárquicas aquele que é de longe o maior partido do Poder Local vive uma situação tão surreal que parece retirada dos filmes dos "Monty Phyton"!
Fruto da negligência ( e incompetência não tenhamos medo das palavras) do Parlamento que não quis atempadamente aclarar a Lei esta vem sendo interpretada de forma diversa pelos tribunais aceitando uns e recusando outros as candidaturas de autarcas com três mandatos cumpridos em municípios diversos daqueles a que pretendem agora candidatar-se.
Tavira e Guarda, por exemplo, decidiram num sentido enquanto Lisboa e Porto decidiram exactamente ao contrário criando situações completamente surreais aos candidatos e ao PSD.
Em Lisboa, onde tudo parece apontar no sentido de a candidatura de Fernando Seara não ser aceite, o candidato(?) faz orelhas "moucas" ás sucessivas decisões judiciais e segue em frente com a apresentação das candidatura e provavelmente convidando pessoas para listas que dificilmente existirão.
Nem vale a pena referir o "preço" que o partido vai pagar por toda esta confusão.
No Porto a questão é mais ou menos a mesma em termos judiciais.
Mas ,tal como em Lisboa, o candidato do PSD prossegue a pré campanha e apresenta candidaturas aos orgãos de freguesia como se nada se estivesse a passar em temos de decisões judiciais sobre a viabilidade das candidaturas.
Eu percebo, como é evidente, o dilema em que estão os candidatos.
Porque ou fazem agora a pré campanha, divulgam ideias e pessoas e ganham o seu espaço, ou então quando existir uma decisão judicial eventualmente positiva(o que duvido)já terão perdido semanas preciosas em relação aos seus concorrentes.
Os candidatos percebo!
Não percebo é que o PSD se tenha deixado enredar numa trapalhada destas com as nefastas consequências que são mais que previsíveis e que podem levá-lo a ficar sem os actuais candidatos(?) ás duas mais emblemáticas câmara de Portugal a poucas semanas da eleição.
E teria sido tão fácil evitar isto.
Ou aclaravam a lei no parlamento, e não deixa de ser sintomático que o PCP tenha uma posição convergente com os social democratas o que facilitava as coisas, ou então pura e simplesmente faziam o que fez o PS e determinavam o não apoio a autarcas que se quisessem candidatar a outros municípios.
Podiam não ganhar uma ou outra câmara mas não perdiam a "face".
Que no médio/longo prazo é muito mais importante que qualquer vitória municipal.
Depois Falamos

terça-feira, junho 18, 2013

Juntos por Guimarães

Conheço o André Coelho Lima há muitos anos
E antes o conhecer a ele já conhecia a família, das mais tradicionais do concelho e umbilicalmente ligada á mais característica das indústrias de Guimarães, ao ponto de até o proponente da minha filiação na JSD (no longínquo ano de 1975) ter sido um seu tio ao tempo dirigente da estrutura local da organização de juventude do PPD.
Conheci o André naquela que é uma das grandes paixões da sua vida.
O Vitória.
Onde juntamente com o José Luis Machado criou o departamento de juventude e abriram a primeira loja do Vitória, no centro comercial de S. Francisco, dando corpo a uma velha aspiração dos vitorianos que era terem um espaço onde pudessem adquirir materiais do clube.
Foi um colaborador entusiasta da comissão que organizou as comemorações dos 75 anos do clube, a que tive a honra de presidir, e testemunhei o entusiasmo e a criatividade que pôs em todas as tarefas que lhe foram atribuídas e a permanente disponibilidade para fazer o que mais preciso fosse.
Para além disso, e sempre numa perspectiva de servir o Vitória, lembro-me que passava noites a ver jogos de campeonatos sul-americanos de futebol e depois elaborava relatórios detalhados das observações que entregava ao então presidente do clube.
Que, sei-o, num caso ou noutro se arrependeu bem de não ter seguido os conselhos do jovem e entusiástico colaborador.
Um dia, por razões que se perdem no tempo, entendeu que não tinha condições para continuar a colaboração com o clube e embora profundamente desgostoso demitiu-se da direcção de que fazia parte.
Sei que isso beliscasse minimamente o seu vitorianismo ou o acompanhamento que continuou a fazer às equipas do clube com a dedicação e o entusiasmo de sempre.
Sei-o bem porque somos há dez anos “vizinhos” na bancada nascente do nosso estádio!
A par dessa ligação para a vida ao Vitória partilhei (e partilho) com o André uma filiação no PSD que também no caso dele vem de há muitos anos (menos que eu mas ser mais novo tem essa enorme vantagem…) e onde nem sempre estivemos de acordo ou no mesmo lado da “trincheira” nas democráticas disputas internas mas sempre soubemos manter a relação pessoal acima disso.
Devo dizer, e não o faço por razões eleitorais nem ele precisa disso, que o André foi das pessoas que conheci mais profundamente embrenhada na política por uma “Causa” e por uma genuína e generosa noção de serviço público á sua Terra.
O André está na política por Guimarães!
E tenho a certeza absoluta, porque o conheço bem, que por essa “Causa” que o move ele lutará sempre até ao limite das suas forças e jamais permitirá que os interesses de Guimarães sejam postos em causa por outro tipo de interesses nomeadamente político-partidários, económicos ou de qualquer outro género.
Creio, e por isso o apoio sem qualquer reserva, que o André está preparado para ser presidente da câmara de Guimarães a partir de Setembro próximo.
Para além da sua vida profissional que o torna independente da política sempre e quando quiser, é uma pessoa que tem estudado os problemas do concelho e as soluções aplicáveis, que tem desenvolvido inúmeros contactos com instituições dos mais variados géneros e que tem demonstrado uma enorme humildade na aprendizagem daquilo que considera necessário para exercer cabalmente a função a que se candidata.
Para além do mais conseguiu, com base na sensatez e na capacidade de dialogar com todos, unir o PSD em Guimarães como não se via há muitos anos de molde a ter todo o partido empenhado no esforço eleitoral em curso.
Face a um ciclo político socialista que acabe de se fechar sobre si próprio (com a escolha de António Magalhães para cabeça de lista á Assembleia Municipal) demonstrando uma total incapacidade de renovação é tempo de Guimarães mudar de vida.
Dando a oportunidade a oportunidade a um político jovem, talentoso, inteligente, bem preparado e teimoso q.b. de iniciar um novo ciclo politico e de desenvolvimento deste concelho.
Para mim, enquanto vimaranense, é motivador ter alguém á frente dos destinos do município que se move por convicções, por dedicação á sua Terra, por um “sonho” para Guimarães.
E o André Coelho Lima é essa pessoa.
Por isso tem o meu apoio.
Por isso terá o meu voto!
Depois Falamos

segunda-feira, junho 17, 2013

Borda D' Água

Sempre entendi, e cada vez entendo mais, que o humor e a ironia são a melhor forma de passar uma mensagem quer escrita quer oral.
Porque prendendo a atenção, e até fazendo sorrir, conseguem que os destinatários da mensagem não reajam a ela de pé atras como acontece quando a dita mensagem é agressiva ou até insultuosa.
É, no fundo, o velho principio de que as abelhas se apanham com mel e não com fel.
Vem isto a propósito do sucedido esta semana numa comissão parlamentar quando um deputado do PCP ,Bruno Dias, resolveu usar o velho e tradicinal almanaque Borda D'Água para criticar a já célebre declaração do ministro das finanças sobre os prejuizos causados pelo mau tempo á nossa economia.
Fê-lo de um forma irónica e inteligente, e com tanta piada que o riso foi generalizado, sem ofender ninguém e conseguiu que a sua intervenção tivesse uma repercussão mediática que não teria se tivesse usado o velho arquetipo da agressividade desenfreada tão caracteristico dos seus colegas de bancada, do BE e de alguns socialistas com saudades do tempo em que militavam noutras áreas.
Prova evidente que há muitas formas de levar " a carta a Garcia".
Depois Falamos.

Um sonho tornado realidade!


Raramente publico videos neste blogue.
Mas este é um video muito especial
Da autoria do Pedro Ribeiro (white shadow) retrata de forma extraordinária o que foi a festa maior de 91 anos de Vitória.
Ainda hoje, e passado quase um mês da mais bela tarde do Vitória e as várias vezes que vi estas imagens, me continuo a arrepiar perante elas.
Um arrepio e uma emoção que sei que nunca passarão!
Podem é aumentar...
Depois Falamos

sábado, junho 15, 2013

"Air"Jordan

Não sei se foi o melhor basquetebolista de todos os tempos.
Há quem defenda Wilt Chamberlain, Kareem Abdul Jabbar, Magic Johnson ou Larry Bird entre outros.
Pouco me importa.
Porque Michael Jordan foi seguramente o melhor de todos quantos vi jogar fosse nos "seus" Chicago Bulls fosse no "Dream Team" dos Jogos Olimpicos de Barcelona em 1992 a unica equipa que acredito fosse invencível em toda a História do desporto.
Foi também através dele, provavelmente um dos primeiros atletas que a publicidade tornou famosos a nível mundial, que fui ganhando um especial apreço pela Nike e pelos seus produtos que considero fantásticos no design e na qualidade.
Depois Falamos

sexta-feira, junho 14, 2013

Os Símbolos

Há várias formas de identificar os partidos politicos.
Pelos programas, pelas ideologias, pelas tomadas de posição sobre os mais diversos assuntos ou pelos seus lideres e principais dirigentes.
E pelos símbolos é claro.
Que permitem a identificação mais imediata e que constam dos boletins de voto.
Há partidos que nunca mudaram de símbolo nem tiveram a preocupação de o esconder.
O PSD, o PS, o CDS, o PPM, o MRPP e mais recentemente o Bloco de Esquerda.
Outros como o PCP em tempo de eleições escondiam-no atrás de coligações forjadas para o efeito e que se chamavam FEPU, APU e posteriomente CDU.
E em vez de aparecer a foice e o martelo apareciam "argolinhas" ou "favos de mel".
Depois a Lei, e muito bem, obrigou a que os simbolos constassem dos boletins de voto e esses artificios deixaram de fazer sentido.
Pelo menos para esse efeito.
Na actual pré campanha autárquica tem suscitado alguns comentários o facto de em diversos concelhos as coligações PSD/CDS estarem a optar pela exibição de um símbolo de campanha em detrimento dos simbolos dos dois partidos com isso se insinuando que as estruturas locais não querem conotações com o governo.
Nada mais falso.
Ridiculo até.
Por um lado porque estando no âmbito da liberdade individual de cada um o poder chamar ignorantes aos eleitores não me parece que isso dê especiais dividendos politicos a quem se arroga de tal superioridade intelectual.
Por outro lado, e é o que mais interessa, porque em eleições locais (é dessas que se trata) toda a gente sabe a ligação politica de cada candidato independentemente dos símbolos usados na pré campanha pelo que de nada resultariam manobras de ocultação se porventura existissem.
Finalmente porque na hora da verdade, a 29 de Setembro, nos boletins de voto aparecem os simbolos dos partidos e é neles que as pessoas vão depositar os seus votos.
Depois Falamos.

P.S. Eu compreendo que ,se após longos anos de exercicio de poder a (falta de) notoriedade ainda é uma fragilidade ,os estrategas de campanha procurem refugiar-se em "fait divers" como esse da oposição não usar (já)os símbolos dos partidos que integram a coligação. Mas vão por mau caminho...

quinta-feira, junho 13, 2013

A.F.B.

Imagem : Tiago Fernandes

A Associação de Futebol de Braga é comummente considerada a terceira do país face ao número de clubes que congrega e á participação dos mesmos em todos os escalões dos campeonatos que se disputam a nível nacional.
Curiosamente nesta época agora terminada foi até a associação que teve mais equipas a disputarem a 1º liga , no caso quatro(Vitória-Moreirense-Gil Vicente - Braga)contras as três do Porto (Porto-Paços de Ferreira - Rio Ave) e as três de Lisboa (Sporting-Estoril-Benfica), o que lhe deu uma importância acrescida.
Que também se reflecte no aspecto de duas das equipa da Associação terem vencido uma  a Taça de Portugal e outra a Taça da Liga o que foi um feito notável considerando que as concorrentes de Lisboa nada ganharam e a do Porto venceu o campeonato.
Considerando que, porque a História também contribui para a dimensão das instituições, que a A.F. de Braga para além das quatro equipas referidas já teve também a jogar ao mais alto nível quatro outros clubes como foram os casos de A.D. Fafe, Famalicão, Riopele(já extinto)e Vizela.
Com a curiosidade adicional de Guimarães já ter tido três equipas na 1ª liga: Vitória, Moreirense e Vizela que no ano em que a disputou ainda pertencia ao concelho vimaranense.
Creio que com um estatuto como o actual, que em nada fica afectado pela descida que esperemos momentânea do Moreirense, a A.F.B. tem especiais responsabilidades da defesa dos clubes do distrito face a uma concorrência "feroz" de Porto e de Lisboa que por eles açambarcariam todos os lugares disponíveis nas competições profissionais como vão açambarcado titulos e outras coisas que nem vale a pena referir.
É precisamente nesse contexto que considero que a A.F. Braga teve um papel infelicíssimo (e muito gravoso para o Vitória) na  distribuição dos bilhetes que lhe tocaram para a final do Jamor ,e que foram esmagadoramente parar á mão de adeptos do Benfica, porque em vez de defender o clube do seu distrito (como fez a A.F. Lisboa) propiciou o reforço do adversário da forma que se viu.
E por isso creio que a AFB tem a obrigação de esclarecer qual o rateio que fez do grosso dos bilhetes(depois de mandar uma miséria para o Vitória) pelos restantes clubes do distrito que, como estarão recordados, foi o falacioso argumento utilizado para justificar a tal miséria que mandaram para cá.
E já nem vou discutir a imoralidade de o Vitória se apurar para a final á sua custa e haverem outros a beneficiar sem nada terem feito para isso.
Gostava era de saber com exactidão quantos bilhetes tocaram  a cada um dos outros.
Sob pena de considerar a A.F. B. um gigantesco "cavalo de Troia" vermelho!
Depois Falamos

P.S. Tenho pena mas não sou daqueles para quem a Vitória no Jamor funcionou como uma "esponja" que apagou todos os erros cometidos.
Há coisas que tem de ser explicadas.

Foca


Foto: www.nationalgeographic.com

Não és só tu,foca, que estás admirada!
Nos tempos que correm a admiração perante o que não se compreende é cada vez mais abrangente e ameaça ser ainda mais.
Sinais dos tempos!
Depois Falamos

terça-feira, junho 11, 2013

Clarificação

Vi com muito interesse a entrevista, aliás excelente, que o Presidente da Republica deu ontem ao programa "Prós e Contras" da RTP 1.
Neste espaço, com a mais absoluta liberdade intelectual, tenho criticado Cavaco Silva (em quem votei nas três vezes que se candidatou a PR) quando o entendo merecedor de critica e tenho-o elogiado quando as suas atitudes e decisões são disso merecedoras.
É assim com ele e com todos porque se há coisa que não uso, apesar de orgulhosamente militante do PSD, são "palas" politicas na análise das questões.
Creio que ontem o PR esteve muito bem.
Especialmente quando clarificou de uma vez por todas que com ele não há uso de "bombas atómicas" (poder presidencial de dissolver o Parlamento) por ter uma visão das suas funções e uma leitura da Constituição que não aponta nesse sentido.
E muito bem.
Porque este país já pagou bem caro a "Sampaíce" do seu antecessor.
E portanto sendo claro que não haverá dissolução do parlamento resta aos actores do nosso palco politico racionalizarem os seus comportamentos e pensarem seriamente em fazerem politica com outra autenticidade e sentido de responsabilidade.
O governo tem de governar melhor. Bem melhor.
Percebendo que esta austeridade desenfreada está a dar cabo das pessoas, das famílias, das empresas e por consequência do próprio país.
E a grande remodelação, aquela que não foi feita atempadamente, tem agora a segunda e ultima oportunidade de inverter o rumos das coisas desde que Passos Coelho  se convença de uma vez por todas, ultrapassando uma teimosia inaceitável, que há governantes que não servem para governar.
A oposição, especialmente a mais radical, que com a ajuda inestimável da CGTP andou a semear pelo país contestações e insultos em todo o lugar onde aparecesse um governante ( e até o PR...)tem de se convencer que essa agressividade não a leva a lado nenhum nem terá qualquer efeito.
Porque, ao contrário do seu antecessor, o Presidente da República sabe ler a Constituição!
E cumpre-a.
Finalmente o PS.
Que tem pesadas responsabilidades no estado do país, que por vezes parece o "tolo" no meio da ponte sem saber se há-de caminhar para o lado da oposição radical ou optar por uma oposição construtiva, mas que é essencial para a formulação de consensos em áreas fundamentais para a recuperação de que todos precisamos.
 Ontem Cavaco Silva fez a clarificação final.
Agora cada um que assuma as suas responsabilidades.
Depois Falamos.

P.S. A iniciativa de António José Seguro de falar com todos os partidos (penso que Passos Coelho não esteve bem nessa matéria ao contrário de todos os outros líderes partidários)é um passo interessante que se espera tenha continuidade.

segunda-feira, junho 10, 2013

O Arnaldo

Os da minha geração, e naturalmente os mais velhos, lembrar-se-ão bem deste excelente jogador que nas décadas de 60 e 70 brilhou no futebol português.
Essencialmente nos dois clubes do Barreiro: A Cuf e depois o Barreirense.
No tempo em que o Grupo Desportivo da Cuf era um clube/empresa ,no qual a esmagadora maioria dos jogadores eram em simultâneo funcionários da Companhia União Fabril (ganhavam menos como jogadores mas tinham o futuro assegurado), tinha sempre equipas de boa qualidade que faziam campeonatos tranquilos e até conseguiram apuramentos para as provas europeias.
Vários deles fizeram carreira no futebol português a nível de clubes de topo como foram os casos , por exemplo, de Manuel Fernandes, Vitor Pereira ou Conhé.
Mas um se destacou anos a fio pela qualidade do futebol praticado.
Chamava-se Arnaldo, jogava do meio campo para a frente, e notabilizava-se por ser o verdadeiro "motor" da equipa jogando e fazendo jogar, assistindo para golo e marcando ele próprio muitos golos.
Era sempre um dos melhores jogadores do campeonato, obtinha sempre excelentes classificações nos prémios individuais mas nunca era chamado á selecção.
O que era escandaloso face á valia do jogador mas se explicava pelo facto de a equipa nacional ser uma "coutada" de Benfica e Sporting onde dificilmente qualquer outro clube, com a excepção do Porto de vez em quando,conseguia colocar jogadores.
Digamos que era a "gestifutice" desses tempos.
Mas um dia, perante a surpresa primeiro e a galhofa depois, o Arnaldo lá foi chamado á selecção!
Já com trinta e tal anos foi chamado á selecção de ...Esperanças!
Num tempo em que essas selecções eram constituidas por jogadores com menos de 23 anos mas onde podiam jogar dois mais velhos sem limite de idade.
E o Arnaldo lá foi internacional.
Não na selecção que merecia ( a A), não no tempo da sua carreira em que mais o merecia, mas foi internacional.
Conto esta história de ridicula discriminação de um grande jogador só porque jogava na Cuf e não nos "donos da bola" porque me lembro irresistivelmente do Arnaldo cada vez que assisto ás convocatórias de Paulo Bento e ao seu cortejo de "horrores".
Onde os "Arnaldos" de agora continuam a ser discriminados em proveito daqueles que peretencem á empresa do "dono da bola".
E depois admiram-se de o público se estar outra vez a afastar da selecção.
Depois Falamos

domingo, junho 09, 2013

As Nossas Taças

São as imagens mais bonitas desta época e da História do clube.
As Taças de Portugal ganhas este ano no futebol e no basquetebol (e neste caso já é a segunda), em ambos os casos frente ao Benfica e aos seus orçamentos megalómanos, marcam a letras de ouro a época desportiva de 2012/2013 como aquela em que o Vitória foi o maior clube português em termos de triunfos nas taças de Portugal das principais modalidades desportivas que se praticam no nosso país.
Duas, de uma assentada, e com o significado de o serem no futebol (de longe o principal desporto em termos de prática e de mediatismo) e no basquetebol talvez a modalidade com maior margem de progressão e captação de adeptos na actualidade.
Dado que no voleibol ganhou o Fonte Bastardo(numa final jogada connosco!) e no andebol o Sporting resta o Hóquei em Patins como a única modalidade em que Porto ou Benfica ainda tem hipóteses de vencer uma taça se Oliveirense e Sanjoanense permitirem.
É por isso que temos justas e inesqueciveis razões para estarmos orgulhosos da nossa malta do futebol e do basquetebol.
Ganharam.
Em autênticas lutas de David contra Golias provando que orçamentos podem ganhar campeonatos mas não ganham finais, ganharam um lugar na nossa gratidão e na nossa História.
Depois Falamos

P.S. Sem nunca esquecer que ainda há uma "final four" da taça de Portugal de pólo aquático para o Vitória tentar ganhar.

sábado, junho 08, 2013

O Nosso MVP

Não sou, longe disso, um especialista em basquetebol.
Gosto de ver alguns jogos, muito em especial os fantásticos desafios da NBA, mas pelo basquetebol português nunca tive um entusiasmo por aí além.
Quis o destino que em boa hora o Basket Clube de Guimarães se integrasse no Vitória  o que permitiu que o clube passasse a disputar as principais competições nacionais da modalidade juntando-se assim a outros clubes com quem competia no futebol como o Benfica, o Porto ou a Académica.
Dessa adesão vitoriana ao basquetebol resultaram até agora duas taças de Portugal (uma ganha ao Porto e outra ao Benfica) e posições de relevo nas fases finais do campeonato traduzindo a excelência do trabalho que se vem fazendo na secção.
Progressivamente fui-me habituando a ir ao basquete.
E este ano ainda mais.
Pelas exibições da equipa, pelo privilégio de ver o Vitória orientado pelo melhor treinador português e por uma razão adicional:
Ivan Almeida.
Cuja qualidade(e espectacularidade) de jogo me fascinou desde o primeiro momento e me fez sentir uma admiração mesclada de orgulho pelo nosso clube conseguir ter um jogador daquela categoria na sua equipa.
Terminada a época, com muitos pontos, assistências, "afundanços" , exibições espectaculares e títulos individuais (MVP da final da taça de Portugal por exemplo) compreende-se que também este seu ciclo no Vitória tenha terminado e o Ivan vá para outro campeonato e outra realidade competitiva e financeira.
Ele é, de facto, demasiado bom para a Liga portuguesa.
Resta-nos a memória dos grandes momentos que nos proporcionou e a gratidão por ter ajudado o Vitória a enriquecer o seu palmarés de forma significativa.
E a esperança, quem sabe, de um dia poder voltar a vê-lo com a nossa camisola.
Porque ninguém como ele, seja qual for a modalidade incluindo futebol, nos proporcionou esta época tantos momentos "mágicos" e de puro deleite desportivo.
Depois Falamos


sexta-feira, junho 07, 2013

É Aqui.

É aqui, no estádio municipal de Aveiro, que Vitória e Porto dão inicio oficial á época 2013/2014 jogando a final da supertaça Cândido de Oliveira em que estarão presentes como vencedor da taça de Portugal e campeão nacional respectivamente.
É um estádio que me agrada particularmente.
Bons acessos, bons parques de estacionamento, bom relvado e excelentes balneários e essencialmente boas condições para o público que tem óptima visibilidade de qualquer uma das bancadas.
Creio se se as autoridades tomarem as medidas devidas para assegurar a segurança a quem lá se desloca, especialmente nos inevitáveis engarrafamentos do fim do jogo, poderão estar reunidas as condições para mais uma festa do futebol.
Claro que faria mais sentido , até em tempo de crise, fazer este jogo num estádio mais próximo dos dois clubes e com idênticas condições de qualidade de molde a que os adeptos tivessem menos despesas com deslocações.
Infelizmente, e com excepção dos estádios dos dois finalistas, não há nenhum próximo de ambas as cidades que reúna todas as condições requeridas.
E por isso a 10 de Agosto lá estaremos em Aveiro.
Em busca da segunda supertaça do nosso historial.
Depois Falamos

quinta-feira, junho 06, 2013

Castro Laboreiro

Impressionou-me um destes dias, vendo uma reportagem televisiva, o desespero das populações de Castro Laboreiro perante a noticia do encerramento do seu posto dos CTT.
Conheço a vila, onde já passei várias vezes, e a região envolvente que é das mais bonitas de Portugal quer pelas suas deslumbrantes paisagens quer pela monumentalidade existente que a poderiam tornar num pólo turístico de enorme atractividade se para isso fossem criadas condições.
Castro Laboreiro tem o "azar", que se calhar noutros países com outras culturas e noções de desenvolvimento seria sorte, de se situar no extremo nordeste de Portugal (no concelho de Melgaço) e paredes meias com Espanha ou seja longe de tudo e em especial do poder central.
Noutros tempos foi até sede de concelho mas na actualidade é apenas um pequena vila com poucas centenas de habitantes, boa parte dos quais de faixas etárias avançadas, para quem a existência de algumas estruturas como os CTT, o posto médico, a escola são das poucas ligações que existem ao "mundo real".
Compreende-se pois que estejam desesperados pelo fecho dos correios.
Que para muitos idosos significará viagens de dezenas de quilómetros, ida e volta, para receberem as suas parcas pensões.
E casos como este há muitos por Portugal fora.
Casos em que burocratas comodamente instalados em confortáveis gabinetes de Lisboa, com secretárias para lhes servirem um cafézinho e motoristas  para os irem buscar e por á porta de casa, decidem encerramentos de postos de correio, escolas, hospitais ou linhas de comboio agravando brutalmente as já de si difíceis condições de vida de muitos portugueses.
Mas eles querem lá saber.
Importa é que as folhinhas de Excel apresentem uns números bonitos, ainda que á custa do sofrimento alheio, para glorificação da capacidade gestionárias de suas excelências e para a respectiva continuidade nas esferas do "bem bom".
Depois Falamos

P. S E isto acontece com o actual governo, o anterior, o anterior do anterior, o anterior do anterior do anterior e por aí fora.
E ainda há quem seja contra a regionalização...

quarta-feira, junho 05, 2013

Quatro Juniores

Entre os muitos péssimos negócios que a actual direcção herdou das anteriores, e que acredito um dia serão cabalmente conhecidos, o chamado "caso Targino" era um dos mais gravosos pelo montante e mais inexplicável pelo enredo.
A saber: em determinada altura, anos atrás, o Benfica interessou-se pela contratação de Tiago Targino e sinalizou a futura transferência com uma verba a rondar um milhão e duzentos mil euros que foi entregue ao Vitória.
Quis o malfadado destino que o jogador contraísse grave lesão, precisamente num jogo no estádio da Luz, o que inviabilizou a sua transferência nessa época para o clube de Lisboa.
O estranho é que depois de totalmente recuperado, e estando a jogar normalmente, não seguiu o caminho previsto reclamando então o SLB a devolução do dinheiro e desinteressando-se da contratação do jogador.
Infelizmente o contrato promessa existente dava-lhe razão (de facto defendia "muito bem" os nossos interesses...)e a divida tinha de ser resolvida.
Foi-o agora com a cedência de quatro jovens da formação.
Os ainda juniores na próxima época Ricardo Carvalho, Pedro Alves e Jota e Didi que sobe agora a sénior.
Dado tratarem-se de jovens internacionais, com margem de evolução e de certa forma "estrelinhas" da nossa formação o negócio causou alguma surpresa e até descontentamento nos adeptos que não gostaram de ver partir de uma assentada quatro jovens promessas.
Creio que a direcção/administração fez um bom negócio e defendeu bem os nossos interesses.
Em primeiro lugar porque a divida tinha de ser paga antes que acarretasse problemas maiores e agora é assunto arrumado.
Em segundo lugar porque desejando a melhor das sortes aos "miúdos" creio que só um deles tem algumas possibilidades de fazer carreira no Benfica enquanto os outros rapidamente perceberão que o futuro deles não passa por ali. Nem me admirava nada que um ou outro, mais dia menos dia, regresse ao Vitória se cá ainda houver espaço de afirmação.
Pelo que saldar uma divida de mais de um milhão de euros com a cedência de um jogador (que é o que o Benfica previsivelmente vai poder aproveitar e vamos ver até que patamar...)é claramente um bom negócio para o Vitória.
Depois Falamos

P.S. Claro que se Helinho tivesse ido no "pacote", como se chegou a temer, a minha opinião já seria diferente quanto à bondade do negócio.
Mas felizmente, porque é o mais prometedor de todos, preferiu ficar no Vitória.

segunda-feira, junho 03, 2013

O Leão e o Rato


Já há muito pouca coisa que me impressione no actual PSD.
E quando me refiro a PSD não o faço naturalmente em relação aos seus militantes ou á esmagadora maioria das suas concelhias ou até distritais, mas sim a alguns personagens que a conjuntura promoveu a lugares para que não tem a competência (para não dizer coisas mais desagradáveis) ou a preparação minimamente necessárias.
Tão pouco aos rostos mais visíveis do partido como Pedro Passos Coelho, Jorge Moreira da Silva ou José Matos Rosa que se alguma "culpa" tem é de pactuarem com atitudes e decisões gravemente lesivas dos interesses do partido.
Já aqui me referi, por mais do que uma vez, á atrocidade (sem aspas) que foi a direcção distrital e nacional do partido terem imposto em Sintra uma candidatura contra a vontade da concelhia, dos sintrenses e da lógica das coisas.
Por motivos de pura "vendetta" política contra um homem sério e competente como é Marco Almeida.
Mas a perseguição continua.
Agora, depois de um dos mais ilustres militantes do PSD chamado António Capucho ter aceite integrar a candidatura  independente de Marco Almeida como cabeça de lista á Assembleia Municipal, aparece pressuroso um dos tais (i)responsáveis pelo actual estado do partido a exigir a sua expulsão do mesmo!
O individuo chama-se Miguel Pinto Luz e é presidente da distrital de Lisboa AM do PSD.
Convirá aqui dizer, antes de mais, que comparar o seu currículo politico,partidário e cívico com o de António Capucho, em termos de extensão, valia e densidade, é como comparar o popular almanaque "Borda de Água" com a Bíblia!
Numa situação de normalidade partidária é óbvio que a sanção prevista para casos destes pode chegar á expulsão.
Mas numa situação de normalidade Marco Almeida seria candidato do PSD e António Capucho não teria necessidade de fazer esta afirmação de cidadania, solidariedade e inconformismo perante o estado a que os Pinto Luz deste mundo estão a levar o PSD.
Por isso se este aprendiz de Torquemada, que pelos vistos se sente mais incomodado com afirmações de dignidade do que com as derrotas anunciadas para que ele e outros estão a levar o PSD em várias autarquias, quer entreter-se a perseguir vozes dissonantes então sugiro que se entretenha com um militante de Lisboa chamado Pacheco Pereira que anda há anos a agredir de forma continua e sistemática o partido a que pertence(?) sem qualquer incómodo por parte destas almas tão sensíveis a outras coisas!
Depois Falamos

P.S. Duas notas finais.
Uma para pedir desculpa ao dr António Capucho, ilustre adepto do Benfica, por o ter comparado com um leão. Foi apenas a titulo ilustrativo.
A outra para dizer, e assumir, que se fosse eleitor em Sintra e o Marco Almeida me convidasse para as suas listas (nem que fosse para ultimo suplente da Assembleia Municipal) aceitaria sem pensar duas vezes.
E consideraria isso como mais um serviço ao PSD no qual milito desde 1975.

domingo, junho 02, 2013

Emigração Clandestina

A emigração para Braga dos três jogadores da equipa B do Vitória que rescindiram contratos (Vítor Bastos já é público, Káká e Rafa estão para breve) é em termos desportivos praticamente insignificante.
Para Káká e Rafa existem alternativas com alguma fartura e de qualidade superior e para Vítor Bastos, dos três o único com possibilidades de se afirmar na equipa A, encontrar-se-ão com relativa facilidade.
Mal estávamos.
Para mim o que tem significado real são estas continuas acções hostis do Braga, sempre a aliciar jogadores nossos, naquilo que constitui uma autêntica obsessão (para não chamar paranóia) em tentar lesar o Vitória o mais possível.
E isso não pode passar em claro.
Até porque se hoje não estamos a lamentar perda bem maior é porque o nosso guarda redes Douglas é um Homem com H grande e não se deixou tentar pelos cantos da sereia desafinada que lhe chegavam de Trás Morreira.
Como tinha feito o seu homónimo, ponta de lança, com o enorme sucesso que se conhece...
Creio que o Vitória deve denunciar por todos os meios, e nos locais adequados, este comportamento de autêntica pirataria levado a cabo de forma persistente por um clube que não consegue gerir os seus enormes complexos de inferioridade face ao Vitória.
Branquear comportamentos, tratar civilizadamente quem não o merece, fazer de conta que estas coisas não tem importância nem merecem resposta apenas resultará em estímulos para que as agressões continuem e a falta de respeito pelo Vitória persista.
E acredito que a esmagadora maioria dos vitorianos está farta disto!
Depois Falamos

"Gaia Atrás"...

A sondagem hoje revelada pelo Jornal de Notícias(JN) é aterradora para a coligação "Gaia na Frente" que governa o município há dezasseis anos e agora se vê, de forma irremediável, completamente atrás nas intenções de voto dos gaienses.
É certo que as eleições são daqui a quatro meses, com o Verão pelo meio o que sempre complica as campanhas, mas a tendência de voto parece estar claramente definida e aponta no sentido de a vitória pender entre Eduardo Rodrigues do PS e o candidato independente José Guilherme Aguiar que seguem a par nas intenções de voto.
Uma coligação que há apenas quatro anos elegeu oito vereadores com 62% dos votos vê-se com resultados previsíveis na casa dos 22% (perde 40% das intenções de voto relativamente ao resultado de 2009!!!) e a eleição de dois ou três vereadores,ou seja, perdendo cinco ou seis em relação ao actual executivo camarário.
É brutal.
E apesar de se tratar apenas de uma sondagem e de faltarem os tais quatro meses em relação ao acto eleitoral há uma leitura que é inegável.
Esta sondagem revela uma rejeição brutal dos gaienses perante a forma como se processou a escolha do candidato da coligação e do próprio candidato que evidentemente não merece qualquer simpatia do eleitores.
Do candidato por razões óbvias.
Não é da Gaia, nunca teve nada a ver com o município e com o que lá foi feito, caiu de paraquedas numa "guerra" que não era dele e para a qual se deixou arrastar por razões que desconheço e pouco me interessa conhecer.
O processo esse foi um verdadeiro exemplo de como se complica o que era fácil, de como se faz tudo que não se deve fazer, de como se trata ás 3 pancadas algo que tratado com tempo, bom senso e diálogo interno  resultaria em mais uma vitória tranquila.
Em primeiro lugar foi a longa "novela" do regresso de Marco António Costa para ser candidato.
Para mim, sem nenhuma fonte de informação especial, tornou-se claro que no dia em que Marco António aceitou ir para o governo (onde aliás está a fazer um excelente trabalho) dificilmente voltaria a Gaia porque sabia bem que era um regresso de imenso risco.
Ainda por cima sabendo que não teria o "palco" necessário a afirmar a candidatura porque esse "palco" estaria ocupado até ao ultimo dia com vista a outra candidatura a outro município!
Simplesmente o "tabu" alimentado pelo próprio, e essencialmente pelo presidente em exercício, durou até ao limite do sustentável e condicionou brutalmente os timings do PSD escolher um candidato sem fracturas internas e através de um processo de debate interno que fosse clarificador.
Quando se tornou óbvio que Marco António não regressaria então atabalhoadamente, e com uma falta de paciência previsível, a liderança do PSD de Gaia foi em desespero atrás de um candidato que permitisse não perder as eleições.
E encontrou-o (como esta sondagem sobejamente demonstra) na pessoa de José Guilherme Aguiar.
Um homem de Gaia, com obra reconhecida enquanto presidente de junta e vereador, com uma notoriedade imbatível face á ligação á terra e a vinte anos de aparições semanais nas televisões a defender o clube que a esmagadora maioria dos gaienses é adepta.
Acontece que na comissão politica, por um conjunto de razões que vão da falta do tal diálogo interno á manutenção dos pequenos e mesquinhos interesses pessoais há muito tempo instalados, encontraram forma de numa votação surreal inviabilizarem a candidatura de Guilherme Aguiar.
E ao invés de assumir até ao fim o convite que de livre vontade fizera o presidente da concelhia (e da câmara) assobiou para o ar e partiu para a "solução" Carlos Abreu Amorim vá-se lá saber porquê.
Que recolheu um apoio quase unânime numa comissão politica que se dividira a meio no apoio a Guilherme Aguiar.
Deu nisto.
Um candidato rejeitado pelos gaienses, os militantes desanimados pela escolha e ausentes da campanha, os notáveis do partido a manifestarem apoio público a Abreu Amorim e a arrepiarem-se em privado face á insensatez da escolha e á derrota anunciada.
A sondagem é clara.
Os votos da coligação "Gaia na Frente" (agora Gaia Atrás) e de José Guilherme Aguiar juntos dariam mais uma vitória tranquila com maioria absoluta.
Assim a disputa é entre José Guilherme Aguiar e Eduardo Rodrigues e acredito que no seio da coligação (pelo menos naqueles que pensam politica com serenidade e seriedade)os arrepios aumentem quando pensam no efeito que o voto útil vai ter na hora de decidir.
Porque é evidente que parte do eleitorado da coligação face á possibilidade de o PS ganhar vai transferir os seus votos para quem o pode impedir.
No caso José Guilherme Aguiar.
É a vida...
Depois Falamos

P.S. Na edição de hoje do JN vem publicadas outras sondagens entre as quais uma relativa ao Porto.
Onde uma candidatura parece estar em queda livre.
Que é indissociável das trapalhadas em Gaia.

sábado, junho 01, 2013

Boa Sorte!

Tiago Rodrigues e Ricardo são os dois primeiros jogadores cuja partida foi anunciada para o final da corrente época rumo ao F.C. Porto. numa transferência já confirmada por todas as partes envolvidas.
Eram, também, juntamente com Baldé os jogadores mais valiosos do Vitória e daqueles que eu enquanto vitoriano menos gostaria de ver sair do clube.
Porque são dois excelentes profissionais, jogadores muito talentosos e óptimas pessoas o que no mundo do futebol é uma qualidade que os clubes cada vez mais apreciam.
Fruto da necessidade do Vitória realizar mais valias, da vontade do FCP em contratar dois jovens internacionais portugueses, e de empresários sempre ansiosos pelas suas comissões acabaram por rumar ao "Dragão" dando um novo rumos ás suas promissoras carreiras.
Do meu ponto de vista saíram demasiado cedo do clube.
Demasiado cedo para eles e demasiado cedo para o Vitória.
Tiago e Ricardo são dois jogadores de enorme talento, que mais dia menos dia chegarão á selecção A (agora que vão para o Porto o Bentinho vai olhá-los de outra maneira), mas como Rui Vitória já alertou ainda não são "produto acabado".
Far-lhes-ia muito bem jogarem mais um ou dois anos em Guimarães, ganhando experiência internacional na Liga Europa e nacional nas provas internas, e então sim dariam o salto pela certa.
Tiago com 23 anos e Ricardo com 21(daqui a dois anos) tinham muito tempo para triunfarem no Porto e fazerem as carreiras que se lhes adivinha a nível nacional e internacional.
Saírem já, para um nível de exigência tremendo e para uma competição interna muito intensa, é um risco elevado e sem o qual passavam bem.
Mas está...está!
Para o Vitória, caso pudesse mantê-los, seria uma aposta segura.
Jogando aqui, "crescendo" no seu ambiente em termos humanos e desportivos, os dois jogadores valeriam daqui a dois anos claramente mais do que valeram agora e permitiriam ao clube manter uma estrutura mais sólida e valiosa em termos de primeira equipa.
Mas está...está!
Resta desejar-lhes muita sorte nas suas carreiras e que atinjam os patamares que a sua qualidade permite prever.
Será bom para eles e para o futebol português.
Deixando claro que gostando imenso deles em termos pessoais e desportivos não gostaria de os ver regressar ao Vitória na qualidade de emprestados pelo FCP.
Temos cá para "fazer" jogadores que são nossos.
E é nesses que deve residir a principal aposta.
Depois Falamos.

P.S. Sobre os valores e contrapartidas envolvidos nas transferências pronunciar-me-ei quando os conhecer na totalidade.

Irmãos

Já noutras oportunidades tenho escrito sobre John Kennedy um dos políticos que mais admirei no século 20 por tudo que li, e vi, ao longo dos anos sobre ele.
Sobre a sua presidência e sobre a sua vida e também,é claro, sobre o seu nunca cabalmente explicado assassinato em 1963 numa avenida de Dallas.
Este livro escrito muito numa visão de Robert Kennedy sobre a presidência do irmão é extremamente interessante face á abordagem histórica que proporciona e ao conjunto de revelações que nos traz sobre o tempo que se seguiu á morte do presidente e aos esforços de Robert Kennedy (ao tempo procurador-geral) para deslindar a conspiração que se escondia por trás da tese oficial do assassino único.
Mas é, obviamente, muito mais do que isso.
É também um relato de uma ligação familiar fortíssima entre os dois e a forma como tentaram governar os EUA e influenciar a politica mundial.
Muito interessante.
Especialmente para os "Kennedyanos" como eu.
Depois Falamos